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APOSTILA DE LAVRA II
1ª EDIÇÃO
2020
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SUMÁRIO
1.1. Histórico
Já o século XX, ficou marcado pela evolução da Mecânica das Rochas, com
maior variedade nos sistemas de ancoragem, que viabilizaram a lavra subterrânea em
locais de difícil acesso e em rochas com alto grau de faturamento. As operações
unitárias da lavra subterrânea também passaram por uma grande evolução neste
século, onde tornou-se possível fazer furos para detonação de maiores diâmetros e
comprimentos superiores a 30m, intensa mecanização, scalers, robôs para concreto
projetado, carregadeiras LHD, rompedores e suportes auto- marchantes controlados a
distância; e comunicação.
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1.2. Seleção do método de lavra
A escolha do método de lavra é uma das decisões mais importantes que são
tomadas durante o estudo de viabilidade econômica. Na fase de planejamento, a
seleção é baseada em critérios geológico, social, geográfico e ambiental, todavia as
condições de segurança e higiene devem ser garantidas durante toda a vida útil da
mina. Os aspectos relativos à estabilidade da mina, à recuperação do minério e à
produtividade máxima também devem ser considerados. A seleção do método de lavra
é um dos principais elementos em qualquer análise econômica de uma mina e sua
escolha permite o desenvolvimento da operação. Numa etapa de maior detalhe, pode
constituir-se como fator preponderante para uma resposta positiva do projeto. A seleção
imprópria tem efeitos negativos na viabilidade da mina.
Corpos de mergulho suave: com mergulho entre 20 e 50º. São aqueles cuja
inclinação excede os limites de trafegabilidade (“gradeability”) dos equipamentos
de carregamento e transporte, mas não é ainda suficientemente acentuada para
que ocorra o escoamento do minério desmontado, sob a ação da gravidade,
desde as frentes de lavra até o nível da galeria de transporte. Nestes casos o
minério precisa ser arrastado até os locais de carregamento.
Corpos de mergulho acentuado: com mergulho acima de 50º. São aqueles nos
quais o minério desmontado nas frentes desce por gravidade até o nível da
galeria de transporte.
Para o bom entendimento dos tópicos a seguir, é de suma importância que os conceitos
da lavra subterrânea estejam claros. Entre eles:
Plunge: ângulo formado entre uma feição geológica da rocha, como o eixo de
uma dobra, por exemplo, e um plano horizontal
A lavra subterrânea segue princípios que definem o método de lavra a ser utilizado.
Enchimento: à medida que o material útil vai sendo extraído, o vazio formado é
preenchido com outro material, de forma a promover a sustentação do teto. O
desmonte da face é integral e a frente se desloca paralelamente a si mesma,
sendo acompanhada a certa distância pelo enchimento. O teto na frente de
trabalho é normalmente sustentado com estruturas apropriadas para evitar a
eventual queda de blocos soltos ("chocos").
Segundo Curi (2017), os métodos de lavra subterrâneos, são definidos com base
nos fatores citados no tópico 1.2, porém, existe uma classificação dos métodos quanto
ao tipo de suportação, que podem ser naturais ou artificiais e, em particular, os métodos
do abatimento do teto.
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Classificação dos métodos de lavra de mina subterrânea (Do autor, 2019).
Classificação Método de lavra Tipo de suporte
Câmaras e pilares (rooms and pillars) Pilares de rocha
Auto suportados Realce ou alargamentos abertos (Open Stope) Pilares de rocha
(unsupported) Recalque (shrinkage) Minério desmontado
Realce em subníveis (sublevel stoping) Pilares de rocha
Artificialmente Alargamentos esteados Esteio (metálico, madeira)
suportado (supported) Alargamentos com estruturas retangulares (square- Esteios e vigas (metálico,
set) madeira)
Corte e enchimento (cut and fill) Enchimento
Abatimento Frentes amplas (long wall) ** Suportes automarchantes
controlado (caving) e material empolado
Abatimento por subníveis (sublevel caving) Material empolado
Abatimento de blocos (block caving) Material empolado
**Em alguns casos, é classificado como método artificialmente suportados.
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2. DESENVOLVIMENTO DA LAVRA DE MINA SUBTERRÂNEA
Rampa: abertura inclinada conectando níveis, e usada para transporte. Pode ser
desenvolvida de forma espiral e ziguezague em torno do corpo de minério.
Depende da qualidade da rocha e, caso a resistência da rocha não seja
favorável, é necessário o auxílio de suportes. É recomendado para minas
próximas a superfície que se exija retorno rápido dos investimentos.
Um depósito a ser lavrado por métodos subterrâneos pode ser acessado por
qualquer dos seguintes tipos de acessos ou combinação desses.
2.2.2.1. Rampas
Para a maioria das minas de pequeno e médio porte, o melhor acesso que
atende a suas necessidades é a rampa (CHADWICK, 2000).
a) Custos
Wilson (2004) menciona que correia de aço, para uma inclinação de cerca de 9°,
é normalmente restrita a profundidade de 500 m por causa da tensão na correia. Em
relação à ventilação, a rampa com correia se mostra mais ineficiente em comparação
com outras opões de acesso. Silva e Luz (2011) mencionam que, com o aumento das
lavras subterrâneas, a opção de britagem primária em subsolo seguida de transporte
por correia vem se tornando comum. A mina de Baltar (Votorantim-SP) é um exemplo
de aplicação de correia transportadora em rampa para escoamento do minério. A mina
opera a uma profundidade de 330 m e adota o método de lavra alargamento de
subníveis. O minério lavrado é o calcário e a produção anual da mina em 2013 foi de
1.138.921 t (ROM). É a única mina de calcário subterrânea do Brasil. A figura, a seguir,
mostra as instalações da correia transportadora da mina de Baltar, na porção situada à
saída da rampa de acesso.
2.2.2.2. Poços
Para acessar um corpo de minério profundo cujo acesso via rampa seja inviável;
Para transportar homens e materiais para trabalho subterrâneo;
Para transporte tanto de minério como de estéril;
Para servir como entrada ou saída de ar (ventilação);
Para fornecer uma segunda saída, conforme exigido por lei; e
Para armazenar material radioativo.
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Os poços geralmente são diferenciados e classificados em relação à sua
inclinação (inclinados e verticais) e em relação à geometria de sua seção transversal
(retangular, circular ou elíptico). Nos tópicos seguintes têm-se os diferentes tipos de
poços utilizados no ambiente subterrâneo.
O poço inclinado é recomendado para corpos aflorantes que possuem mergulho de até
50º e, em alguns casos, 70°. São, normalmente, aberto na lapa e distam de 5 a 15m do
corpo de minério. A figura, a seguir, mostra um plano inclinado aberto na lapa a uma
distância do corpo de minério (D) e um plano inclinado, embora não usual, aberto no
corpo de minério (E).
Para poços com inclinação de até 14°, uma correia transportadora pode ser
instalada. O transporte de material pode ser feito com corpos de mergulho até de 30°.
Para corpos inclinados o poço deve ser vertical (na capa, na lapa ou na
transição) de acordo com a figura a seguir.
Corpos inclinados acessados por poço vertical localizado em três posições diferentes
(mine-net.blogspot.com, 2011).
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Os poços podem ser verticais (shaft) ou em planos inclinados (slope). A escolha
do tipo de poço vai de encontro com as vantagens e desvantagens listadas na tabela a
seguir.
a) Poço Retangular
A maioria dos poços retangulares foi construída por volta de 1900 devido ao
formato das peças de equipamentos que eram transportados para o subsolo, ou seja,
gaiolas, transportadores de minério (esquipes) e contrapesos, todos na forma quadrada
ou retangular. Possui maior capacidade de extração, largamente empregado em minas
metálicas nos anos 80, século XX, segundo (MAIA,1980, citado por SILVA, 2013). São
classificados em dois tipos: seção retangular com dois compartimentos e seção
retangular com três compartimentos. Minas que utilizam esse tipo de poço: Chapada
(GO), empresa Yamana Gold, minério: ouro.
Estrutura de madeira;
Atinge profundidade de até cerca de 400 m;
Apropriado para a fase de exploração ou de pequena produção; e
Mais baixo custo.
Quase todas as minas de rocha dura têm poço circular por causa da seção
transversal que fornece uma boa geometria para o fluxo de ar e por possuírem rochas
em boas condições. O colar circular é mais fácil para mover quando se faz o
revestimento simultâneo resultando na execução mais rápida do trabalho durante as
operações de aprofundamento. Este é um aspecto importante quanto se trata de fluxo
de caixa do projeto. Os tipos mais comuns são: revestido de concreto, em anéis
segmentados de concreto, concreto reforçado com fibras de aço, associação de aço e
concreto ou argamassa e ainda tubos de concreto com enchimento.
Alto custo
Revestimento de concreto (monolítico);
Usados geralmente para produção (não para exploração);
São obras permanentes; e
A locação e o diâmetro devem ser previamente determinados (isto nem sempre é
possível no início do empreendimento).
Foram projetados como uma alternativa para poços circulares grandes por
simplesmente adicionar meias luas ao longo do eixo principal. Esse efeito reduz a
escavação circular e, portanto, o custo de aprofundamento do poço.
a) Instalação de superfície
b) Torre
Polias
Silos de estocagem
Silos de basculamento
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c) Implantação do shaft
Perfuração
Desmonte
Carregamento
Transporte
Ventilação
3.2.1. Perfuração
Jumbo de perfuração.
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Perfuratrizes DTH (Down-the-role): os diâmetros variam de 75 mm (3 polegadas) a 225
mm (9 polegadas), e a vazão de fluido de limpeza é de 4 a 8 l/min para evitar a
aglomeração de detritos.
Perfuratriz DTH.
• Tipo escudo frontal ou máquina para túneis (boring type, tunneling machine)
• Tipo parafuso ou helicoidal (auger type)
• Tipo corrente (ripping type)
• Tipo tambor (transversal – drum type, axial – roadheader)
• Cortadeiras (longwall: fresa – shear, arado – plow)
• Máquina para raises (raise borer)
• Máquina para poços (shaftborer)
Cortadeira (shear)
Minerador contínuo.
Tipo de explosivo
Propriedades e uniformidade da rocha
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Diâmetro, profundidade e quantidade de furos
Total de carga por furo
Sequência de detonação
Tamanho e forma da seção.
Tipos de ataque
O furo inicial na face livre única, feito para se obter mais faces livres, é chamada de
pilão. Os furos de um plano de fogo podem ser classificados em:
Plano de fogo
Quando um túnel está sendo aberto, a única face livre é a frontal, e quanto
menor a sua área, maior será o consumo específico de explosivo.
30 1,1
40 1,3
50 1,5
Observa-se na tabela acima que para furos mais profundos, temos maior carga
de fundo para compensar eventuais desvios de furo. O uso de furos de grande
diâmetro reduz o custo de perfuração e de detonação, porém produz fragmentos
maiores, o que poderá ser inadequado ao manuseio.
LHD (load-haul-dump)
Shuttle car
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Ciclos e sistemas
Exemplo:
Contaminantes gasosos:
a) Maciço rochoso
b) Decomposição de matéria orgânica
c) Atividades de lavra: motores a combustão, explosivos
d) Radioatividade
Contaminantes particulados:
Supressão ou absorção
Remoção e/ou eliminação
Contenção ou isolamento
Diluição ou redução
Afiação de bits
Aspersão de H2O
Ventilação
Conceitos de ventilação:
Tipos de ventiladores:
𝑸 = 𝟑, 𝟓 (𝑷𝟏 + 𝟎, 𝟕𝟓 𝑷𝟐 + 𝟎, 𝟓 𝑷𝒏 )
𝟎, 𝟓 𝑨
𝑸=
𝒕
Q = vazão total de ar fresco (m³/min)
A = quantidade de explosivos (kg)
t = tempo de aeração da frente (min)
Cálculo da vazão de ar fresco em função do fluxo de contaminantes:
𝑸𝒈 (𝟏 − 𝑻𝑳𝑽)
𝑸=
𝑻𝑳𝑽 − 𝑩𝒈
Exemplos:
1 LHD de 500 CV
2 carregadeiras de 400 CV
20 caminhões de 300 CV
3) Em uma mina de ouro foi verificado, durante uma inspeção, uma grande quantidade
particulados de sílica no ar fresco. Considerando que a vazão de contaminantes é
de 0,8 m³/min, a concentração do contaminante no ar fresco é de 5%, sendo que o
limite de tolerância é de 8%, calcule a vazão de ar fresco requerida.
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4. MÉTODOS COM AUTO SUSTENTAÇÃO (UNSUPPORTED)
A classe dos métodos com auto sustentação, que é estudada neste capítulo,
consiste nos métodos de lavra subterrânea que não requerem sistemas significativos
de escoramentos artificiais, por se basear na resistência das paredes e pilares
deixados in situ. Por isso, estes métodos são também chamados de “métodos com
sustentação do teto por maciços da própria rocha”.
Seguem os principais fatores de aplicabilidade deste método (Curi, 2017 e Silva, 2013):
Segundo Curi (2017), a relação entre as áreas dos pilares e das câmaras pode
ser elevada e depende da resistência geomecânica do maciço e da profundidade da
frente de lavra. À medida que a lavra ocorre em maiores profundidades, há um aumento
nos esforços de tensão sobre os pilares, além do possível aparecimento de novas
fraturas decorrentes dos esforços provocados pelo carregamento e sua interação com a
abertura de vazios.
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4.1.2. Desenvolvimento
4.1.3. Lavra
Entre as condições que devem conjuntamente prevalecer para que haja uma
completa recuperação dos pilares, estão:
4.1.4. Vantagens
4.1.5. Desvantagens
Não aplicável a lavra de carvão mineral, embora este minério seja lavrado
utilizando o método de câmaras e pilares;
Os pilares não possuem forma e tamanho definidos e podem estar dispostos
aleatoriamente e de preferência em locais de minério de baixo teor; e
O depósito mineral possui espessura média menor que 6 metros, as aberturas
têm maior dimensão em termos de altura do que de extensão, sendo aplicadas
técnicas de formação de bancadas ou de recuperação de pilares.
Este método de lavra possui algumas variantes. A lavra pode ser frontal (breast
stoping), ascentende (overhanding) ou descendente (underhanding). Segundo Curi
(2017), este método difere do de câmaras e pilares nos seguintes aspectos:
Seguem os principais fatores de aplicabilidade deste método (Curi, 2017 e Silva, 2013):
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Resistência do minério: moderada a alta
Resistência da rocha encaixante: moderada a alta
Morfologia do depósito mineral: tabular, em veios, ou lenticular
Inclinação do depósito mineral: horizontal ou quase horizontal, com ângulos de
mergulho até 30º. Na lavra ascendente e descendente, aceita-se ângulos de 60º;
Tamanho e espessura: grande extensão e alta espessura até 90 metros;
Profundidade da lavra: até 900 metros em rochas duras e até 1.450 metros em
rochas muito duras;
Teor: moderado a baixo
Tipos de minérios: estanho, ouro, etc.
4.2.2. Desenvolvimento
Segundo Curi (2017), a escolha dos acessos principais, restrito a depósitos rasos
ou pouco profundos, assemelha-se ao método de câmaras e pilares. Se o depósito
estiver próximo à superfície, pode ser projeto planos inclinados com correias
transportadoras ou com equipamentos diesel-elétricos. Já para depósitos mais
profundos, pode-se utilizar poços verticais com sistema de içamento convencional, para
a conexão entre os níveis mais profundos e os planos inclinados.
4.2.3. Lavra
Métodos de lavra subterrânea de depósitos espessos por alargamentos abertos: (A) lavra frontal
através de perfuração vertical; (B) lavra frontal através de perfuração horizontal; (C) lavra frontal
com desmonte acima do nível de trabalho (Adaptado de Hartman e Mutmansky, 2002 apud Curi,
2017).
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Na lavra ascendente, a perfuração pode ser feita manualmente, com o uso de jack
leg e stoper sobre a plataforma ou pilha de material, com frente inclinadas de 45 a 60º,
ou com o uso de jumbos. Já o carregamento e o transporte são realizados com o uso
de carregadeiras de descarga traseira, chute e vagoneta, em pontos de carregamento
em intervalos de 4,5 a 12 metros.
4.2.5. Desvantagens
Lavra por recalque (Adaptado de Hartman e Mutmansky, 2002 apud Curi, 2017).
Seguem os principais fatores de aplicabilidade deste método (Curi, 2017 e Silva, 2013):
4.3.2. Desenvolvimento
4.3.3. Lavra
Segundo Curi (2017), quando os realces são muito estreitos, a única alternativa
poderá ser a perfuração manual, porém com queda na produtividade e,
consequentemente, com aumento nos custos. A relação entre o tamanho da perfuratriz
e a espessura do realce é um fator determinante na diluição. Por estas razões,
atualmente o método de recalque não tem sido muito utilizado na lavra subterrânea.
4.3.4. Vantagens
4.3.5. Desvantagens
4.4.2. Desenvolvimento
4.4.3. Lavra
Perfuratriz DTH.
4.4.4. Vantagens
4.4.5. Desvantagens
A tensão média atuante no pilar é devida à coluna de rocha que atua sobre a
área delimitada pelas distâncias médias entre o pilar considerado e os pilares em sua
vizinhança.
𝐴 (𝐿 + 𝑋) . (𝐿 + 𝑌)
=
𝑎 𝑋 .𝑌
𝐴 𝐿+𝑋
=
𝑎 𝑋
𝐴 (𝐿 + 𝑋) . (𝐿 + 𝐶)
=
𝑎 𝑋 .𝐶
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Pilar quadrado
𝐴 (𝐿 + 𝑋)2
=
𝑎 𝑋2
𝑎
𝑅 = (1 − ) . 100
𝐴
Exemplo:
São muito aplicados a minérios de alto teor, para o equilíbrio dos custos e,
consequentemente, trazer viabilidade econômica ao empreendimento mineiro. A
necessidade de suportes artificiais também impacta na produtividade, por ser inserida
mais uma etapa no regime cíclico da lavra.
Alargamentos esteados;
Alargamentos com estruturas retangulares (square set method); e
Corte e aterro ou enchimento (cut and fill).
Antes do estudo dos métodos citados, será feita uma pequena abordagem das
técnicas de sustentação artificial aplicadas nas aberturas subterrâneas.
Tipos de suportes:
5.2.3. Lavra
5.3.5. Desvantagens
5.4.2. Desenvolvimento
5.4.3. Lavra
Este método apresenta boa versatilidade, pois podem ser adaptados para lavra
ascendente, descendente ou frontal, podendo ser expandidos a partir de desmontes
com frente horizontal, em bancadas, em frentes verticais (em veeiros muito inclinados).
Segundo Curi (2017), a sequência das etapas de lavra, utilizando este método, consiste
em:
Perfuração: marteletes manuais e ar comprimido (stoper), com diâmetro de furos
entre 1,5 e 2,5 polegadas (38 a 63,5 mm, respectivamente);
Detonação: ANFO, gelatinas ou emulsões explosivas, com carregamento
manual. A iniciação ocorre por cordel detonante ou espoleta elétrica;
Carregamento: ocorre através do fluxo gravitacional, seguido de arraste com
rastelo, ou através de descarga em chutes de forma que atinjam os níveis de
transporte;
Transporte: LHD ou vagonetes sobre trilhos nos níveis de transporte.
5.4.4. Vantagens
5.4.5. Desvantagens
Enchimento hidráulico
5.5.2. Desenvolvimento
Lavra por corte e enchimento (Modificado de Atlas Copco, 1976 apud Curi, 2017).
5.5.3 Lavra
Lavra mecanizada por corte e enchimento usando tiras inclinadas (Adaptado de Hartman e
Mutmansky, 2002 apud Curi, 2017).
5.5.4. Vantagens
5.5.5. Desvantagens
6.1.2. Desenvolvimento
Lavra por frentes amplas em rocha dura (Hamrin, 1986 apud Curi, 2017).
6.1.3. Lavra
Neste método, o uso do minerador contínuo é mais comum, o qual efetua a lavra
do minério em camadas relativamente finas, que caem em transportadores de correia
dentada ou de correntes, posicionados em locais estratégicos das frentes.
Simultaneamente à lavra, os suportes hidráulicos automarchantes são reajustados
quanto ao avanço ou recuo, permitindo o abatimento do teto das áreas que já foram
lavradas. As figuras seguintes mostram a lavra com um minerador contínuo e um
transportador de correia posicionado ao longo da face de desmonte.
Lavra por frentes amplas em rocha friável (Hamrin, 1986 apud Curi, 2017).
6.1.4. Vantagens
6.1.5. Desvantagens
6.2.2. Desenvolvimento
6.2.3. Lavra
A figura anterior ilustra bem as operações de lavra utilizadas neste método, que
consiste basicamente em:
6.2.5. Desvantagens
No método de block caving, corta-se grandes blocos, por baixo, para induzir o
abatimento, permitindo que o minério fragmentado seja retirado por gravidade.
Diferentemente do sublevel caving, o block caving provoca o abatimento simultâneo
do minério e da rocha encaixante. O resultado é uma maciça subsidência com
grande escala de produção que caracteriza o método de abatimento em bloco. As
fases do método de abatimento em blocos, consistem em:
Detalhes da evolução do abatimento de blocos (Adaptado de Tatiya, 2005 apud Curi, 2017).
Utilizando este método, deve-se definir, abaixo do painel a ser lavrado, um layout
para o sistema de recolhimento do minério abatido, chamado de drawpoints, que podem
ser:
Por gravidade: o material deve ser bem fraturado e é utilizado nível de grelha;
Por slusher: material com granulometria mediana, não sendo necessário nível de
grelha; e
Por LHD: material pouco fragmentado e com granulometria grosseira.
6.3.5. Desvantagens
MCISAAC, G. Mine 244 Underground Mining Course Notes. Kingston, Ontario, Canada.
2008.