Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
DE MINÉRIOS
TÓPICOS
Tópico Página
1- Tópicos Especiais em Lavra de Rochas Ornamentais............................ 03
18- Bibliografia........................................................................................ 95
2
1- Tópicos Especiais em Lavra de Rochas Ornamentais.
1.1- Definição.
Inicialmente devemos observar que o termo rocha ornamental se
refere apenas a granitos e mármores, segundo a classificação simplificada
largamente utilizada pela indústria. Deste modo, como granitos são considerados
não apenas os granitos propriamente ditos, mas também gnaisses, migmatitos e
sienitos. Como mármores são considerados as rochas carbonáticas (Destro 2000).
3
instalações, cálculo de custos, seqüência de atividades, ou seja, esta fase inicial
causará implicações econômicas e no impacto ambiental do projeto.
4
Nos países subdesenvolvidos, onde é difícil a obtenção de crédito
para adquirir equipamentos sofisticados e treinar mão-de-obra especializada, estas
jazidas de fácil acesso são lavradas com o uso de técnicas rudimentares. Tais
técnicas proporcionam rendimento baixo e produtos de valor agregado igualmente
baixo.
1.2 –Usos e Aplicações.
Uma classificação detalhada das rochas ornamentais, considerando a
geologia, a orientação e a estética das mesmas, foi feita por Costa (2001). No
Brasil, conforme a região, diversos são os tipos/padrões de granitos que
encontramos. No Espírito santo, por exemplo, se destaca o “granito amarelo”
enquanto que no Ceará, é comum o “branco cearense”. Nas figuras abaixo,
podemos observar alguns dos principais tipos de granitos produzidos e
comercializados pelas empresas brasileiras..
5
Alguns dos principais tipos de granitos brasileiros.
Vale observar que não só as características geológicas e geométricas
do corpo de minério associadas ao método de lavra são os únicos responsáveis pela
qualidade da rocha ornamental a ser comercializada. Também tem grande
influência os equipamentos e procedimentos de beneficiamento dos blocos
lavrados, sendo este fator determinante para se obter placas de boa qualidade e
padrão. Ciente disto, os produtores brasileiros nos últimos anos tem buscado
modernizar seus parques fabris, seja através da aquisição de novos e mais
sofisticados equipamentos (os chamados “teares”, responsáveis pelo corte e
polimento das placas), seja pelo melhor treinamento e qualificação da mão-de-obra.
6
1.3 – Métodos de lavra de rochas ornamentais.
7
Consiste em um método onde a escolha é a adoção de bancadas
horizontais baixas, em que uma das dimensões do bloco final não deve ultrapassar
3,0 metros uma vez que o bloco final é retirado da cava com dimensões adequadas
ao uso nos teares. Esse método é recomendado para materiais homogêneos, sendo
muito flexível para a identificação das partes sãs que serão utilizadas na forma de
blocos.
8
Lavra por bancadas altas:
Numa mina onde a opção é a lavra por bancadas altas, outro fator
sempre a ser observado é a questão da drenagem, principalmente em regiões do
Brasil o nível pluviométrico seja elevado em determinadas épocas do ano ou em
locais que o corpo de minério encontre um nível freático. Dependendo de como a
questão da drenagem é tratada (ou não), os trabalhos podem até ser interrompidos
por considerável período de tempo.
9
Frente de lavra por múltiplas bancadas, com problema de
drenagem na praça de operações.
10
Maciço a ser lavrado pelo método de desabamento.
11
Maçiço sendo lavrado pelo método de desabamento.
Lavra de matacão.
12
2- Tópicos Especiais em Caracterização Tecnológica de
Argilas.
13
Durante a secagem de sólidos, tem-se o fenômeno de encolhimento,
que altera a cinética de secagem e as dimensões do sólido, sendo que tal fenômeno
acontece simultaneamente com o transporte de umidade e é mais intenso em
materiais cerâmicos com umidade inicial alta (principalmente em produtos de
granulação fina – daí a importância, por exemplo, do uso dos Limites de
Atterberg).
14
8043/83, NBR 7171/92, NBR 8042/92). Porém, em geral, não se encontram no
mercado produtos de conformidade com tais normas, pelo próprio caráter ainda
artesanal do produto, o que evidencia a necessidade de um estudo mais apurado
nessa área que ainda pode se desenvolver bastante.
15
a) A forma do corpo interfere na cinética de secagem, ou seja,
quanto maior a relação área/volume, mais rápida será a
secagem;
b) Temperaturas do ar de secagem elevadas e baixas
umidades relativas implicam numa secagem mais rápida do
material. Tal efeito é por sua vez, mais acentuado que os
gerados pelas relações área/volume e teor de umidade
inicial;
c) Quando as temperaturas e umidades relativas do ambiente
de secagem são as mesmas para corpos de prova com
dimensões diferentes, o teor de umidade inicial e relação
área/volume são os fatores dominantes na cinética de
secagem;
d) Teores mais elevados do teor de umidade inicial implicam
em maiores índices de retração volumétrica;
16
O Brasil ocupa lugar de destaque no segmento de Revestimento
Cerâmico, sendo o quarto maior produtor mundial. No país, utiliza-se o processo de
preparação de massa via seca para cerca de 40% dos revestimentos produzidos, o
qual se caracteriza por um menor custo de processamento em relação ao processo
via úmida. Aproximadamente 70% dos revestimentos cerâmicos produzidos por via
seca no Brasil são provenientes do Pólo Cerâmico de Santa Gertrudes-SP, que
abrange os municípios de Santa Gertrudes, Rio Claro, Cordeirópolis, Araras e
Limeira, localizados no interior do estado de São Paulo.
17
mercado nacional. Especificamente no estado do Ceará merece destaque a Cerbrás
Cerâmicas do Brasil, indústria localiza no município de Maracanaú (região
metropolitana de Fortaleza) e que tem minas (de onde vem a argila) no município
de Frecheirinha (interior do Ceará).
18
Tanto água mineral quanto “água adicionada de sais” não devem
ser confundidas com a água de mesa, que é uma água de composição normal,
proveniente de fontes naturais ou de fontes artificialmente captadas, que preenche
tão somente as condições de potabilidade para a região.
19
Para termos uma boa noção de todos os detalhes que definem o
processo de produção de água mienral, desde a fase de pesquisa (quando se está
verificando a existência e viabilidade um poço ou fonte) até a fase de produção
propriamente dita, devemos analisar todos os itens que formam legislação e em
especial, a Portaria DNPM 374 de 1º de outubro de 2009 (publicada no Diário
Oficial da União de 07/10/2009), que aprova a Norma Técnica que dispõe sobre as
Especificações Técnicas para o Aproveitamento de água mineral, termal, gasosa,
potável de mesa, destinadas ao envase, ou como ingrediente para o preparo de
bebidas em geral ou ainda destinada para fins balneários, em todo o território
nacional,
20
mineral ou termal para fins balneários deverá adotar as medidas propostas no
referido documento apresentado.
21
*Resoluções do Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH
3. DEFINIÇÕES
Para efeito desta Norma Técnica serão adotadas as seguintes
definições:
3.1 AQÜÍFERO
Formação ou grupo de formações geológicas capazes de
armazenar e transmitir água mineral, termal, gasosa, potável de mesa ou destinada
para fins balneários.
3.2 FONTE
Ponto ou local de extração de um determinado tipo de água
mineral ou potável de mesa, originária de uma ou mais captações, dentro de um
mesmo sistema aqüífero, e da mesma concessão de lavra, destinada ao envase para
o consumo humano direto, como ingrediente para o preparo de bebidas em geral ou
ainda para fins de balneoterapia. Nessa conceituação, subentende-se que pode
existir uma fonte de “água mineral de mais de uma captação” desde que a água
mineral tenha a mesma classificação, características físicas, físico-químicas e
químicas equivalentes, a critério do DNPM, constantes ao longo do tempo,
respeitadas as flutuações naturais.
3.3 CAPTAÇÃO
3.4 CONTAMINANTES
22
3.7 NASCENTE OU SURGÊNCIA
3.8 CANALIZAÇÃO
3.9 RESERVATÓRIO
3.10EMBALAGEM
3.11ENVASAMENTO
3.12GASEIFICAÇÃO
3.13FILTRAGEM
3.14 FONTANÁRIO
23
É a vazão aprovada, como resultado da análise do Relatório Final
de Pesquisa ou de Reavaliação de Reservas, considerando-se os testes de vazão
efetuados na captação, a critério do DNPM.
3.16 HIGIENIZAÇÃO
3.16.1 RINSAGEM
3.17 TUBULÃO
1. PROCEDIMENTOS TÉCNICOS
24
diretamente na rocha ou saprólito e complementado externamente com concreto
adensado.
25
mínima de 10 metros, enquanto que em ambiente cristalino ou similar, a
profundidade será definida em função da espessura do manto de alteração. O poço
deverá possuir também um sensor de temperatura da água e espaço anular em torno
da bomba superior a 1 ″ (uma polegada), bem como sensores telemétricos para
monitoramento dos níveis estático e dinâmico, da condutividade e da vazão.
26
4.3.5 Para a coleta de amostras, deverá ser instalada uma torneira
sanitária de aço inoxidável na canalização de recalque, colocada acima do tubo de
revestimento do poço, logo após a curva da tubulação. .
27
horas e medidas de recuperação (no poço bombeado) de mais de 97%, podendo ser
autorizado pelo DNPM percentual de recuperação menor, desde que não
comprometa a validade do cálculo. Não há necessidade de medir recuperação em
piezômetros, pois o cálculo pelo método da recuperação só é realizado no poço
bombeado. O intervalo de medida dos rebaixamentos nos piezômetros deve ser de
60 minutos, do início ao fim do bombeamento.
28
poço a ser bombeado; f) proposição dos poços a serem monitorados durante o
ensaio. Esta proposição – listagem dos poços a serem observados deverá ser
aprovada pelo DNPM; g) cronograma das atividades durante todo o processo do
ensaio de bombeamento em suas fases (preliminar – vazão constante –
escalonado/sucessivo) com especificação dos equipamentos selecionados para o
procedimento e a precisão recomendada; h) anotação de responsabilidade técnica –
ART do profissional responsável pelo projeto, execução e interpretação do ensaio
de bombeamento.
s= BQ + CQn .
29
4.4.13 Na avaliação da capacidade de produção de poço, nos
meios estritamente cristalinos ou cársticos, em que não possam ser utilizados
métodos clássicos do meio poroso, deve(m) ser apresentada(s) outra(s)
metodologia(s) devidamente fundamentada(s).
30
A casa de proteção da captação deverá ser construída em
alvenaria, ou de outro material inerte que confira proteção adequada. Paredes
internas, pisos, janelas e portas devem ser de materiais impermeáveis, não porosos
e laváveis. As aberturas devem ser ajustadas aos batentes e protegidas com telas
milimétricas ou outra barreira para impedir a entrada de animais, notadamente
insetos. A casa de proteção da captação deve ser mantida bem ventilada, livre de
mofos, infiltrações, fendas e umidade, e deverá conter uma torneira de aço
inoxidável de grau alimentício, ou de outro material específico aprovado pelo
DNPM, para permitir a coleta de amostra. No caso de surgência, em captação por
caixa, exige-se que a casa de proteção possua dois compartimentos, separando a
captação da área de coleta de amostras e controle.
31
4.5.7 Para assegurar a representatividade do Estudo in loco, na
vigência do alvará de pesquisa mineral, será obrigatória a realização de no mínimo
04 (quatro) análises completas (químicas, físico-químicas e microbiológicas)
distribuídas ao longo de um ciclo hidrológico, com a finalidade de obtenção de
análise de referência e garantia da correta classificação da água mineral ou potável
de mesa.
32
4.6.5 As tubulações deverão ser independentes e identificadas
com a inscrição “água mineral” ou “água potável de mesa” e com a indicação do
sentido do fluxo, sendo proibida a conexão com as outras redes de abastecimento.
No caso de mais de uma fonte, é necessária ainda a identificação da fonte na
tubulação.
4.7 RESERVATÓRIOS
33
Os projetos industriais e suas respectivas alterações serão
submetidos à prévia aprovação do DNPM, devendo ser apresentadas as seguintes
documentações, assinadas por profissional legalmente habilitado:
Planta de locação planialtimétrica, na escala mínima de 1:100,
com intervalo de nível adequado, contendo todos os setores do complexo industrial,
locando as instalações da captação e proteção da fonte, a rede de adução,
reservatórios e a entrada da canalização na indústria até a sala de envase;
Planta baixa das instalações internas em escala 1:50, que farão
parte do prédio principal da unidade industrial, representando a distribuição
espacial das áreas de recepção, inspeção – sala de triagem e escovação
interna/externa dos garrafões retornáveis para um novo ciclo de uso, pré-lavagem,
lavagem e desinfecção, salas de assepsia e envase dos vasilhames, depósitos de
recipientes vazios, recipientes cheios e engradados, almoxarifado de insumos de
uso exclusivo nas instalações de envase (rótulos, tampas, lacres, materiais de
limpeza e desinfecção etc..), dependências sanitárias e vestiários, sopradora de
embalagens plásticas e silos, laboratório de análises microbiológicas, sala de
recepção de clientes e escritórios;
34
4.8.1 O complexo industrial deve situar-se em zonas isentas de
odores indesejáveis, fumaça, pó e dentre outros contaminantes e devem ser
estabelecidos controles com o objetivo de evitar riscos de contaminação das águas
minerais. Para tanto, sugere-se a determinação do sentido preferencial dos ventos
no local, de modo que as instalações de envase estejam protegidas dessas cargas
nocivas.
35
suficiente para escoamento das águas e interligado a uma caixa de recepção
sifonada.
36
4.8.7 O piso dos locais onde se processam a pré-lavagem dos
garrafões, a lavagem e a desinfecção, o estoque de garrafões, a movimentação de
embalagens, cheias ou vazias etc., deverá ser de material impermeável e poderá ser
revestido com cerâmica ou outro material do tipo monolítico de alta resistência e de
cor clara. As paredes desses locais poderão ter revestimento em azulejo, ou ser
revestidas com outro material desde que aprovado pelo DNPM.
37
na Portaria N° 387/2008, alterada pela Portaria N° 358/2009, aplicáveis as sanções
previstas na legislação.
38
4.10.1 Toda água proveniente do enxágüe final, utilizada na
máquina de lavar/rinser, deverá ser reaproveitada para lavagens intermediárias ou
outras utilizações no complexo industrial.
4.11 RINSAGEM
4.12 EMBALAGENS
39
4.12.3 Os silos deverão ser revestidos internamente de chapas de
aço inoxidável, galvanizadas, de polietileno, fórmica estrutural, ou outro material
aprovado pelo DNPM, e construídos o mais próximo possível da sala de envase.
40
Sujeitas a isolamento parcial: As edificações que poderão fazer
parte ou estarem dispostas junto ao prédio da própria unidade industrial, afastadas
suficientemente e, de modo a ser estabelecido um isolamento físico da sala de
envase, por paredes com portas e não oferecer nenhum risco de contaminação à
água mineral são: sala de triagem e escovação interna/externa dos garrafões
retornáveis para um novo ciclo de uso, depósitos de recipientes vazios, recipientes
cheios e engradados, almoxarifado de insumos de uso exclusivo nas instalações de
envase (rótulos, tampas, lacres, materiais de limpeza e desinfecção etc.),
dependências sanitárias e vestiários, sopradora de embalagens plásticas e silos,
laboratório de análises microbiológicas, sala de recepção de clientes e escritórios.
4.15 LABORATÓRIO
41
4.15.1 As dependências laboratoriais deverão ter pisos e paredes
revestidos de materiais impermeáveis que facilitem a higienização e inibam a ação
dos contaminantes e os funcionários que trabalhem nessa área deverão estar
equipados com vestuário de barreira.
42
4.16.5 Todos os funcionários que trabalham nas linhas de
produção deverão receber treinamento e capacitação periódica sobre normas de
higiene pessoal e Boas Práticas de Fabricação – BPF.
43
4.18.2 O funcionamento do equipamento de CIP (Cleaning in
Place) deve acontecer segundo 05 (cinco) etapas, efetuando pré-enxágüe, limpeza,
enxágüe intermediário, esterilização e enxágüe final.
44
desmineralização da água por filtração, precipitação ou por outro processo que
descaracterize o produto mineral, ou qualquer tratamento como cloração, diluição
ou adição química que venha caracterizar interferência com alteração das
características químicas, físico-químicas e microbiológicas, , que se configure
como tratamento prévio.
45
- Sala para tratamentos fisioterápicos equipada com eletroterapia,
diatermia, massoterapia etc.
- Salas de repouso.
5.3 HIDRÔMETRO
46
5.4.3 A Comissão Permanente de Crenologia e o DNPM serão
responsáveis por vistorias periódicas a estes estabelecimentos com a finalidade de
averiguar o uso sustentável e racional do recurso mineral.
7. RESPONSABILIDADE TÉCNICA
47
(CM) e no capítulo XVI do Regulamento do Código de Mineração (RCM), além
das penalidades previstas nos arts. 18 e 31 do Código de Águas Minerais.
48
células e na transferência da informação genética. Em suma, são essenciais para o
bom desenvolvimento da atividade agrícola.
49
O fósforo foi isolado pela primeira vez em 1669 pelo alquimista
alemão Henning Brandt ao evaporar grandes quantidades de urina humana. Só cem
anos mais tarde o químico sueco Gahn descobre sua presença nos ossos e dez anos
depois no mineral piromorfita (fosfato de chumbo). Foi somente em 1840 que o
químico alemão Justus 50in Liebig formulou a base científica de produção de
ácido fosfórico. Em 1842, o fazendeiro inglês Bennet Lawes patenteou um
processo de acidulação de nódulos fosfatados (coprólitos) e deu a este produto o
nome de superfosfato, que se mantém até hoje (Waggaman, 1969).
50
no ambiente é insignificante. É após a saída dos fertilizantes da usina, que
começam as más práticas, as quais acabam causando forte impacto ambiental.
51
Goethita Fe2O3·H2O 62,9 70
Hidrogoethita 3Fe2O3·4H2O 60,9 70
Limonita 2Fe2O3·3H2O 60 70
Siderita FeCO3 48,3 70
Pirita FeS2 46,6 70
Pirrotita Fe1-xS 61,5 70
Ilmenita FeTiO3 36,8 36,8
52
Em média, nos últimos anos o consumo mundial de minério de ferro
tem crescido cerca de 10% ao ano, sendo que os maiores consumidores tem sido a
China, Japão, Coreia, Estados Unidos e a União Europeia.
53
Pilha de minério de ferro após beneficiamento.
54
Frente de lavra de mina de ferro e caminhão “fora de estrada”
6.1- Definição.
O nome cobre deriva do termo latino “Aes Cyprium” – o metal de
Cyprus, associando-se ao fato da Ilha de Cyprus (Chipre) ter sido uma das
55
primeiras fontes do metal, posteriormente, a denominação passou a ficar conhecida
como “cuprum”, palavra que deu origem ao símbolo químico Cu.
Vale ainda observar que o cobre (Cu) tem grande afinidade pelo
enxofre (S) e seus minérios são geralmente sulfetados. Pode-se afirmar que 90% do
cobre primário obtido no mundo provém de minérios sulfetados.
O elemento metálico cobre é relativamente raro na crosta terrestre. As
características físico-químicas do cobre são ponto de fusão relativamente baixo
(1.083ºC), boa ductibilidade, maleabilidade, resistência à corrosão e alta
56
condutividade térmica e elétrica. Importa enfatizar que os atributos de excelência
em condutividade térmica e elétrica apresentam-se como fatores determinantes para
o cobre alcançar o status de metal imprescindível para o uso industrial.
6.2 –Usos e aplicações.
Se lembrarmos que depois do alumínio, o cobre, por ser excelente
condutor de eletricidade e calor, é o metal não-ferroso mais utilizado no mundo,
fica claro que seu uso e aplicações são os mais variáveis possíveis, o que explica a
grande e contínua demanda mundial pelo metal/minério.
Só para listar algumas aplicações básicas, o cobre tem e pode ser
usado em tubos de condensadores, encanamentos, eletroímãs, motores elétricos,
interruptores, relés, tubos de vácuo, magnétons de fornos micro-ondas, circuitos
integrados em substituição do alumínio, cunhagem de moedas, sendo ainda
empregado na agricultura, na purificação da água, como conservante da madeira e,
quando associado a outros metais, os óxidos de cobre formam materiais
supercondutores.
O Chile é o maior produtor mundial, com 34% do total, seguido pelo
Peru, com 8%, pelos EUA com 7,5% e pela China com 6%.
57
operações de novos projetos. No Brasil, os principais Estados produtores são: PA
(51%), GO (38%) e BA (11%). No Pará, as principais empresas atuantes são a
Mineração Caraíba, VALE e Serabi Mineração Ltda.
Lembrando que na atividade de mineração a logística é sempre um
ponto fundamental para a viabilidade econômica de qualquer projeto, vale observar
que com exceção da Região de Carajás, importante centro produtor de minério de
cobre, que tem na Estrada de Ferro Carajás a via para escoamento de sua produção,
todos os demais, notadamente os de Goiás, e em menor extensão o da Bahia,
carecem de infraestrutura de transporte ferroviário adequado, razão pela qual se
recomenda que o Ministério de Minas e Energia atue eficazmente junto ao
Ministério de Transporte para que estas regiões sejam atingidas pelas malhas
ferroviárias da Norte-Sul e da Ferrovia Centro Atlântica, dentro
dos programas de infraestrutura de transporte do PAC.
58
Caminhão “fora de estrada” transportando minério de cobre (Mina do
Sossego).
59
•Jazida de cobre de Caraíba (Vale do Curaçá, BA) é do tipo ígneo, com sulfetos
intrusivos. O principal minério formado é constituído por calcopirita, bornita e
magnetita
60
6.5 –Usinas de beneficiamento de cobre.
61
7- Tópicos Especiais em Mineração de Grafita.
62
O mineral pode ser classificado em três tipos comerciais: grafita em
flocos, em veio cristalino e amorfa, por fim, subdivididos em várias grades
baseando-se no teor de carbono, tamanho da partícula e tipos de impurezas.
63
1- A Grafita tem em sua composição principalmente carbono, podendo ser
contaminada pelo óxido de ferro, argila ou outros minerais;
64
Grafita em flocos.
65
estudo recente indica que nos Estados Unidos a demanda de grafita, nos EUA, está
distribuída da seguinte forma:
1- Refratários – 22%
2- Lubrificantes – 5%
3- Lona de freio – 21%
4- Revestimento de moldes – 8%
5- Outros produtos – 44% (células a combustíveis etc.).
66
lubrificantes; lápis; plásticos e resinas; Aditivos de carbono; coberturas; materiais
de fricção; lubrificantes; lápis; refratários/ gaxetas; isolantes; lubrificantes;
pinturas; vedações; catalisadores; suspensões condutivas;lubrifcantes; ligas
metálicas; agentes liberadores de molde etc.
67
nanotubo feito com grafita.
68
abastecer as usinas de Angra 1 e 2, pois a única mina em operação, em Caetité
(BA), não conseguiu cumprir os planos de aumentar a lavra e ainda teve a produção
reduzida por falta de licenças da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).
69
A jazida de Itataia é composta de minério de fosfato associado com
minério de urânio. Essa composição faz com que o urânio não possa ser extraído
sem que se promovam, simultaneamente, a lavra e o beneficiamento do minério de
fosfato. O urânio, cujo monopólio para exploração, utilização e comercialização é
da União, ficando o fosfato com a Galvani. Segundo a INB, com a mineração em
Santa Quitéria, o Brasil terá mais 1.600 toneladas anuais de urânio, o que permitirá
a empresa atender à demanda das novas usinas a serem construídas no país de
acordo com o Programa Nuclear Brasileiro.
70
Município de Santa Quitéria/CE onde se localiza a mina de Itatiaia.
71
Os procedimentos de extração do minério e da recomposição dos
terrenos serão executados de maneira integrada, de tal forma que a lavra dos
minérios seja seguida de perto pela sua recuperação ambiental.
72
Mina de Itatiaia (galeria de pesquisa subterrânea).
73
resistente a corrosão e por conta desta propriedade é utiliado em motores marítimos
e na indústria química.
74
As reservas totais de minério de níquel do Brasil, predominantemente
formadas por minerais lateríticos, estavam estimadas em 2008, em cerca de 10,0
milhões de toneladas de níquel contido, estando distribuídas basicamente por cinco
estados: Goiás, Pará, Piauí, Minas Gerais e São Paulo. Apesar de as estatísticas
oficiais não registrarem, a Bahia detém reservas estimadas em mais de 500 mil
toneladas de níquel contido. Entretanto, são nos estados de Goiás e Pará que se
concentram mais de 80% dessas reservas e os maiores e os mais importantes
depósitos econômicos de níquel do país.
Barro Alto
A Anglo American anunciou, em dezembro de 2006, a aprovação de
projeto para produção de ferroníquel em Barro Alto com investimento previsto de
US$ 1,5 bilhão. Durante a fase de construção, o empreendimento irá gerar mais de
3,5 mil empregos e cerca de 780 novos postos de trabalho na fase de operação. A
planta produzirá uma média de 36 mil toneladas/ano de níquel contido em liga de
ferroníquel por um período de 26 anos. A implantação do projeto ocorreu em
75
janeiro de 2007 e o início da produção está prevista para o primeiro trimestre de
2010. A expectativa é de que a planta atinja capacidade total durante 2011.
Niquelândia
Ao longo dos seus 25 anos de história a Codemin registra não só o
crescimento corporativo, mas o envolvimento decisivo com a comunidade de
Niquelândia. Hoje, a empresa é responsável por 618 empregos diretos e produz
aproximadamente 10 mil t/ano de níquel contido em liga de ferroníquel. Com
investimento de US$ 100 milhões, a unidade Codemin começou a ser construída
em 1979 e entrou em operação em agosto de 1982. O projeto contou com apoio dos
governos federal, estadual e municipal, de organismos internacionais, além de
organizações não-governamentais e da comunidade de Niquelândia. A influência
da Codemin no município é visível na economia, educação e cultura.
76
de produção da empresa é o concentrado de Níquel de alta qualidade, com 13% a
15% de Ni. Toda sua produção já foi vendida até 2014, sendo 50% para a
Votorantim Metais e 50% para exportação (Norislk Nickel – Finlândia). A metade
da produção anual de concentrado é transportada por 140 km pelas rodovias,
BR-330 e BR-101 até o porto de Ilhéus e daí exportada para a Norilsk na Finlândia
sendo que a outra metade será retirada na Mina pela Votorantim e transportada por
1.375km para Fortaleza de Minas, no Estado de Minas Gerais.
77
Em maio de 2011, a Vale inaugurou seu primeiro empreendimento
no Brasil para a produção de níquel. A mina de Onça Puma está localizada no
município de Ourilândia do Norte, sudeste do Pará, e já é considerada uma das
maiores plantas do insumo no mundo. Constituído de duas minas, que ocupam uma
área de 17 quilômetros quadrados, o projeto Onça Puma abrange as cidades de
Ourilândia do Norte, Tucumã e Parauapebas. O empreendimento tem capacidade
de produção anual de 220 mil toneladas de ferro-níquel, contendo 53 mil toneladas
de níquel, um metal extremamente valorizado na indústria siderúrgica,
principalmente para produção de aço inoxidável.
78
Mina de níquel em operação (Mina Santa Rita em Itagibá/BA).
79
minerais industriais (RMIs, como nos referiremos aqui com freqüência). Drenagem
ácida e contaminação com metais pesados são mais regularmente verificadas na
extração de minerais metálicos e carvões, via de regra requerendo tratamentos
especiais preventivos ou corretivos.
80
19- Vermiculita
20- Wollastonita
21- Zeólitas
22- Zircônio
23- Sal
24- Sílica
25- Minerais abrasivos
26- Agregados
27- Alumina/Bauxita
28- Antimônio
29- Amianto
30-Argilas plásticas/”81ine 81ine”
31- Barita
32- Bentonita
33- Minerais de berílio
34- Boratos
35- Bromo/Iodo
36- Carbonato de cálcio
37- Cromita
38- Diamante
39- Diatomita
40- Dolomita
41- Enxofre
42- Feldspato
43-Fluorita
81
predomina a produção por pequenas e médias empresas, assim como os Arranjos
Produtivos Locais (APLs).
82
Na página seguinte, temos a ilustração esquemática simplificada de
espectrômetro de fluorescência de raios X, que é um dos equipamentos utilizados
em laboratório não só para a análise de minérios como de outros elementos. O
espectrômetro de fluorescência de raios X contém um fonte de excitação, em geral
um tubo de raios X, o porta amostras com o espécime, esistemas
os de
dispersão, detecção e processamento de dados, conforme pode ser
observado.
83
amostras coletadas devem ser guardadas por um ano. Dentre os resultados obtidos
pelas análises, podemos destacar:
1- A extração e determinação de vários cátions e ânions, assim como a
digestão do material mineral pelo ácido sulfúrico e fluorídrico-perclórico;
2- O pH é a medida mais simples feita no solo,mas, sem dúvida, de grande
importância. Ele reflete um conjunto complexo de reações no sistema
solo-solução e é muito útil quando associado a propriedades do solo, como
o estado em que se encontram as bases e a solubilidade de micronutrientes
em alguns extratores.
3- Determinação da acidez potencial do solo.
4- Determinação de cátions trocáveis (extração de cálcio, magnésio, potássio e
sódio trocáveis do solo e sua determinação).
5- Extração e determinação do amônio trocável (o amônio também é um
cátion de importância e ocupa o complexo coloidal do solo em forma
trocável, com exceção de alguns solos com argilas ilíticas, onde pode
aparecer em forma dificilmente trocável.
6- Determinação da capacidade de troca de cátions (CTC), que evidencia a
habilidade do solo de reter e trocar íons positivamente carregados na
superfície coloidal, talvez seja uma das mais importantes propriedades
físico-químicas do sistema.
7- Determinação da salinidade do solo. O termo sais solúveis, quando aplicado
a solo, designa aqueles constituintes que apresentam apreciável solubilidade
em água. A salinidade de um solo, tanto natural como ocasionada por sais
nele colocados, pode ser medida pela condutividade elétrica do extrato. A
condutividade é aproximadamente proporcional à quantidade de sal da
solução, dando uma indicação da concentração de constituintes ionizados.
8- Determinação do carbono orgânico e da matéria orgânica. O carbono ocorre
no solo na forma tanto orgânica como inorgânica. A grande maioria é
encontrada na matéria orgânica e em minerais carbonatados. Em regiões de
clima muito úmido, onde os perfis são submetidos a intensa lixiviação, o
carbono aparece predominantemente na forma orgânica.
9- Determinação do nitrogênio total (orgânico mais amoniacal). O nitrogênio
no solo encontra-se principalmente na forma orgânica e é parte integrante
da sua matéria orgânica. As mudanças produzidas nessa matéria são sempre
acompanhadas de mudanças semelhantes no nitro-gênio orgânico. É de
grande importância a interpretação do teor de nitrogênio num perfil ou entre
solos e suas relações com o teor de carbono (relação C/N) no que diz
respeito à evolução e comportamento da matéria orgânica.
84
10- Extração e determinação do nitrato. O nitrato é a forma de nitrogênio
prontamente assimilável pelas plantas e com maior possibilidade de se
acumular no solo. Seu comportamento é extremamente dinâmico dentro do
perfil por causa de sua baixa retenção nas partículas do solo, o que lhe
permite a lixiviação ou ascensão, dependendo das condições climáticas e da
interação com microrganismos que podem absorver ou liberar essa forma
de nitrogênio para a solução do solo, evitando, em algumas condições, seu
acúmulo e mesmo causando deficiência de nutrientes. O nitrato é muito
pouco retido no solo e, à exceção do cloreto, praticamente qualquer ânion
compete com ele por lugares de troca da fase sólida do solo.
11- Determinação de cloreto presente. O cloreto é um elemento essencial às
plantas. Sua determinação no solo não se prende, todavia, ao fato de estar
ou não em níveis de deficiência, mas a motivos específicos, como
acompanhar o movimento da água e revelar a presença de sais em
quantidades elevadas (mesmo que seja adubo).
12- Determinação de Zn, Cu, Fe e Mn. As determinações desses quatro
elementos são solicitadas pelos pesquisadores com certa regularidade por
causa da deficiência (Zn, Cu e Fe) ou toxicidade (Zn, Fe e Mn) QUE podem
causar em algumas culturas.
13- Extração e determinação de diferentes formas de manganês. O manganês
merece atenção não só pelo seu papel como nutriente de plantas, mas,
também, pela sua complexidade química no solo.
Por fim, vale observar que para o caso de área onde ocorre a
pesquisa e lavra de água mineral, outros exames químicos e bacteriológicos são
realizados, alguns em determinada fase (pesquisa, lavra ou fechamento de mina) e
outros em todas as fases do projeto. Merecem comentário os seguintes:
1- Potabilidade: Análises de parâmetros que definem a potabilidade sob o
ponto de vista químico e físico-químico de águas para uso doméstico,
consumo humano, paisagismo etc. Atende a cliente particular e convênios.
2- Análise química completa (análise prévia visando classificação da água):
Determinação de parâmetros químicos e físico-químicos que determinarão a
potabilidade e composição química provável das águas provenientes de
surgências naturais ou artificialmente captadas (poços), visando à
classificação conforme o Código de Águas Minerais vigente. Deve-se
observar a legislação pertinente (RDC 274/2005 e Código de Águas
Minerais).
85
3- Análise especificada: Especificação de parâmetros químicos ou
físico-químicos a serem analisados, conforme solicitação do cliente. Atende
ao cliente particular, DNPM, convênios e projetos.
4- Análise Prévia (análise química completa e especificada: Para uma
avaliação inicial da água, o LAMIN oferece as análises de potabilidade
química completa e especificada para os parâmetros de interesse.
86
d) É desejável que sobre o poço já exista a casa de proteção, a bomba em aço
inoxidável definitiva e um flange de proteção na boca do poço, a fim de
preservá-lo de contaminações.
e) Se houver desinfecção da fonte ou poço, essa deve ser feita, no mínimo, com
15 dias de antecedência da ida do técnico (um tempo menor poderia deixar
resíduos de cloro que poderiam inviabilizar a realização das análises).
f) Que antes da coleta será realizado pelo técnico um teste para identificação da
presença de cloro na água, sendo que tal procedimento se destina a evitar a
coleta e posterior análise de amostras contaminadas com cloro.
g) Caso a captação seja feita através de poço, nos 2 dias que antecedem o dia do
estudo in loco a bomba deverá permanecer ligada por no mínimo 6 horas/dia.
h) No dia do estudo in loco a bomba deverá ser ligada seis horas antes do início
da coleta, permanecendo assim até o final das análises.
87
fosfato, arseniato, telurato, fluoreto, molibdato, cianeto. É também comum o
derrame de óleos, graxas, solventes orgânicos, emissão de gases, descarte de
plásticos, lodos (precipitados), rejeitos produtores de ácidos, poluição visual,
alterações da biodiversidade, deposição-estocagem de rejeitos (bacias, cavas),
radioatividade, combustão espontânea (pirita do carvão, por exemplo).
88
Normalmente, na apresentação do Plano de Aproveitamento
Econômico, o minerador indica as providências, nas diversas fases da atividade de
mineração, que serão tomadas visando o controle e execução do tratamento de
efluentes decorrentes da atividade 89ineraria. Mais recentemente, as autoridades
federais, no intuito de melhor regularem a questão, criaram o Cadastro Nacional de
Barragens e adotaram o Plano Nacional de Segurança de Barragens, como forma de
melhor monitorar e normatizar a questão.
89
à aprovação dos órgãos fiscalizadores relatório especificando as ações e o
cronograma para implantação do Plano de Segurança da Barragem, até 20 de
setembro de 2013, este DNPM disponibiliza neste ambiente, os meios de
envio/recebimento de documentos sobre a referida temática.
90
Ferro 2.113 845 40
Cobre 1.648 15 0,91
Ouro 745 0,0025 0,00033
Fonte: Worldwatch Institute (2000).
91
imprescindível ao setor industrial, que procura aliar a boa aceitação de seus
produtos no mercado internacional com a conformidade com a legislação ambiental
vigente. Reutilizar as águas de processo torna-se igualmente fundamental à
realidade das indústrias, na medida em que este procedimento possibilita a
diminuição de custos gerais.
92
seguir onde temos de forma simples representados o ciclo da água e a importância
de tal substância para o organismo humano, o que torna claro o cuidado necessário
para a manutenção dos recursos hídricos uma vez que estes influem diretamente na
saúde dos seres vivos.
93
Principalmente na lavra de água mineral, o cuidado deve ser maior
ainda, pois além da atividade extrativa em si (perfuração de poço), há também a
questão do envase onde a interferência humana no processo é direta e qualquer
descuido com controle de higiene e procedimentos pode acarretar em envase e
comercialização de um produto (água mineral) que cause algum tipo de
contaminação junto ao consumidor.
16-Legislação aplicada ao controle de qualidade de águas
94
e envasada. O produto Água Mineral é um recurso natural que não sofre nenhum
tipo de intervenção por parte da empresa, e, em se tratando de um recurso natural, o
mesmo está sujeito a variações de sua composição em função de condições
climáticas e estações do ano, por exemplo.
95
Em todo projeto de mineração (Plano de Aproveitamento Econômico
para empresas detentoras de Portaria de Lavra ou Plano de Lavra para os casos de
minas detentoras de Registro de Licença), a questão de reuso de água deve ser
abordada e devidamente descrita nos processos produtivos. Também no Relatório
Anual de Lavra (RAL), o DNPM solicita a apresentação de informações detalhadas
quanto a volumes, origem, uso e destino ou reuso da água, de forma a poder no
longo prazo tem informações sobre como o empreendimento possa estar afetando a
manutenção de água disponível na área.
96
O maior desafio ainda é encontrar técnicas economicamente viáveis,
mas certamente a tendência de diminuição de disponibilidade de água potável fará
com que no médio prazo a questão de custo elevado seja compensada por um
aumento no preço para disponibilização de água potável pelos métodos tradicionais
(caso de caminhões pipa ou sistemas de irrigação, por exemplo).
97
Deste modo, para que se obtenha cada vez mais um maior volume
de informações detalhadas e com qualidade, técnicas como geofísica estão sendo
utilizadas e modelos computacionais sendo utilizados para o tratamento de dados e
modelamento de jazidas, não só na fase de prospecção (determinação de reservas),
mas também e especialmente na fase de planejamento e execução de lavra, visando
assim lavrar o minério com teores/qualidade o mais bem conhecidos e definidos e a
um custo menor, garantindo ainda uma maior vida útil à mina.
.
Ilustração de pesquisa mineral utilizando geofísica.
98
Exemplo de modelo tridimensional de corpo mineral elaborado a
partir de levantamento de dados geofísicos e de pesquisa mineral
99
VANT utilizado pela FAB em operações de vigilância de fronteira,
mas que também pode ser utilizado em mapeamento de áreas.
100
ANGLO AMERICAN. Site institucional. Acessados os relatórios anuais e outros
informes do negócio níquel. Disponível em http://www.angloamerican.com.br/.
BAVER, L.D.; GARDNER, W.H. & GARDNER, W.R. Soil physics. New York,
John Wiley & Sons, 1972. 498 p.
101
Minerals. November.
SCLIAR, CLAUDIO (1996): Geopolítica das minas no Brasil. Editora Revan, 187
p
102
VON SPERLING, M Lagoas de Estabilização: Princípios do tratamento biológico
de águas residuárias. Vol. 3.. Editora UFMG. 2006. 196 p.
103