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sumário
UNIDADE 1 – ESTRUTURA ATÔMICA ........................................................................................... 1
VII
6.1 AS LIGAS METÁLICAS ................................................................................................................. 42
7 GEOMETRIA E POLARIDADE DAS MOLÉCULAS .................................................................. 43
7.1 POLARIDADE ................................................................................................................................. 45
7.1.1 Polaridade Molecular ............................................................................................................... 46
7.1.2 A polaridade e a solubilidade .................................................................................................. 47
8 FORÇAS INTERMOLECULARES ................................................................................................... 47
8.1 FORÇAS DE VAN DER WAALS .................................................................................................. 48
8.2 DIPOLO-DIPOLO OU DIPOLO INSTANTÂNEO .................................................................... 48
8.3 PONTES DE HIDROGÊNIO OU LIGAÇÕES DE HIDROGÊNIO .......................................... 49
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 50
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 52
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 54
VIII
TÓPICO 4 – ÓXIDOS ............................................................................................................................. 95
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 95
2 DEFINIÇÃO E COMPOSIÇÃO DOS ÓXIDOS ............................................................................ 95
3 CLASSIFICAÇÃO ................................................................................................................................ 96
3.1 ÓXIDOS BÁSICOS .......................................................................................................................... 96
3.1.1 Óxidos ácidos ou anidridos ..................................................................................................... 97
3.2 NOMENCLATURA DOS ÓXIDOS ............................................................................................. 98
3.3 ÓXIDOS ANFÓTEROS .................................................................................................................. 99
3.4 ÓXIDOS INDIFERENTES OU NEUTROS .................................................................................. 99
3.5 ÓXIDOS DUPLOS, MISTOS OU SALINOS ................................................................................ 100
3.6 PERÓXIDOS .................................................................................................................................... 100
3.7 POLIÓXIDOS OU SUPERÓXIDOS .............................................................................................. 101
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 102
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 104
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 105
IX
5 CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES ............................................................................................ 138
5.1 TÍTULO EM MASSA (T) ................................................................................................................ 141
5.2 RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO COMUM, DENSIDADE E TÍTULO ...................... 143
5.3 CONCENTRAÇÃO MOLAR ........................................................................................................ 144
5.4 RELAÇÃO ENTRE CONCENTRAÇÃO COMUM E CONCENTRAÇÃO MOLAR ............ 144
5.5 FRAÇÃO MOLAR .......................................................................................................................... 146
5.6 CONCENTRAÇÃO MOLAL (W) ................................................................................................. 148
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 150
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 151
X
UNIDADE 1
ESTRUTURA ATÔMICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Em cada um deles você encontrará
atividades visando à compreensão dos conteúdos apresentados.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
ESTRUTURA ATÔMICA
1 INTRODUÇÃO
Olá, caro acadêmico! Iremos iniciar o estudo da estrutura atômica, ou seja,
estudaremos a estrutura do átomo. Afnal, você já deve ter ouvido falar em átomo,
correto? E você sabe o que é um átomo? Então, convido-o a estudá-lo a partir de
agora.
3
FIGURA 1 – OS QUATRO ELEMENTOS VITAIS: TERRA, ÁGUA, AR E FOGO
FONTE: <https://lh4.googleusercontent.com/-B5LZph5Ghd0/TWj3BVoiTqI/AAAAAAAAB8Y/
nq0EDmroH7w/s1600/imagesCA2FH22G.jpg>. Acesso em: 21 jan. 2016.
4
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
para demonstrar que os átomos são constituídos por partículas ainda menores,
subatômicas. (USBERCO; SALVADOR, 2006).
John Dalton f cou conhecido como o “Pai da Teoria Atômica” e o seu modelo
f cou conhecido conforme a Figura 2:
Modelos Atômicos
→ Esfera maciça;
→ Indivisível;
→ Indestrutível;
→ Imperecível;
→ Sem carga elétrica.
"Bola de Bilhar" John Dalton
FONTE: <http://image.slidesharecdn.com/apresentaomodelosatmicos-elenice120323132857-
phpapp02/95/apresentao-modelos-atmicos-elenice-6-728.jpg?cb=1332509716.>. Acesso em: 21 jan. 2016
5
UNIDADE 1 | ESTRUTURA ATÔMICA
DICAS
6
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
Ele propôs que o átomo seria constituído no centro por um núcleo positivo
que continha a massa e os nêutrons do átomo. A região fora do núcleo, chamada
de eletrosfera, deveria ser ocupada pelos elétrons de carga negativa, orbitando ao
redor do núcleo.
núcleo
eletrosfera
ou coroa
elétron
DICAS
7
2.4 O MODELO ATÔMICO DE NIELS BOHR – TEORIA
ATÔMICA ATUAL
Niels Bohr (1885-1962) desenvolveu um modelo atômico partindo dos
seguintes postulados:
1 K 1s 2
2 L 2s 2p 8
3 M 3s 3p 3d 18
4 N 4s 4p 4d 4f 32
5 O 5s 5p 5d 5f 32
6 P 6s 6p 6d 18
7 Q 7s 7p 8v
8
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
3 A MATÉRIA
A matéria é defnida como tudo o que possui massa, volume e ocupa
lugar no espaço. Se olharmos ao nosso redor, perceberemos que estamos cercados
de matéria, como árvores, carros, ar, alimentos, água etc. Porém, devemos ter o
cuidado para não confundir energia com matéria. Energia não pode ser considerada
como matéria, pois não ocupa lugar no espaço. Existem vários tipos de energia,
como solar, elétrica, cinética, sonora, mecânica etc. Sendo assim, energia é uma
transformação, realização de trabalho.
Toda matéria é formada por átomos, e estes são defnidos como as menores
partículas que constituem a matéria. Ao se defnir a composição de um material ou
substâncias, consegue-se identifcar quais os átomos que a formam, ou seja, quais
os elementos químicos que estão presentes.
9
QUADRO 1 - SUBDIVISÕES DAS SUBSTÂNCIAS E MISTURAS
10
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
n=A–Z
Lembrando:
n = número de nêutrons
A = número de massa atômica
Z = número atômico
Exemplo: 20
Ca 40 n = A – Z ------ n = 40 – 20 ------ n = 20
3.1.1 Íons
Os elementos químicos apresentam a tendência de perder ou ganhar
elétrons para se estabilizar quimicamente, ou seja, alcançar os oito elétrons na
camada de valência. Tal estabilidade é explicada pela regra do octeto. Quando
um elemento químico perde ou ganha elétrons, ele se torna uma espécie química
carregada eletricamente chamada de íon.
OS CÁTIONS: são íons que doam (perdem) elétrons, desta forma adquirem
carga positiva. Ex.: Na+1, Ca+2, Al+3 etc.
Resolução:
O cátion trivalente pode ser representado porX3+, que contém: 10 elétrons e 14 nêutrons, logo,
por ser um cátion trivalente, significa que ele doou três elétrons e assim o seu número atômico
(Z) é igual a 13.
13
X3+ = 13 – 3 = 10.
TE
IMPORTAN
12
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
RADIOISÓTOPOS APLICAÇÃO
3.2.1 Isótopos
São átomos de um mesmo elemento químico que apresentam o mesmo
número atômico (Z) e diferentes números de massa atômica (A). O magnésio, por
exemplo, é um elemento químico que ocorre na natureza na forma de três isótopos.
12
Mg24 12
Mg25 12
Mg26
H2
1
Deutério 0,015%
H3
1
Trítio, Tricédio, Tritério 10-7%
FONTE: A autora
13
3.2.2 Isóbaros
São átomos que apresentam o mesmo número de massa atômica (A) e
diferente número atômico (Z), logo, pertencem a elementos químicos diferentes.
Na tabela periódica encontram-se vários elementos químicos com o mesmo valor
de massa atômica.
3.2.3 Isótonos
São átomos de diferentes elementos químicos com números atômicos (Z)
e números de massas atômicas (A) diferentes, porém, com mesmo número de
nêutrons. Sendo: n = A – Z.
Ex.: 7
N14 14 – 7 = 7 nêutrons
6
C13 13 – 6 = 7 nêutrons
3.2.4 Isoeletrônicos
São espécies químicas diferentes que apresentam o mesmo número de
elétrons. Tais espécies englobam os íons, cátions e ânions, e também os elementos
químicos.
Ex: 13 Al+3 -> Z = 13, como é um cátion trivalente (+3) perde três elétrons e
fnaliza com 10 elétrons.
O-2 -> Z = 8, como é um ânion bivalente (-2) ganha dois elétrons e fnaliza
8
com 10 elétrons.
14
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
NOTA
Considere as representações:
3x + 32
R11x + 15 5x – 8
S12x – 2 4x + 10
T10x + 35
Sabendo que R e S são isótopos, determine os números atômicos (Z) e os números de massa
(A) de R, S e T.
Resolução:
92
R235 92
S238 90
T 235
DICAS
15
Cada camada eletrônica ou nível de energia apresenta um número quântico
principal (n), que é o valor numérico que se localiza antes do subnível de energia.
Confra no Quadro 4 abaixo:
16
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
TE
IMPORTAN
Caro acadêmico, caso seja necessário, volte ao assunto sobre o modelo atômico
de Niels Bohr para relembrar as camadas ou níveis de energia.
Ex.: Ba56 - 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p6 5s2 4d10 5p6 6s2
FONTE: A autora
Subníveis s p d f
N° máx. de
2 elétrons 6 elétrons 10 elétrons 14 elétrons
elétrons
N° quântico
0 1 2 3
secundário
FONTE: A autora.
18
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
19
Número quântico de spin (ms): para cima ↑ = +1/2
Número quântico de spin (ms) para baixo ↓ = -1/2
TE
IMPORTAN
20
TÓPICO 1 | MODELOS ATÔMICOS
21
RESUMO DO TÓPICO 1
Nesse tópico você aprendeu que:
• A matéria é defnida como tudo que possui massa, volume e ocupa lugar no
espaço.
• Quando um elemento químico perde ou ganha elétrons ele se torna uma espécie
química carregada eletricamente, chamada de íon.
22
AUTOATIVIDADE
a) ( ) John Dalton.
b) ( ) Ernest Rutherford.
c) ( ) Niels Bohr.
d) ( ) J. J. Thomson.
23
24
UNIDADE 1
TÓPICO 2
A TABELA PERIÓDICA
1 INTRODUÇÃO
Sempre foi preocupação dos cientistas organizar os resultados obtidos
experimentalmente de tal maneira que semelhanças, diferenças e
tendências se tornassem mais evidentes. Isto facilitaria previsões a partir
de conhecimentos anteriores. Um dos recursos mais usados em Química
para atingir essa fnalidade é a Tabela Periódica. As primeiras tabelas
foram propostas no início do século XIX; porém, apresentavam mais
erros do que acertos.Foi somente em 1869 que surgiu uma tabela que
atendia às necessidades dos químicos e que se tornou a base da Tabela
Periódica atual. Foi proposta por Dimitri Ivanovitch Mendeleev (1834-
1907) e organizava os elementos em linhas horizontais, os períodos ou
séries, e em linhas verticais, os grupos ou famílias. (S/A. Disponível em:
<htp://slideplayer.com.br/slide/337072/>. Acesso em: 18 mar.2016).
DICAS
25
2 A ORGANIZAÇÃO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS NA TABELA
PERIÓDICA
A Tabela Periódica atual é constituída por 18 famílias. Cada família
contém elementos com propriedades químicas semelhantes, devido ao fato de
apresentarem o mesmo número de elétrons na camada de valência. Na família 1A,
por exemplo, todos os elementos apresentam um elétron na camada de valência.
Atualmente, 118 elementos químicos estão organizados na Tabela Periódica em
ordem crescente de seus números atômicos (Z). Confra na Figura 12:
TE
IMPORTAN
26
TÓPICO 2 | TABELA PERIÓDICA
TE
IMPORTAN
• Cisurânicos: recebem esse nome (cis = “aquém de”) porque apresentam número
atômico inferior a 92, o do elemento urânio. São os seguintes: tecnécio (Tc),
ástato (At), frâncio (Fr) e promécio (Pm).
27
realização de uma distribuição eletrônica, defne-se como camada de valência
aquela que apresentar o maior número quântico principal, e você pode utilizá-la
também para defnir o período em que o elemento se encontra na Tabela Periódica.
Ex.: Camada de valência do K (potássio) = 4s 1, o 4 indica que o potássio está no
quarto período da Tabela Periódica, ou seja, na quarta linha horizontal.
28
TÓPICO 2 | TABELA PERIÓDICA
DICAS
DICAS
29
RESUMO DO TÓPICO 2
• A Tabela Periódica atual é constituída por 18 famílias. Cada família contém
elementos com propriedades químicas semelhantes, devido ao fato de
apresentarem o mesmo número de elétrons na camada de valência.
• Cisurânicos: recebem esse nome (cis = “aquém de”) porque apresentam número
atômico inferior a 92, o do elemento urânio. São os seguintes: tecnécio (Tc),
ástato (At), frâncio (Fr) e promécio (Pm).
• A Tabela Periódica possui sete períodos ou séries, que são as linhas horizontais,
numeradas de 1 a 7 através dos números quânticos principais, que representam
as sete camadas eletrônicas ou níveis de energia, K, L, M, N, O, P e Q,
respectivamente.
30
AUTOATIVIDADE
31
32
UNIDADE 1
TÓPICO 3
LIGAÇÕES QUÍMICAS
1 INTRODUÇÃO
Na natureza são raros os elementos químicos que se encontram de forma
isolada. Na verdade, os únicos elementos que formam substâncias elementares
são os elementos pertencentes à família 8A ou grupo zero da Tabela Periódica. Os
gases nobres (família 8A) são estáveis, pois apresentam oito elétrons na camada de
valência, com exceção do gás hélio (He), que é estável com dois elétrons na camada
de valência, e são pouco reativos, pois não necessitam realizar ligações químicas
com outros elementos.
2 LIGAÇÕES QUÍMICAS
Ligação química é o nome dado às formas de associação existentes entre
os átomos. (COVRE, Geraldo José, 2001, p. 109). Qualquer fenômeno químico
ocorre na eletrosfera (local onde se encontram os elétrons) do átomo. As ligações
químicas, por exemplo, acontecem devido às interações entre as eletrosferas dos
átomos ligantes. E por qual motivo isso acontece? Se observarmos os gases nobres,
que já são estáveis, perceberemos que esses elementos possuem uma característica
típica em relação às suas confgurações eletrônicas e o número de elétrons na
camada de valência.
33
Valência - É o que determina o número de ligações que o átomo necessita
fazer.
FONTE: A autora
DICAS
Caro acadêmico, confira na tabela de cátions esses dois íons. Aproveite para
realizar suas distribuições eletrônicas e verifique os números de elétrons nas respectivas
camadas de valência.
34
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
3 AS LIGAÇÕES IÔNICAS
“Ligação iônica ou eletrovalente é aquela que se estabelece por meio da
transferência defnitiva de elétrons entre átomos”. (COVRE, Geraldo José, 2001,
p. 110). Este tipo de ligação ocorre entre um elemento metálico e um elemento não
metálico por transferência de elétrons. Os metais são catiônicos, por isso doam seus
elétrons da camada de valência para os não metais, que são aniônicos e por isso
recebem esses elétrons, ambos com o intuito de se estabilizar. Essa transferência de
elétrons pode ser representada através da notação de Lewis.
Note que foram necessários dois íons Cℓ-1 para estabilizar o íon Ca+2 e
formar o composto CaCℓ2 e que as cargas dos íons desceram de forma invertida.
Observação:
35
Ca................... +2
2º)
Ca3P2
P........................... - 3
Ex. 2: Repare mais uma vez, na fgura seguinte, que os elétrons da camada
de valência estão ao redor dos átomos (Notação de Lewis), mostrando que o elétron
do cátion metálico é transferido para o ânion não metálico. Ou seja, o Al (alumínio)
apresenta três elétrons na camada de valência (família 3A) para ser doado, por isso
é nomeado como cátion (carga positiva) trivalente. Já o fúor (F) recebe a nomeação
de ânion (carga negativa) monovalente, pois só precisa receber um elétron para se
estabilizar, afnal apresenta sete elétrons na camada de valência (família 7A).
36
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
A. xB A ----- B
37
5 A OCORRÊNCIA DAS LIGAÇÕES COVALENTESOU
MOLECULARES
Este tipo de ligação ocorre entre um elemento não metálico com outro não
metálico, hidrogênio com hidrogênio e hidrogênio com um elemento não metálico
por compartilhamento de elétrons, com diferença de eletronegatividade inferior
a 1,7.
Resumindo:
38
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
40
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
6 A LIGAÇÃO METÁLICA
“Ligação metálica é aquela realizada entre átomos e cátions de metais cujos
elétrons mais externos migram do átomo para o cátion e vice-versa” (COVRE,
Geraldo José, 2001 p. 120).
Caro acadêmico, como o próprio nome diz, este tipo de ligação química
ocorre entre metais. Os metais apresentam várias características, como boa
condutividade de calor e eletricidade, maleabilidade (capacidade de formar
lâminas), ductibilidade (capacidade de formar fos), tenacidade (resistência à
tração), são sólidos à temperatura ambiente (25°C), com exceção do mercúrio (Hg),
que é o único metal líquido, e são doadores de elétrons, ou seja, são catiônicos.
Este tipo de ligação é conhecido como “mar de elétrons” ou “nuvem de elétrons”.
Veja a Figura 21:
41
6.1 AS LIGAS METÁLICAS
Uma liga metálica é a junção de dois ou mais metais ou de metais com
ametais, cujo componente principal é um metal. Porém, raramente um metal
possui todas as qualidades necessárias para determinada aplicação.
DICAS
Você sabia que usamos várias ligas metálicas em nosso dia a dia? O aço inoxidável
(ferro, carbono e cromo) e o bronze (cobre e estanho) são alguns exemplos. A seguir veremos
mais alguns no Quadro 8.
DICAS
42
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
• Geometria molecular
• Geometria linear: formada por dois elementos ou por três elementos sem sobra
de pares de elétrons no átomo central. Com ângulo de ligação igual a 180º.
43
• Geometria Trigonal Plana: formada por quatro elementos e não há sobra de
pares de elétrons no átomo central, com ângulo de ligação igual a 120º.
44
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
7.1 POLARIDADE
Caro acadêmico, você já ouviu falar em polaridade? E em polos contrários?
Polos positivos e negativos? Neste momento iremos estudar um assunto que irá
contemplar esses termos, e ainda nos ajudará a entender inúmeros fenômenos que
ocorrem em nosso cotidiano.
NOTA
45
7.1.1 Polaridade Molecular
Para verifcarmos se uma molécula é polar ou apolar, devemos utilizar o
vetor µ (momento dipolar), que apresenta as seguintes características:
TE
IMPORTAN
46
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
Ex.: O KCl (polar) dissolve-se em H2O (polar), mas não se dissolve em C6H6
(apolar). O CH4 (apolar) dissolve-se em C6H6 (apolar), mas não se dissolve em H2O
(polar).
8 FORÇAS INTERMOLECULARES
“Força intermolecular é o nome dado à atração existente entre unidades
elementares”. (COVRE, 2001, p. 141). São forças de interações entre moléculas. As
forças intermoleculares justifcam a presença dos estados físicos das substâncias:
estado sólido, estado líquido e estado gasoso, o que nos faz concluir que, entre
as moléculas, existem forças de atração de diferentes intensidades. As forças
intermoleculares interferem diretamente nas temperaturas de fusão (PF) e nas
temperaturas de ebulição (PE) de uma substância. Quanto mais intensa for a força
de atração entre as moléculas, mais difícil será separá-las, ou seja, será necessário
fornecer muita energia para que tal separação ocorra, o que justifca as altas
temperaturas de fusão e ebulição.
NOTA
47
8.1 FORÇAS DE VAN DER WAALS
As Forças de Van der Waals ocorrem entre moléculas polares. A formação
do dipolo se dá através da diferença de eletronegatividade entre os ligantes: o polo
da extremidade negativa de uma molécula atrai o polo da extremidade positiva da
molécula vizinha.
Esse tipo de interação também ocorre nas ligações iônicas, porém com
uma intensidade bem menor. Na fgura anterior temos o exemplo do HCl, a uma
temperatura de –84 ºC, onde já se consegue quebrar as ligações das moléculas do
ácido clorídrico no estado líquido e, assim, pode ocorrer a passagem para o estado
gasoso.
• FORÇAS DE VAN DER WAALS: São interações fracas e são classifcadas em:
Dipolo-Dipolo e Dipolo-Instantâneo - Dipolo Induzido (ou Forças de London).
48
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
ATENCAO
Quanto mais intensa for a força intermolecular, maior será a energia necessária
para separar as moléculas, ou seja, maior serão as temperaturas de fusão e ebulição.
49
Forças de Van der Waals -> Dipolo -Instantâneo -> Pontes de Hidrogênio
ATENCAO
LEITURA COMPLEMENTAR
50
TÓPICO 3 | LIGAÇÕES QUÍMICAS
51
RESUMO DO TÓPICO 3
• Os átomos apresentam a tendência de perder ou ganhar elétrons para obter os
oito elétrons na camada de valência.
• As ligas metálicas são junções de dois ou mais metais, podendo conter um não
metal, com o intuito de melhorar suas propriedades.
• O termo geometria refere-se à maneira como os átomos que formam uma molécula
estão dispostos no espaço. Em outras palavras, é o “desenho geométrico” da
molécula.
52
• Para verifcarmos se uma molécula é polar ou apolar, devemos utilizar o vetor
µ (momento dipolar), que apresenta as seguintes características:
a) Sentido: do átomo menos eletronegativo para o mais eletronegativo.
b) Módulo: é a diferença entre a eletronegatividade dos átomos.
c) Quando os vetores forem para o mesmo sentido o µ= 0 e a molécula será polar.
d) Quando os vetores forem para sentidos opostos o µ = 0 e a molécula será apolar.
53
AUTOATIVIDADE
54
UNIDADE 2
FUNÇÕES INORGÂNICAS
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A unidade de ensino a seguir contempla quatro tópicos e, ao fnal desses
tópicos, você encontrará atividades que irão contribuir para a compreensão e
fxação dos conteúdos estudados.
TÓPICO 1 – ÁCIDOS
TÓPICO 3 – SAIS
TÓPICO 4 – ÓXIDOS
55
56
UNIDADE 2
TÓPICO 1
ÁCIDOS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, seja bem-vindo à Unidade 2 do nosso caderno de estudos.
Neste primeiro tópico iremos estudar as funções inorgânicas que contemplam
centenas de compostos que utilizamos em nosso dia a dia. Bom estudo!
57
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
ATENCAO
Exemplos:
H O H
“perde” o elétron “ganha” os pares de elétrons “perde” o elétron
+1 -2 +1
58
TÓPICO 1 | ÁCIDOS
1°- Toda substância simples apresenta número de oxidação (nox) igual a ZERO.
Famílias grupo A 1A 2A 3A 4A 5A 6A 7A
+4
Nox +1 +2 +3 -3 -2 -1
-4
FONTE: A autora
ATENCAO
59
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
Fórmula H N O3
Cada átomo +1 -2
+1 +5 -6
FONTE: A autora
Para que a soma de todos os nox seja igual a zero, o enxofre (S) apresentará
NOX= +7.
ATENCAO
4º - No caso de íons oxigenados, a soma das cargas (nox) deve ser igualada à carga
do íon, para que no fnal a soma total seja nula.
Exemplo: Cr2O7 -2
Neste caso, teremos que determinar o nox do cromo (Cr) para que a soma
total das cargas (nox) seja nula. Como o Cr 2O7 -2 é um íon, a soma das cargas será
igual à sua carga, - 2.
Assim:
Cr2 x O7 -2 ------- 2x – 14 = -2
-------- 2x = - 2 + 14
-------- 2x = + 12 ------- x = 12/2 ----- x = +6.
60
TÓPICO 1 | ÁCIDOS
Exemplo: água do mar, rica em sais minerais, cátions como Na+1, K+1, Ca+2 e
ânions como Cl-1, NO3-1.
Exemplo:
água
K Cℓ
+ -
(s)
K+ (aq) + Cℓ-(aq)
61
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
FONTE: A autora
Logo:
α= ⇒ 0,08 x 100 = 8%
62
TÓPICO 1 | ÁCIDOS
3 ÁCIDOS
Caro acadêmico, todos nós, em algum momento da vida, já experimentamos
alguma substância ácida, seja uma fruta, um alimento ou uma substância química
que sentimos o odor. Neste momento iremos estudar exatamente o que são essas
substâncias ácidas, para que elas servem, quais seus benefícios e seus malefícios.
ATENCAO
63
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
FIGURA 30 - ESCALA DE PH
0 Springway
1 Ácido de Bateria
2 Suco de Limão
Aumento Chuva
de acidez 3 Vinagre Peixe adulto morre ácida
4 Reprodução dos
peixes afetada
5
Linha normal
6
Leite de chuva
Neutro 7 Linha normal
dos rios
8 Bicarbonato de sódio
9 água do mar
10 Leite de
Aumento de 11 Magnésia
alcalinidade
12 Amônia
13 Barrela
14
Escala de PH
64
TÓPICO 1 | ÁCIDOS
“Ionização é o nome dado ao processo pelo qual a água forma íons que não
existiam” (COVRE, Geraldo José, 2011, pag. 151).
ESPÉCIE RESPONSÁVEL
PELO CARÁTER ÁCIDO:
ÍON HIDRÔNIO OU
HIDROXÔNIO.
Exemplo:
65
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
A = ânion
{ não oxigenado
oxigenado
Exemplos:
Repare que no ácido bromídrico as cargas se anulam, pois têm o mesmo valor,
porém, com sinais contrários. Já no ácido bórico a carga do ânion (BO3)3- desceu na
diagonal, formando três hidrogênios.
3.2 CLASSIFICAÇÃO
Os ácidos podem ser classifcados através de alguns critérios citados a
seguir:
• Ternários: são ácidos que apresentam três elementos diferentes. Exemplo: HCN
(ácido cianídrico).
66
TÓPICO 1 | ÁCIDOS
67
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
Quando:
TE
IMPORTAN
Muitas vezes a força dos ácidos, quanto ao grau de ionização, não influencia
diretamente outras propriedades químicas, como, por exemplo, a corrosão, a toxicidade de
inalação etc.
68
TÓPICO 1 | ÁCIDOS
Exemplos:
ATENCAO
Exemplos:
69
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
NOTA
Caro acadêmico, consulte sua tabela de ânions para verificar os ânions e suas
variações quanto ao número de oxigênios.
Exemplos:
Obs.: Quando o ânion for fxo, ou seja, não apresentar variação quanto ao
número de oxigênios, usa-se a terminação ico.
Exemplos:
DICAS
Verifique a terminação dos nomes dos ânions em sua tabela e saiba qual a
terminação utilizar na nomenclatura do respectivo ácido.
70
TÓPICO 1 | ÁCIDOS
Materiais e reagentes:
• repolho roxo;
• água
• liquidifcador;
• coador;
• 11 copos transparentes ou béqueres;
• caneta e etiquetas para enumerar os copos;
• limão;
• vinagre;
• bicarbonato de sódio;
• sabão em pó;
• água sanitária;
• detergente;
• açúcar;
• leite;
• sal amoníaco;
• soda cáustica (tome muito cuidado ao manipulá-la e sempre use luvas, pois
a soda cáustica é corrosiva, podendo causar queimaduras graves na pele).
Procedimento experimental:
71
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
Resultados e Discussão:
Em água (pH neutro = 7), esse indicador tem coloração roxa, mas conforme
a imagem a seguir mostra, ele muda de vermelho em solução ácida (pH < 7)
para púrpura e depois verde em solução básica (pH > 7). No caso da solução ser
fortemente básica, ele torna-se amarelo:
72
TÓPICO 1 | ÁCIDOS
73
RESUMO DO TÓPICO 1
Com este tópico você aprendeu que:
74
AUTOATIVIDADE
75
76
UNIDADE 2 TÓPICO 2
BASES OU HIDRÓXIDOS
1 INTRODUÇÃO
As bases ou hidróxidos são funções inorgânicas que apresentam pH básico
ou alcalino, ou seja, na escala de pH possuem valores acima de oito, são corrosivas,
e apresentam sabor adstringente ou cáustico, como as bananas verdes, caqui, caju.
Ao tato, as bases ou hidróxidos são escorregadias, ensaboadas.
ATENCAO
Observe que quando a fórmula molecular terminar com OH-, o composto é uma
base ou hidróxido!
77
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
• A dissociação iônica ocorre quando uma base ou hidróxido entra em contato com
a água e ocorre a separação dos íons, os cátions e os ânions.
Exemplo:
Dissociação do cátion
Ca+2 e do ânion 2 OH-.
78
TÓPICO 2 | BASES OU HIDRÓXIDOS
• Bases fortes: formadas por cátions das famílias dos metais alcalinos (1A) e
metais alcalinos terrosos (2A).
Exemplo: NaOH, KOH, Ca(OH)2 e Ba(OH)2.
79
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
DICAS
Caro acadêmico, para que você possa aprofundar seus conhecimentos, seguem
abaixo algumas informações sobre as bases mais comuns em nosso cotidiano:
Hidróxido de sódio:
1. Fórmula: NaOH.
2. Fontes: ele é produzido por meio da eletrólise (passagem de corrente elétrica através da
solução com separação de seus íons) de uma solução de sal de cozinha (cloreto de sódio) e
água:
2 NaCl + 2 H 2O → 2 NaOH + H 2 + Cl 2
Hidróxido de cálcio:
1. Fórmula: Ca(OH)2.
2. Fontes: é obtido por meio da hidratação da cal viva ou cal virgem, que é o óxido de cálcio
(CaO):
CaO +H 2O → Ca(OH)2
3. Aplicações: conhecido comercialmente por vários nomes, como cal extinta, cal hidratada,
cal extinta ou cal apagada. Quando esse sólido branco é misturado com água, é denominado
80
TÓPICO 2 | BASES OU HIDRÓXIDOS
Hidróxido de magnésio:
1. Fórmula: Mg(OH)2.
2. Fontes: pode ser encontrado naturalmente sob a forma do mineral brucita e também
pode ser obtido por meio da decomposição térmica da magnesita e reação com vapor de
água.
3. Aplicações: quando misturado com água, ele dá origem ao leite de magnésia, usado como
antiácido estomacal em pequenas quantidades. Em grandes quantidades, ele é utilizado
como laxante. Também pode ser usado como desodorante, pois ele torna o meio básico,
diminuindo a proliferação das bactérias responsáveis pelo cheiro desagradável do suor, que
se desenvolvem em meio ácido.
Hidróxido de amônio:
Fórmula: NH 4OH (Observação: na verdade, essa solução não existe isolada, mas existem os
íons NH4+ e OH- em solução. Veja o próximo item.)
Fontes: na realidade, o que acontece é que quando se mistura a amônia (NH3) com a água
(H2O), suas moléculas reagem formando os íons NH4+ e OH- .
Portanto, para se obter essa solução, basta borbulhar a amônia, que é um gás, em água,
ocorrendo as seguintes reações:
NH 3 + H 2O → NH 3 . H2O → NH 4+ + OH -
N 2 + 3 H2 → 2 NH 3
81
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
3. Aplicações: Usado para produzir ácido nítrico, fertilizantes agrícolas, explosivos, amaciantes
de roupas, tintas e alisantes de cabelos, desinfetantes, além de ser usado em limpeza
doméstica, na produção de compostos orgânicos e em sistemas de refrigeração.
Hidróxido de ……………………………
Nome do cátion
Exemplos:
Exemplos:
82
TÓPICO 2 | BASES OU HIDRÓXIDOS
Obs.: em relação aos ácidos que possuem sabor azedo, a maior parte é solúvel
em água, são moleculares e só conduzem corrente elétrica em solução aquosa; as
bases apresentam sabor cáustico ou adstringente, a maior parte é insolúvel em
água, são iônicas ou moleculares e conduzem corrente elétrica em água e no estado
fundido. Ao juntarmos um ácido e uma base ocorrerá uma reação de neutralização,
também chamada de reação de salinifcação, que irá gerar como produtos um sal
e água. Os sais são as próximas funções inorgânicas que iremos estudar.
83
RESUMO DO TÓPICO 2
Com este tópico você aprendeu que:
84
AUTOATIVIDADE
85
86
UNIDADE 2
TÓPICO 3
SAIS
1 INTRODUÇÃO
Caro acadêmico, os sais são funções inorgânicas (compostos), muito
frequentes em nosso dia a dia. Eles podem ser encontrados nos alimentos, pela
função de realçar o sabor, como conservantes e, ainda, como um dos ingredientes
fundamentais de vários produtos, tais como em xampus, pastas dentais etc.
O bicarbonato de sódio (NaHCO3), por exemplo, é um sal muito utilizado em
limpezas dentárias.
DICAS
Exemplos:
87
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
3 REAÇÕES DE NEUTRALIZAÇÃO
Os sais são gerados a partir da reação de neutralização entre um ácido e
uma base, que formará como produto um sal e água. As reações de neutralização
podem ser: neutralização total ou neutralização parcial.
88
TÓPICO 3 | SAIS
Exemplos:
Obs.: Caso o cátion tenha carga (nox) variável, usa-se sufxo (terminação)
ico para o maior e o sufxo (terminação) oso para o menor. E ainda, indica-se o
valor do nox (carga) em algarismos romanos. Para verifcar a variação do nox dos
cátions, basta consultar sua tabela de cátions e ânions.
Exemplos:
89
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
São compostos iônicos, ou seja, formados por íons, cátions e ânions, e, desta
forma, conduzem corrente elétrica quando em solução aquosa.
90
TÓPICO 3 | SAIS
Cátions Solúveis
Sulfetos (S2-) Metais alcalinos, alcalinos-terrosos
e amônio
Hidróxidos (OH-) Metais alcalinos, alcalinos-terrosos
e amônio
Carbonatos (CO32-) Metais alcalinos e amônio
Fosfatos (PO43-) Metais alcalinos e amônio
Sais não citados Metais alcalinos e amônio
FONTE: A autora
• SAIS HIDRATADOS
Exemplo:
Exemplos:
Obs.: Neste caso temos um sal duplo ou misto quanto aos cátions, o sódio
e o potássio.
Obs.: Neste caso temos um sal duplo ou misto quanto aos ânions, o cloreto
e o brometo.
91
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
Obs.: Neste caso temos um sal duplo ou misto quanto aos ânions, o cloreto
e o brometo.
DICAS
Você sabia que os sais minerais são elementos químicos únicos que estão
envolvidos em vários processos do organismo? Se você tem uma dieta variada, deverá obter
todos os sais minerais que precisa. Diferentemente das vitaminas, os sais minerais não se
deterioram durante o armazenamento ou preparo, portanto sua deficiência é rara, exceto em
indivíduos com alimentação intravenosa ou certas doenças. Uma exceção é a deficiência de
ferro, que normalmente é resultado de perda de sangue ou pode se desenvolver em vegetarianos
estritos. Seu corpo é capaz de se adaptar para utilizar o máximo de seus suprimentos de
sais minerais, por exemplo, a absorção de ferro aumenta se sua dieta for pobre em ferro.
Este é o motivo pelo qual tomar suplementos de sais minerais pode causar problemas: ao
sobrecarregar o corpo com um mineral pode-se diminuir a absorção de outro que é absorvido
no seu corpo pela mesma rota. O sódio, potássio e cromo também são referidos, em solução,
como eletrólitos. Eles são amplamente distribuídos pelo corpo e têm muitas funções, incluindo
a de manter seus nervos trabalhando adequadamente. As deficiências e altos níveis destes
químicos são usualmente causados por problemas no metabolismo da pessoa - por exemplo,
certas doenças ou a desidratação causada por excesso de vômito. Os eletrólitos estão prontos
em alimentos animais e vegetais. Outros sais minerais e marcadores utilizados pelo seu corpo
incluem alumínio, antimônio, boro, bromo, cádmio, lítio, níquel, enxofre e estrôncio. Eles estão
imediatamente disponíveis em sua dieta e são necessários apenas em pequenas quantidades.
92
RESUMO DO TÓPICO 3
Este tópico permitiu a você aprender que:
• Sais são compostos iônicos formados por um cátion qualquer, menos o hidrogênio,
e por um ânion qualquer, menos a hidroxila.
• Os sais duplos podem ser classifcados em: duplo pelo cátion ou duplo pelo ânion.
93
AUTOATIVIDADE
94
UNIDADE 2
TÓPICO 4
ÓXIDOS
1 INTRODUÇÃO
Os óxidos são compostos químicos (funções inorgânicas) que nos rodeiam
diariamente. Muitos dos gases poluentes, liberados pela queima de combustíveis
fósseis, são óxidos, como, por exemplo, o dióxido de carbono – CO 2
(gás carbônico),
o monóxido de carbono – CO, o dióxido de enxofre – SO 2 e etc. A composição de
muitos materiais também apresenta óxidos, como na areia a presença de óxido de
silício – SiO, na oxidação dos metais o óxido ferroso (ferrugem), assim como na
formação da crosta terrestre, das rochas e de outros planetas.
Quando os valores das cargas (nox) dos dois elementos forem iguais e de
sinais opostos, elas se anulam.
Exemplos:
95
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
3 CLASSIFICAÇÃO
Os óxidos podem ser classifcados por vários critérios, que veremos a seguir.
Inicialmente podemos classifcá-los quanto ao número de oxigênios presentes em
sua composição molecular.
Exemplos:
Os óxidos básicos são compostos por metais alcalinos (família 1A), metais
alcalinos terrosos (família 2A) e por elementos com número de oxidação (+1; +2 ou
+3). São compostos iônicos, sólidos que apresentam o único ânion, o oxigênio (O2-
),
com elevados pontos de fusão e de ebulição. Os óxidos dos metais alcalinos (família
1ª e nox = +1) são solúveis em água, os demais são pouco solúveis.
96
TÓPICO 4 | ÓXIDOS
Exemplos:
Exemplos:
Cr2O3
Mn2O3
Mn2CrO4
DICAS
Dióxido de silício: é o óxido mais abundante da crosta terrestre, ele é um dos componentes
dos cristais, das rochas e da areia.
97
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
Monóxido de Carbono (CO): usado para obter certos produtos químicos e na metalurgia
do aço. É normalmente o principal poluente da atmosfera das zonas urbanas; inalado
combina com a hemoglobina das hemácias do sangue, neutralizando-as para o transporte
de gás oxigênio no organismo.
FONTE: Disponível em: <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Oitava_quimica/
funcaoquimica7.php>. Acesso em: 02 fev.2016.
Exemplos:
Exemplos:
98
TÓPICO 4 | ÓXIDOS
NOTA
Caro acadêmico, perceba que o número que está depois do oxigênio, ou seja, o
índice ou atomicidade, é exatamente o valor da carga (nox) do primeiro elemento.
Exemplos:
99
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
Exemplos:
3.6 PERÓXIDOS
São óxidos que reagem com a água ou com ácidos diluídos, produzindo o
peróxido de hidrogênio, conhecido como “água oxigenada” (H2O2).
Exemplos:
Exemplos:
100
TÓPICO 4 | ÓXIDOS
Exemplos:
NOTA
TE
IMPORTAN
101
UNIDADE 2 | FUNÇÕES INORGÂNICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Resolução
102
TÓPICO 4 | ÓXIDOS
103
RESUMO DO TÓPICO 4
Este tópico permitiu a você aprender que:
• Óxidos são compostos binários que possuem o oxigênio como o elemento mais
eletronegativo.
• Os óxidos são classifcados em: óxidos ácidos, óxidos básicos, óxidos indiferentes,
óxidos anfóteros, óxidos duplos, peróxidos e polióxidos.
104
AUTOATIVIDADE
105
106
UNIDADE 3
FÍSICO-QUÍMICA
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
Essa unidade de ensino engloba quatro tópicos e, ao fnal desses tópicos,
você encontrará as autoatividades que irão contribuir para a compreensão e
fxação dos conteúdos estudados.
TÓPICO 3 – DISPERSÕES
107
108
UNIDADE 3
TÓPICO 1
REAÇÕES QUÍMICAS
1 INTRODUÇÃO
109
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
NOTA
A equação é H2(g) + O
2(g)
H2O(L) , que é uma reação química
A equação é N2(g) + 3 H
2(g)
2 NH3(g) , que é uma reação química.
ATENCAO
Exemplo:
N2 + H2 NH3
Resolução:
{
Dois átomos de nitrogênio no 1º membro: N2
N2 + H2 2 NH3
N2 + 3 H2 2 NH3
Os coefcientes dessa equação são: 1 (do N2), 3 (do H2) e 2 (do NH3):
1 N2 + 3 H2 2 NH3
(SARDELLA, 1998).
ATENCAO
AB → A + B
Exemplos:
a) 2 H2O 2 H2 + O2
b) NH4NO2 N2 + 2 H2O
A + B → AB
Exemplos:
a) N2 + 3 H2 2 NH3
b) 2 CO + O2 2 CO2
112
TÓPICO 1 | REAÇÕES QUÍMICAS
A + BC → AC + B
Exemplos:
AB + XY → AY + XB
precipitado
113
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
Exemplos:
a) Zn + H2SO4 ZnSO4 + H2
b) Cl2 + 2 NaI 2 NaCl + I2
Reatividade aumenta
Li > K > Ca > Na > Mg > Al > Zn > Cr > Fe > Ni > Sn > Pb > H > Cu > Hg > Ag > Au
Reatividade decrescente
F O N Cℓ Br I S P C
FONTE: SARDELLA, Antônio. Química Geral, vol. 1, 1998, p. 269.
114
TÓPICO 1 | REAÇÕES QUÍMICAS
• Reação de dupla troca ou dupla substituição: Para que ocorra uma reação de
dupla troca é necessária a formação de:
∆
H2SO4 + 2 NaCl Na2SO4 + 2 HCl↑
115
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
FUTUSRO
ESTUDOS
Caro acadêmico, para que possamos fixar ainda mais os conteúdos estudados
até agora, colocaremos a teoria em prática. Segue uma sugestão de experimento. Boa prática!
LEITURA COMPLEMENTAR
Introdução:
• Liberação de gás;
• Mudança de coloração;
• Formação de precipitado, entre outros.
Para que os alunos vejam como é possível identifcar a ocorrência de reações, o tipo de
cada uma e como escrever suas respectivas equações químicas balanceadas, o professor
pode utilizar experimentos rápidos e simples que irão enriquecer a exposição desse
conteúdo em sala de aula.
Objetivos:
116
TÓPICO 1 | REAÇÕES QUÍMICAS
• Água de cal;
• Batata;
• Palito de churrasco;
• Fósforos;
• Canudo;
• Conta-gotas;
Procedimento experimental:
117
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
2ª Experiência: em outro tubo de ensaio, coloque um pouco de água de cal e peça aos
alunos que a assoprem, utilizando o canudo e observando a mudança de coloração;
Resultados e discussão:
118
TÓPICO 1 | REAÇÕES QUÍMICAS
1ª Experiência: decomposição;
2ª Experiência: dupla troca;
3ª Experiência: dupla troca.
119
RESUMO DO TÓPICO 1
• A reação de dupla troca só ocorre quando o produto formado for gasoso (um
gás), um produto pouco solúvel ou um produto pouco ionizado.
120
AUTOATIVIDADE
a) H2 + O2 H2O
b) H2 + Cl2 HCl
c) NH3 + O2 H2O + N2
b) C + 2 H2 CH4
d) Fe + 2 HCl FeCl2 + H2
121
122
UNIDADE 3
TÓPICO 2
GRANDEZAS QUÍMICAS
1 INTRODUÇÃO
123
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
124
TÓPICO 2 | GRANDEZAS QUÍMICAS
Cl35 ⇒ MA = 34,969 u
17 17
Cl37 ⇒ MA = 36,966 u
⇒ 75,40 % ⇒ 24,60 %
35,5
Exemplos:
Resolução
H = 1u x 2 = 2u
O = 16u x 1 = 16u
MM H2O = 18 u
Resolução
H = 1u x 2 = 2u
O = 16u x 4 = 64u
S = 32u x 1 = 32u
MM H2SO4 = 98 u
125
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
Exemplos:
Resolução:
Na = 23 u x 1 = 23 u
Cℓ = 35,5 u x 1 = 35,5 u
MF NaCℓ = 58,5 u
Resolução:
N = 14 u x 3 = 52 u
H = 1 u x 12 = 12 u
P = 31 u x 1 = 31 u
O = 16 u x 4 = 48 u
MF (NH4)3PO4 = 149 u
126
TÓPICO 2 | GRANDEZAS QUÍMICAS
NOTA
Note que a unidade mol se refere à quantidade de matéria, e não à massa. Massa
e quantidade de matéria (SARDELLA; FALCONE, 2005, p. 17).
ATENCAO
Exemplo:
1g
127
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
1g
DICAS
128
TÓPICO 2 | GRANDEZAS QUÍMICAS
8 VOLUME MOLAR
Volume molar é o volume ocupado por um mol de moléculas de substância.
Experimentalmente, verifcou-se que um mol de moléculas de qualquer substância
no estado gasoso ocupa o volume de 22,4 litros, nas Condições Normais de
Temperatura e Pressão (CNTP).
Onde:
P = pressão
T = temperatura
129
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
TE
IMPORTAN
9 CÁLCULO ESTEQUIOMÉTRICO
Estequiometria é a parte da química que trata da relação quantitativa dos
constituintes de uma espécie química (átomo ou molécula) e da relação quantitativa
entre duas ou mais espécies químicas (átomos ou moléculas) presentes numa
transformação química.
130
TÓPICO 2 | GRANDEZAS QUÍMICAS
ATENCAO
TE
IMPORTAN
Exercícios resolvidos:
Resolução:
131
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
Resolução:
Resolução:
Resolução:
132
RESUMO DO TÓPICO 2
• Após defnida a unidade padrão para determinar a massa atômica, foi possível
determinar a massa molecular.
133
AUTOATIVIDADE
134
UNIDADE 3
TÓPICO 3
DISPERSÕES
1 INTRODUÇÃO
As Dispersões são misturas, de dois ou mais componentes, nas quais uma
substância (disperso) está disseminada (espalhada) sob a forma de pequenas
partículas no interior de outra substância (dispersantes ou dispergentes).
Exemplos:
Dispersões
135
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
ATENCAO
TE
IMPORTAN
Devido ao frequente uso das soluções aquosas, a água ficou conhecida como
solvente universal.
136
TÓPICO 3 | DISPERSÕES
• Solução sólida – Liga metálica formada por ouro (75%) e cobre (25%). Também
chamado ouro 18 quilates.
NOTA
137
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
Observação:
138
TÓPICO 3 | DISPERSÕES
FONTE: SARDELLA, Antônio e FALCONE, Marly. Química – Série Brasil – Editora Ática,
2005, p. 226.
ATENCAO
139
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
m1
C = --------
V
Onde:
m1 = massa do soluto
V = volume da solução
C = concentração comum
Unidade: g/Litro ou g/mL ou g/cm3
Exemplos:
Resolução
m1 = 8 g
V = 500 cm3 = 0,5 L
C=?
m1 8g
C = --------- C = --------- C = 16 g/L
V 0,5 L
Resolução
m1 = ?
V = 250 cm3 = 0,25 L
C = 96 g/L
m1
C = ------ m1 = C . V m1 = 96 g/L . 0,25 L
V
m1 = 24 g
140
TÓPICO 3 | DISPERSÕES
b) DENSIDADE ABSOLUTA
Onde:
m = massa da solução;
V = volume da solução;
d = densidade absoluta da solução;
Unidade: g / litro; g/ml ou g/cm3
Resolução
m = 50 g m 50 g
V = 200 cm3 d = --------- d = ----------- d = 0,25 g/cm3
d=? V 200 cm3
m1 m1
T = ---------------- ou T = ----------
m1 + m2 m
Onde:
m1 = massa do soluto;
m2 = massa do solvente;
141
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
m = m1 + m2 = massa da solução;
T = título (número puro, isto é, sem unidade).
p1 = 100 T
Assim, se o título de uma solução é 0,2, isso signifca que1p= 100 . 0,2 = 20%.
Isso quer dizer que a solução apresenta 20% em massa de soluto e, evidentemente, 80%
em massa do solvente.
Exemplos:
Resolução
m1 = 50 g m1 50 g
m2 = 0,45 Kg = 450 g T = ----------- T = -------------- T = 0,1
T=? m1 + m2 50 g + 450 g
Pp = ?
P p
= 100 . T Pp = 100 . 0,1 Pp = 10%
Resolução
m1 = ? m1 m1
m2 = 60 g T = ----------- 0,25 = ----------- m1 = 0,25 (m1+ 60 g)
T = 0,25 m1 + m2 m1 + 60 g
15 g
m 1
= 0,25 . m1+ 15 g) m1 – 0,25 m1 = 15 g m1 = ---------
0,75
m1 = 20 g
142
TÓPICO 3 | DISPERSÕES
m1
Sabemos que: T = ---------- ⇒ m1 = mT
m
m1 mT
C = ----------- ⇒ C = ---------- ⇒ C = d.T
V V
C = 1 000 . d. T
Resolução
C= ? m1 60 g
d = 1,15 g/cm3 T = ----------- T = -------- T = 0,4
m1 = 60 g m 150 g
m = 150
143
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
n1
M = -----
V
Onde:
n1 = número de mols de moléculas do soluto;
V = volume, em litros, da solução;
M = concentração molar;
Unidades: mols/litro ou molar.
Assim, se uma solução é 0,5 molar (0,5 M ou 0,5 mol/L), isso signifca que
cada litro da solução contém 0,5 mol de soluto.
Como o número de mols é dado pela razão massa por mol, podemos
estabelecer:
m1
m1 mol1 m1
n1 = ------- ⇒ M = ------------ ⇒ M = ----------------
mol1 V mol1 V(L)
m1
C = -------- ⇒ m1 = CV
V
144
TÓPICO 3 | DISPERSÕES
m1 CV C
M = -------- = ----------- ⇒ M = -------- ou C = M . Mol1
Mol1 V Mol1 V Mol1
Exemplos:
Resolução
m1 = 19,6 g m1 19,6 g
V = 800 cm = 0,8 L
3
M = ------------- M = -----------------
Massa Molar do H2SO4 = 98 g/mol mol1 V(L) 98 g/mol . 0,8 L
M=?
M = 0,25 mol/L ou molar
Resolução
V = 400 mL = 0,4 L
M = 0,15 mol/L
m1 = ? m1
C=? M = ----------- m1 = M . mol1 . V(L)
Massa Molar do NaOH = 40 g/mol mol1 V(L)
m1 = 2,4 g
145
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
Assim:
n1 n2
x1 = -----------------
ou x2 = -------------
n1 + n2 n1 + n2
Onde:
n1 = número de mols do soluto;
n2 = número de mols do solvente;
x1 = fração molar do soluto;
x2 = fração molar do solvente.
Pode-se provar que para qualquer solução a soma das frações molares (soluto
e solvente) é sempre igual a 1.
X1 + X2 = 1
Exemplos:
Resolução
n1 = 5 mols
n2 = 20 mols
n1 5 mols
x1 = ----------------
x1 = --------------------- x1 = 0,2
n1 + n2 5 mols + 20 mols
146
TÓPICO 3 | DISPERSÕES
n2 20 mols
x2 = ------------- x2 = --------------------- x2 = 0,8
n1 + n2 5 mols + 20 mols
Resolução
n1 n2
x1 =
---------- ou x2 = -------------
n1 + n2 n1 + n2
23,4 g
n2 = ------------ n2 = 1,3 mols
18 g/mol
n1 0,2 mols
x1 = ----------------
x1 = ------------------------ x1 = 0,133
n1 + n2 0,2 mols + 1,3 mols
n2 1,3 mols
x2 = ------------- x2 = ------------------------ x2 = 0,866
n1 + n2 0,2 mols + 1,3 mols
147
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
n1
W = ----------
m2(kg)
Onde:
n1 = número de mols de moléculas do soluto;
m2 = massa, em quilogramas, do solvente;
W = concentração molal.
m1
Sabemos que n1 = ----------. Então:
mol1
n1
n1 mol1 m1
W = ---------- = ----------- ⇒ W = -------------------
m2(kg) m2(kg) mol1 . m2 (kg)
1 000 . m1
W = ----------------
mol1 . m2
Assim, se uma solução é 3 molal, isso signifca que, para cada 1000 g (1 kg)
do solvente, existem 3 mols de soluto.
148
TÓPICO 3 | DISPERSÕES
Resolução
m1 = 60,6 g
m2 = 2 000 g
mol1 = 101 g/mol
149
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico você aprendeu que:
150
AUTOATIVIDADE
4 Uma xícara contém 200 cm3 de leite adoçado com 6,84 g de açúcar
comum C12H22O11 (sacarose). Determine a concentração molar do
açúcar comum (Dado: Massa molar = 342 g/mol).
151
152
UNIDADE 3
TÓPICO 4
1 INTRODUÇÃO
O processo da diluição é muito comum no nosso dia a dia. Xaropes de
groselha ou suco de frutas concentrados, por exemplo, não são consumidos da
maneira como são comercializados, ou seja, é necessário misturá-los com água.
Assim, essas soluções aquosas, para serem ingeridas, devem passar por uma
diluição, de acordo com instruções contidas nos rótulos das embalagens.
Outro exemplo em que se usa a diluição ocorre quando uma criança, depois
de usar xampu em excesso e para que a mãe não perceba isso, acrescenta água no
frasco com xampu. Lógico que as mães percebem facilmente o que foi feito, pois o
xampu adulterado apresenta uma viscosidade menor que a original, ou seja, ele é
mais “ralo”.
Solução A Solução B
FONTE: SARDELA, A. Curso de Química. Físico-Química, 1997, p. 36.
153
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
m1 m1
CA = ------ ou CB = -------
VA VB
m1 = CA . VA
m1 = CB . VB CA . VA = CB . VB
n1 n1
MA = ----- ou MB = ------
VA VB
n1 = MA . VA
n1 = MB . VB MA . VA = MB . VB
Exercício resolvido
1) Considere 40 mL de uma solução 0,5 M de NaCl. Que volume de água deve ser
adicionado para que a sua concentração caia para 0,2 M?
Resolução
0,5 molar . 40 mL
VB = ---------------------- VB = 100 mL
0,2 molar
Vágua = VB - VA
154
TÓPICO 4 | DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURA DE SOLUÇÕES
Resolução
0,3 molar . 1L
MB = ------------------ MB = 0,2 molar
1,5 L
2 MISTURA DE SOLUÇÕES
155
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
m1A = CA . VA
m1B = CB . VB e
ou
n1A = MA . VA
n1B = MB . VB
Exercício resolvido:
Resolução
VA = 30 cm3 VB = 20 cm3 Mr = ?
MA = 0,1 molar MB = 0,2 molar VA + VB = 50 cm3
0,1 . 30 + 0,2 . 20 = Mr . 50
156
TÓPICO 4 | DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURA DE SOLUÇÕES
0,1 . 30 + 0,2 . 20
Mr = ----------------------- Mr = 0,14 molar
50
Para que seja possível interpretar uma titulação é necessário que se tenha a
relação estequiométrica da equação química envolvida na reação.
157
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
Bureta Suporte
universal
Titulante
Erlenmeyer
Titulado
O Ponto Final
158
TÓPICO 4 | DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURA DE SOLUÇÕES
Solução-problema:
V1 = volume escolhido (e, portanto, conhecido) para reagir com a
solução-padrão
M1 = concentração desconhecida
n 1
= nº de mols desconhecido
Solução-padrão:
V2 = volume gasto na reação com o volume escolhido da solução-
problema
M2 = concentração conhecida
n 2
= nº de mols conhecido
FONTE: SARDELLA, Antônio. Curso de Química – Físico-Química. vol. 2 (1997, pág. 47)
Tipos de Volumetria
159
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
Resolução
Como: n
M = --------- temos: n = M . V(L)
V(L)
0,0018 mols
M(HCl) = -------------- M(HCl) = 0,18 mols/L
0,01 L
160
TÓPICO 4 | DILUIÇÃO DE SOLUÇÕES E MISTURA DE SOLUÇÕES
Resolução
Como: n
M = --------- temos: n = M . V(L)
V(L)
Da equação, temos:
2 mols de NaOH ------------------------- 1 mol de H2SO4
n 0,00265 mols
n = 0,0053 mols
161
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
0,0053 mols
M(base) = -------------- M(base) = 0, 212 mols/L
0,025 L
DICAS
LEITURA COMPLEMENTAR
pelo choque de dois buracos negros, a primeira detecção direta que confrma a teoria
de Albert Einstein. O anúncio ocorreu numa entrevista coletiva em Washington,
transmitida pela internet. Os resultados científcos foram aceitos para publicação
pela Physical Review Leters, segundo nota em Instituto Tecnológico da Califórnia
(Caltech), uma das instituições que operam o laboratório.
Nas palavras de Alicia Sintes, física da Universidade das Ilhas Baleares (UIB)
e líder do único grupo espanhol envolvido na experiência, nossos ouvidos agora
começam a escutar “a sinfonia do universo”. “É uma descoberta histórica, que abre
uma nova era na compreensão do cosmo”, ressaltou.
“É parecido com esses aplicativos que escutam uma música num bar e dizem
o artista e o nome da canção, mesmo que haja muito ruído ao redor”, explica Sascha
Husa, pesquisador da UIB e desenvolvedor das simulações. “Exceto pelo Big Bang,
as fusões de buracos negros são os fatos mais luminosos do universo”, afrma.
Detector LIGO
163
UNIDADE 3 | FÍSICO-QUÍMICA
164
RESUMO DO TÓPICO 4
Neste tópico você aprendeu que:
165
AUTOATIVIDADE
166
REFERÊNCIAS
BIANCO, Renata Joaquim Ferraz. Química inorgânica e orgânica. São Paulo:
Pearson, 2014.
BUENO, Willie et al. Química geral. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1978.
KOTZ, John C.; TREICHEL, Paul M. Jr. Química geral e reações químicas. Rio
de Janeiro: Pioneira Thomson Learning, 2005.
MAHAN, Bruce M.; MYERS, Rollie J. Química um curso universitário. 4. ed. São
Paulo: Editora Edgard Blücher Ltda., 1995.
167
SARDELLA, Antônio; FALCONE, Marly. Química – série Brasil. São Paulo: Ática,
2005.
USBERCO, João; SALVADOR, Edgar. Química. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1999.
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química. 5. ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
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ANOTAÇÕES
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