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CIVIL
SUMÁRIO
Moterle (2014) enfatiza que, o setor da construção civil é visualizado como sendo
o responsável por inúmeros acidentes de trabalho, em consequência da constante exposição
dos trabalhadores a abundantes fatores de rico, o que gerou a necessidade de se repensar as
circunstâncias presentes em um canteiro de obras, sob a perspectiva da segurança e prevenção
de acidentes de trabalho em analogia ao implante de medidas preventivas acompanhadas por
um profissional de segurança.
Pereira (2012) refere-se à importância da segurança na construção civil, baseado
principalmente, em dados estatísticos, os quais demonstram que, cerca da metade dos
acidentes de trabalho ocorridos nos anos 90, sucederam-se nos canteiros de obras, portanto,
compreender os princípios da segurança no trabalho, de forma específica a segurança nos
estaleiros da indústria da construção, representam um ponto chave ao desenvolvimento e
sucesso de um empreendimento.
próprias atividades e das efetuadas pelos demais servidores conforme as etapas e tipo de
construção (MOTERLE, 2014).
Além da dinâmica e multiplicidades existentes nos canteiros de obras a construção civil
possui particularidades distintas que submetem os trabalhadores deste setor a perigos diários,
para a efetiva compreensão dos riscos deve-se levar em consideração conforme Perin (2015
apud Reese e Eidson, 2006, p.12 – 13):
a) os canteiros de obra são dinâmicos (apresentam constantes mudanças) e
temporários, de forma que progridem constantemente e outros trabalhadores
ingressam no processo;
b) cada obra pode envolver diversos pequenos empreiteiros (subcontratados)
realizando diversos tipos de trabalho uns próximos dos outros;
c) várias operações podem está presentes no canteiro de obras simultaneamente,
trazendo os perigos específicos de seu desempenho [...]. Portanto existe o potencial
de exposição para todos os empregados do canteiro e não apenas os que executam
determinadas tarefas.
d) em canteiros de obra de menor porte algumas vezes equipes executam tarefas que
usualmente são atribuição de outra equipe. Assim os trabalhadores podem não está
familiarizados com os riscos envolvidos em tarefas que geralmente não são de sua
atribuição;
e) superfícies de trabalho, equipamentos, velas, máquinas e andaimes são
regularmente movidos, montados e desmontados, ou modificados. Dessa forma
novos riscos surgem constantemente;
f) operários da construção mudam com frequência de local de trabalho e de
empregador ao longo do ano. Isso resulta no uso de novos procedimentos e
equipamentos para os quais eles não receberam treinamento;
g) o trabalho é muitas vezes sazonal, e isso resulta em tanto contratantes quanto
trabalhadores sentindo-se apressados para concluir rapidamente seu trabalho. Isso
aumenta as chances de um acidente ocorrer ou que a exposição a agentes nocivos
passe despercebida.
Bozza (2010) afirma que a construção civil se diferencia dos outros ramos
industriais por suas peculiaridades de forma destacável a sua alta dependência da mão de obra
empregue em suas atividades o que deveria ser a principal motivação desse setor em
posicionar-se como referência no que diz respeito à segurança no trabalho, o que infelizmente
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não funciona assim, dado que este se trata de um dos campos da indústria que apresenta os
mais altos índices e percentuais de acidentes.
Semelhante aos demais ramos industriais, a construção civil foca, sobretudo, no
alcance de lucros, visando sempre à minoração de custos em seus processos, no entanto, a
opção dos gestores pelo não investimento em segurança do trabalho, devido a não
consideração da influência desta para a organização no viés de produtividade, fazem com que
esta seja colocada em segundo plano, acarretando em um erro gravíssimo deste setor
(BOZZA, 2010).
Pereira (2012) por sua vez esclarece que os custeios referentes à implantação de
medidas de segurança do trabalho dentro da construção civil devem está direcionadas a
introdução, conservação, análise, reparação de possíveis falhas, que apesar de serem
almejadas suas não ocorrências estas podem acometer-se, e projeto, este que vista corrigir tais
erros e desvios dos sistemas de segurança.
Assim sendo, o objetivo principal das medidas gerenciais associadas aos
equipamentos físicos de segurança e as normas regulamentadoras propostos pela segurança no
trabalho a esfera da construção civil faz com que seja possível reduzir consideravelmente os
índices de acidentes de trabalho, dessa forma, faz-se primordialmente necessários às
construtoras voltem o olhar e esforços para a composição de um sistema de segurança
(MOTERLE, 2014).
Conforme Perin (2015) a adequação das condições e do meio ambiente de
trabalho no setor da construção aliado as boas práticas e o bom funcionamento da logística de
prevenção de acidentes através da segurança no trabalho voltada a indústria da construção no
canteiro de obras, além de representar a responsabilidade social e vantagem competitiva de
uma organização, faz com que se obtenham ganhos significativos tanto para atender as
necessidades das empresas quanto às de seus colaboradores garantindo a proteção e
manutenção da integridade física dos mesmos.
cronograma;
b) estratégia e metodologia de ação;
c) forma do registro, manutenção e divulgação dos dados;
d) periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Ramos (2009) enfatiza que os óculos são usados, especialmente, para impedir
furar os olhos por meio de objetos estranhos, como por exemplo, ao cortar cabos e arames, ao
utilizar chave de boca, furadeiras, agentes químicos, dentre outros. Logo, conforme a NR 6,
os óculos (imagem 03) dizem respeito aos instrumentos encarregados por preservar os olhos
contra: radiação, poeira, luminosidade, respingos e tarefas com ferramentas perfurantes.
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Silva (2012) destaca que, os protetores auriculares (figura 04) são os instrumentos
designados a proteger o colaborador que executa suas funções em ambientes com ruído
elevado, acima dos limites de tolerância e, enfatiza que precisam permanecer limpos e suaves,
sua troca deve ser mensal ou conforme o uso.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CRUZ, Sybele Maria Segala da. Gestão de segurança e saúde ocupacional nas empresas
de construção civil. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção)-Curso de Pós-
graduação em Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 1998.
FRANZ, Lilian. Estudo comparativo dos custos de prevenção e os custos dos acidentes de
trabalho na construção civil. 2006. 60 f. Monografia (bacharel em ciências contábeis) –
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2006. Disponível em:
http://tcc.bu.ufsc.br/Contabeis294208. Acesso em: 16 dez. 2018.
MARCON, Mônica Kristina Foltran; BUSATTA, Cristiane Joana; SILVA, Marcos Aurélio
da; GEHLEN, Neri Wagner; BARBOSA, Rejane Maria Biscaia. Manual de Especificações
Técnicas de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). Cascavel. 2010. Disponível
em: http://www.cascavel.pr.gov.br/arquivos/31072009_s_atualizado_em_31-07-2009.pdf.
Acesso em: 16 dez. 2018.
NASCIMENTO, Ana Maria Almeida do; ROCHA, Cristiane Gama; SILVA, Marcos
Eduardo; SILVA, Renato da; CARABETE, Roberto Wagner. A Importância do Uso de
Equipamentos de Proteção na Construção Civil. Trabalho de Conclusão do Curso Técnico
de Segurança do Trabalho. 2009. Escola Técnica Estadual Martin Luther King. Trabalho
disponível em:
PEREIRA, Telmo Dias. Segurança na construção: PSS e CS. Coimbra: Imprensa da
Universidade de Coimbra, 2012. 162 p.
ROSSO, Mariana Pelegrin Rovaris; OLIVEIRA, Samira Coral Félix de. A importância do
treinamento técnico na construção civil, em atividades com riscos de quedas de altura.
2005. 107 f. Monografia. (especialista em segurança do trabalho). Disponível em:
https://docplayer.com.br/1818922-A-importancia-do-treinamento-tecnico-na-construcao-civil-
em-atividades-com-riscos-de-quedas-de-altura.html. Acesso em: 14 dez. 2018.