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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURICIO DE

NASSAU

ENGENHARIA CIVIL

MIRELE GOMES PEREIRA

19376702

SEGURANÇA DE TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Teresina – PI
2023
1. Introdução

As obras na área da construção civil são essenciais na conjuntura


econômica atual. A área de Construção Civil abrange todas as atividades
de produção de obras, incluindo atividades desde as funções
planejamento e projeto até a execução, manutenção e restauração de
obras em diferentes segmentos: construção civil – relativa às edificações
para fins de moradia, comércio e outros serviços; e construção pesada -
relativa à construção de estradas, pontes, viadutos, túneis, portos,
aeroportos, canais de navegação, obras de saneamento, hidroelétricas e
demais obras de infraestrutura (MEC, 2000).

No Brasil, a evolução da segurança do trabalho se deu de forma mais


tardia do que na Europa, uma vez que a nossa revolução industrial
começou por volta de 1930. Nessa época, o então presidente do Brasil,
Getúlio Vargas, iniciou o processo de direitos trabalhistas individuais e
coletivos com a criação da CLT, em 1943. A partir daí, outras medidas
foram realizadas em benefício dos trabalhadores, como a criação da Lei
8213, em 1991, que regulamentou os Planos de Benefícios da Previdência
Social, incluindo os benefícios dos trabalhadores vítimas de acidentes de
trabalho (TAVARES, 2009).

O ambiente agitado e temporário dos canteiros de obra, a variedade de


equipes trabalhando em diferentes atividades e próximas umas às outras
e a rotatividade da mão de obra são algumas das características
particulares da construção civil que a diferenciam dos outros setores e
explicam alguns dos riscos que enfrenta (PERIN, 2015 apud REESE &
EIDSON, 2006). Quando ocorrem acidentes, esses geram prejuízos para
as empresas, alguns dos quais difíceis de mensurar, tais como custos
jurídicos, o custo de bens danificados, perda de tempo da mão de obra em
função de paradas, queda da produtividade pela descontinuidade da
equipe e esforço consumido por técnicos de segurança e supervisores na
investigação do acidente (BENITE, 2004; PERIN, 2015). Além disso, são
gerados custos econômicos e 3 sociais para os trabalhadores, suas
famílias, para a Previdência Social e para a sociedade como um todo.

A absorção da mão de obra não qualificada (o que exige capacitação em


serviço do pessoal envolvido nas frentes de trabalho), o caráter temporário
das instalações, a terceirização dos serviços, entre outros fatores fazem
com que as atividades nessa área sejam potencialmente geradoras de
acidentes. Nesse contexto discute-se muito e com elevado interesse o
investimento em segurança do trabalho, o que tem resultado em
demandas por readequação na forma de se trabalhar, em todo o território
nacional. Uma das adequações é a necessidade de se definirem as
atividades e funções dos profissionais para que a análise de risco e as
técnicas de segurança possam ser aplicadas adequadamente.
De acordo com o Sindicato do Trabalhador da Construção Civil do Paraná
(SINTRACON/PR), são cinco as categorias profissionais:

 Mestre de obras – cargo exercido por profissional que reúne as


condições técnicas necessárias à função.

 Contramestre – cargo exercido por profissional que, reúne as


condições técnicas necessárias à função, ainda que com relativo
conhecimento do 11 ofício, não possui a capacidade, a
produtividade e o desembaraço do mestre de obras, executando os
serviços sob orientação e fiscalização deste.

 Profissional – função exercida por trabalhador que além de possuir


amplo e especializado conhecimento do respectivo ofício, tem a
capacidade de realizá-lo com produtividade e desembaraço. Nesta
categoria estão incluídas as diferentes funções inerentes ao ramo,
cujas principais atividades são: pedreiro; carpinteiro; armador;
encanador; eletricista; pintor; soldador; azulejista; almoxarife;
apontador; guincheiro; cozinheiro; montador de guindastes;
operador de equipamentos de terraplanagem, bate-estacas,
perfuradeiras de solo para fundação; e colocador de placa de gesso
acartonado.

 Meio Profissional – função exercida por trabalhador que, embora


tenha relativo conhecimento do ofício, não possui a capacidade, a
produtividade, e o desembaraço do Profissional, executando os
serviços sob a orientação e fiscalização deste, ou ainda, do Mestre
de obras.

 Servente – função exercida por trabalhador que, não possuindo


qualquer qualificação profissional, executa atividades de ajuda ao
Profissional.
2. Objetivos

O principal objetivo da segurança do trabalho na construção civil


é identificar, avaliar e controlar as situações de risco presentes nas
atividades dos trabalhadores.

Desenvolve programas de prevenção; realiza inspeções; orienta os


colaboradores; analisa a conformidade da empresa para atender às
exigências legais.

3. Justificativa

As formas de fomentar a prevenção de acidentes dependem da escolha


do administrador do projeto. A empresa deve seguir as normas
estabelecidas pela equipe de Engenharia de Segurança do Trabalho,
oferecendo condições adequadas, capacitação, distribuição e fiscalização
do uso correto dos EPIs (Equipamento de Proteção Individual).

Além disso, também faz parte de suas obrigações regulamentar os


documentos essenciais que garantam que as normas de segurança são
respeitadas. Entre eles, estão o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos
Ambientais), o PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente do
Trabalho), PT (Permissão do Trabalho), DDS (Diálogo Diário de
Segurança), PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional).

Garantir a segurança do trabalho na construção civil é um fator


indispensável para preservar a integridade física dos trabalhadores e a
saúde de todos. É por essa razão que a existência de profissionais
especializados no ramo se faz tão necessária.

Para o conceito prevencionista do acidente de trabalho, tem-se que,


acidente de trabalho “é qualquer ocorrência não programada, inesperada
ou não, que interfere ou interrompe a realização de uma determinada
atividade, trazendo como consequência isolada ou simultânea a perda de
tempo, danos materiais ou lesões” (FERREIRA & PEIXOTO, 2012;
MARTINS, 2010).
4. Referencial bibliográfico

BARBOSA FILHO, Antoio Nunes. Segurança do Trabalho & Gestão


Ambiental, 2001. In: GLUCZOWSKI, Mariana. Riscos e acidentes na
indústria frigorífica. Monografia CEEST / UTFPR, 2009.

ANDRADE, R. C. (2014). AS VANTAGENS DA SEGURANÇA DO


TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Fonte:
Repositório Institucional UniCEUB:
http://repositorio.uniceub.br/bitstream/235/6393/1/21307481.pdf

BRASIL, Serviço Social da Indústria. Manual de Segurança e Saúde no


Trabalho.São Paulo: SESI, 2008.

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