As obras na área da construção civil são essenciais na conjuntura
econômica atual. A área de Construção Civil abrange todas as atividades de produção de obras, incluindo atividades desde as funções planejamento e projeto até a execução, manutenção e restauração de obras em diferentes segmentos: construção civil – relativa às edificações para fins de moradia, comércio e outros serviços; e construção pesada - relativa à construção de estradas, pontes, viadutos, túneis, portos, aeroportos, canais de navegação, obras de saneamento, hidroelétricas e demais obras de infraestrutura (MEC, 2000).
No Brasil, a evolução da segurança do trabalho se deu de forma mais
tardia do que na Europa, uma vez que a nossa revolução industrial começou por volta de 1930. Nessa época, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, iniciou o processo de direitos trabalhistas individuais e coletivos com a criação da CLT, em 1943. A partir daí, outras medidas foram realizadas em benefício dos trabalhadores, como a criação da Lei 8213, em 1991, que regulamentou os Planos de Benefícios da Previdência Social, incluindo os benefícios dos trabalhadores vítimas de acidentes de trabalho (TAVARES, 2009).
O ambiente agitado e temporário dos canteiros de obra, a variedade de
equipes trabalhando em diferentes atividades e próximas umas às outras e a rotatividade da mão de obra são algumas das características particulares da construção civil que a diferenciam dos outros setores e explicam alguns dos riscos que enfrenta (PERIN, 2015 apud REESE & EIDSON, 2006). Quando ocorrem acidentes, esses geram prejuízos para as empresas, alguns dos quais difíceis de mensurar, tais como custos jurídicos, o custo de bens danificados, perda de tempo da mão de obra em função de paradas, queda da produtividade pela descontinuidade da equipe e esforço consumido por técnicos de segurança e supervisores na investigação do acidente (BENITE, 2004; PERIN, 2015). Além disso, são gerados custos econômicos e 3 sociais para os trabalhadores, suas famílias, para a Previdência Social e para a sociedade como um todo.
A absorção da mão de obra não qualificada (o que exige capacitação em
serviço do pessoal envolvido nas frentes de trabalho), o caráter temporário das instalações, a terceirização dos serviços, entre outros fatores fazem com que as atividades nessa área sejam potencialmente geradoras de acidentes. Nesse contexto discute-se muito e com elevado interesse o investimento em segurança do trabalho, o que tem resultado em demandas por readequação na forma de se trabalhar, em todo o território nacional. Uma das adequações é a necessidade de se definirem as atividades e funções dos profissionais para que a análise de risco e as técnicas de segurança possam ser aplicadas adequadamente. De acordo com o Sindicato do Trabalhador da Construção Civil do Paraná (SINTRACON/PR), são cinco as categorias profissionais:
Mestre de obras – cargo exercido por profissional que reúne as
condições técnicas necessárias à função.
Contramestre – cargo exercido por profissional que, reúne as
condições técnicas necessárias à função, ainda que com relativo conhecimento do 11 ofício, não possui a capacidade, a produtividade e o desembaraço do mestre de obras, executando os serviços sob orientação e fiscalização deste.
Profissional – função exercida por trabalhador que além de possuir
amplo e especializado conhecimento do respectivo ofício, tem a capacidade de realizá-lo com produtividade e desembaraço. Nesta categoria estão incluídas as diferentes funções inerentes ao ramo, cujas principais atividades são: pedreiro; carpinteiro; armador; encanador; eletricista; pintor; soldador; azulejista; almoxarife; apontador; guincheiro; cozinheiro; montador de guindastes; operador de equipamentos de terraplanagem, bate-estacas, perfuradeiras de solo para fundação; e colocador de placa de gesso acartonado.
Meio Profissional – função exercida por trabalhador que, embora
tenha relativo conhecimento do ofício, não possui a capacidade, a produtividade, e o desembaraço do Profissional, executando os serviços sob a orientação e fiscalização deste, ou ainda, do Mestre de obras.
Servente – função exercida por trabalhador que, não possuindo
qualquer qualificação profissional, executa atividades de ajuda ao Profissional. 2. Objetivos
O principal objetivo da segurança do trabalho na construção civil
é identificar, avaliar e controlar as situações de risco presentes nas atividades dos trabalhadores.
Desenvolve programas de prevenção; realiza inspeções; orienta os
colaboradores; analisa a conformidade da empresa para atender às exigências legais.
3. Justificativa
As formas de fomentar a prevenção de acidentes dependem da escolha
do administrador do projeto. A empresa deve seguir as normas estabelecidas pela equipe de Engenharia de Segurança do Trabalho, oferecendo condições adequadas, capacitação, distribuição e fiscalização do uso correto dos EPIs (Equipamento de Proteção Individual).
Além disso, também faz parte de suas obrigações regulamentar os
documentos essenciais que garantam que as normas de segurança são respeitadas. Entre eles, estão o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais), o PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente do Trabalho), PT (Permissão do Trabalho), DDS (Diálogo Diário de Segurança), PCMSO (Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional).
Garantir a segurança do trabalho na construção civil é um fator
indispensável para preservar a integridade física dos trabalhadores e a saúde de todos. É por essa razão que a existência de profissionais especializados no ramo se faz tão necessária.
Para o conceito prevencionista do acidente de trabalho, tem-se que,
acidente de trabalho “é qualquer ocorrência não programada, inesperada ou não, que interfere ou interrompe a realização de uma determinada atividade, trazendo como consequência isolada ou simultânea a perda de tempo, danos materiais ou lesões” (FERREIRA & PEIXOTO, 2012; MARTINS, 2010). 4. Referencial bibliográfico
BARBOSA FILHO, Antoio Nunes. Segurança do Trabalho & Gestão
Ambiental, 2001. In: GLUCZOWSKI, Mariana. Riscos e acidentes na indústria frigorífica. Monografia CEEST / UTFPR, 2009.
ANDRADE, R. C. (2014). AS VANTAGENS DA SEGURANÇA DO
TRABALHO NA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL. Fonte: Repositório Institucional UniCEUB: http://repositorio.uniceub.br/bitstream/235/6393/1/21307481.pdf
BRASIL, Serviço Social da Indústria. Manual de Segurança e Saúde no
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