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SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 2


CAPÍTULO 1 – PROPRIEDADE DAS ROCHAS ........................................................ 4
1.1 Propriedades Gerais das Rochas .......................................................................... 4
1.1.1 Propriedades Químicas ...................................................................................... 5
1.1.2 Propriedades Físicas .......................................................................................... 5
1.1.3 Propriedades Geotécnicas ............................................................................... 14
1.1.4 Propriedades Mecânicas .................................................................................. 17
CAPÍTULO 2 - TENSÕES E DIMENSIONAMENTO ................................................. 21
2.1 Origem das Tensões nos Maciços Rochosos ..................................................... 21
2.1.1 Tensões In Situ ................................................................................................ 25
2.1.2 Tensões Induzidas ........................................................................................... 28
2.1.3 Fatores influenciadores de tensões nos maciços rochosos ............................. 29
2.2 Ambiente e Mineração......................................................................................... 31
2.3 Explorações para Jazigos Minerais ..................................................................... 34
CAPÍTULO 3 - PROCESSOS EM MACIÇOS ROCHOSOS ..................................... 38
3.1 Monitoramento .................................................................................................... 38
3.2 Águas Subterrâneas ............................................................................................ 41
3.3 Controle de Riscos em Escavação Subterrânea ................................................. 44
3.4 Movimentos de Massa ........................................................................................ 46
3.5 Taludes................................................................................................................ 51
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 54

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

Estudar e compreender a mecânica das rochas é fundamental para


resultados de sucesso em obras de engenharia e geologia. O comportamento dos
maciços rochosos é individual e para cada caso apresenta uma característica
diferente, devido à combinação de propriedades que influenciam o resultado,
conforme o procedimento, para se chegar à solução esperada.
No capítulo 1, são estudadas as propriedades das rochas. É feita, no início,
uma classificação que traz como benefícios a melhoria na qualidade das
investigações locais, a disponibilização de informações para os projetos e os
parâmetros de entrada para os modelos analíticos e computacionais. As
propriedades trazem características importantes para conhecimentos dos
profissionais como porosidade, deformação, dureza, dentre outras.
O capítulo 2 apresenta os tipos e as tensões aplicadas em maciços
rochosos, assim como suas causas. Os problemas relacionados às tensões,
normalmente se tornam intensos devido à profundidade no maciço rochoso, que
podem ser avaliadas por meio de métodos qualitativos e quantitativos. Todavia,
obras de escavações com pouca profundidade podem ser consideradas como a raiz
do problema, diante das tensões horizontais provocadas ou da falta de consideração
dessas tensões. Além disso, aborda a questão da atividade de mineração, que é
vista como poluidora e causadora de grande impacto ambiental. Dessa forma, é
comum dizer que ela vai contra às atividades de proteção do meio ambiente.
Todavia, é importante ressaltar que a problemática relacionada à mineração tem
sido abordada de maneira significativa ao longo dos últimos anos, com estudos,
pesquisas, e aplicações que vêm ocupando grande destaque nos contextos político,
social e econômico.
O capítulo 3 aborda o trabalho de monitoramento. Um sistema de
monitoramento precisa produzir um conjunto de dados que possam ser combinados
sempre que necessário para se estabelecer um comportamento mecânico
conclusivo do maciço rochoso monitorado, deixando claro que quaisquer atividades
de monitoramento, para resultados confiáveis, necessita seguir cuidados especiais e
requerem atenção em cada etapa realizada.

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Assim, espera-se que o aluno adquira o conhecimento mínimo necessário para a


aplicabilidade em projetos e obras de engenharia de minas associado à mecânica
das rochas e à estabilidade de taludes.
Bons estudos!!!

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CAPÍTULO 1 – PROPRIEDADE DAS ROCHAS

1.1 Propriedades Gerais das Rochas

Os maciços rochosos possuem algumas classificações que permitem ser


usadas como parâmetros para as grandes obras de engenharia. Elas não devem
substituir os projetos feitos para essas obras, mas, sim, devem ser utilizadas em
conjunto, de forma inteligente e como método de observação de estudos analíticos
para que juntos permitam a realização de um projeto viável, completo e seguro.
Dessa forma, as classificações dos maciços rochosos atuam como poderosas
aliadas em projetos de engenharia, especialmente para grandes estruturas.
Os objetivos das classificações são diversos, mas abaixo estão listados os
principais. Assim, elas permitem:
 A identificação de parâmetros fundamentais que podem influenciar o
comportamento dos maciços rochosos;

 A divisão dos maciços em formações particulares que possuam


comportamento semelhante;

 A formação de uma base para entender e compreender as


características particulares das classes dos maciços rochosos;

 Fazer a relação das rochas e suas condições encontradas em locais


diferentes;

 Oferecer parâmetros quantitativos, qualitativos e diretrizes para a


elaboração de projetos de engenharia;

 Servir como base para o trabalho conjunto de geólogos e engenheiros.

Dessa maneira, a classificação oferece, como benefício decorrente dos itens


pontuados acima, a melhoria da qualidade das investigações locais, determinando
parâmetros mínimos de entrada de dados para classificação, o fornecimento de
informações para projetos, bem como o de parâmetros de entrada para modelos

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analíticos e computacionais. Esses parâmetros vão permitir a formação do modelo


geomecânico do maciço rochoso em análise. Além disso, as classificações permitem
uma avaliação mais completa e detalhada de engenharia, o que vai resultar em uma
comunicação mais eficaz e projetos mais compatibilizados.

1.1.1 Propriedades Químicas

As propriedades químicas das rochas podem, basicamente, se dividirem em


composição química, reatividade e durabilidade. A composição química,
isoladamente, não é uma propriedade que consegue definir uma rocha. Além disso,
essa propriedade pode variar muito de uma amostra de maciço rochoso para a
outra, e há também os limites de erros determinados para cada dosagem em
análise, o que influencia diretamente na composição química entre uma amostra e
outra.
As rochas podem possuir elementos químicos com características reativas,
como o silicato e a sílica mineral. Esses elementos provocam reações e, no
concreto, por exemplo, reagem com os álcalis do cimento Portland e provocam
deteriorações no concreto como expansões, diminuição da resistência à tração e
compressão e surgimento de fissuras.
Já a durabilidade dos maciços rochosos está relacionada à resistência da
rocha diante da ação do intemperismo. A avaliação da durabilidade é feita na prática
por meio da preservação de estruturas antigas e de ensaios práticos.

1.1.2 Propriedades Físicas

Cor

A cor dos maciços rochosos atua como um tópico fraco quando se diz
respeito à classificação de rochas. Essa característica se dá devido à grande
variabilidade de cores existentes, mesmo dentro de uma única jazida.
Podem apresentar uma única coloração uniforme (monócronas) ou duas ou
mais colorações (polícronas). As rochas sedimentares apresentam colorações
oriundas de pigmentações ou da junção de grãos. As cores amareladas, alaranjadas

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ou avermelhadas são resultantes da pigmentação de hidróxido de ferro. As cinzas e


pretas de pigmentações de carbonos e/ou betumes e a verde varia entre compostos
de ferros/sulfetos e níquel.

Densidade/Peso específico

A densidade, ou peso específico, da rocha vai depender da densidade dos


elementos que a constituem e da sua porosidade.
A densidade aparente e a densidade real se dão pela relação entre o peso
da amostra (W o), o peso da amostra saturada (W s) e o peso da amostra em água
(W a). Assim, são determinadas em laboratório pelas seguintes fórmulas:
 Densidade aparente (‘d’ ou ‘pe’):

 Densidade real (‘d’ ou ‘pe’):

Alguns fatores podem influenciar no peso específico das rochas. Esses


fatores se dão no estado de alteração das rochas, ou em sua porosidade e
compacidade.
Fatores como estados de alteração provocam reações químicas dos
minerais densos em minerais com densidades menores. Além disso, há um aumento
de volume nesses minerais.
Em fatores de porosidade e compacidade, rochas porosas que possuem
vazios isolados apresentam menor densidade real; e as rochas que possuem vazios
interligados apresentam maior densidade real. Dessa forma, rochas muito porosas
apresentam baixa densidade.

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FIQUE ATENTO

É valido ressaltar que algumas características são proporcionais à densidade e


crescem com ela, como a resistência à compressão, ao desgaste e a dificuldade
de corte.

Porosidade

A porosidade é propriedade das rochas de conter vazios, ou seja, é a


relação entre o volume dos espaços vazios e o volume total da rocha. A porosidade
de uma rocha vai depender do seu tipo, se é sedimentar, ígnea ou metamórfica e vai
depender também do seu estado de alteração.
As rochas sedimentares possuem grande volume de vazios, o que lhes
compete maior porosidade. Todavia, quando essas rochas são cimentadas, a
propriedade de porosidade diminui. As rochas ígneas extrusivas apresentam maior
porosidade em relação às intrusivas. Já as rochas metamórficas apresentam baixa
porosidade, mas variam conforme o grau de metamorfismo. A rocha é mais porosa
quanto maior e mais intenso for esse grau.
Uma boa classificação das rochas está diretamente ligada à sua porosidade,
conforme a figura abaixo.

Figura 1 - Representação de Porosidade e Classificação das Rochas

Fonte: Porosidades das Rochas. Acesso em 2019.

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O estado de alteração influencia nos processos de lixiviação e dissolução.


Outra característica associada ao estado de alteração é que a resistência à
compressão da rocha diminui com a porosidade. Dessa forma, temos uma rocha
extremamente porosa quando sua fração fica em torno de 50%; muito porosa,
quando fica entre 10% e 30%; bastante porosa, de 5% à 10%; medianamente
porosa, entre 2,5% à 5%; pouco porosa, de 1,0% à 2,5%; e muito compacta, com o
índice de 1,0%.
Abaixo, alguns itens, com suas respectivas porcentagens de porosidade.

Tabela 1 - Porosidade das Rochas


Rocha Porosidade (%)
Granito 0,4 a 1,5
Arenito 8,0 a 20
Calcário 5,0 a 10
Argila 45 a 55
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

Figura 2 - Tipo de Granito

Fonte: Cristais de Curvelo. Acesso em 2019.

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Figura 3 - Arenito

Fonte: Só biologia. Acesso em 2019.

Permeabilidade

A propriedade de permeabilidade pode existir desde a formação da rocha,


sendo primária, ou se originar devido ao processo de lixiviação ou dissolução de
componentes, sendo secundária. O índice de permeabilidade é maior ou menor
diante da capacidade da rocha de proporcionar percolação da água. As rochas
metamórficas apresentam baixa permeabilidade, enquanto as rochas sedimentares
apresentam maior capacidade permeável. Assim, fica fácil associar a capacidade de
permeabilidade de uma rocha com sua porcentagem de porosidade.

Absorção

A propriedade de absorção é a característica que a rocha apresenta de


permitir que o líquido ocupe os vazios existentes em seu interior, ou pelo menos
parte desses vazios. Essa capacidade de absorção da rocha pode ser dada pela
relação entre o peso após período longo de imersão, representado por P a, e o peso
seco, representado por Ps.

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Dureza

A dureza representa a capacidade de resistência ao risco de uma rocha e é


dada pela escala de Mohs. Na prática, ela funciona da seguinte maneira:
 Pode ser riscada pela unha ou de maneira muito fácil por um canivete;

 Pode ser riscada por um canivete;

 Pode ser riscada por um canivete de maneira bem difícil ou nem por
um canivete.

A figura abaixo apresenta de maneira didática uma classificação de dureza.

Figura 4 - Escala de Dureza

Fonte: Pinterest. Acesso em 2019.

Deformabilidade:

O módulo de deformação é uma das propriedades que melhor caracteriza o


comportamento mecânico de um maciço rochoso, principalmente quando se trata de
obras subterrâneas. Assim, esse parâmetro serve como base para grande parte das
análises de elementos finitos e de contorno para o conhecimento de tensões e

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distribuições dos deslocamentos ao redor de escavações subterrâneas. Dessa


forma, o estudo do módulo de deformação serve como parâmetro para inúmeras
análises geomecânicas.
O comportamento da rocha tem relação bem próxima com as condições
físicas às quais o maciço rochoso está submetido. A figura abaixo apresenta uma
curva de um gráfico que demonstra a tensão e a deformação, chamada de curva de
ensaio, obtida em laboratório, demonstra três comportamentos pela amostra do
maciço, representados pelos pontos A e B. O ponto A apresenta o limite de
elasticidade. Até esse limite, a amostra em análise tende a recuperar seu tamanho e
sua forma original após ser exposta à carga aplicada. Ou seja, nesse espaço, a
deformação ainda é reversível e está diretamente proporcional à tensão aplicada. O
ponto B representa o limite de plasticidade, e assim, no intervalo AB, a deformação
sofrida pela amostra, pela forma e volume, se dá de maneira permanente, e o corpo
não volta ao seu estado original. Após o ponto B, a amostra é exposta à resistência
máxima, que é o ponto RM indicado na figura. Nesse ponto, acontece a ruptura do
maciço rochoso.

Figura 5 - Curva Tensão X Deformação Linear

Fonte: Dantas, 2018.

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Para compreender bem as características dos maciços rochosos, é


fundamental definir as propriedades elásticas medidas em laboratório por meio da
aplicação de carga sobre a amostra, que é o exercício que gera a curva do gráfico
tensão x deformação, apresentado acima. A determinação das propriedades
elásticas é necessária para definir o comportamento elástico de uma amostra do
maciço rochoso, que se caracteriza como um material anisotrópico – material cuja
propriedade elástica vai depender da direção.
As propriedades elásticas dinâmicas são determinadas por meio dos
estudos e análises de comportamento dos pulsos, ondas sônicas que percorrem o
maciço rochoso. Esse procedimento pode ser realizado tanto em laboratório, com as
amostras das rochas, quanto no local – in situ. Esse último é realizado com o auxílio
de um perfilador sônico, que mede o tempo de percurso das ondas acústicas.
A determinação das propriedades elásticas pelo método dinâmico é
importante, visto que os dados obtidos são originários do procedimento realizado
dentro do poço, ou seja, as características originais da rocha são preservadas. Além
disso, o método dinâmico também reduz o uso de sondagem testemunhada, fator
positivo, já que esse método possui valor elevado.

Módulo de Elasticidade ou Módulo de Young

O módulo de Young, representado por E, é o coeficiente existente entre a


tensão da carga aplicada e a deformação originada. Esse módulo fica dentro do
intervalo de deformação elástica. Dessa forma, é possível fazer a relação com a
resistência do maciço rochoso em relação à deformabilidade provocada pela
aplicação da carga.
Esse módulo também pode ser conhecido como módulo de deformação ou
rigidez, conforme Lei de Hooke. O módulo de Young se dá pela razão entre a tensão
aplicada, representada por (σ), e pela deformação, representada por (Ɛ). Quanto
maior a deformação, é possível saber que houve aumento de tensão.
Esse módulo é calculado pela fórmula abaixo, dado em Kgf/cm² ou Pa:

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O módulo de Young é determinado e estimado pelo ensaio de resistência à


compressão simples. O resultado desse ensaio resulta no gráfico apresentado na
figura 5. A carga axial é aplicada constantemente durante a sua realização. Dantas
(2018, p.29) explica que aplicação de forma constante é "dividida pela seção
transversal inicial da amostra pela tensão axial média (𝜎𝑎), o qual é correlacionado e
traçado com a deformação axial total (𝜀𝑎), com o deslocamento radial (𝜀𝑟).".

Coeficiente de Poisson

O coeficiente de Poisson, representado por ѵ, é uma característica das


rochas, adimensional e que demonstra a deformação radial em relação ao
comportamento da deformação axial em corpo de prova em análise diante de
determinada tensão aplicada. Esse coeficiente também apresenta a relação
ocasionada por deformações ortogonais ao invés de tensão x deformação.
Para determinar o coeficiente, os corpos de prova passam pela aplicação de
carga para ensaios de tração ou de compressão. Nesse ensaio, é fundamental que
haja proporção entre a extensão lateral da amostra e a extensão direta dela,
invertendo apenas os sentidos – oposto da extensão direta.
Considerando um corpo homogêneo e isotrópico, o coeficiente de Poisson é
definido pela razão da deformação sofrida na amostra, direção perpendicular em que
foi aplicada a tensão, pela deformação sofrida no sentido paralelo da tensão
aplicada. Ou seja, é a relação entre as deformações provocadas nos sentidos
longitudinal e transversal.

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1.1.3 Propriedades Geotécnicas

Grau de Alteração

Uma rocha pode ser caracterizada pelo seu grau de alteração, que pode ser
classificado em: praticamente sã, alterada e muito alterada. Todavia, essa
classificação é muito subjetiva e não inclui a rocha extremamente alterada, que é
considerada um produto de transição ou solo de alteração de rocha. A figura a
seguir apresenta uma síntese de grau de alteração, bem como alguns outros
métodos de trabalho nesse tipo de material.

Figura 6 - Grau de Alteração e Métodos de Trabalho nas Rochas

Fonte: ArquitetaPage. Acesso em 2019.

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Grau de Resistência à Compressão Simples

Abaixo, alguns parâmetros para a resistência à compressão simples de um maciço


rochoso.

Tabela 2 - Grau de Resistência à Compressão Simples

Fonte: Propriedades das Rochas. Acesso em 2019.

Grau de Consistência

O grau de Consistência das rochas é baseado em características físicas


como tenacidade, que representa a resistência ao impacto, a dureza, que representa
a resistência ao risco, conforme apresentado em tópico anterior e a friabilidade.
Esse grau pode ser dividido conforme a tabela:

Tabela 3 - Grau de Consistência

Fonte: Propriedade das Rochas. Acesso em 2019.

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Grau de Faturamento

O grau de faturamento é representado pelo número de falhas por metro ao


longo de uma direção do maciço rochoso. Nesse caso, são consideradas somente
as fraturas originais da rocha.

Tabela 4 - Fraturamento nas Rochas

Fonte: Propriedade das Rochas. Acesso em 2019.

O grau de fraturamento também é medido pelo intervalo entre as fraturas,


sendo:
 Maior que 200 cm: fraturas muito afastadas;
 Entre 60 e 200 cm: fraturas afastadas;
 Entre 20 e 60 cm: fraturas medianamente afastadas;
 Entre 6 e 20 cm: fraturas próximas;
 Menor que 6 cm: fraturas muito próximas.

Caracterização Geotécnica da Rocha

Assim, a caracterização geotécnica do maciço rochoso se dá pela união das


características acima citadas:

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Tabela 5 - Caracterização Geotécnica do Maciço Rochoso

Caracterização Geotécnica da Rocha

Parâmetros de Caracterização
Grau de Grau de Grau de
Grau de Fraturamento
alteração Resistência Consistência
- Ocasionalmente
- Muito resistente; - Muito consistente; fraturada;
- Sã,
- Resistente; - Consistente; - Pouco fraturada;
- Alterada
- Pouco resistente; - Quebradiça; - Medianamente fraturada;
- Muito
- Branda; - Friável. - Muito fraturada;
alterada.
- Muito branda. - Extremamente fraturada;
- Fragmentos.
Classificação petrográfica (exemplos)
Arenito
Pouco
Alterado Consistente Ocasionalmente fraturado
resistente
Granito
Muito
Brando Quebradiço Medianamente fraturado
alterado
Xisto
Sã Resistente Consistente Muito Fraturado
Fonte: Propriedade das Rochas. Adaptado pelo autor, 2019.

1.1.4 Propriedades Mecânicas

Abaixo, serão caracterizadas algumas propriedades mecânicas das rochas,


em síntese.

Resistência à Compressão

 A resistência à compressão apresenta muita variabilidade de possíveis


resultados.

 Para as rochas estratificadas (sedimentares), há compressão paralela


e compressão perpendicular ao leito da estratificação em situações
secas ou saturadas;

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 Para rochas de grãos finos, quando forem da mesma espécie de grãos


maiores, elas têm maior resistência à compressão;

 A resistência à compressão é maior quanto maior e mais forte for o


ligamento entre os cristais interiores;

 Rochas silicificadas possuem maior resistência à compressão;

 Amostras com compressão perpendicular aos planos de estratificação


possuem maior resistência à compressão.

 A tensão de ruptura é dada pela relação abaixo de carga de aplicação


e seção.

Resistência ao Choque

 A resistência ao choque é representada por Rc e é a resistência


apresentada diante do impacto de uma força ou peso que cai sobre o
maciço diante de determinada altura;

 A Rc é medida pela multiplicação do peso pela altura que esse peso


está do corpo de prova. Essa altura é relativa à queda e é o que vai
provocar a ruptura da amostra;

 Esse critério é importante para projetos de obras de pavimentação e


vias e em aeroportos;

 O ensaio é denominado Resistência ao Impacto Treton.

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Resistência ao Desgaste e ao Corte

Apresentada em resistência ao desgaste por atrito mútuo e por abrasão.


 Atrito mútuo: é a resistência da rocha apresentada em formas de
agregados quando essa é sujeitada a atrito mútuo de seus fragmentos.
Em algumas situações, podem ser acrescentadas esferas de ferro
fundido ou de aço;

 Abrasão: a resistência da rocha por abrasão se dá quando ela é


sujeitada à abrasão de materiais abrasivos específicos. É dada ainda
mais importância, quando a rocha é usada em pavimentos.

O corte é a resistência que o material rochoso possui de se deixar cortar em


superfícies lisas. Em geral, a resistência ao corte cresce conforme a dureza da
rocha.

Comportamento Ante a Britagem

Esse comportamento é a propriedade da rocha de se fragmentar com maior


ou menor dificuldade, quando ela está sujeita ao processo de britagem. Alguns
fatores podem influenciar nesse processo, como os fissuramentos, a estratificação, a
xistosidade, o estado de alteração, dentre outros.
As pedras britadas utilizadas para obras de pavimentação devem possuir o
menor número de fragmentos laminados e alongados possíveis.

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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

CARACTERIZAÇÃO DA POROSIDADE E PERMEABILIDADE EM ARENITOS DA


FORMAÇÃO MONTE ALEGRE, CARBONÍFERO DA BACIA DO AMAZONAS
Disponível em: <http://www.geologia.ufpr.br/portal/wp-content/uploads/2018/11/Janaina-
Duarte-TCC.pdf>.

ANISOTROPIA DE ROCHAS POR MEIO DA CARACTERIZAÇÃO POR


ULTRASSOM
Disponível em:
<https://econtents.bc.unicamp.br/eventos/index.php/pibic/article/view/1349>.

Livro FUNDAMENTOS DE MECÂNICA DOS SOLOS E DAS ROCHAS. Alberto Pio


Fiori.

Livro CURSO BÁSICO DE MECÂNICA DOS SOLOS. Carlos Sousa Pinto.

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CAPÍTULO 2 - TENSÕES E DIMENSIONAMENTO

2.1 Origem das Tensões nos Maciços Rochosos

Conhecer o comportamento das tensões em maciços rochosos é


extremamente importante para resolver os mais diversos problemas nas áreas de
engenharia e geologia. Os problemas relacionados às tensões, normalmente, se
tornam intensos devido à profundidade no maciço rochoso, que pode ser avaliada
por meio de métodos qualitativos e quantitativos. Todavia, obras de escavações com
pouca profundidade podem ser consideradas como a raiz do problema diante das
tensões horizontais provocadas ou da falta de consideração dessas tensões.
Os maciços rochosos podem estar submetidos a estados de tensões de
formação ou indução. As tensões de origens naturais, também denominadas de
tensões in situ, podem ser definidas como as tensões resultantes da relação entre o
peso próprio das rochas, que é o responsável por gerar as tensões gravitacionais, os
movimentos tectônicos, que geram as tensões tectônicas, as condições térmicas e
os processos físico-químicos que provocam transformações constantes na estrutura
dos maciços rochosos.
Os movimentos tectônicos provocam falhas, fraturas e dobramentos que,
quando interagidos por processos de erosão, podem gerar uma problemática
completa da direção dessas tensões.
A dificuldade em mensurar as tensões in situ está diante da variação da
distribuição dessas tensões nos maciços rochosos, o que nem sempre é possível
contabilizar nos projetos de engenharia.
A tensão induzida é originada diante da divisão das tensões pré-existentes,
ocasionadas pelos movimentos feitos nos maciços pelas obras de engenharia, como
construções e escavações, por exemplo. Essas perturbações podem provocar
tensões, principalmente, por causa da retirada de material, no caso das escavações,
que podem originar novas tensões nos locais ao redor da obra, ou pelo acúmulo de
material, quando se trata de construções.

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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
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A tensão (σ) em um local da área qualquer (∆A) de uma seção de um


determinado corpo se dá pelo limite da força média (∆F), em cada unidade de área,
conforme a área (∆A) tende a chegar a zero.

Já as tensões no interior das rochas são formadas por todas as tensões que
estão ocorrendo em todos os planos, passando pelo ponto determinado. Dessa
forma, as tensões in situ se dão por todas as tensões, independente de sua
natureza, existentes no interior do maciço rochoso.
Os componentes das tensões representadas no plano são nove, e podem
ser representadas por uma matriz de tensões, conforme definido abaixo:

Ao se considerar um momento de equilíbrio, conforme mostra figura 7,


observa-se que σzx = σxz, σxy = σyx e σzy = σyz. Dessa forma, somente seis
componentes de tensão ilustrados no plano são independentes e necessários para
definir e caracterizar o estado de tensões em determinado ponto. Nessa perspectiva,
a matriz poderia ser representada da maneira que se segue:

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Figura 7 - Componentes de tensão atuantes sobre um corpo cúbico.

Fonte: David Roza José. Acesso em 2019.

Os componentes do tensor de tensões são classificados em tensões


normais e cisalhantes. As tensões normais atuam na direção normal ao plano,
enquanto as tensões cisalhantes atuam em direção tangencial ao plano ortogonal.
Esses componentes também podem ser representados em matriz na forma
das três tensões principais. Os seis componentes demonstrados na matriz anterior
são representados pelos valores das três tensões principais (σ1, σ2 e σ3), aliados à

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orientação que especifica as três direções dessas tensões conforme seus eixos, de
acordo com a figura 8.

Figura 8 - Principais Tensões em um Elemento Cúbico

σ2
σ1

σ3
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

PARA SABER MAIS

ESTADOS DE TENSÕES ANÔMALAS EM MACIÇOS ROCHOSOS DO BRASIL E


SEUS EFEITOS EM OBRAS DE ENGENHARIA
NIEBLE, C.M., KANJI, M.A. 2006. In STRAUSS, M.; GOBBI, F. (Eds.) GEOSUL
2006 – V Simpósio de Prática de Engenharia Geotécnica da Região Sul do Brasil.
Porto Alegre, RS.
Disponível em: <http://www.portaldageotecnia.com.br/wp-
content/uploads/2018/06/Estado-de-Tens%C3%B5es-An%C3%B4malas-em-
Maci%C3%A7os-Rochosos-no-Brasil-e-seus-Efeitos-em-Obras-de-Engenharia.pdf>.

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A figura abaixo representa, de forma resumida, os tipos e as tensões


aplicadas em maciços rochosos, assim como suas causas:

Figura 9 - Tipos de Tensões em Maciços Rochosos

Fonte: Adaptado pelo autor, de Lopes, 2015.

2.1.1 Tensões In Situ

As tensões in situ podem ser denominadas também como tensões naturais,


primitivas ou virgens. Esse estado de tensão é conhecido como tensões que
ocorrem sem qualquer ação de origem antrópica, ou seja, provocadas pela ação
humana. Apesar de a distribuição de tensões poder ser encontrada por meio de
cálculos, é importante ressaltar que as tensões naturais devem ser medidas.
A tensão vertical pode ser encontrada na equação a seguir. Na sequência,
tem-se uma tabela resumida sobre o peso específico de algumas rochas.

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Peso
Rocha específico - γ
(MPa/m)
Sienito 0,025
Granito 0,026
Gabro 0,029
Sal 0,020
Calcário 0,020
Mármore 0,027
Anfibolito 0,029
Basalto 0,027

A tensão vertical pode ser estimada de forma analítica. Entretanto, as


tensões horizontais apresentam dificuldade de determinação diante das técnicas
utilizadas e devido às propriedades e características do maciço rochoso. Em termos
de profundidade, tanto a tensão vertical quanto a horizontal sofrem interferências
oriundas do comportamento das deformações das rochas. Usualmente, a variação
das tensões horizontais para as verticais é representada pela letra k:

As medições das tensões horizontais tendem a apresentar valores altos para


a taxa k em baixas profundidades, em obras de mineração e civis. Assim, à medida
que a profundidade aumenta, o valor da taxa k é reduzido. Já as medidas de

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tensões verticais, nos mesmos tipos de obras, confirmam essa relação, mas com
quantidades significativas de dispersões nas medições, conforme figura abaixo.

Figura 10 - Variações de Tensões Verticais em Projetos de Mineração e Engenharia ao Redor do


Mundo

Fonte: Lopes, 2015.

A relação k, entre a tensão vertical e horizontal pode ser estimada pela


fórmula a seguir. Essa relação veio de um modelo desenvolvido que englobava a
curvatura terrestre, a mudança das constantes elásticas, a densidade e coeficientes
de expansão térmica por meio da crista e manto. Dessa forma, foi possível propor a
equação simplificada.

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A figura abaixo mostra o gráfico da equação acima conforme determinado


intervalo de módulo de deformação.

Figura 11 - Variação de Tensões In Situ Conforme Profundidade.

Fonte: Lopes, 2015.

2.1.2 Tensões Induzidas

As tensões induzidas são as tensões in situ que sofrem perturbações por


obras de engenharia, como escavações, construções, atividades de mineração,
dentre outros. Quando se realiza uma escavação subterrânea, por exemplo, as
tensões ao redor são redistribuídas.
Se a tensão principal maior for de alta magnitude e orientação horizontal, as
altas tensões de tração e compressão podem ser induzidas nas paredes da
escavação. Essa ação pode fazer com que essas tensões ultrapassem o limite de
resistência do maciço rochoso levando a desplacamentos, tanto no teto quanto nas
paredes e até a explosões de rochas.
A tabela abaixo mostra uma relação de fatores potenciais que podem
ocasionar uma situação-problema durante uma escavação subterrânea, por meio

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das tensões principais maiores, in situ e induzidas, e a resistência à compressão


simples do maciço rochoso.

Tabela 6 - Relação entre as Tensões Principais e os Possíveis Problemas em uma Escavação


σ1 (in situ) / σ1 (induzida) /
Condições de maciços vizinhos da escavação
σC σC
Nenhum problema ≤ 0,1 < 0,15

Não há necessidade de suporte

Ocorrência de pequeno desplacamento 0,2 0,25

Ocorrência de grandes desplacamentos 0,3 0,4

Ocorrência de severos desplacamentos 0,4 0,5 à 0,7

Necessidade de suporte pesado

Possibilidade de explosão de rocha 0,5 0,6 à 0,7

Necessidade de suporte pesado


Extremamente difícil ou impraticável manter a
≥ 0,7 > 0,7 a 1,0
escavação aberta
Fonte: Adaptado pelo autor, de Lopes, 2015.

2.1.3 Fatores influenciadores de tensões nos maciços rochosos

Topografia
Em superfícies de terreno plano, o componente vertical médio deve ter
valores aproximados da tensão de profundidade. Para superfícies irregulares, a
tensão, em qualquer ponto, pode ser considerada como a resultante da tensão de
profundidade e as componentes de tensão relacionadas à irregularidade da
superfície.

Erosão
A erosão na superfície do solo provoca a redução da profundidade da
cobertura do maciço rochoso em qualquer ponto em subsuperfície do solo.

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Tensões Residuais
Essas tensões se dão em corpos cujo interior é submetido a um estado de
tensão quando há ausência de trações superficiais aplicadas. Normalmente, as
tensões residuais possuem relação com processos físicos e/ou químicos, ocorrendo
de forma heterogênea em determinados volumes de material.

Tensões Tectônicas
As tensões no maciço rochoso podem ser originadas de forças penetrantes
oriundas da atividade tectônica. As tensões relacionadas a essa forma de
carregamento variam conforme a região e podem ser ligadas às características
estruturais tais como falhas, por exemplo. O estado de tectonismo ativo não significa
que tal área considerada seja considerada sísmica de modo ativo, já que as rochas
podem estar submetidas a tensões impostas.

Fraturas
A existência de fraturas em rochas ou conjunto de rochas continuadas, limitadas ou
como as características principais firmes pode restringir o estado de equilíbrio das
tensões no maciço. Dessa forma, as fraturas verticais de um maciço elevado podem
ser relacionadas com os baixos componentes das tensões horizontais. Já as fraturas
compatíveis com a falha de compressão nas rochas se relacionam com as
características das tensões que provocam o desenvolvimento e a evolução da
fratura.

PARA SABER MAIS

MODELO PARA ANÁLISE DE TENSÕES GRAVITACIONAIS A PARTIR DE


CARACTERÍSTICAS GEOMECÂNICAS DOS MACIÇOS ROCHOSOS
Disponível em: <https://www3.ufpe.br/ppgeminas/images/word/carlos_torres.pdf>.

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2.2 Ambiente e Mineração

A atividade de mineração é vista como poluidora e causadora de grande


impacto ambiental. Dessa forma, é comum dizer que ela vai contra as atividades de
proteção do meio ambiente. Todavia, é importante ressaltar que a problemática
relacionada à mineração tem sido abordada de maneira significativa ao longo dos
últimos anos, com estudos, pesquisas e aplicações que vêm ocupando grande
destaque nos contextos político, social e econômico.
A ação antrópica em relação aos recursos minerais disponíveis utiliza
processos que produzem impacto ambiental tanto pelo movimento de terras e
maciços quando pelo uso de substâncias nocivas e perigosas.
Algumas atividades consideradas básicas, tais como avaliação de reservas,
exploração, concentração e/ou beneficiamento e refinação provocam impacto
ambiental de diversas formas, como uso de terrenos originais, emissão de
poluentes, esgotamento de reservas, dentre outras. Dessa forma, é fundamental que
a atividade de mineração esteja sobre o comando de uma gestão que gerencie os
projetos de forma racional e eficiente para o meio natural. Sob essa ótica, é preciso
considerar:
 Usar e aproveitar integralmente as matérias-primas;
 Reduzir, reutilizar e/ou reciclar os resíduos originados de todos os
processos envolvidos na atividade sempre que possível;
 Utilizar energia de forma eficiente e eficaz;
 Racionalizar a exploração de jazigos minerais;
 Planejar a produção conforme a demanda;
 Respeitar e cumprir todos os processos normativos e legislações
aplicadas ao setor mineral.

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Figura 12 - Esquema de Funcionamento Geral de Atividades do Setor Mineral

Fonte: Torres, 2005.

Estar de acordo com os padrões apropriados e o método de monitoração são dois


dos processos essenciais para minimizar e controlar os riscos ambientais. As
atividades de mineração devem seguir as diretrizes de documentos regulamentares
e normativos que assegurem as operações de mineração de forma responsável em
todos os âmbitos possíveis. Além disso, é importante considerar o uso da terra e da
água, a gestão de escombros, de produtos químicos e materiais poluentes, a
disposição final dos resíduos que não podem ser reaproveitados de nenhuma forma,
os riscos possíveis à saúde humana e os riscos ambientais, bem como os planos
para mitigar esses riscos.

Uma gestão ambiental adequada em atividades de mineração só é feita de


forma responsável quando realizado o estudo de impacto ambiental, tal como
demonstrado na tabela abaixo. Nesse estudo, é necessário:

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 Caracterizar as fontes geradoras;


 Identificar os impactos ocasionados pelas atividades;
 Definir as medidas corretivas adequadas e aplica-las sempre que
necessário;
 Acompanhar a efetivação da aplicação das medidas corretivas, visando
a proteção ambiental.

Figura 13 - Fontes de Impacto Ambiental e Medidas Corretivas Aplicadas em Atividades de


Exploração de Minas

Fonte: Torres, 2005.

NOTÍCIA

IMPACTOS GERADOS PELA MINERAÇÃO EM MINAS GERAIS SÃO


REGISTRADOS DO ALTO POR FOTÓGRAFA DO ESTADO
Disponível em: < https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2019/05/30/impactos-
gerados-pela-mineracao-em-minas-gerais-sao-registrados-do-alto-por-fotografa-do-
estado.ghtml>.

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2.3 Explorações para Jazigos Minerais

A exploração de jazigos engloba etapas de construção de infraestrutura,


arranques, remoção e transporte das reservas minerais. Esses são levados e
tratados para uso no setor mineralógico e metalúrgico, com o uso de processos
metodológicos específicos, equipamentos materiais e produtos. Normalmente, há
duas formas de exploração: a céu aberto e subterrânea.
A exploração a céu aberto é caracterizada pela remoção de alto volume de
material com uso de maquinários grandes e robustos, por procedimentos de
bancadas descendentes com secções transversais. Já na exploração subterrânea, a
operação de retirada de escombros se dá em menor quantidade se comparada com
a exploração a céu aberto. Todavia, essa opção apresenta problemas no controle de
estabilidade.
Os métodos de exploração de minas podem apresentar algumas vantagens
e desvantagens em relação ao ambiente, a depender do processo operacional
usado:
 Método de exploração subterrânea:
Sem suporte:
- Vantagem: desmonte de rocha carente quando comparado ao método
a céu aberto.
- Desvantagem: alto potencial de subsidência – afundamento da
superfície da terra de modo gradativo, e oxidação devido à exposição
do material.
Com enchimento:
- Vantagem: baixo risco de subsidência e pouco volume de escombro.
- Desvantagem: risco de oxidação e combustão de material usado para
suporte e apresenta drenagem ácida e contaminação de aquíferos.

 Superficial
Céu aberto:
- Vantagens: melhor acessibilidade e baixo risco para trabalhadores
quando comparada à mineração subterrânea.

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- Desvantagens: alto volume de escombros e presença de poeiras,


ruídos e oxidação.
Aluvial:
- Vantagens: controle mais fácil dos danos ambientais.
- Desvantagens: possibilidade de emissão de partículas contaminantes
na atmosfera e hidrosfera e provocações de alteração superficial.

 Indireto
Lixiviação "in situ":
- Vantagens: redução de escombros, rejeitos, alterações superficiais e
baixo risco de trabalho.
- Desvantagens: alta quantidade de solução de sal e risco de
contaminação de águas subterrâneas e superficiais.
Utilização "in situ":
- Vantagens: baixo risco de subsidência e baixa produção de resíduos
sólidos, além do baixo risco de trabalho para os profissionais
envolvidos.
- Desvantagens: dificuldade em controlar o processo no subsolo e
grande risco de contaminação de águas subterrâneas.

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Figura 14 - Exploração Subterrânea e a Céu Aberto.

Fonte: Torres, 2005.

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INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

NR 22 - SEGURANÇA E SAÚDE OCUPACIONAL NA MINERAÇÃO


Disponível em:< https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-
trabalho/sst-menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>.

REALIZAÇÃO DE PROJETO DE LAVRA DE MINA SUBTERRÂNEA COM


UTILIZAÇÃO DE APLICATIVOS ESPECÍFICOS
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0370-
44672011000500019>.

ESCAVAÇÃO E EXPLORAÇÃO DE MINAS A CÉU ABERTO


Disponível em:
<http://www.ufjf.br/engenhariacivil/files/2012/10/ESCAVA%C3%87%C3%83O-E-
EXPLORA%C3%87%C3%83O-DE-MINAS-A-C%C3%89U-ABERTO.pdf>.

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CAPÍTULO 3 - PROCESSOS EM MACIÇOS ROCHOSOS

3.1 Monitoramento

Um sistema de monitoramento precisa produzir um conjunto de dados que


possam ser combinados sempre que necessário para se estabelecer um
comportamento mecânico conclusivo do maciço rochoso monitorado. Fazer a
associação de dados individuais do maciço para parâmetros imediatos e conclusivos
necessita de cuidados e atenção especiais.
Toda deformação ocorre com variações de tensões, sendo essas variações
características das deformações ocorridas nos maciços rochosos. Há uma
combinação entre as deformações e as tensões, permitindo uma análise retroativa
das propriedades das deformações.
Estabelecer um modelo geomecânico – uma projeção simplificada do
modelo real, não significa que as mesmas diretrizes convencionais de ensaios e
pontos de instrumentação tenham que ser utilizadas. Um modelo geomecânico
almeja:
 Aprimorar ensaios por meio da evolução na capitação de parâmetros;

 Aprimorar o trabalho de monitoração e seguimento de variações dos


esforços que podem ser medidos;

 Aprimorar o modelo de mapeamento geotécnico e estrutural para


melhor representar as estruturas que originam as rupturas;

 Reunir todos esses passos em uma técnica de cálculo quantitativa que


possibilite a análise das tensões e deformações detectadas no
processo, para, assim, tornar válida a metodologia de cálculo.

O monitoramento em escavações subterrâneas, que pode ser feito in situ ou


não, é realizado para conhecer e determinar parâmetros como:

 Avaliação da segurança;
 Assegurar as diretrizes estabelecidas em projetos;

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 Aprimorar o conhecimento acerca do comportamento mecânico dos


maciços rochosos e de seus respectivos processos de ruptura;
 Adquirir dados para projetos e outros estudos;
 Fornecer parâmetros para modelagem numérica;
 Verificar e confirmar os métodos previstos durante a execução do
processo de escavação;
 Fazer controle de qualidade com os dados adquiridos;
 Adquirir dados para aperfeiçoamento do projeto;
 Avaliar os efeitos das aplicações de medidas corretivas, bem como as
oscilações no método construtivo.

Ainda assim, mesmo diante de todo o processo de monitoramento, os riscos


de uma obra de escavação não podem ser calculados ou eliminados com maior
precisão. Todavia, o trabalho de monitoramento permite maior redução de riscos a
níveis aceitáveis e seguros.
As melhores informações obtidas por meio do monitoramento são os dados
obtidos in situ, sendo que essas informações não precisam de premissas de projeto.
Os efeitos desconhecidos e de grande escala e complexidade geológicas não são
descartados. Assim, os trabalhos de instrumentação e monitoramento não
necessitam somente de conhecimentos acerca do comportamento do maciço
rochoso, mas incluem saber as finalidades do monitoramento. Perguntas como: o
quê, onde, como, quando, por quê e quais resultados se espera desse
monitoramento, devem ser feitas e respondidas.
Existem metodologias de cálculo que possuem aplicação desde a teoria, da
base teórica do método de cálculo dos parâmetros finitos até a evolução do método
dos elementos discretos, capazes de fazer a simulação de deslocamentos
significativos e maciços em colapso.
Todos os campos na geotecnia/geomecânica vêm se desenvolvendo dia
após dia de maneira independente. Há métodos que relacionam os sons internos à
simulação numérica, com o uso de informações do comportamento mecânico do
maciço coletadas em tempo real. Entretanto, apesar do desenvolvimento de técnicas
e metodologias de modelagem numérica, é importante frisar que o comportamento

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mecânico previsto vai depender, na sua totalidade, do quão confiáveis são os dados
de entrada.

Mecanismos, Causas e Fatores em Maciços Rochosos

É comum que obras subterrâneas causem rupturas nos maciços rochosos.


Dessa forma, a atividade de monitoramento deve diferenciar as etapas de início, o
aumento e crescimento da ruptura e a fase de colapso. Alguns fatores contribuem
para a ruptura desses maciços. As etapas de início e evolução da ruptura e o seu
colapso podem ser descritas e classificadas como:
 A origem das fraturas pode se dar pelos processos de compressão,
tração e cisalhamento, tornando-se concreta caso a resistência do
maciço seja vencida no local com as concentrações de tensões das
cargas aplicadas. É comum que esse ponto esteja localizado nas
paredes das aberturas e o início pode acontecer no interior da rocha,
onde a pressão de confinamento vai depender do módulo. É possível,
também, que a rocha tenha imperfeições estruturais naturais. Dessa
forma, o trabalho de monitoramento precisa detectar as zonas de
concentração de tensões.

 O crescimento das fraturas também pode se dar pelos processos de


compressão, tração e cisalhamento, além de combinações. Acontece
quando a capacidade das fraturas é excedida nos locais e as tensões
precisam ser transferidas ao longo do maciço como alternativa de
estabilidade para a propagação das fraturas. Dessa maneira, o
monitoramento precisa detectar o início, o local e como houve a
propagação da fratura.

 O colapso pode acontecer de forma induzida, seja de maneira


intencional ou conforme o desenvolvimento da propagação da fratura
que não foi controlada. É preciso que a atividade de monitoramento
seja capaz de detectar a velocidade com que a fratura se propaga e a
dimensão que ela pode atingir. Normalmente, as fraturas são causadas

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por fragilidades iniciais ou recém-criadas, sendo agrupadas em fraturas


frágeis –o monitoramento consegue ser pouco eficaz na sua previsão,
e fraturas dúcteis – o monitoramento da atividade de deformação
permite detectar a ruptura por esse tipo de fratura.

 A propagação de ondas, ocasionadas por ações de explosivos, são


tensões provocadas de altíssima proporção e significado. As ondas
normais e cisalhantes, assim como suas respectivas velocidades, são
fatores diretamente ligados às tensões normais e cisalhantes
provocadas pela ação do fogo.

NOTÍCIA!

DEFESA CIVIL DE PETRÓPOLIS, RJ, VAI MONITORAR MACIÇO ROCHOSO DA


POSSE
Disponível em: <http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2015/01/defesa-civil-
de-petropolis-rj-vai-monitorar-macico-rochoso-da-posse.html>.

3.2 Águas Subterrâneas

É fundamental, para qualquer que seja a dimensão de um projeto de obras


subterrâneas, conhecer o comportamento da água subterrânea, visto que vários
aspectos em projetos dependem desse conhecimento. Esses aspectos vão desde o
estudo da estabilidade de taludes até um projeto de rebaixamento de lençol e
sistemas de drenagem, por exemplo.
Para esse apanhamento, é preciso levantar os dados e características
hidrogeológicas da região que permitem a confecção do modelo hidrogeológico do
maciço rochoso, se atentando aos seguintes parâmetros:
 Valores e variação – ocorridos ao longo do tempo do nível d'água com
o auxilio de piezômetros.

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 Levantamento descritivo de aquíferos, aquicludes, aquitardos e


aquífugos com suas respectivas propriedades e características
hidráulicas, obtidas por meio de ensaios de bombeamento;

 Reconhecimento de zonas de carga e descarga, visto que em locais de


descarga podem ocorrer forças de percolação e possível redução de
esforços resistentes à ruptura de taludes.

Os aquíferos são corpos permeáveis de rocha ou solo que contêm água


armazenada e que permitem o deslocamento subterrâneo dessa água. Nas rochas,
ocorrem em rochas sedimentares com porosidade regular, rochas com porosidade
cárstica, com porosidade oriunda de alterações ou efeitos tectônicos e em rochas
fraturadas.

Os aquicludes são de composição mais argilosa e contêm a presença de


água e, assim, podem se tornar saturados, mas não permitem a sua circulação. O
aquitardo, de composição argila siltosa e/ou arenosa também é capaz de armazenar
água e, além disso, permite sua circulação. Essa circulação se dá de forma lenta,
quando comparada a um aquífero, por causa da sua característica de baixo
potencial permeável. Os aquífugos são materiais praticamente impermeáveis e não
permitem a circulação de água em seu interior.

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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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Figura 15 - Figura Representativa sobre Aquíferos

Fonte: Vale Verde em Ação. Acesso em 2019.

Figura 16 - Figura Representativa sobre Aquíferos

Fonte: Prof. Alexei Nowatzki. Acesso em 2019.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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3.3 Controle de Riscos em Escavação Subterrânea

Uma obra de escavação subterrânea requer muito cuidado durante todo o


procedimento, tanto para que a obra saia conforme o projeto, quanto, e
principalmente, para a segurança de todos os envolvidos na execução de uma
escavação. Um dos tópicos mais importantes relacionados à segurança nesse
processo é a identificação dos riscos de queda do teto. Assim, com o intuito de
reduzir o número de incidentes provocados por esses desabamentos, é preciso fazer
a avaliação e o gerenciamento dos riscos de forma adequada, conforme dita o
fluxograma a seguir:

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Fluxograma 1 - Avaliação e Gerenciamento de Riscos em Escavações Subterrâneas


Reconhecer e avaliar as condições defeituosas que
representam riscos de queda.

Determinar a probabilidade de queda para condições


Avaliação de Riscos

específicas do teto.

Avaliar a exposição dos trabalhadores às quedas.

Classificar o risco para todos os locais de trabalhos ativos


na escavação.

Determinar os controles estratégicos para redução do


Gerenciamento de Riscos

risco.

Monitorar os controles.

Modificar os controles conforme necessário.

Fonte: Gomes, 2019. Adaptado pelo autor, 2019.

Gomes (2019) detalha que algumas perguntas devem ser feitas para a
avaliação de risco geotécnico sempre que houver necessidade de aplicação para
sustentação.
 Até que ponto é necessário a sustentação?
 Quais escavações precisam ser tratadas?
 Qual método de sustentação deve ser usado para cada aplicação?

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 Como a sustentação será integrada aos sistemas de controle de solo


atuais?
 Como a sustentação será integrada aos atuais ciclos de mineração?
 Será necessária alguma alteração nos procedimentos?

Há inúmeros métodos de sustentação disponíveis para uso, individual ou por


meio de alguma combinação. Os principais métodos utilizados para controle de
possíveis quedas são:
 Suportes – feitos de materiais como arcos, concretos, telas, dentre
outros;
 Reforços – por meio de parafusos, injeções, congelamento de terrenos,
dentre outros.

3.4 Movimentos de Massa

As obras em maciços rochosos, em especial as de corte, podem ocasionar


escorregamento de taludes, também chamado de movimentos de massa. Isso
acontece porque as tensões cisalhantes aplicadas são superiores à resistência ao
cisalhamento dos maciços em determinadas seções de ruptura.
Os movimentos de massa acontecem por processo natural, mas também
podem ocorrer diante da má execução de obras de aterro. As figuras abaixo mostra
um exemplo de cada uma dessas situações.

Figura 17 - Movimento de Massa Natural

Fonte: Oi Diário, 2018.

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Figura 18 - Movimento de Massa Ocasionado por Má Execução de Obras.

Fonte: G1.com. Acesso em 2019.

Seguem alguns movimentos de massa apresentados brevemente.

Escorregamento devido à Inclinação

Os escorregamentos por inclinação ocorrem quando a inclinação do talude


excede a inclinação provocada pela resistência ao cisalhamento do maciço. Além
disso, os escorregamentos por inclinação também ocorrem em presença de água. É
usual, para taludes de até 8,0 metros de altura e formado por solos, a inclinação de
1V:1H.
Alguns padrões associam as medidas dos taludes aos triângulos retângulos
apresentados abaixo. Esses triângulos são bem utilizados na engenharia, todavia
existem inúmeros casos de taludes que não se obtém estabilidade por meio destas
inclinações sugeridas, e nessas situações, são necessários estudos e análises de
estabilidade para fazer um projeto viável e seguro.

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Escorregamento por Descontinuidade

O contato entre o solo e a rocha permite haver uma transição entre esses
dois componentes. Ao ocorrer uma diferença de resistência significativa entre esses
produtos, com forte inclinação e presença de água, a zona de contato pode estar
vulnerável e o talude se torna instável. As camadas de transição geológicas nos
maciços rochosos e nos solos de alteração possuem planejamento para casos de
escorregamento, principalmente, se o sentido de orientação desses planos estiver
em direção às rodovias.

Escorregamentos por Percolação de Água

Esses escorregamentos ocorrem diante da percolação de água


principalmente em períodos chuvosos, em que há elevação do nível do freático ou
pode acontecer também de haver saturação do solo nas camadas superficiais. A
intercepção dos taludes no lençol freático pode provocar erosão interna, o que
contribui para a instabilidade do maciço.

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Escorregamento em Aterro

Nos projetos de obras de aterro devem ser levados em consideração tanto


as propriedades e características dos materiais que serão utilizados na construção,
quanto o projeto de fundação. Quando construídos em rochas resistentes, os aterros
possuem uma durabilidade que permanece por um longo período de tempo. Já para
aterros construídos em solos moles, devem ser analisadas e empregadas técnicas
adequadas e particulares para cada caso, levando em consideração os documentos
normativos exigidos, recalques, canaletas, galerias, dentre outros parâmetros.

PARA SABER MAIS

A PROBLEMÁTICA DOS TALUDES URBANOS: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Disponível em:
<https://www.researchgate.net/profile/Marianne_Bueno_Dos_Passos_Brum/publicati
on/329156112_A_Problematica_dos_Taludes_Urbanos_uma_Revisao_Bibliografica/
links/5bf870ff92851ced67d37b37/A-Problematica-dos-Taludes-Urbanos-uma-
Revisao-Bibliografica.pdf>.

O quadro a seguir apresenta um resumo de vários problemas associados a


taludes artificiais e naturais. Através deles, são descritas as formas de ocorrência e
causas principais que ocasionam o problema.

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Quadro 1 - Resumo de Problemas Associados À Taludes

Fonte: Estabilidade de Taludes. Acesso em 2019.

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3.5 Taludes

Quanto ao fator genético, os maciços rochosos podem ser ligados a duas


categorias: naturais e artificiais. Os maciços artificiais apresentam melhor
desenvolvimento quando se trata de estabilidade, devido ao fato de possuir
homogeneidade mais acentuada quando comparado aos maciços naturais. É
importante ressaltar que os taludes naturais possuem estrutura particular e
individual, que são possíveis de se conhecer por meio de estudos e programa de
pesquisas. Além disso, o maciço natural encontra-se vulnerável a processos de
erosão, intempéries, movimentos tectônicos, dentre outros.
Alguns fatores atuam no processo de formação do talude natural e são
responsáveis por formar as características de cada um. Eles podem ser divididos
em:
 Fatores Geológicos: que compreendem a lotologia, estruturação e
geomorfologia do maciço;

 Fatores Ambientais: que envolvem o clima, a topografia, a vegetação,


dentre outros.

O primeiro fator, geológico, é responsável pela composição química do


maciço, pela organização e o molde no relevo. Associados a ele estão os fatores
ambientais. A litologia, que constitui os diversos tipos de rocha, a estruturação,
formada pelas falhas, dobramentos, processos tectônicos e a geomorfologia, que
acompanha a evolução dos relevos, forma, assim, o produto principal que se torna
completo com a ação dos fatores climáticos, especialmente: ação erosiva, topografia
e vegetação. As paisagens naturais sofrem modificações de forma dinâmica ao
longo do tempo e exposição desses fatores.
Aliadas às ações naturais, tem-se as ações humanas que acabam
provocando alterações nas paisagens e nos fatores ambientais. Seja pela alteração
na geometria, nas vegetações, provocando mudanças ou destruição, na topografia
em alguns casos e até mesmo no clima, as ações humanas provocam mudanças
significativas nos maciços rochosos.

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Figura 19 - Talude Natural Instável

Fonte: Estabilidade de Taludes. Acesso em 2019.

Nas obras de estabilização, é de extrema importância que os agentes que


provocam instabilidade sejam minimizados. Em casos de percolação interna, é
necessário que façam obras de drenagem e de impermeabilização a montante do
talude. A vegetação pode atuar no combate a processos de erosão, além de
contribuir para fins visuais. Caso seja necessário conter deslizamentos provocados
pela gravidade, é importante ter o retaludamento como primeira solução.

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Em processos de estabilização, deve-se dar prioridade para as soluções


mais simples e viáveis, claro, quando se apresentarem adequadas. Os projetos mais
caros devem ser postos em práticas somente quando as estruturais mais simples
não solucionarem o problema.

NOTÍCIA!

METRÔ CONCLUI EM SÃO PAULO UMA DAS MAIORES OBRAS DE


CONTENÇÃO DE TALUDES JÁ REALIZADAS NA CAPITAL

Disponível em: <https://www.abms.com.br/metro-conclui-em-sao-paulo-uma-das-


maiores-obras-de-contencao-de-taludes-ja-realizadas-na-capital/>.

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

ESTABILIDADE DE TALUDES ROCHOSOS EM OBRAS CIVIS


Disponível em:
<http://www.portaldageotecnia.com.br/wp-
content/uploads/2018/05/ESTABILIDADE-DE-TALUDES-EM-ROCHA-EM-OBRAS-
CIVIS.pdf>.

CARACTERIZAÇÃO GEOTÉCNICA E ANÁLISE DE ESTABILIDADE DE


TALUDES DE MINERAÇÃO EM SOLOS DA MINA DE CAPÃO XAVIER
Disponível em:
<https://www.locus.ufv.br/bitstream/handle/123456789/3708/texto%20completo.pdf?
sequence=1&isAllowed=y>.

ANÁLISE DA ESTABILIDADE E DEFORMAÇÃO DE TALUDE E TÚNEL


FERROVIÁRIO EM LIBERDADE/MG
Disponível em:
<https://nugeo.ufop.br/uploads/nugeo_2014/teses/arquivos/dissertacao-
analiseestabilidadedeformacao.pdf>.

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REFERÊNCIAS

ArquitetaPage.com. Acesso em 18 de ago. 2019. Disponível em:


<https://arquitetapage.com.br/>.

Cristais de Curvelo. Acesso em 20 de ago. 2019. Disponível em:


<https://www.cristaisdecurvelo.com.br>.

DANTAS, J. G. M. Estimativa da Resistência à Compressão, Densidade e


Porosidade do Maciço Rochoso e Rocha Intacta a Partir da Velocidade Sônica
de Campo e Laboratorial. Dissertação (Mestrado). 97 f. Universidade Federal do
Rio Grande do Sul. Porto Alegre, RS. 2018.

David Roza José. Tensões. Instituto Federal Catarinense. Acesso em 2019.

G1.com. Portal de Notícias da Globo. Acesso em 23 de ago. 2019. Disponível em: <
http://g1.globo.com >.

GOMES, B. O. Análise Comparativa dos Resultados de Monitoramento em


Ancoragens de Escavações Subterrâneas de Mineração. Monografia
(Graduação). 56 f. Escola de Minas. Universidade Federal de Ouro Preto. 2019.

LOPES, J. S. ESTADO DE TENSÕES ANÔMALAS EM MACIÇOS ROCHOSOS:


INFLUÊNCIAS EM ESCAVAÇÕES SUBTERRÂNEAS NA REGIÃO SUL DO
BRASIL. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Universidade Federal de
Santa Catarina. Florianópolis, 2015.

Oi Diário. Acesso em 23 de ago. 2019. Disponível em: <oidiario.com.br>.

Pinterest. Acesso em 20 de ago. 2019. disonível em: <https://br.pinterest.com>.

Porosidade das Rochas. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.


Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo. Prof. Eduardo César
Sansone. Acesso em 12 de ago. 2019. Disponível em:
<https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1678273/mod_resource/content/1/03%20-
%20PMI1673%20-%202014%20-%20Porosidade%20das%20Rochas.pdf>.

Prof. Alexei Nowatzki. Acesso em 29 de ago. 2019. Disponível em:


<https://profalexeinowatzki.wordpress.com>.

Propriedades das Rochas. Capítulo 8. Acesso em 28 de ago. 2019.

Só Biologia. Acesso em 20 de ago. 2019. Disponível em:


<https://www.sobiologia.com.br>.

TORRES, V. F. N; GAMA, C. D. Engenharia Ambiental Subterrânea e Aplicações.


550 p. Rio de Janeiro, 2005.

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ValeVerde em Ação. Acesso em 29 de ago. 2019. Disponível em:


<http://valeverdeemacao.blogspot.com>.

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