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Materiais
de
Construção
Engenharia Civil
Prof. : Sérgio A. F. Cordovil
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 2
1.1 A importância dos Materiais de Construção ........................................................................ 2
1.2 Os três grupos fundamentais dos materiais de construção ................................................... 2
1.3 Introdução aos materiais ...................................................................................................... 2
1.4 Análises ................................................................................................................................ 3
2 NORMALIZAÇÃO ..................................................................................................................... 6
2.1 Especificações Técnicas ....................................................................................................... 6
2.2 Como Especificar Materiais ................................................................................................. 6
2.3 Normalização ....................................................................................................................... 6
2.4 Entidades Normalizadoras ................................................................................................... 7
2.5 Vigência de uma Norma ...................................................................................................... 7
2.6 Nomenclaturas ..................................................................................................................... 7
3 AGLOMERANTES ..................................................................................................................... 8
3.1 Asfaltos ................................................................................................................................ 8
3.2 Cal ........................................................................................................................................ 8
3.3 Gesso .................................................................................................................................... 9
3.4 Aglomerantes Especiais ..................................................................................................... 10
4 CIMENTO PORTLAND ........................................................................................................... 11
4.1 Definição ............................................................................................................................ 11
4.2 Composição ........................................................................................................................ 11
4.3 Propriedades Físicas ........................................................................................................... 12
4.3.1 Densidade ................................................................................................................... 13
4.3.2 Finura ......................................................................................................................... 13
4.3.3 Trabalhabilidade......................................................................................................... 13
4.3.4 Tempo de Pega ........................................................................................................... 13
4.3.5 Resistência ................................................................................................................. 14
4.3.6 Exsudação .................................................................................................................. 14
4.4 Propriedades Químicas ...................................................................................................... 15
4.5 Estabilidade ........................................................................................................................ 15
4.6 Calor de Hidratação ........................................................................................................... 16
4.7 Resistência aos Agentes Agressivos .................................................................................. 16
4.8 Classificação ...................................................................................................................... 16
4.9 Armazenamento ................................................................................................................. 17
5 ARGAMASSAS ........................................................................................................................ 18
5.1 Conceituação ...................................................................................................................... 18
5.2 Emprego ............................................................................................................................. 18
5.3 Qualificação das Argamassas............................................................................................. 18
5.4 Classificação das Argamassas ............................................................................................ 19
6 CONCRETO DE CIMENTO PORTLAND .............................................................................. 20
6.1 Conceituação ...................................................................................................................... 20
6.2 Fatores que influenciam na qualidade do concreto ............................................................ 20
6.3 Agregados .......................................................................................................................... 21
6.4 Aditivos .............................................................................................................................. 21
6.5 Classificação dos concretos ............................................................................................... 22
6.6 Propriedades do concreto fresco ........................................................................................ 22
6.6.1 Trabalhabilidade......................................................................................................... 22
6.6.2 Exsudação .................................................................................................................. 23
6.7 Propriedades do concreto endurecido ................................................................................ 23
6.7.1 Peso específico ........................................................................................................... 23
6.7.2 Deformações .............................................................................................................. 23
1 INTRODUÇÃO
1.4 Análises
verdadeira
L. Re. L. Re. L. Ru.
L. Ru. L. Ru.
Te
Te
Te
Te
ão
ão
ão
ão
ns
ns
ns
ns
L. Re. L. E. x L. E. x L. E. x
x Conv.
L. Ru. = limite de ruptura;L. Re. = limite de resistência; L.E. = limite de escoamento; x = ruptura.
(a) Material não dúctil sem deformação plástica (ex.: ferro fundido);
(b) Material dúctil com limite de escoamento (ex.: aço de baixo carbono);
(c) Material dúctil sem limite de escoamento nítido (ex.: alumínio);
(d) Curva de tensão deformação versus curva convencional.
1 Deformação plástica é a deformação permanente provocada por tensões que ultrapassam o limite de
elasticidade.
Deformação elástica é reversível; desaparece quando a tensão é removida.
Ductilidade é a deformação plástica total até o ponto de ruptura, é a capaciade que têm os corpos de se
reduzirem a fios sem se romperem. Um material dúctil tem um limite elástico além do qual ocorre deformação
permanente.
♦ Módulo de elasticidade: a maioria dos metais, algumas borrachas e os
plásticos elásticos apresentam comportamento linear abaixo de uma
determinada tensão chamada limite de elasticidade. Se a porção inicial do
gráfico tensão-deformação é linear (a deformação é proporcional à tensão),
então o material possui o módulo de elasticidade ou módulo de Young definido
como a relação entre a tensão e a deformação:
E= ___acréscimo de tensão___
acréscimo de deformação
3PL P
Tensão de ruptura (kgf) =
R= 2
2bd
d
2 NORMALIZAÇÃO
2.3 Normalização
2 O Memorial Descritivo é destinado a pessoas sem formação técnica e as Especificações Técnicas dirigem-se
ao construtor.
entre o fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das
relações comerciais e de serviços
Segurança Proteger a vida humana e a saúde
Proteção do Consumidor Prover a sociedade de meios eficazes para aferir a qualidade
dos produtos
Eliminação de Barreiras Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre
Técnicas e Comerciais produtos e serviços em diferentes países, facilitando assim, o
intercâmbio comercial
2.6 Nomenclaturas
3 http://www.abnt.org.br/
4 http://www.iso.ch
(c) Métodos de Ensaio – estabelecem os processos para a formação e o exame
de amostras;
(d) Padronizações – estabelecem as dimensões para os materiais;
(e) Terminologias – regularizam a nomenclatura técnica;
(f) Simbologia – convenções de desenho;
(g) Classificações – ordenar e dividir conjuntos de elementos;
3 AGLOMERANTES
3.1 Asfaltos
3.2 Cal
5 Os fatores responsáveis pelas características aglomerantes das argilas são os silicatos de alumínio nelas
contidos.
6 Betume pode ser definido como um produto complexo, de natureza orgânica, de origem natural ou pirogênica,
composto de uma mistura de hidrocarbonetos. São materiais aglomerantes, hidrófugos, sensíveis à temperatura,
quimicamente inertes, de boa qualidade e baratos.
7 Diz-se de polímero que amolece ao ser aquecido e endurece ao ser resfriado.
CaCO3 + calor → CaO + CO2
(carbonato de cálcio + calor → óxido de cálcio + anidridos carbônicos)
O produto dessa equação chama-se cal viva e apresenta-se sob a forma de grãos
de vários tamanhos (dependendo do processo de fabricação), sendo comuns pedras
de 10 a 20 cm (pedras de cal viva).
Para ser utilizada na construção, a cal viva sofre uma operação de hidratação, com
o nome de extinção, resultando na cal extinta8 (no local do emprego do material) ou cal
hidratada (no processo industrializado):
Quanto ao aspecto, a cal viva é um produto de cor branca que se apresenta sob a
forma de grãos de grande tamanho e estrutura porosa, ou em pó. A cal hidratada
apresenta-se sob a forma de flocos ou em pó de cor branca. Suas propriedades em
relação a:
(a) Plasticidade10 – diz-se que a cal é plástica quando se espalha facilmente,
resultando em uma superfície lisa.
(b) Retração – a carbonatação do hidróxido realiza-se com perdas de volume,
razão pela qual o produto está sujeito à retração, que tem como
conseqüência o aparecimento de trincas.
(c) Endurecimento – ela não endurece debaixo d’água, pois é necessário a
absorção do CO2. Seu endurecimento ao ar atmosférico é muito lento (da
ordem de 10 dias).
3.3 Gesso
♦ Cimento Sorel
♦ Cal Pozolânica
É a mistura de cinza vulcânica com cal hidratada, que endurece sob a água.
Atualmente está em desuso
♦ Cal Metalúrgica
♦ Cal Hidráulica
4.1 Definição
4.2 Composição
11 Numeroso grupo de substâncias minerais constituídas pela combinação da sílica com um ou mais óxidos
metálicos e água, e que constituem fração importante das rochas da crosta terrestre.
12 Qualquer derivado do hidróxido de alumínio em que o hidrogênio foi substituído.
13 Calcário e silicato semifundidos e aglutinados de que se obtém o cimento por moagem.
Figura 1 – Clínquer
A – C3S – Silicato tricálcico
B – C2S – Silicato bicálcico
C – Material intersticial – pode ser ferro, vidro, etc.
CaO – C
SiO2 – S
Fe2O3 – F
Al2O3 – A
C3S – 42 a 60%
C2S – 14 a 35%
C3A – 6 a 13%
C4AF – 5 a 10%
4.3.1 Densidade
4.3.2 Finura
14 É o fenômeno que consiste na separação espontânea da água da mistura, que naturalmente aflora pelo efeito
conjunto da diferença de densidade entre o cimento e a água o grau de permeabilidade que permanece na pasta;
transpiração;
15 Grande recipiente metálico, vertical, horizontal, ou esférico, fixo ou rotativo, com revestimento interno
anticorrosivo, e no qual se põe os produtos e se injeta o reagente químico, a quente e sob pressão, para obter a pasta
química.
4.3.3 Trabalhabilidade
Por ser uma noção subjetiva, são atributos importantes das misturas frescas.
Aparelho de Vicat
No Brasil, como não existe uma classificação quanto à pega, podemos adotar a
seguinte ordenação:
4.3.5 Resistência
4.3.6 Exsudação
4.5 Estabilidade
17 Sistema coloidal constituído por uma fase dispersora líquida e uma fase dispersa sólida, e que apresenta
propriedades macroscópicas (elasticidade, manutenção de forma, etc.) parecidas às dos sólidos.
18 Que não contém água.
Para que um cimento seja estável, é necessário que nenhum de seus compostos
sofra, uma vez endurecido, expansão volumétrica prejudicial e destrutiva, que é resultado
da hidratação de cal e magnésia livre presente.
Acredita-se que o periclásio19, magnésia cristalizada, é o maior responsável pela
expansão excessiva, não tendo qualquer contribuição a magnésia dissolvida e por isso,
aceita-se, hoje, ser de 2% o teor máximo permissível de MgO, para prevenir a
instabilidade.
Pode-se medir a estabilidade e expansão do cimento através do ensaio de
expansão em autoclave, que no Brasil é utilizada a agulha de Le Chatelier (ver figura
abaixo), que é constituída por uma forma cilíndrica de chapa de latão com 30 mm de
altura e 30 mm de diâmetro, com uma fenda aberta segundo uma geratriz, que tem duas
hastes soldadas às bordas das fendas, destinadas a multiplicar a medida da abertura, que
aumenta com a expansão do núcleo de pasta soldada no interior do cilindro.
Nos concretos em contato com a água e com a terra podem ocorrer fenômenos de
agressividade, pois estas podem conter substâncias químicas suscetíveis a reações com
certos constituintes do cimento presentes no concreto.
♦ Águas puras atacam o cimento hidratado por dissolução da cal existente. (Ex.:
água do degelo)
4.8 Classificação
Em cada país, a indústria produz o cimento de acordo com suas normas, com
algumas exceções (cimentos especiais). No Brasil, a partir de 1991, os cimentos portland
passaram a ter novas denominações, conforme a norma NBR 5732:
DESIGNAÇÃO
4.9 Armazenamento
5 ARGAMASSAS
5.1 Conceituação
21 É uma embalagem usada no mundo inteiro, para proteger o cimento da umidade e do manuseio no transporte,
ao menor preço para o consumidor.
22 Agregado graúdo - Classe de agregado (4) cujo diâmetro máximo é superior a 4,8mm, e que compreende a
brita, a pedra-de-mão e o pedregulho natural.
Agregado miúdo - Classe de agregado (4) cujo diâmetro máximo é inferior a 4,8mm, e que compreende a
areia, o pó-de-pedra e o pedrisco.
5.2 Emprego
Para ter uma melhor aderência entre a pasta e o agregado, algumas condições
deverão ser observadas:
23 Relação entre o volume realmente ocupado pelas partículas de um solo e o volume aparente deste, a qual
varia conforme as dimensões dos poros existentes entre aquelas partículas.
24 Ávido de água. Que a absorve bem.
25 Propriedade que apresenta um material ou um solo de se desagregar ou expandir por efeito da congelação da
água contida em seus interstícios.
I. Comuns (obras em geral) que se subdividem em:
a. Argamassas para rejuntamento nas alvenarias;
b. Argamassas para revestimento;
c. Argamassas para pisos;
d. Argamassas para injeções;
II. Refratárias, quando devem resistir a elevadas temperaturas;
6.1 Conceituação
26 Agregado graúdo - Classe de agregado (4) cujo diâmetro máximo é superior a 4,8mm, e que compreende a
brita, a pedra-de-mão e o pedregulho natural.
Agregado miúdo - Classe de agregado (4) cujo diâmetro máximo é inferior a 4,8mm, e que compreende a
areia, o pó-de-pedra e o pedrisco.
Pode-se ainda, adicionar aditivos para que ele adquira certas características
(impermeabilidade, diminuição do calor de hidratação, rápido aumento da resistência,
maior durabilidade, maior plasticidade, etc.)
Para conseguir o equilíbrio entre resistência, economia, durabilidade e aparência, o
engenheiro deverá estudar:
♦ As propriedades de cada um dos materiais componentes
♦ As propriedades do concreto e os fatores que podem alterá-lo
♦ As proporções adequadas e a execução da mistura, para obter as
características desejáveis.
♦ Os meios de transporte, lançamento e adensamento compatíveis com a obra
♦ O modo de executar o controle em todas as etapas do concreto
Como o concreto é formado pela pasta e pelos agregados, cada um terá uma
função distinta.
A pasta terá como função:
♦ Envolver os agregados, encher os vazios e dar manuseio
♦ Aglutinar os agregados para promover impermeabilidade, resistência e
durabilidade
Agregado é o material granular inerte (pedra, areia, etc.), sem forma e volume
definidos, que participa da composição de concretos, argamassas e alvenarias, cujas
partículas são ligadas entre si por um aglutinante. São empregados em várias áreas da
construção civil (lastros, camadas de pistas, argamassas, etc.).
Os agregados podem ser classificados em:
a. De acordo com a sua origem
Naturais (areias e pedregulhos encontrados na natureza)
Artificiais (areias e pedras obtidas pela moagem)
6.4 Aditivos
♦ Peso específico:
Concreto pesado үc = 2,8 a 5,0 tf/m³
Concreto normal үc = 2,0 a 2,8 tf/m³
Concreto leve үc = 1,2 a 2,0 tf/m³
Concreto leve para isolamento térmico үc = 0,7 a 1,6 tf/m³
6.6.1 Trabalhabilidade
É a propriedade do concreto fresco que indica a sua aptidão para ser empregado
com determinada finalidade, sem perda de sua homogeneidade. A trabalhabilidade
compreende três propriedades fundamentais: a consistência ou fluidez, a compacidade e
o travamento.
A consistência é função da quantidade de água.
A compacidade varia com os vazios e o tamanho dos grãos.
O travamento é função da quantidade de finos e da continuidade dos diâmetros de
grãos.
Os processos para medir a trabalhabilidade baseiam-se em:
♦ A trabalhabilidade é medida pela deformação causada a uma massa de
concreto fresco, pela aplicação de uma força predeterminada;
♦ A trabalhabilidade é medida pelo esforço necessário a ocasionar, em uma
massa de concreto fresco, uma deformação preestabelecida.
Alguns tipos de ensaios de trabalhabilidade:
♦ Ensaio de consistência pelo abatimento do tronco de cone
♦ Ensaios de escorregamento sem e com limitações
♦ Ensaios de penetração
6.6.2 Exsudação
6.7.2 Deformações
100
90
Tração(%)
80
Compressão (%)
70
60
50
%
40
30
20
10