Você está na página 1de 27

Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Engenharia

Curso de Engenharia Civil

2º Ano

Trabalho Cientifico da Cadeira de Metodologia de Investigacao Cientifica

Tema: Estudo de Resistencias Mecânicas Construtivas Convencionais

Discentes:

Rachide Ussene Mucusserima


Índice

Declaração de Originalidade.......................................................................................................I
Dedicatória.................................................................................................................................II
Agradecimentos .......................................................................................................................III
Resumo.....................................................................................................................................IV
Abstract.....................................................................................................................................V
Lista de Abreviatura.................................................................................................................VI
Lista de Tabela .......................................................................................................................VII
Lista de Figuras.....................................................................................................................VIII
1. Introdução...............................................................................................................................1
2. Evolução histórica dos materiais de construção.....................................................................2
3. Definições...............................................................................................................................4
3.1 A Resistência Mecânica................................................................................................4
3.2 Processos Construtivos Convencionais.........................................................................5
4. Resistencias Mecânicas Construtivas Convencionais............................................................5
4.1 Materiais Componentes do Concreto ...........................................................................5
4.2 Fibra de Aço..................................................................................................................6

4.3 Armadura.......................................................................................................................8

4.4 Concreto Armado..........................................................................................................9


4.5 Concreto com Fibra de Aço.........................................................................................10
5. Resistência do Concreto.......................................................................................................11
Conclusão.................................................................................................................................14
Bibliografia...............................................................................................................................15
Glossario...................................................................................................................................16

I
II
Declaração de Originalidade
Nós declaramos pela nossa honra que o presente trabalho nunca foi publicado, em nenhum
local e todas as fontes de informação estão citadas.

Rachide Ussene

I
Dedicatória
O presente trabalho vamos dedicar para os nossos pais.

II
Agradecimentos
O presente trabalho contou com apoio e incentivo de diferentes pessoas.

Primeiramente queremos agradecer à Deus, por cuidar sempre de nós e de ter nus dado
forças, ideias e oportunidade para realizarmos esse trabalho, o nosso muito obrigado.

De seguida os nossos Pais, agradecemos tudo oque têm feito por nós, por apoiarem-nos
financeiramente e emocionalmente nesse trabalho e principalmente em nosso curso, o nosso
muito obrigado.

Agradecêssemos também ao nosso mano Aires por ter feito a tradução do resumo, o nosso
muito obrigado.

Também agradecemos a docente, pelas aulas que tem nus dado e principalmente as aulas
sobre investigação que teve muito impacto na realização desse trabalho, o nosso muito
obrigado.

E para finalizar, queremos agradeces à nós mesmo pelo esforço e dedicação na elaboração
desse trabalho, que também teve um muito impacto, o nosso muito obrigado.

III
Resumo

Na engenharia, a resistência mecânica de uma estrutura é a sua capacidade de suportar as


solicitações externas sem que estas venham a lhe causar deformações plásticas. O processos
construtivos convencionais é método mais comum em obras residenciais, também muito
usado cá em Moçambique. Feito com tijolos de barro maciço, através de pilares, lajes e vigas,
é criado um “esqueleto” das paredes, separando ambientes e fachadas. Segundo Bauer (1994,
p. 2), “o homem nas civilizações primitivas empregava os materiais da forma que os
encontrasse”. Com o passar do tempo, começou a modelá-los frentes as suas necessidades,
sendo que os materiais que predominavam eram: a pedra, a madeira e o barro, já os metais
eram empregados em menor escala, e, em menor escala ainda, os couros e fibras vegetais
(BAUER, 1994). Para fazer construções com grandes vãos, utilizou-se durante muito tempo a
pedra, mas era necessário outro material que fosse trabalhável como o barro e que tivesse a
resistência da pedra (BAUER, 1994). A partir dessa necessidade surgiu o concreto. O
concreto hidráulico é um material de construção constituído por mistura de um aglomerante
com um ou mais materiais inertes e água. Quando recém-misturado, deve oferecer condições
tais de plasticidade que facilitem as operações de manuseio indispensáveis ao lançamento nas
formas, adquirindo, com o tempo, pelas reações que então se processarem entre aglomerante
e água, coesão e resistência (PETRUCCI, 1998), os materiais que o compõe são: cimento,
agregado miúdo, agregado graúdo e água. A fibra de aço é um material utilizado na
construção civil para reforçar o concreto estrutural ou refratário. As fibras de aço são
fabricadas a partir de fios de aço ou chapas laminadas com baixo teor de carbono e devem ser
adicionadas diretamente ao concreto. Sua principal função é melhorar o comportamento dos
elementos estruturais, reduzir a formação de fissuras e proporcionar maior durabilidade à
obra. A armadura é o componente estrutural de uma estrutura de concreto armado, formado
pela associação de diversas peças de aço. Serve para ajudar o concreto a resistir às diferentes
solicitações, principalmente as de tração.

Palavrs chaves: Resistencia Mecânicas Construtivas Convencionais, Concreto, Fibras de


Aço, Armadura.

IV
Abstract

V
Lista de Abreviatura

VI
Lista de Tabela

Tabela 1: Caraterísticas das Fibras de Aço..............................................................................7

VII
Lista de Figuras

Figura 1: O papiro matemático de Rhind (cerca de 1650 A.C.).............................................. 2


Figura 2: Ponte Romana (Ponte de Fabricius, Rio Tibre).........................................................
3
Figura 3: Arco gótico e reforços externos laterais (Catedral de Chartres)............................... 3
Figura 4: Desenho de uma viga engastada no livro de Galieu Galilei..................................... 3
Figura 5: Concreto sob pressão para testar sua resistência mecânica...................................... 4
Figura 6: Construção em concreto........................................................................................... 5
Figura 7: Fibra de aço ..............................................................................................................
7
Figura 8: Armaduras................................................................................................................ 8
Figura 9: Contreto Armado...................................................................................................... 9
Figura 10: Uso das fibras....................................................................................................... 10
Figura 11: Esquema de concentração de tensões para um concreto sem (a) e com reforço de
fibras (b).................................................................................................................................. 11
Figura 12: Ensaio de tração por compressão diametral......................................................... 12
Figura 13: Ensaio de tração na flexão, Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2004)................
12

VIII
1. Introdução

O presenete tradalho fala sobre Estudo de Resistencias Mecânicas Construtivas


Convencionais. Veremos que na engenharia, a resistência mecânica de uma estrutura é a sua
capacidade de suportar as solicitações externas sem que estas venham a lhe causar
deformações plásticas. O processos construtivos convencionais é método mais comum em
obras residenciais, também muito usado cá em Moçambique. Feito com tijolos de barro
maciço, através de pilares, lajes e vigas, é criado um “esqueleto” das paredes, separando
ambientes e fachadas.

1.1 Objectivos
1.1.1 Objectivo Geral

1
2. Evolução Histórica dos Materiais de Construção

O estudo da resistência dos materiais, ou seja, do uso de materiais com fins estruturais, é a
disciplina central na formação de várias modalidades da engenharia. Quase toda realização
humana concreta (não apenas intelectual ou virtual), seja ela um prédio, uma máquina ou um
equipamento, precisa de um suporte estrutural, algo que possa realizar mecanicamente sua
função, isto é, que faça a interação entre a ideia, o software, e o mundo físico real, o
hardware. A estrutura mecânica é o esqueleto que suporta as edificações.
Desde as origens da civilização há registros de esforços para entender e sistematizar a
construção de edifícios. A escrita, uma das primeiras provas do desenvolvimento intelectual
do homem, data provavelmente de 4000 A.C. e nasceu no Egito e na Mesopotâmia. A origem
da matemática, instrumento para o conhecimento do mundo físico, se situa na mesma época.
O papiro de Rhind (antiquário escocês), do qual existe cópia datada de 1650 A.C., atribuído a
Imhotep (arquiteto e físico responsável pela construção de pirâmides por volta de 2950 A.C.)
Já traz problemas de aritmética e geometria, que eram úteis na realização das grandes
construções da época (que certamente podemos chamar de “faraônicas”).

Fig.1 - O Papiro Matemático de Rhind (cerca de 1650 A.C.)


Mas é na Grécia Helênica que reconhecemos, Os Romanos herdaram o conhecimento dos
gregos e contribuíram com uma invenção que teve grande impacto na arquitetura: o arco.
Algumas pontes romanas sobrevivem até hoje na Europa.

2
Fig. 2 - Ponte Romana (Ponte de Fabricius, Rio Tibre)

Depois da queda do império romano e ao longo de toda a idade média pouco se fez na Europa
para o avanço da ciência. Pode-se citar, entretanto, o esforço para erguer catedrais, levando
ao aperfeiçoamento do arco gótico, usando-se assim como uma das resistências mecânicas
que permitiu a construção das grandes catedrais, como Notre Dame e Chartres.

Fig. 3 - Arco gótico e Reforços Externos Laterais (Catedral de Chartres)


A retomada do desenvolvimento da ciência moderna na Europa veio com o renascimento,
particularmente na Itália. O primeiro estudo ligado à resistência mecânica é atribuído a
Leonardo da Vinci (1452-1519), que se interessou pela resistência de fios metálicos, com os
quais teria feito ensaios de tração. Mas a abordagem realmente científica, da maneira como
concebemos a ciência hoje, se deve a Galileu Galilei (1564-1642). Nascido em Pisa, ele
estudou na Universidade de Pisa. Os dois primeiros capítulos do seu livro “Diálogos sobre
Duas Novas Ciências”. Ele discute a mecânica de barras e vigas engastadas.

Fig. 4 - Desenho de uma Viga Engastada no Livro de Galieu Galilei

3
Segundo Bauer (1994, p. 2), “o homem nas civilizações primitivas empregava os materiais da
forma que os encontrasse”. Com o passar do tempo, começou a modelá-los frentes as suas
necessidades, sendo que os materiais que predominavam eram: a pedra, a madeira e o barro,
já os metais eram empregados em menor escala, e, em menor escala ainda, os couros e fibras
vegetais (BAUER, 1994).
Para fazer construções com grandes vãos, utilizou-se durante muito tempo a pedra, mas era
necessário outro material que fosse trabalhável como o barro e que tivesse a resistência da
pedra (BAUER, 1994). A partir dessa necessidade surgiu o concreto, então com o passar dos
anos, os homens começaram a aperfeiçoar o concreto utilizando outros materiais juntamente
com ele, vindo a surgir o concreto armado que por sua vez tinha maior resistência, maior
durabilidade e melhor aparência que os outros materiais, com a difusão do uso desse material,
incentivaram a pesquisa dos aços, e com o tempo, levou ao concreto pretendido (BAUER,
1994).
3. Definições
3.1 A Resistência Mecânica

A resistência mecânica, no campo da mecânica dos sólidos, é a força resultante da aplicação


de uma força sobre um material. É a deformação do material que gera a força resultante, na
medida direta de seu módulo de elasticidade.
Na física, no capítulo que trata do movimento de corpos sólidos, a resistência mecânica é
o atrito criado pela fricção entre dois objetos, o que provoca uma resistência entre os mesmos
e como tal uma dissipação de energia. Assim, quanto menor for o atrito, menor é a dissipação
de energia e o desgaste dos dois objetos. Para minimizar esta resistência entre objetos utiliza-
se líquidos que podem ser compostos oleosos dependendo dos materiais que se friccionam.
Enquanto na engenharia, a resistência mecânica de uma estrutura é a sua capacidade de
suportar as solicitações externas sem que estas venham a lhe causar deformações plásticas.

Fig. 5 - Concreto sob Pressão para Testar sua Resistência Mecânica

3.2 Processos Construtivos Convencionais

4
O processos construtivos convencionais é método mais comum em obras residenciais,
também muito usado cá em Moçambique. Feito com tijolos de barro maciço, através de
pilares, lajes e vigas, é criado um “esqueleto” das paredes, separando ambientes e fachadas.

4. Resistencias Mecânicas Construtivas Convencionais


4.1 Materiais Componentes do Concreto

O concreto hidráulico é um material de construção constituído por mistura de um


aglomerante com um ou mais materiais inertes e água. Quando recém-misturado, deve
oferecer condições tais de plasticidade que facilitem as operações de manuseio indispensáveis
ao lançamento nas formas, adquirindo, com o tempo, pelas reações que então se processarem
entre aglomerante e água, coesão e resistência (PETRUCCI, 1998).
Os materiais que o compõe são: cimento, agregado miúdo, agregado graúdo e água.
Atualmente, existem outros constituintes que melhoram as características do concreto,
referindo-se à impermeabilidade, maior plasticidade quando fresco, rápido aumento da
resistência quando endurecido (PETRUCCI, 1998).
Segundo Petrucci (1998), “para obter um concreto durável, resistente, econômico e de bom
especto, deverá o engenheiro estudar”:
 As propriedades de cada um dos materiais componentes;
 As propriedades do concreto e os fatores suscetíveis de alterá-las;
 O proporcionalmente correto e a execução cuidadosa da mistura em cada caso, a fim
de obter as características impostas;
 Os meios de transporte, lançamento e adensamento compatíveis com a obra;
 O modo de executar o controle do concreto durante a preparação e após o
endurecimento, a fim de capacitar-se do atendimento das características exigidas,
tomando os cuidados devidos em caso contrário.

Fig. 6 – Construção em Concreto

4.1.1 Fatores que Influenciam na Qualidade do Concreto

5
Toda a qualidade relacionada ao concreto depende da qualidade dos materiais constituintes
(PETRUCCI, 1998). Um fator importante é a uniformidade, pois não adianta ter alguns
materiais de qualidade média se têm outros de qualidade oscilando de ótimo à regular, é
preciso também misturá-los de forma correta (PETRUCCI, 1998).

Durante o procedimento de mistura, devem-se analisar as proporções entre: cimento e


agregado; a divisão do agregado graúdo e agregado miúdo; e o mais importante deles a
relação empregada entre a água e o cimento, ou seja, a relação água/cimento (PETRUCCI,
1998).

Também outro fator que influência na qualidade do concreto é a introdução do aditivo, os


aditivos são produtos que adicionados em pequena quantidade a concretos de cimento
Portland modificam algumas de suas propriedades, no sentido de melhor adequá-las a
determinadas condições, ou ainda, material solúvel em água que é adicionado a composição
do concreto com o objetivo de modificar certas propriedades do mesmo, quer no estado
fresco, quer no estado endurecido. Segundo Petrucci (1998), “deve-se cuidar a massa íntima
do cimento com a água e a distribuição uniforme na pasta resultante nos vazios dos agregados
miúdos e agregados graúdos”.

Além destes fatores, o último se refere ao cuidado com a hidratação do cimento, na qual é

feito por um longo período e é preciso que as condições do ambiente favoreçam


(PETRUCCI, 1998). A este processo denominamos de cura do concreto (PETRUCCI, 1998).

4.2 Fibra de Aço


A fibra de aço é um material utilizado na construção civil para reforçar o concreto estrutural
ou refratário. As fibras são fabricadas a partir de fios de aço ou chapas laminadas com baixo
teor de carbono e devem ser adicionadas diretamente ao concreto. Sua principal função é
melhorar o comportamento dos elementos estruturais, reduzir a formação de fissuras e
proporcionar maior durabilidade à obra.

O material atua como uma armadura tridimensional que restringe a propagação de fissuras e
aumenta a resistência do concreto de forma geral. Para suprir a demanda do mercado,
empresas especializadas oferecem diversos tipos de fibra de aço para diferentes finalidades.

6
4.2.1 Principais Aplicações de Fibra de Aço

Há muitas aplicações possíveis para a fibra de aço em diversos empreendimentos. As fibras


de aço são largamente utilizadas para melhorar o desempenho do concreto, um dos materiais
mais comuns aplicados na construção civil. O concreto reforçado pode ser utilizado pré-
moldado, lançado no local ou ainda como concreto projetado, com benefícios estruturais que
as fibras aço oferecem. Algumas de suas aplicações são em pisos industriais, túneis e
produtos de concreto pré-moldado.

4.2.2 Vantagens de Utilizar Fibra de Aço

São inúmeras as vantagens de utilizar fibra de aço para reforçar o concreto. O concreto


reforçado com fibras de aço aumenta sua resistência à fissuração, impacto, puncionamento,
cargas variáveis e variações térmicas. O material fibro-reforçado ainda se torna muito mais
dúctil e menor permeável, o que é bastante útil para aprimorar os elementos estruturais.

A introdução das fibras de aço também fornece desempenho onde é mais necessário, ou seja,
diretamente nas bordas de placas, no caso dos pisos industriais. Além disso, elas podem
substituir completamente o reforço tradicional de malhas de aço, com redução de custos e
mão-de-obra.

Tab. 1 – Caraterísticas das Fibras de Aço

7
Fig.7 – Fibra de Aço

4.3 Armadura

A armadura é o componente estrutural de uma estrutura de concreto armado, formado pela


associação de diversas peças de aço. Serve para ajudar o concreto a resistir às diferentes
solicitações, principalmente as de tração. Existem vários tipos de armadura:

Armadura positivo, é a armadura situada na parte inferior das lajes e vigas, responsável por
resistir à tração proveniente dos momentos negativos

Armadura negativo, é a armadura situada na parte superior das lajes e vigas, responsável
por resistir à tração proveniente dos momentos negativos.

Armadura passiva, também conhecida como “armadura frouxa”, tem o objetivo de resistir
aos esforços de tração e cisalhamento e não tem qualquer tipo de alongamento prévio, isto é,
nenhuma força de protensão;
Armadura transversal, peças paralelas, dispostas no sentido da menor dimensão do
elemento estrutural.

Fig. 8 – Armaduras

8
4.4 Concreto Armado

Concreto armado é uma resistencia mecânica construtiva muito usado em construções, é um


material de construção resultante da união do concreto simples e de barras de aço, envolvidas
pelo concreto, com perfeita aderência entre os dois materiais, de tal maneira que resistam
ambos solidariamente aos esforços a que forem submetidos.

Para a composição do concreto armado, pode-se indicar esquematicamente:

1. Cimento + água = pasta;


2. Pasta + agregado miúdo = argamassa;
3. Argamassa + agregado graúdo = concreto;
4. Concreto + armadura de aço = concreto armado. Nesse item pode-se fazer uma nova
subdivisão em função da forma de trabalho da armadura:
 Concreto + armadura passiva = concreto armado;
 Concreto + armadura ativa = concreto protendido; neste caso a armadura (ou a
cordoalha) é preliminarmente submetida a esforços de tração visando melhorar o
desempenho estrutural da peça a ser concretada.

Atualmente, está sendo cada vez mais empregado nas estruturas o “Concreto de Alto
Desempenho” - CAD. É um concreto obtido com um aditivo superfluidificante e com a
adição de sílica ativa. O CAD é um concreto com propriedades superiores às do concreto
tradicional, sobretudo quanto à durabilidade e à resistência. Ele é mais resistente, menos
poroso, mais impermeável, mais resistente à ambientes agressivos, apresentando maior
proteção para as armaduras e possui maior durabilidade. Enquanto as resistências
características (fck) dos concretos tradicionais normalmente não ultrapassam 21 MPa, com o
CAD é possível se atingir resistências superiores a 100 MPa.

Fig. 9 - Contreto Armado

9
4.5 Concreto com Fibra de Aço
Segundo Chodounsky (2011 apud Tamaki, 2011), as fibras estruturais devem ter uma
dosagem mínima, quando utilizado em baixos teores não incrementam a capacidade portante
e devem ser empregadas somente para controle da fissuração e não podem ser consideradas
estruturais. Em relação a uma tenacidade do concreto
(relação entre o fator de tenacidade e a resistência à tração na flexão da matriz) deve ser no
mínimo de 30% e o teor mínimo de fibras deve ser de mais de 0,25% em relação ao volume
do concreto (Chodounsky 2011 apud Tamaki, 2011).
Segundo Figueiredo (2011), as obras de infraestruturas, notadamente as de saneamento
básico e de transportes, são exemplos de aplicação da maioria dos concretos reforçados e
existe se resume nas carências nevrálgicas da sociedade brasileira.
Segundo Thomaz (2011), as fibras mais usuais são as de aço e as de polipropileno, em 1960
foram usadas fibras de asbestos misturadas ao cimento, mas são usados vários outros tipos de
fibras como: aço, polipropileno, carbono, vidro, nylon, celulose, acrílico, polietileno,
madeira, sisal, etc. Embora as fibras possam melhorar algumas das propriedades do concreto,
o seu uso nunca resultará em um concreto sem fissuras (THOMAZ, 2011). A Figura 4
apresenta o uso das fibras quanto ao seu emprego.

Fig. 10 – Uso das fibras

Segundo Figueiredo (2011), a fibra funciona como uma ponte de transferência de fissuras.
Quando adicionadas num teor adequado e dependendo de algumas propriedades, faz com que
o concreto tenha o comportamento frágil conforme Figura 9.

10
(FIGUEIREDO, 2011). Com isso, tem-se uma grande redução da velocidade de propagação
das fissuras no compósito, que passa a ter um comportamento pseudo dúctil ou não frágil,
com isso a utilização das fibras podem evitar que a fissuração se propague (FIGUEIREDO,
2011).
Segundo Mindess (1995 apud Figueiredo, 2011), é notável que as fibras não substituam as
armaduras e sim, podem-se utilizar as fibras com a intenção de reduzir as fissuras nos
materiais.

Fig. 11 - Esquema de Concentração de Tensões para um Concreto sem (a) e com Reforço de
Fibras (b)

5. Resistência do Concreto

A resistência à compressão axial é uma das propriedades mais analisadas do concreto, sendo
uma das características que podem ser observadas através do controle de qualidade das
empresas.
Segundo Helene e Terzian (1992 apud Kelm, 2011), a principal propriedade do concreto é a
resistência à compressão, na qual, para que haja um bom desempenho deve se ter um estudo
detalhado tanto dos materiais utilizados quanto da dosagem incluindo outros parâmetros que
devem ser analisados como a trabalhabilidade, durabilidade, índice de vazios, entre outros,
além disso, depende também da curva granulométrica dos agregados, tipo e classe de
cimento, relação água/cimento e, consequentemente, resultando em uma certa, resistência à
compressão, se houver modificações na proporcionalidade e outros parâmetros se refletirão
na resistência.
A resistência é considerada, geralmente, a propriedade fundamental do concreto, embora, em
muitos casos, a durabilidade e a impermeabilidade possam ser de fato, mais importantes
(NEVILLE 1997).

11
Segundo Romano (2004), os fatores que afetam a resistência mecânica são: a relação
água/cimento, idade, forma e granulometria dos agregados, tipo de cimento, formato e
dimensões dos corpos de prova, velocidade de aplicação da carga de ensaio, duração da carga
e retração.

5.1 Resistência de Tração por Compressão Diametral


Segundo Neville (1997 apud Kelm, 2011), “a resistência obtida no ensaio de tração por
compressão diametral tem valores muito próximos dos valores da resistência à tração direta
do concreto, sendo de 5% a 12% maiores”.
A resistência à tração indireta é determinada no ensaio de compressão diametral. O ensaio
consiste em se comprimir longitudinalmente o corpo-de-prova cilíndrico 10x20 cm segundo a
direção do seu diâmetro, conforme mostrado na Figura.

Fig. 12 - Ensaio de Tração por Compressão Diametral, Fonte: Metha & Monteiro (2008)
O ensaio consiste em: “colocar o corpo de prova após a retirada da câmara úmida,
repousando ao longo de uma geratriz sobre o prato da máquina de compressão. Colocar entre
os pratos e o corpo de prova em ensaio, duas tiras de madeira, isentas de defeitos, de
comprimento igual ao da geratriz do corpo de prova e seção transversal”, em seguida aplica-
se a tensão sobre o corpo de prova até a ruptura do mesmo.
5.2 Resistência à Tração na Flexão
Para a realização deste ensaio, um corpo-de-prova de seção prismática é submetido à flexão,
com carregamentos em duas seções simétricas, até à ruptura como ilustra Figura 8
(PINHEIRO; MUZARDO e
SANTOS, 2004).

12
Fig. 13 - Ensaio de Tração na Flexão, Fonte: Pinheiro, Muzardo e Santos (2004)

Conforme a NBR 12142/91, inicia-se o carregamento no corpo de prova, continuamente e


sem choques, com crescimento constante a uma velocidade de (0,9 a 1,1) MPa por minuto,
até a ruptura. Segundo a NBR 12142/91 o corpo de prova prismático deve estar totalmente
centralizado para que a ruptura ocorra exatamente no centro do mesmo, caso fique fora da
zona l/3 intermediária, deve-se aplicar uma fórmula diferenciada para tentar se chegar ao
valor sem distorções.
Por fim calcula-se a resistência à tração na flexão com aproximação de 0,01 MPa para os
resultados individuais.

13
Conclusão

Após a conclusão do trabalho, concluimos que as resistencias de construcoes convencionais

14
Bibliografia

15
Glossario

16

Você também pode gostar