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MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II
Docente
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Eng. António Daniel J. Caputo
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO II
Grupo C
Curso: Engenharia de Construção Civil
3º Ano
Integrantes do grupo:
Agradecemos a Deus pelo dom da vida, pela proteção e por nos proporcionar
a força e determinação pаrа superarmos аs dificuldades e, continuarmos nesta
caminhada até o alcance dos nossos objectivos, tem iluminado os nossos caminhos e
permitiu que tudo isso acontecesse.
Resumo
Objectivos específicos
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2. História da cerâmica
A palavra cerâmica deriva da palavra grega Keramike, que está associada à
palavra Kéramos, ligada , por sua vez, à arte dos vazos cozidos, ou seja, produtos
aquecidos que contêm argila (Bogas, Materiais Cerâmicos, 2013).
Durante o período final da idade da pedra (Neolítico) a arte dos vasos cozidos
tornou-se uma actividade importante. Na Mesopotâmia há vestígios de fragmentos
cerâmicos de artefactos que datam de 8000 AC. Revestimentos de piso e de parede
em ladrilho e esculturas de calcário e gesso foram encontradas na Palestina (8300-
7600 AC) e depois no Iraque, Síria e Jericho (Bogas, Materiais Cerâmicos, 2013).
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6.400 AC, a olaria já era relativamente desenvolvida, existindo um melhor
aperfeiçoamento nas técnicas de decoração e processamento térmico. Por exemplo,
já se dominava o controlo das atmosferas de oxidação e redução requeridas durante
a queima dos produtos cerâmicos (Bogas, Materiais Cerâmicos, 2013).
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3. Propriedades dos materiais cerâmicos
3.1. Resistência e dureza
A resistência mecânica do material aumenta quando aquecido a altas
temperaturas; sua resistência à tração varia bastante, mas, em geral, a resistência à
compressão é de 5 a 6 vezes maior do que à tração. Possuem boa resistência à
corrosão se comparados a materiais metálicos ou poliméricos, (Lopes, 2017).
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4.2. Os cerâmicos tradicionais
Estão geralmente associados aos materiais silicatados, fazendo normalmente
parte da sua constituição três componentes básicos: a argila, a sílica e o feldspato. A
argila é responsável pelas propriedades plásticas necessárias à moldagem do material
antes de este ser endurecido por cozedura. A sílica é o esqueleto não deformável dos
cerâmicos e o feldspato tem a importante função de reduzir a temperatura de fusão da
mistura. Os cerâmicos tradicionais incluem os materiais de olaria e os materiais
utilizados usualmente na construção. Alguns exemplos destes materiais são o tijolo,
os grés e o azulejo utilizados na indústria da construção ou a porcelana eléctrica com
forte aplicação na indústria eléctrica (Bogas, Materiais Cerâmicos, 2013).
6. Matéria-prima
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sinterização, que ocorre em condições adequadas de temperatura, taça de
aquecimento e atmosfera de queima (Bogas, Materiais Cerâmicos, 2013).
6.1 Argila
Como material de construção, a argila começou a ser utilizada pela sua
abundância, pelo custo reduzido e por ser um material que, na presença de água, pode
ser moldado facilmente, secando e endurecendo na presença de calor. Além disso, o
uso dos produtos cerâmicos produzidos a partir do cozimento das argilas, surgiu da
necessidade de um material similar às rochas, nos locais onde havia escassez das
mesmas.
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construções moravam em casas de tijolos. Por outro lado, os romanos levaram seus
conhecimentos sobre os produtos cerâmicos a várias partes do mundo e os árabes
deixaram exemplos notáveis de aplicação dos tijolos.
Na base dos cerâmicos tradicionais estão todos os minerais que quando úmidos
adquirem a plasticidade necessária para a fase de conformação. Este material quando
seco perde a plasticidade e adquire rigidez. No entanto, a sua futura reidratação
restabelece as propriedades iniciais da argila. É o processamento térmico que causa
transformações físico-químicas irreversíveis na argila, resultando um novo material
que perde definitivamente a sua plasticidade e a reidratação deixa de ser possível.
São estas propriedades que conferem à argila sua singularidade tão apreciada pela
indústria cerâmica (Bogas, Materiais Cerâmicos, 2013).
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características corretas de cada tipo de material cerâmico; no geral, podem ser
classificadas em:
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Queima: nesta etapa os produtos adquirem suas propriedades finais; após
a secagem, as peças são submetidas a elevadas temperaturas e cada tipo
de material seguirá um processo diferenciado, de acordo com sua aplicação.
7.4. Acabamento
A maioria dos produtos cerâmicos é retirada do forno e, após a inspeção, está
pronta para ser comercializada; porém, alguns necessitam passar pelo processo de
acabamento para atender a alguma característica, que pode ser polimento, corte,
furação etc, (Lopes, 2017).
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amplamente utilizados na construção civil, pois suas características permitem sua
utilização nas mais diversas etapas de uma obra.
Resistência à compressão;
Capacidade de aderência a argamassas;
Durabilidade em relação aos agentes agressivos (variação de temperatura,
umidade e produtos químicos);
Dimensões uniformes;
Resistência ao fogo.
Dimensões modulares
Dimensões nominais – mm
LxHxC
Comprimento C
Módulo dimensional M Largura
Altura H
= 100 mm L Tijolo principal 1/2 tijolo
(1) M x (5/8) M x (2) M 190 90
53
(1) M x (5/8) M x (5/2) M 240 115
(1) M x (2/3) M x (2) M 190 90
57
(1) M x (2/3) M x (5/2) M 240 115
90
(1) M x (3/4) M x (2) M 190 90
65
17
(1) M x (3/4) M x (5/2) M 240 115
(1) M x (1) M x (2) M 190 90
90
(1) M x (1) M x (5/2) M 240 115
(5/4) M x (5/8) M x (2) M 190 90
53
(5/4) M x (5/8) M x (5/2) M 240 115
(5/4) M x (2/3) M x (2) M 190 90
57
(5/4) M x (2/3) M x (5/2) M 240 115
(5/4) M x (3/4) M x (2) M 190 90
65
(5/4) M x (3/4) M x (5/2) M 240 115
(5/4) M x (1) M x (2) M 190 90
115 90
(5/4) M x (1) M x (5/2) M 240 115
(5/4) M x (5/4) M x (2) M 190 90
(5/4) M x (5/4) M x (5/2) M 115 240 115
(5/4) M x (5/4) M x (3) M 290 140
(3/2) M x (5/8) M x (2) M 190 90
(3/2) M x (5/8) M x (5/2) M 53 240 115
(3/2) M x (5/8) M x (3) M 290 140
(3/2) M x (2/3) M x (2) M 190 90
(3/2) M x (2/3) M x (5/2) M 57 240 115
(3/2) M x (2/3) M x (3) M 290 140
(3/2) M x (3/4) M x (2) M 190 90
(3/2) M x (3/4) M x (5/2) M 65 240 115
(3/2) M x (3/4) M x (3) M 290 140
(3/2) M x (1) M x (5/2) M 240 115
140 90
(3/2) M x (1) M x (3) M 290 140
(3/2) M x (5/4) M x (5/2) M 240 115
115
(3/2) M x (5/4) M x (3) M 290 140
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Os blocos podem ser classificados como estruturais e de vedação. Os
estruturais, como o próprio nome já diz, são adequados para suportar as cargas da
estrutura, substituindo vigas e pilares de concreto armado; já os de vedação são
utilizados em paredes de divisórias externas e internas e precisam apenas suportar o
seu próprio peso. A figura abaixo, apresenta alguns exemplos de blocos de vedação
e estruturais, também conhecidos como portantes, (Lopes, 2017).
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Custo menor de mão de obra e de material.
9.1.2. Telhas
As telhas são utilizadas como material de vedação de telhados e coberturas.
Como são os primeiros materiais a ter contacto com o exterior da edificação, elas
devem resistir à ação de chuvas, ventos, poeiras, ruídos e demais intempéries. Assim
como os outros materiais cerâmicos, as telhas são bem antigas e continuam sendo
uma opção de ótima relação custo-benefício.
Além disso, não devem apresentar fissuras, quebras ou rebarbas que possam
prejudicar o encaixe entre as telhas. As características desse material envolvem:
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Pouca variação de volume por umidade ou expansão térmica;
Resistência ao fogo, já que por natureza as argilas não são inflamáveis.
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9.1.3. Revestimentos cerâmicos
A utilização do revestimento cerâmico vem desde o século XV. Esses
revestimentos podem ser obtidos através do processo de extrusão ou prensagem,
podem ou não apresentar uma face esmaltada e outra face porosa (face de
assentamento). Os revestimentos cerâmicos possuem diversas características que
auxiliam na escolha do material mais adequado a cada caso:
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9.2. Cerâmica branca
Este grupo é bastante diversificado, compreendendo materiais constituídos por
um corpo branco e, em geral recobertos por uma camada de vidro transparente e
incolor, que eram assim agrupados pela cor branca da massa, necessária por razões
estéticas e técnicas (Lopes, 2017).
Louça sanitária;
Louça de mesa;
Isoladores elétricos para alta e baixa tensão;
Cerâmica artística (decorativa e utilitária);
Cerâmica técnica para fins diversos, tais como: químico, eléc trico, térmico
e mecânico.
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Dessa forma, podemos classificar os produtos refratários quanto a matéria-
prima ou componente químico principal em: sílicoso, sílico-aluminoso, aluminoso,
mulitico, magnesianocromítico, cromítico-magnesiano, carbeto de silício, grafite,
carbono, zircônia, zirconita, espinélio e outros.
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9.2.5. Abrasivos
Parte da indústria de abrasivos, por utilizarem matérias-primas e processos
semelhantes aos da cerâmica, constituem-se num segmento cerâmico.
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engenharia mecânica, porque não conseguem atender aos requisitos em mudança
nessas indústrias.
11.1 Vantagens
Alta resistência ao desgaste, calor, pressão e ataque químico (gás e
líquidos);
Extrema dureza;
Excelente isolamento eléctrico;
Relativamente leves.
11.2. Desvantagens
Os materiais cerâmicos são de natureza frágil, portanto fraturam-se
facilmente;
A existência de muitos interstícios na sua estrutura cristalina, torna a sua
ductilidade quase nula;
A maleabilidade destes materiais é difícil, daí serem mais facilmente
moldáveis com maquinas especializadas.
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12. Conclusão
Os materiais cerâmicos surgiram na humanidade desde os tempos primórdios
em diversos países. As primeiras cerâmicas conhecidas datam do final do Paleolítico,
os exemplos mais antigos de barros cozido, que incluem mais de 10000 fragmentos e
estatuetas foram descobertos na Morávia, actual República Checa. A primeira
evidência da produção de cerâmica de olaria remota a 10000 AC, com a descoberta
de fragmentos perto de Nagasaki, no Japão.
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Bibliografia
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