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METÁLICAS
UNIDADE I
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS
Elaboração
Blenda C. M. Ribeiro
Atualização
Giovanna Monique Alelvan
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................4
UNIDADE I
CONCEITOS INTRODUTÓRIOS...........................................................................................................................................................7
CAPÍTULO 1
MATERIAIS......................................................................................................................................................................................... 7
CAPÍTULO 2
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO METÁLICA.......................................................................................................................... 16
CAPÍTULO 3
LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS METÁLICAS........................................................................................................................... 30
REFERÊNCIAS.................................................................................................................................................37
INTRODUÇÃO
Objetivos
» Descrever os materiais, a estrutura e as propriedades.
CAPÍTULO 1
MATERIAIS
1. Resumo histórico
Analisando brevemente o cotidiano humano, é possível afirmar que os materiais
fazem parte dos costumes ou mesmo da subsistência do homem. Naturais ou
artificiais, eles estão presentes nos recursos basilares utilizados pelas pessoas, no
transporte, na tecnologia e comunicação, na produção de alimentos, na energia,
na habitação, na saúde etc.
» Idade do Bronze: época que foi marcada pelo início da metalurgia, entre
2000 e 1000 a.C., e pela conquista de armas excelentes por meio das ligas
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
» Idade do Ferro: abrange o tempo entre 1000 e 1 a.C., embora seja por
volta de 500 a.C. que as ligas de ferro foram amplamente substituídas pelo
bronze, na Europa, na produção de ferramentas e armas.
2. Conceito de materiais
Os materiais “são as substâncias cujas propriedades as tornam utilizáveis em
estruturas, máquinas, dispositivos ou produtos consumíveis” (VAN VLACK,
1984, p. 15).
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Metal
Aço
Concreto armado
Pneu
Compósito
Cimento
Borracha
Polímero Cerâmica
Fibra de vidro
Epóxi
Fibra de Vidro
Contudo, muitos outros materiais não se enquadram nesses grupos citados. Assim,
é possível agrupar em materiais naturais, semicondutores, supercondutores e
em materiais inteligentes, nanomateriais e biomateriais. (CALLISTER, 2016;
PADILHA, 1999, SHACKELFORD, 2008)
A organização interna dos materiais está vinculada não só aos átomos, mas
também à relação com os adjacentes, em cristais, moléculas e microestruturas.
Assim, é possível analisar as estruturas da seguinte maneira:
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
3. Materiais metálicos
Considerando que esta disciplina estuda as ligações em estruturas metálicas,
este caderno de estudos ampliará as informações sobre materiais metálicos.
Ainda é possível afirmar que são relativamente rígidos e resistentes, porém são
passíveis de deformações excessivas sem fraturar, isto é, são dúcteis e resistentes a
fraturas. Todas essas propriedades o transformam em um material extremamente
atraente para fins estruturais (CALLISTER, 2016; PADILHA, 1999).
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Ligas Metálicas
Tratável
Alta Resistência Ferramenta Ferro mesclado
termicamente
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
Ligas Metálicas
Ligas Não
Ligas Ferrosas
Ferrosas
Leitura complementar
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
» custo.
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
Conformação Fundição
Principais métodos Outros métodos Principais métodos Outros métodos
» laminação; » cunhagem; » por gravidade; » centrifugação;
» extrusão; » repuxamento; » sob pressão; » precisão;
» trefilação; » conformação com três cilindros; » contínua;
» estiramento; » conformação com coxim de » molde cerâmico.
» forjamento; borracha;
» estapagem. » mandrilagem;
» fabricação de tubos soldados;
» conformação por explosão.
Fonte: adaptado de Dieter, 1981; Chiaverini, 1986; Callister, 2016.
Soldagem Metalurgia do pó
Tipo Etapas básicas
» a arco; » fabricação dos pós;
» a gás; » mistura dos pós;
» alumino-térmica; » compactação dos pós;
» resistência; » sinterização;
» laser; » tratamento térmico e outros.
» feixe eletro;
» ultrassom;
» fricção.
Fonte: adaptado de Dieter (1981); Chiaverini (1986); Callister (2016).
Usinagem
Convencional Não convencional
» torneamento; » jato d’água;
» fresamento; » jato abrasivo;
» furação; » ultrassônico;
» aplainamento; » eletroquímica;
» serramento; » química;
» brochamento; » descarga elétrica;
» roscamento; » laser;
» mandrilhamento; » arco-plasma.
» retificação.
Fonte: adaptado de Dieter, 1981; Chiaverini, 1986.
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Seria inviável apresentar cada operação dos processos nesta disciplina pela
dimensão do conteúdo e por alguns desses processos serem abordados por
outra disciplina. Portanto, com a intenção de conhecimento, será realizada
a explanação de todos os processos, exemplificando os mais conhecidos
métodos.
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CAPÍTULO 2
PROCESSOS DE FABRICAÇÃO METÁLICA
1. Conformação mecânica
No processo de conformação, o material é sujeito a uma deformação realizada
por força ou tensão externa, cuja magnitude ultrapassa o limite de escoamento do
material. Uma grande parcela dos metais pode admitir esse tipo de procedimento,
pois são dúcteis e passíveis de deformação permanente sem trincar ou fraturar.
Essa deformação pode ser realizada em diferentes temperaturas de recristalização
(CALLISTER, 2016).
» processos de dobramento;
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Cilindro do
laminador
Cilindro do
laminador
Forjamento
Laminação
Punção
Matriz Matriz
Punção
Matrizes
de corte
Matriz
Tracionamento Matriz
Dobramento Corte
Os processos que fazem parte da categoria compressão direta são realizados por
meio da ação de uma força na superfície do material, que, por sua vez, escoa na
direção de compressão. O forjamento e a laminação são os principais exemplos
dessa classe.
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
Esse tipo de forjamento de matriz fechada à força age nas duas ou mais partes da
matriz que possui o formato da peça final. O material metálico a ser trabalhado é
deformado no interior da cavidade construída pelas partes sob alta pressão, assim
é possível fabricar peças de precisão com pequenas tolerâncias nas dimensões.
(CALLISTER, 2016; DIETER, 1981)
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
(c) (d)
(e) (f)
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
Chavierini (1986), por sua vez, afirma que esse processo é realizado em produtos
com secção muito reduzida, quando comparada ao comprimento, e em tubos.
Matriz
Garra
Superfície
de apoio
Ângulo de
entrada
Ângulo de
aproximação
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Essa operação, por muitas vezes, é realizada a quente. Isso é necessário devido
às elevadas forças utilizadas na extrusão e, assim, com a aplicação de calor, a
resistência à deformação se torna menor.
» corte;
» dobramento e encurvamento;
» estampagem profunda.
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
Câmara
Matriz Direção do
Êmbolo movimento
Bloco
Placa de pressão
Barra extrudada
Bloco Placa de
fechamento
Êmbolo
matriz
Extrusão Indireta
Porta-punção B
Punção A
Disco de retenção
Peça
Matriz C
Bucha D
Mola de compressão E
Base F
2. Fundição
O processo de fabricação conhecido como fundição consiste em fundir e vazar
um metal em uma cavidade de um molde. Esse molde é um recipiente que possui
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
dimensões e forma estimadas. Diversas peças podem ser fabricadas por meio
desse processo, como parte de motores, turbinas hidráulicas e a gás.
Modelagem
Modelo/Caixa de macho
Macharia
Preparação de areia/Machos
Moldagem
Preparação de areia/Moldes
Fusão
Preparação de carga metálica/Tratamentos do metal líquido
Vazamento
Preparação de panelas
Desmoldagem
Recuperação/Regeração da areia
Acabamento
Expedição
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
Pino do núcleo
Pino do núcleo
Cavidade
Peça de fundição
Miolo
Metade do molde
Fonte: http://www.sifumg.com.br/wp-content/uploads/2016/02/cartilha-de-fundicao.pdf.
Durante o período de solidificação, a pressão é mantida por mais tempo, até que
ocorra a completa solidificação. Em seguida, a matriz é aberta e a peça retirada,
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Cilindro hidráulico
de fechamento Metal fundido
Forno
Altura matriz
(abertura)
3. Soldagem
Callister (2016) afirma que a soldagem, de certa forma, pode ser entendida como
um processo de fabricação. Nesse processo, ocorre a união de duas ou mais peças
metálicas de forma a tornar-se uma única peça. O contato e o aquecimento das
superfícies resultam na fusão parcial ou na plasticidade do material. Isso gera
uma difusão na zona soldada, produzindo uma solda resistente e coesa quando
há o resfriamento do material (CHIAVERINI, 1986).
É importante ressaltar que tanto materiais diferentes quanto análogos podem ser
utilizados na técnica de soldagem. Durante a soldagem, há ligação metalúrgica,
existindo o processo de difusão, diferente do que acontece com a união de
materiais com parafusos ou rebites, em que a ligação é mecânica.
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
Zona de recristalização
Zona de normalização
à do metal original
Zona de fusão
de base
incompleta
4. Metalurgia do pó
O processo conhecido como metalurgia do pó é responsável por produzir compostos
metálicos ou não por intermédio da consolidação de pós que são auxiliados por
pressão e calor. Essa técnica de fabricação compacta uma mistura de pós-metálicos
com a ajuda de uma matriz, gerando “peças verdes”, que são aglomerados do
material na forma pretendida (CHIAVERINI, 1986; PEREIRA, 2011).
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Mistura
Compactação
Sinterização
Peça acabada
Sinterização
Sinterização
Calibragem
Peça acabada
Peça acabada
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
5. Usinagem
Usinagem é um processo de fabricação de peças que, por meio da remoção
de material, também conhecido como cavaco, concede forma, dimensão ou
aperfeiçoamento superficial ou conciliar, ambos para um melhor resultado.
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Peça
Rebôlo
Superfície periférica
Roscamento Madrilamento Retificação
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CAPÍTULO 3
LIGAÇÕES EM ESTRUTURAS METÁLICAS
Viga-Viga
Viga-Coluna
transmitindo
esforço
cortante
Viga coluna
engastada
Ligação em
treliças
Placa de base
para coluna
Emenda de
viga
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
A norma citada ainda determinada que esses componentes devam ser previamente
dimensionados, de modo que a resistência de cálculo nos estados limites
admissíveis seja superior ou igual às exigências de cálculos, estabelecidas:
» ligações rígidas;
» ligações flexíveis;
» ligações semirrígidas.
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
As ligações do tipo rígidas são consideradas na teoria como uma união que
bloqueia inteiramente qualquer tipo de rotação entre as peças. Na prática, esse
tipo de ligação é apontado como rígida se pelo menos 90% da capacidade de
rotação é limitada. A deformação que ocorre no nó é insignificante, portanto
não provoca distribuição de momentos nas vias e colunas.
As ligações semirrígidas são aquelas em que as uniões que possuem rotação relativa
entre os componentes oscilam de 20 a 90% da rotação possível caso a ligação seja
do tipo flexível. Nesse tipo de ligação, a rotação da união influencia na divisão de
esforços por meio da estrutura, por isso é importante que o profissional projetista
domine a relação momento-rotação da ligação e que integre na investigação
estrutural.
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
MOMENTO NAS
EXTREMIDADES
LIGAÇÃO RÍGIDA
WL2/12
>0,9WL2/12
LIGAÇÃO SEMIRRÍGIDA
M=WL2/12-2EIØ/L
LIGAÇÃO FLEXÍVEL
<0,2WL /12
2
» cisalhamento centrado;
» cisalhamento excêntrico;
» tração ou compressão;
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
Cisalhamento no
Cisalhamento na
parafuso devido à
Flexão na solda devido à
torção
chapa torção
Cisalhamento no
parafuso devido à
Cisalhamento na solda
força
(b) Cisalhamento excêntrico
devido à força
Tração na chapa
Cisalhamento nos parafusos
(c) Tração centrada (d) Tração com cisalhamento
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Conceitos introdutórios | UNIDADE I
Um meio bastante empregado até a década de 1960 foi o rebite, porém houve
um decaimento na sua utilização em consequência de sua baixa resistência
mecânica, exigência de trabalho especializado e entraves nas etapas de inspeção
e controle (PEIXOTO, 2012).
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UNIDADE I | Conceitos introdutórios
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REFERÊNCIAS
FERRASI, D. Fundamentos da Usinagem dos metais. São Paulo: Edgar Blucher, 1977.
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Referências
PFEIL, W.; PFEIL, M. Estruturas de aço: dimensionamento prático. 8. ed. Rio de Janeiro:
LTC, 2009.
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Referências
VAN VLACK, L. H. Princípio de ciência e tecnologia dos materiais. 4. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 1984.
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