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São Paulo – SP
2022
PREFÁCIO
ix
Quase todos os capítulos têm lista de questões ou exercícios
que servem de recapitulação da matéria estudada – uma excelente
oportunidade para fixação do conteúdo.
Observe que há no apêndice uma infinidade de tabelas neces-
sárias ao estudo.
Por fim, é o objetivo desta publicação é trazer praticidade ao
cálculo estrutural, muitas vezes apresentando num emaranhado de
explicações que mais confundem do que preparam o aluno inician-
te, afastando o aluno dessa importante e fantástica área da enge-
nharia civil. Sugestões são muito bem-vindas para o aprimoramen-
to deste livro.
x
SUMÁRIO
xi
1.1.6.6 Tabela com os valores de cálculo dos aços..................... 45
1.1.7 NORMAS APLICÁVEIS............................................................................... 46
1.1.8 “NÚMEROS MÁGICOS” EM ESTRUTURAS DE CONCRETO........ 47
1.2 CONCEPÇÃO E LANÇAMENTO DA ESTRUTURA.................... 55
1.2.1 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL.................................................................... 55
1.2.2 LANÇAMENTO DA ESTRUTURA........................................................... 56
1.2.2.1 Como posicionar os pilares................................................... 57
1.2.2.2 Como posicionar as vigas e lajes......................................... 58
1.3 PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS........................ 61
1.3.1 ESPESSURA OU ‘ALTURA’ DA LAJE MACIÇA.................................... 61
1.3.2 LARGURA E ALTURA DE VIGA RETANGULAR................................ 64
1.3.3 DIMENSÕES DOS PILARES..................................................................... 65
1.3.4 DESENHOS PRELIMINARES DE FÔRMAS........................................ 67
1.4 CARREGAMENTO DAS ESTRUTURAS...................................... 69
1.4.1 CARREGAMENTO....................................................................................... 69
1.4.2 CARACTERIZAÇÃO DAS CARGAS......................................................... 71
1.4.3 O “CAMINHO” DAS CARGAS................................................................... 72
1.4.4 PESO PRÓPRIO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS....................... 73
1.4.5 CARGAS ADICIONAIS DOS ELEMENTOS FIXOS............................. 75
1.4.6 CARGAS ACIDENTAIS (SOBRECARGA).............................................. 76
1.4.7 A CARGA DE PROJETO DE UMA LAJE................................................ 77
1.4.8 DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS DAS LAJES PARA AS VIGAS............ 77
1.4.9 DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS DAS VIGAS PARA OS PILARES..... 80
xiv
4.2.2.6.2 Armadura mínima (Asw,min).................................... 200
4.2.2.6.3 Armadura adotada (Asw).......................................... 200
4.2.2.7 Critérios para determinação da bitola e dos
espaçamentos máximos entre estribos e entre
ramos sucessivos................................................................... 201
4.2.2.7.1 Critérios para definição das bitolas...................... 201
4.2.2.7.2 Limites para espaçamento entre estribos e
entre ramos.................................................................... 201
4.3 PILARES (λ≤90)...........................................................................207
4.3.1 PRÉ-DIMENSIONAMENTO, PESO PRÓPRIO E
CARREGAMENTO .......................................................................................
DOS PILARES............................................................................................ 208
4.3.2 COMPRIMENTO DE FLAMBAGEM E ÍNDICE DE ESBELTEZ.. 208
4.3.3 CLASSIFICAÇÃO DOS PILARES.......................................................... 209
4.3.3.1 Classificação quanto à esbeltez......................................... 210
4.3.3.2 Classificação quanto à solicitação.................................... 212
4.3.4 DETERMINAÇÃO DA CARGA DO PILAR......................................... 213
4.3.4.1 Carga característica............................................................... 213
4.3.4.2 Carga de projeto...................................................................... 213
4.3.5 EXCENTRICIDADES DE PRIMEIRA ORDEM................................. 214
4.3.5.1 Excentricidade inicial............................................................ 214
4.3.5.2 Excentricidade acidental..................................................... 218
4.3.5.3 Excentricidade de forma...................................................... 219
4.3.6 EXCENTRICIDADES DE SEGUNDA ORDEM.................................. 220
4.3.7 CÁLCULO DA ARMADURA LONGITUDINAL................................. 221
4.3.8 CRITÉRIOS DAS DISPOSIÇÕES CONSTRUTIVAS ........................ 225
4.3.8.1 Armaduras longitudinais (principal)............................. 225
4.3.8.2 Armaduras transversais (estribos) ................................ 226
4.3.9 ROTEIROS DE CÁLCULO PARA PILARES....................................... 226
4.3.9.1 ROTEIRO A: Etapas iniciais (todos os pilares)........... 228
4.3.9.2 ROTEIRO B: Pilares curtos (λ < 35)................................ 228
4.3.9.3 ROTEIRO C: Pilares pouco ou medianamente
esbeltos (λ ≥ 35).................................................................... 229
4.3.9.4 ROTEIRO D: Etapas finais (todos os pilares).............. 232
4.4 ESCADAS.........................................................................................239
4.4.1 CÁLCULO DA ESPESSURA MÉDIA ................................................... 240
4.4.2 CARREGAMENTO ESTRUTURAL...................................................... 241
4.4.3 CÁLCULO DOS MOMENTOS FLETORES......................................... 242
4.4.4 CÁLCULO DA SEÇÃO DA ARMADURA PRINCIPAL ................... 243
xv
4.4.5 DISPOSIÇÃO DAS BARRAS DAS ARMADURAS............................ 244
4.4.5.1 Definição do diâmetro (Φℓ) e do espaçamento (St)
da armadura principal........................................................ 244
4.5 SAPATA ISOLADA.........................................................................251
4.5.1 DEFINIÇÃO DA TENSÃO ADMISSÍVEL DO SOLO ...................... 253
4.5.2 DETERMINAÇÃO DA ÁREA MÍNIMA DA BASE .......................... 254
4.5.3 DIMENSÕES HORIZONTAIS DA BASE ............................................ 255
4.5.4 CÁLCULO DOS BALANÇOS ( ) DA SAPATA....................... 257
4.5.5 ALTURAS DA CABEÇA (h) E DA BORDA (h0) DA SAPATA....... 257
4.5.6 CÁLCULO DOS MOMENTOS FLETORES......................................... 259
4.5.7 DEFINIÇÃO DOS MOMENTOS DE PROJETO................................. 260
4.5.8 CÁLCULO DA SEÇÃO DAS ARMADURAS........................................ 261
4.5.9 DEFINIÇÃO DA BITOLA (Φ) E DO ESPAÇAMENTO (St, Sℓ)
DAS BARRAS............................................................................................. 263
4.5.10 VERIFICAÇÕES IMPORTANTES...................................................... 263
4.5.10.1 Ruptura por compressão diagonal excessiva........... 264
4.5.10.2 Deslizamento das armaduras longitudinais............. 265
4.5.10.3 Dispensa das armaduras de cisalhamento................ 266
APÊNDICES
REFERÊNCIAS......................................................................................302
xvi
PARTE I
TÓPICOS
INTRODUTÓRIOS
EM ESTRUTURAS
DE CONCRETO
1.1 CONCRETO ARMADO: GENERALIDADES
1
Ou seja, o concreto sem armaduras. É produzido a partir da mistura de cimen-
to, brita, areia, água e, eventualmente, aditivos, em proporções adequadas.
2
Aspecto importante para o concreto armado, será estudado no tópico 3.3.
19
• a perfeita adesão dos materiais concreto e aço faz com que
todo o conjunto trabalhe como peça monolítica quando
a peça é solicitada, apresentando resistência satisfatória
aos diversos tipos de solicitação, nos limites do seu dimen-
sionamento e da correta disposição de armaduras;
• processo construtivo amplamente conhecido e bem di-
fundido em todo o país;
• baixo custo dos materiais e de mão de obra;
• sistema estrutural com longo tempo de vida útil, ou seja,
possui grande durabilidade, sendo que o próprio concre-
to protege as armaduras contra a corrosão e contra fogo,
desde que o cobrimento seja adequado;
• os gastos de manutenção são reduzidos, desde que a es-
trutura seja bem projetada e adequadamente construída.
3
Ver tópico 3.1 – Durabilidade e meio ambiente.
SIGLA REFERE-SE:
resistência característica (referencial), ou seja, é a resistência à compressão
fck
do concreto à idade de 28 dias: fck ≥ fcm,j28.
resistência média de dosagem à idade “j” dias, cujo controle pode ser
fcmj
efetuado em diversas idades.
resistência de cálculo ou de projeto, cujo valor é calculado a partir do fck,
fcd aplicando-se um coeficiente de ponderação como margem de segurança para
o projeto estrutural.
ENSAIO DE CONSISTÊNCIA:
O método do controle de consistência mais utilizado é pelo abati-
mento do tronco de cone (slump test).
4
O grau de trabalhabilidade deve ser diferente para concreto do tipo extrusado
(execução de sarjetas), vibro-prensado (blocos, pavers e telhas) ou centrifuga-
do (produção de tubos de concreto).
ABATIMENTO
CLASSE APLICAÇÕES TÍPICAS
(mm)
S10 10 ≤ a < 50 concreto extrusado, vibro-prensado ou centrifugado
alguns tipos de pavimentos e de elementos de
S50 50 ≤ a < 100
fundações
elementos estruturais com lançamento convencional do
S100 100 ≤ a < 160
concreto
elementos estruturais com lançamento bombeado do
S160 160 ≤ a < 220
concreto
elementos estruturais esbeltos ou com alta densidade
S220 ≥ 220
de armaduras
σ = tensão
σ=E·ε E = módulo de elasticidade
ε = deformação específica
5
A não-linearidade do concreto em tensões normais é devido principalmente
ao efeito da fluência.
6
Ver tópico 4.1.6 – Verificação da aceitabilidade das deformações.
basalto e granito e
BRITA calcário arenito
diabásio gnaisse
αE = 1,2 1,0 0,9 0,7
Com isso:
sendo:
1.1.5.6 Fluência
O aumento da deformação de um elemento estrutural submetido a
um carregamento constante ao longo do tempo,7 medida a partir da
deformação elástica inicial,8 é chamado de fluência.
A fluência não tem relação, portanto, com o aumento de carga,
como no caso da flecha imediata ocasionada pelo primeiro carre-
gamento, mas com a permanência de uma dada carga por período
prolongado, por isso a deformação resultante da fluência denomi-
na-se flecha diferida no tempo.
7
Após a deformação elástica inicial, contudo, sem considerar outras deforma-
ções não associadas com o carregamento, ou seja, retração, expansão e defor-
mações térmicas, que muitas vezes requerem também a passagem do tempo.
Geralmente a parcela dessas deformações é pequena e, por isso, desprezada
nos cálculos.
8
Estimada a partir do módulo de deformação secante (Ecs) na idade do carre-
gamento inicial, conforme tópico 1.1.5.5.
αf = fator de fluência
Δξ = intervalo do coeficiente ξ, em função da diferença de tempo
ξ = coeficiente em função do tempo
t tempo, em meses, para a data que se deseja estabelecer o valor da
=
flecha diferida
t0 tempo, em meses, para a data de início do carregamento, geralmen-
=
te o momento da retirada do escoramento
ρ' = taxa de armadura de compressão, se houver
As' = área da seção transversal da armadura de compressão
b, d = largura e altura útil, respectivas, do elemento estrutural
9
O cálculo da flecha elástica imediata (f) leva em conta o módulo de deforma-
ção secante do concreto (Ecs), e é exemplificado no tópico 4.1.6.
1.1.6.2 Fornecimento
a) Comprimentos
O comprimento normal de fabricação das barras e dos
fios é de 12 metros. A tolerância de fabricação nesse
comprimento é de +/- 5%. Contudo, é possível conse-
BARRAS (φ):
CA-25: 6,3 – 8,0 – 10,0 – 12,5 – 16,0 – 20,0 – 25,0 – 32,0
CA-50: 6,3 – 8,0 – 10,0 – 12,5 – 16,0 – 20,0 – 25,0 – 32,0 – 40,0
FIOS (φ):
CA-60: 4,2 – 5,0 – 6,0 – 7,0 – 8,0 – 9,5
1.1.6.3 Tabela-padrão
O quadro de valores na tabela apresentada neste tópico é muito im-
portante para o detalhamento das peças de concreto armado. Para
elaboração dessa tabela foram utilizados os valores nominais, a sa-
ber: áreas das seções transversais, massas lineares (kg/m) e diâme-
tro das seções transversais.
Para o cálculo das massas lineares, foi utilizado para a massa
específica do aço o valor de 7,85 kg/dm³ ou 7 850 kg/m³. O peso
específico é de 78,5 kN/m³.