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1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 4
2 SOLO .......................................................................................................... 5
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3.13 Revestimento ..................................................................................... 33
3.14 Serviços.............................................................................................. 34
3.15 Imprimação......................................................................................... 34
4 PROJETO DE PAVIMENTOS................................................................... 36
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
O Grupo Educacional FAVENI , esclarece que o material virtual é semelhante
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável -
um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma
pergunta , para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum
é que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em
tempo hábil.
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que
lhe convier para isso.
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser
seguida e prazos definidos para as atividades.
Bons estudos!
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2 SOLO
Fonte: materiasdoenem.com
De acordo com SARTORI 2015, o solo, como um dos materiais mais antigos
empregados na construção civil, faz-se presente na maioria das obras de engenharia,
sendo utilizado como base de suporte para estruturas de fundações, por isso então
faz-se necessário o conhecimento de suas propriedades, para que possa ser feita uma
previsão de seu comportamento diante das solicitações.
Para DAS (2007 pg.63; apud SARTORI G; 2015), a estrutura do solo é definida
como o arranjo geométrico de partículas, umas em relação às outras. Essa estrutura
pode ser afetada por muitos fatores, entre eles pode-se citar: forma, composição
mineralógica das partículas, tamanho, natureza e composição da água do solo. De
forma geral, este material pode ser dividido em duas classes: coesivos e não -
coesivos.
Para este tipo de solo os grãos são muitos finos, na maioria dos casos
imperceptíveis a olho nu. Para uma melhor compreensão a respeito deste tipo de solo,
é necessário saber quais forças atuam sobre as partículas de argila suspensas em
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água. Desta forma, segundo Vargas (1977; apud SARTORI G; 2015), as partículas
alcançam o estado disperso, onde as partículas podem permanecer em suspensão
ou sedimentar lentamente. As partículas então ficam orientadas paralelas umas às
outras e com estrutura dispersa. A partir de um potencial atrativo ocorre o processo
de floculação, onde no movimento das partículas, estas podem ser captadas umas
pelas outras. Desta forma, existe uma influência da condição iônica da água, como
também pela presença de cátions nas bordas das partículas de argila, relacionada
diretamente ao potencial atrativo-repulsivo.
Por isso, então, forma-se uma estrutura floculada, assim, depósitos de argila
formados no mar são altamente floculados. As argilas com este tipo de estrutura
apresentam um alto índice de vazios e pouco peso.
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Umidade (w): a umidade de um solo pode ser definida como sendo a razão
entre o peso da água contida em um determinado volume de solo úmido e o peso
seco.
Índice de vazios (e): relação entre o volume de vazios e o volume das
partículas sólidas. Não pode ser determinado diretamente, é necessário ser calculado
através de outros índices.
Porosidade (ƞ): razão entre o volume de vazios e o volume total da amostra
de solo. Sempre é expressa em porcentagem.
Grau de Saturação (S): relação entre o volume de água e o volume de vazios.
Um valor igual a 0%, representa um solo seco, enquanto que 100% um solo saturado.
Peso específico natural ou peso específico (γn): razão entre o peso total do
solo e seu volume total. Para casos de compactação, usa-se o termo peso específico
úmido.
Peso específico aparente seco (γd): relação entre o peso dos sólidos e o
volume total. Este valor corresponde ao peso específico que o solo teria, caso viesse
a ficar seco. Depende do peso específico natural e da umidade.
Peso específico aparente saturado (γsat): peso específico do solo caso esse
tornasse-se saturado sem variação de volume. Pouca aplicação prática.
Peso específico aparente submerso (γsub): usado para determinação de
tensões efetivas, representa o peso específico efetivo do solo quando submerso.
Compacidade (CR): o estado natural de um solo não coesivo (areia,
pedregulho) define-se pelo grau de compacidade ou densidade relativa.
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Para a criação de tais parâmetros, Vargas (1977; apud SARTORI G; 2015)
afirma que recorreu-se a algumas de suas propriedades físicas mais
imediatas como: granulometria, plasticidade, atividade de fração fina dos
solos e propriedades relacionadas com a compacidade e consistência do
mesmo.
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2.9 Sistema unificado de classificação de solos
Fonte: repositorio.roca
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2.10 Sistema de Classificação HRB/TRB
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Fonte: repositorio.roca
De acordo com ROSSI (2017), Pavimento é toda a estrutura existente nas ruas
onde as pessoas se locomovem, seja de carro, ônibus, caminhão, bicicleta ou a pé.
Em todos os locais de locomoção de pessoas e veículos haverá esforço vertical
realizado pelo peso dos mesmos denominados de solicitação, em alguns locais mais
e outros locais quase desprezíveis, e essa solicitação será repassada para o
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pavimento que por sua vez deverá resistir e redistribuir esses esforços para a sua
estrutura independente de sua intensidade.
Além do esforço vertical, o pavimento deverá resistir aos esforços horizontais
existentes no pavimento. Para isso, um estudo do solo e das solicitações deverá ser
realizado para que o projeto e a obra de pavimentação resistam a todas essas
solicitações e tenha uma maior durabilidade, afetando diretamente a sociedade, que
além de ter um maior conforto na sua locomoção também ficará sujeita a menos
acidentes de trânsito devido à má qualidade das vias e seus pavimentos.
Fonte: betaeq.com.br
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As figuras 1 e 2 ilustram como são constituídas as estruturas do
pavimento flexível e rígido, respectivamente.
Fonte: monografias.poli.com
Balbo (2007 apud AGUIAR F; 2017) descreve que as cargas impostas a esse
tipo de estrutura se distribuem em campos concentrados, aplicando pressões
elevadas no subleito em regiões próximas ao ponto de aplicação, sofrendo,
segundo Brasil (2006ª; apud AGUIAR F; 2017), deformações elásticas
significativas em todas as camadas.
Fonte: monografias.poli.com
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Os pavimentos rígidos são aqueles que transferem as tensões nele aplicadas,
de maneira dispersa, ao subleito (BALBO, 2007; apud AGUIAR F; 2017).
Embora seja comum afirmar que os pavimentos rígidos são compostos por
concreto de cimento Portland na camada de revestimento, Balbo (2007; apud
AGUIAR F; 2017) indica que há tipos de pavimentos asfálticos que se portam
de maneira semelhante, conhecidos como full depth asphalt.
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Fonte: ufjf.br
Fonte: nucleodoconhecimento.com
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Dentre os tipos de revestimento dos pavimentos flexíveis, existem as misturas
usinadas. Para Bernucci et al. (2010; apud FILHO J; ROCHA E; 2018), essa mistura
de agregados e ligante é feita em uma usina estacionária, e posteriormente
transportada para o local de utilização. Ainda segundo Bernucci et al. (2010; apud
FILHO J; ROCHA E; 2018), um dos tipos mais utilizados no Brasil é o concreto
asfáltico usinado a quente – CAUQ.
Fonte: asfaltoars.com.br
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O agregado miúdo pode ser areia, pó-de-pedra, uma mistura dos dois ou outro
material indicado nas especificações complementares. Suas partículas individuais
devem ser resistentes, sem a presença de torrões de argila e sem substâncias
nocivas, apresentando uma percentagem igual ou superior a 55% de areia.
Já o agregado graúdo pode ser pedra britada, escória, seixo rolado
preferencialmente britado ou outro material indicado nas especificações
complementares, com desgaste Los Angeles igual ou superior a 50%. O ligante
asfáltico é classificado em três tipos de cimentos asfálticos de petróleo: CAP-30/45,
CAP 50/70 e CAP 85/100.
O material de enchimento, filer, deve ser constituído por materiais finamente
divididos, como cimento Portland, cal extinta, pós-calcários. Quando aplicado deve
estar seco e sem grumos.
O processo executivo do CAUQ é divido em várias etapas, e de acordo
com a Especificação de Serviço do Concreto Asfáltico - 031/2006–ES (DNIT, 2006
apud FILHO J; ROCHA E; 2018), sendo elas:
Imprimação: o ligante betuminoso, geralmente é asfalto diluído, CM-30
e CM-70, é aplicado por um caminhão com bomba reguladora de
pressão e sistema de aquecimento, logo após o perfeito adensamento
da base e a varredura da superfície com vassoura mecânica. O ligante
deve ser absorvido pela base em 72 horas, tendo como objetivo a
impermeabilização do solo através da penetração do material
betuminoso. A taxa de aplicação é definida em laboratório, variando
entre 0,8 l/m² a 1,6 l/m².
Pintura de ligação: passados mais de sete dias entre a execução da
imprimação e a do revestimento, a pintura de ligação de ser feita. O
material betuminoso utilizado tem uma taxa recomendada pelo DNIT de
0,3 l/m² a 0,4 l/m², e as mais usadas são: RR-1C e RR-2C. O objetivo da
sua aplicação é promover melhor condição de aderência entre a
superfície da base e o CAUQ.
Distribuição do CAUQ: o CAUQ deve ser distribuído sobre a superfície
já imprimada e pintada, com auxílio de caminhões basculantes
adequados e vibro acabadoras. Os materiais utilizados não devem
exceder a temperatura de 177ºC.
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Compactação do CAUQ: ao término da distribuição, a compactação
deve ser iniciada pelos bordos, longitudinalmente, continuando em
direção ao eixo da pista. Porém, em superelevação deve-se começar a
compactação sempre pelo lado mais baixo para o ponto mais alto da
curva. Ela é feita com o rolo pneumático e rolo metálico liso. Com o fim
da compactação o tráfego só é aberto após o completo resfriamento.
Fonte: nucleodoconhecimento.com
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Segundo Balbo (2009; apud FILHO J; ROCHA E; 2018), o revestimento do
pavimento rígido é feito com concreto, o qual pode ser elaborado por pré-moldagem
ou produção in loco, e dos tipos de pavimentos rígidos existentes, o pavimento de
concreto simples – PCS. É o mais comum na pavimentação rodoviária.
Fonte: dynatest.com
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britada, ou ainda a mistura de ambos, cuja gradação granulométrica fique entre 50
mm e 4,8 mm.
A água destinada ao amassamento do concreto deve atender aos limites
máximos determinados pela norma DNIT 036/2004-ME; apud FILHO J; ROCHA E;
2018, deve ser isenta de teores prejudiciais de substâncias estranhas.
Os aditivos químicos são opcionais, contudo possuem importante ação na
melhoria dos fatores físicos e químicos do concreto. Os mais convenientes a serem
empregados no concreto são os plastificantes, os incorporadores de ar e os
aceleradores de endurecimento.
Nas barras de transferência, quando prevista no projeto, o aço é
obrigatoriamente liso e sem o uso de aços especial. Já as barras de ligação podem
usar os dois tipos de aço, desde que o cálculo feito seja referido ao aço efetivamente
empregado.
O selante de juntas deve ser aderente ao concreto, resistente à infiltração de
água, à penetração de sólidos e resistente à ação de solventes. Dependendo da sua
natureza e do tipo de aplicação, pode ser moldado a quente, moldado a frio ou pré-
moldado.
Segundo DNIT (2013; apud FILHO J; ROCHA E; 2018), o processo
executivo do pavimento de concreto simples obedece algumas etapas, a saber:
Preparo da sub-base: a sub-base deve estar nivelada e regularizada,
com sua conformação geométrica mantida até a ocasião da execução
do pavimento. Caso tenha sido indicada a colocação de película isolante
e impermeabilizante sobre a superfície da sub-base, deve-se verificar se
a mesma está corretamente esticada e se as emendas são feitas com
transpasse de 20 cm, no mínimo.
Mistura, lançamento e espalhamento do concreto: o concreto deve
ser produzido em centrais do tipo gravimétrica, dosadoras e
misturadoras, de forma homogênea e sem segregação. O período
máximo entre a mistura e o lançamento do concreto deve ser de 30
minutos. O lançamento pode ser feito por descarga lateral ou frontal à
pista. No espalhamento do concreto podem ser usados diversos
equipamentos como a pá-distribuidora do sistema de fôrmas
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deslizantes, pá triangular móvel, rosca sem-fim ou caçamba que receba
o concreto, distribuindo-o com altura uniforme por toda largura da pista.
Adensamento do concreto: o adensamento do concreto deve ser feito
por vibradores hidráulicos ou elétricos fixados em barras de altura
variável, possibilitando executar a pista na espessura projetada. Deve
haver alimentação contínua do equipamento, a fim de manter
homogênea a superfície final.
Acabamento do concreto: o acabamento do concreto deve ser
executado pela passagem da régua acabadora longitudinal. Também
devem ser empregadas as desempenadeiras metálicas de cabo longo,
na direção transversal à pista e em seguida as desempenadeiras
metálicas de base larga, para o acabamento final, junto com as
desempenadeiras de cabo curto, para acabamentos localizados. Após a
perda do brilho superficial do pavimento acabado, deve-se executar a
texturização da superfície do pavimento, através de ranhuras, para
aumentar a aderência com os pneumáticos.
Cura do concreto: na cura do concreto devem ser utilizados produtos
químicos capazes de formar uma película plástica. A aplicação deve ser
realizada manualmente ou com equipamento autopropelido, devendo
ser iniciada logo após a texturização do concreto. Caso acorra
evaporação da água de amassamento durante a concretagem, deve ser
aplicada uma segunda demão de produto químico.
Execução das juntas: as juntas longitudinais e transversais devem
estar em conformidade com as posições indicadas no projeto, não se
permitindo desvios de alinhamento superiores a 5 mm. As juntas
longitudinais são divididas em juntas longitudinais de articulação e de
construção. Já as juntas transversais se dividem em juntas transversais
serradas e de construção. Nas juntas longitudinais são instaladas as
barras de ligação, obedecendo às posições e especificações definidas
em projetos. E nas juntas transversais são instaladas as barras de
transferência, com suas especificações definidas no projeto, devendo as
barras permitir a movimentação da junta.
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3.6 Pavimento semi - rígido
Fonte: bibliodigital.unijui
3.7 Materiais
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A distribuição do material deverá ser realizada preferencialmente com vibro
acabadora e ser compactada logo após o espalhamento do material na pista (ODA,
2016; apud ROSSI A; 2017).
Macadame Hidráulico: é composto por agregado graúdo, agregado miúdo e
água. Foi um material muito utilizado antigamente, antes do aparecimento da BGS,
ainda é utilizado em locais que não apresentam usinas de BGS. Primeiramente o
agregado graúdo é distribuído na pista, devendo ser compactado.
Após a realização dessa etapa, deverá ser adicionado o agregado miúdo que
irá se localizar nos vazios existentes entre os agregados graúdos. Por fim,
para preencher qualquer outro vazio são adicionados os agregados finos e a
água que irão se alojar nos vazios e formar uma estrutura firme da camada
(ODA, 2016; apud ROSSI A; 2017).
Fonte: portalcoroado.com
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Fonte: mapio.net
Solo Agregado: composto por agregados, solo e água. Esses materiais podem
ser misturados em usinas e são aplicados diretamente no solo e compactados
posteriormente por rolo liso ou pé de carneiro (ODA, 2016; apud ROSSI A; 2017).
Fonte: portaldetecnologia.com
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Fonte: arealbozza.com
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É obtida pela combinação de água com asfalto aquecido, em um meio
intensamente agitado e na presença dos emulsificantes, cujo objetivo é oferecer certa
estabilidade ao conjunto, favorecer a dispersão e revestir os glóbulos de betume de
uma película protetora, mantendo-os em suspensão.
Cimento: em pavimentos rígidos será utilizado o cimento Portland como base
para a produção dos elementos da camada de revestimento. Segundo a NORMA
DNIT 059/2004 – ES apud ROSSI A; 2017, o cimento Portland poderá ser de qualquer
tipo, desde que satisfaça as exigências especificas da DNER-EM036 apud ROSSI A;
2017, para o cimento a ser empregado.
De acordo com Balbo (2007 apud FILHO J; ROCHA E; 2018) pavimentar uma
via propicia o aumento operacional para o tráfego de veículos, através da
implantação de uma superfície mais regular e mais aderente, proporcionando
aos usuários maior conforto no deslocamento e mais segurança em
condições de pista úmida ou molhada.
3.8 Camadas
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Acima desse subleito basicamente a estrutura do pavimento é constituído de
uma regularização do subleito, um reforço de subleito, caso haja necessidade, uma
sub-base acima desse reforço de subleito, seguido de uma base e por fim um
revestimento.
Quanto ao subleito, os esforços impostos sobre sua superfície serão aliviados
em sua profundidade (normalmente se dispersam no primeiro metro). Deve-se,
portanto, ter maior preocupação com seus estratos superiores, onde os esforços
solicitantes atuam com maior magnitude.
O subleito será constituído de material natural consolidado e compactado, por
exemplo, nos cortes do corpo estradal, ou por um material transportado e compactado,
no caso dos aterros. Eventualmente, será também aterro sobre corte de
características medíocres de subleito (BALBO, 2007; apud ROSSI A; 2017).
A camada de melhoria e preparo do subleito deve apresentar as seguintes
características, segundo a INSTRUÇÃO DE PROJETO, do Departamento de
Estradas de Rodagem de janeiro de 2006; apud FILHO J; ROCHA E; 2018:
Capacidade de suporte medida pelo Índice de Suporte Califórnia (ISC)
superior ou igual à 2%;
Expansão máxima de 2%;
Grau de compactação mínimo de 100% do Proctor Normal. Para solos
finos lateríticos ou para solos granulares pode ser utilizada a energia de
100% do Proctor Intermediário.
No caso de aproveitamento do subleito de estradas já implantadas,
cascalhadas, o solo na profundidade de 0,20 m abaixo do greide preparado para
receber o pavimento deve ser escarificado, umedecido e compactado na energia
indicada anteriormente.
No caso de ocorrência de solos com ISC inferior a 2%, deve-se efetuar
substituição destes solos na espessura a ser definida de acordo com os critérios
adotados nos estudos geotécnicos. Para subleito com solos de expansão superior a
2%, deve ser determinada, experimentalmente, a sobrecarga necessária para o solo
apresentar expansão menor que 2%.
O peso próprio do pavimento projetado deve transmitir para o subleito pressão
igual ou maior do que a determinada pelo ensaio. Caso o peso próprio da estrutura
não seja suficiente para proporcionar pressão maior ou igual à determinada no ensaio
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de sobrecarga, deve-se efetuar a substituição de solos em espessura definida nos
estudos geotécnicos realizados.
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Contudo, procura-se utilizá-lo em tais circunstancias por razões econômicas,
pois subleito de resistência baixa exigiriam, para alguns tipos de pavimentos
(especialmente aos flexíveis), do ponto de vista de projeto, camadas mais espessas
de base e sub-base.
Logicamente, o reforço de subleito por sua vez resistirá a solicitações de maior
ordem de grandeza, respondendo parcialmente pelas funções do subleito e exigindo
menores espessuras de base e sub-base sobre si, sendo em geral menos custoso o
emprego de solos de reforço, em vez de maiores espessuras de camadas granulares
ou cimentadas quaisquer que sejam (BALBO, 2007; apud ROSSI A; 2017).
Segundo a INTRUÇÃO DE PROJETO, do Departamento de Estradas de
Rodagem de janeiro de 2006; apud ROSSI A; 2017, os solos apropriados para camada
de reforço do subleito são os de ISC superior ao do subleito e expansão máxima de
1%.
3.11 Sub-base
32
3.12 Base
3.13 Revestimento
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É a camada, tanto quanto possível impermeável, que recebe diretamente a
ação do tráfego e destinada a melhorar a superfície de rolamento quanto às
condições de conforto e segurança, além de resistir ao desgaste, ou seja,
aumentando a durabilidade da estrutura (SENÇO, 2007; apud ROSSI A;
2017).
3.14 Serviços
Pintura de ligação:
Segundo definição do DNIT na norma 145/2012 - ES; apud ROSSI A; 2017,
pintura de ligação consiste na aplicação de ligante asfáltico do tipo RR-1C sobre
superfície de base ou revestimento asfáltico anteriormente à execução de uma
camada asfáltica, objetivando promover condições de aderência entre esta e o
revestimento a ser executado. Na norma citada anteriormente também são descritas
as diretrizes para a realização do processo da pintura de ligação, inclusive os
equipamentos necessários.
3.15 Imprimação
3.16 Fresagem
34
Na norma citada anteriormente também são descritas as diretrizes para a
realização do processo de fresagem a frio, inclusive os equipamentos necessários.
3.17 Dosagem
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Os resultados de uma dosagem podem inclusive impactar nos custos. Por este
motivo é importante que se faça uma análise detalhada do material que será utilizado.
O alvo de uma dosagem bem elaborada é sempre buscar pela garantia da estabilidade
adequada e durabilidade máxima.
4 PROJETO DE PAVIMENTOS
Fonte: ufjf.br
37
Estudos de Ocorrências de Materiais para Pavimentação.
4.3 Objetivos
38
4.4 Sequência dos serviços
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4.5 Coleta de amostras e execução dos ensaios
41
As determinações nos bordos devem ser em pontos localizados a 3,50 m do
eixo. Mediante comparação entre os valores obtidos "in situ" e os laboratórios, para
cada camada em causa, determina-se o grau de compactação.
Para materiais de subleito, o DNER utiliza o ensaio de compactação AASHTO.
Normal, exigindo um grau mínimo de compactação de 100% em relação a este ensaio,
sendo o I.S.C. determinado em corpos-de-prova moldados nas condições de umidade
ótima e densidade máxima correspondentes a este ensaio. Em geral, o I.S.C.
correspondente a estas condições é avaliado mediante a moldagem de 3 corpos-de-
prova com umidades próximas a umidade ótima.
Para fins de estudos estatísticos dos resultados dos ensaios realizados nas
amostras coletadas no subleito, as mesmas devem ser agrupadas em trechos com
extensão de 20 km ou menos, desde que julgados homogêneos dos pontos de vista
geológico e pedológico.
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4.7 Estudo das ocorrências de materiais para pavimentação
De acordo com MARQUES (2006), nesta fase são feitos estudos específicos
nas Jazidas da região próxima à construção da rodovia que serão analisadas para
possível emprego na construção das camadas do pavimento (regularização do
subleito, reforço, sub-base, base e revestimento).
Estes estudos são baseados nos dados da Geologia e Pedologia da região e
podem ser utilizados fotografias aéreas, mapas geológicos, além de pesquisa com os
moradores da região, reconhecimento de jazidas antigas, depósitos aluvionares às
margens dos rios, etc. Durante os trabalhos é feita também a localização das fontes
de abastecimentos de água.
O termo “Jazida” denomina todo depósito natural de material capaz de fornecer
matéria-prima para as mais diversas obras de engenharia e o termo “Ocorrência” é
empregado quando a matéria-prima ainda não está sendo explorada.
O DNER; apud MARQUES G; 2006 fixa modo como deve ser procedido o
estudo de jazidas. Normalmente são feitas em duas etapas:
Prospecção preliminar;
Prospecção definitiva.
Os próximos itens foram adaptados do Manual de Pavimentação do DNER
(DNER, 1996; apud MARQUES G; 2006).
43
Assim sendo nas ocorrências de materiais julgados aproveitáveis na
inspeção de campo, procede-se de seguinte modo:
Delimita-se, aproximadamente, a área onde existe a ocorrência do
material;
Faz-se 4 e 5 furos de sondagem na periferia e no interior da área
delimitada, convenientemente localizados até à profundidade
necessária, ou compatível com os métodos de extração a serem
adotados;
Coleta-se em cada furo e para cada camada, uma amostra suficiente
para o atendimento dos ensaios desejados. Anota-se as cotas de
mudança de camadas, adotando-se uma denominação expedita que as
caracterize. Assim, o material aparentemente imprestável, constituinte
da camada superficial, será identificado com o nome genérico de capa
ou expurgo. Os outros materiais próprios para o uso, serão identificados
pela sua denominação corrente do lugar, como: cascalho, seixos, etc.;
Faz-se a amarração dos furos de sondagem, anotando-se as distâncias
aproximadas entre os mesmos e a posição da ocorrência em relação à
rodovia em estudo.
Uma ocorrência será considerada satisfatória para a prospecção
definitiva, quando os materiais coletados e ensaiados quanto a:
Granulometria por peneiramento com lavagem do material na peneira de
2,0 mm (nº 10) e de 0,075 mm (nº 200);
Limite de Liquidez LL.;
Limite de Plasticidade LP;
Equivalente de Areia;
Compactação;
Índice Suporte Califórnia - ISC;
Ou pelo menos, parte dos materiais existentes satisfizerem as especificações
vigentes, ou quando houver a possibilidade de correção, por mistura, com materiais
de outras ocorrências.
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As exigências para os materiais de reforço do subleito, sub-base e base
estabilizada, são as seguintes:
Para reforço do subleito: características geotécnicas superiores à do subleito,
demonstrados pelos ensaios de I.S.C. e de caracterização (Granulometria, LL, LP).
Para sub-base granulometricamente estabilizada: ISC > 20 e Índice do
Grupo IG = 0 para qualquer tipo de tráfego.
Para base estabilizada granulometricamente:
Limite de Liquidez máximo: 25%
Índice de Plasticidade máximo: 6%
Equivalente de Areia mínimo: 30%
Ainda conforme MARQUES (2006), caso o Limite de Liquidez seja maior que
25% e/ou Índice de Plasticidade, maior que 6, poderá o solo ser usado em base
estabilizada, desde que apresente Equivalente de Areia maior que 30%, satisfaça as
condições de Índice Suporte Califórnia e se enquadre nas faixas granulométricas
citadas adiante.
O Índice Suporte Califórnia deverá ser maior ou igual a 60 para qualquer tipo
de tráfego; a expansão máxima deverá ser 0,5%. Poderá ser adotado um ISC até 40,
quando economicamente justificado, em face da carência de materiais e prevendo-se
a complementação da estrutura do pavimento pedida pelo dimensionamento pela
construção de outras camadas betuminosas.
Quanto à granulometria, deverá estar enquadrada em uma das faixas das
especificações:
Fonte: ufjf.br.com
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O volume de capa ou de expurgo da pedreira;
A altura e a largura da frente de exploração de rocha aparentemente sã
da pedreira.
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O Ensaio de Índice Suporte Califórnia para ocorrência de solos e materiais
granulares, é feito utilizando os corpos-de-prova obtidos no ensaio de compactação,
ou os três que mais se aproximem do ponto de massa específica aparente máxima,
de acordo com o método padronizado do DNER.
Quando solicitado, são realizados também ensaio de Determinação de Massa
Específica Aparente "in situ" do material "in natura".
Fonte: ufjf.br.com
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Quando necessário, poderá ser providenciado o lançamento de um reticulado
com lados de 10m a 20m aproximadamente. Admite-se que seja considerado como
rocha, o maciço abaixo da capa de pedreira.
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4.15 Parâmetros para o projeto
4.16 Solicitações
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Tanto a deformação do pneu como a do pavimento são, nesse caso, elásticas
(recuperáveis), isto é, aliviada a carga, ambos voltam à sua forma original (YODER &
WITCZAK, 1975; apud ODA S; NOVO J; 2016).
Se o efeito da rigidez das paredes laterais dos pneus for ignorado, a pressão
de contato é igual à pressão de enchimento dos pneus e uniformemente distribuída
sobre a área de contato. Na realidade os pneus de baixa pressão tendem a ter maior
pressão de contato no centro e os de alta pressão, o contrário. Mas para efeitos
práticos é, de modo geral, suficiente considerar a pressão de contato uniforme e igual
à de enchimento. Portanto, será considerada a forma de impressão de contato do
pneu com o pavimento como sendo circular (SÓRIA, 1997; apud ODA S; NOVO J;
2016).
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5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DNIT, MANUAL. Manual de pavimentação: DNIT - Publicação IPR - 719. [S. l.: s.
n.], 2006. 278 p.
LUCIANO DE OLIVEIRA MARQUES, GERALDO. Pavimentação trn 032. Ufjf., [S. l.],
p. 1-210, 2006.
51