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Pavimentação e

Infraestrutura Viária Urbana


AULA 6 – MÉTODO DO DER/SP
NÚMERO N
Prof. Rodrigo A. Magalhães
r.magalhaes@uni9.pro.br
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
Caracterização do Tráfego: para o dimensionamento de pavimentos é
utilizada a determinação do número “N” de equivalentes de operações de
um eixo tomado como padrão, durante o período de projeto escolhido.

De acordo com DER-SP:


• “O dimensionamento do pavimento flexível de uma rodovia, é definido pelo número
de repetições de um eixo-padrão de 80 kN, durante o período de vida útil do projeto,
que teria o mesmo efeito que o tráfego previsto sobre a estrutura do pavimento.”

NOTA: Consideram-se apenas os veículos comerciais no cálculo do número “N”, visto


que os automóveis possuem carga de magnitude desprezível em relação aos veículos
comerciais.
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
• Pavimento Flexível
É constituído por revestimento asfáltico sobre camada de base granular
ou sobre camada de base de solo estabilizado granulometricamente.
• Pavimento Semi-rígido
É constituído por revestimento asfáltico e camadas de base ou subbase
em material estabilizado com adição de cimento. O pavimento semi-
rígido é conhecido como pavimento do tipo direto quando a camada de
revestimento asfáltico é executada sobre camada de base cimentada e
do tipo indireto ou invertido quando a camada de revestimento é
executada sobre camada de base granular e sub-base cimentada.
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
• Pavimento Rígido
É constituído por placas de concreto de cimento Portland assentes sobre
camada de sub-base granular ou cimentada. Quando a sub-base for
cimentada pode, adicionalmente, haver uma camada inferior de material
granular. Os esforços provenientes do tráfego são absorvidos principalmente
pelas placas de concreto de cimento Portland, resultando em pressões
verticais bem distribuídas e aliviadas sobre a camada de sub-base ou sobre a
camada de fundação.
• Pavimento de Peças Pré-moldadas de Concreto
É constituído por revestimento em blocos pré-moldados de concreto de
cimento Portland assentes sobre camada de base granular ou cimentada.
Pode ou não apresentar camada de sub-base granular quando a base for
cimentada.
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
• Pavimento Composto
É constituído por revestimento asfáltico esbelto sobre placas de concreto de
cimento Portland ou placas de concreto de cimento Portland sobre camada
asfáltica.

• Subleito
Camada compreendida entre a superfície da plataforma de terraplenagem e
a superfície paralela, situada no limite inferior da zona de influência das
pressões aplicadas na superfície do pavimento.

• Reforço do Subleito
Camada requerida por imposição técnico-econômica, situada imediatamente
acima do
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
• Sub-base – Pavimento Flexível
Camada requerida por imposição técnico-econômica, situada entre o
subleito ou reforço do subleito e a base. Pode ser constituída por materiais
granulares graúdos, como pedregulhos, cascalhos, produtos de britagem
que, embora selecionados, não atendam a todos os requisitos necessários à
constituição de base de pavimento; solos estabilizados quimicamente com
adição de cimento ou cal, ou simplesmente por material selecionado de
empréstimo ou jazida.
• Sub-base – Pavimento Rígido
Situada imediatamente abaixo das placas de concreto de cimento Portland.
Pode ser constituída por materiais estabilizados granulometricamente ou
estabilizados quimicamente com adição de cimento ou cal.
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
• Base – Pavimento Flexível ou Semi-rígido
Camada situada acima da sub-base. Pode ser constituída por materiais
granulares, como pedregulhos, cascalhos e produtos de britagem,
estabilizados com a adição de cimento ou material asfáltico quando
necessário, solos estabilizados mecanicamente mediante mistura com
produtos de britagem, ou solos estabilizados quimicamente com adição
de cimento ou cal.
• Revestimento Asfáltico
Camada situada sobre a base, constituindo a superfície de rolamento
para os veículos. Pode ser constituído por tratamento superficial ou
concreto asfáltico.
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
• Tráfego
• Fator de Eixo – FE
• Fator de Equivalência Operacional – FEO
• Fator de Carga – FC
• Fator de Veículo – FV FV = FE × FC
• Fator Climático Regional – FR (Coeficiente que considera as variações de umidade
dos materiais do pavimento durante as diversas estações do ano.)
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
• Solos do Subleito
• capacidade de suporte medida pelo Índice de Suporte Califórnia (ISC) superior ou
igual à 2%;

• expansão máxima de 2%;

• grau de compactação mínimo de 100% do Proctor Normal. Para solos finos


lateríticos ou para solos granulares pode ser utilizada a energia de 100% do
Proctor Intermediário.
Critérios utilizados para dimensionamento de
pavimento pelo método DER-SP
• Materiais para Reforço do Subleito
• Os solos apropriados para camada de reforço do subleito são os de ISC superior ao do
subleito
• expansão máxima de 1%.

• Materiais para Camadas de Sub-Base e Base


• sub-base do pavimento devem apresentar as seguintes propriedades geotécnicas:
• capacidade de suporte, ISC, superior ou igual a 30%;
• expansão máxima de 1%.
• base do pavimento, devem apresentar as seguintes propriedades geotécnicas:
• capacidade de suporte, ISC, superior ou igual a 80%;
• expansão máxima de 1%.
Critérios utilizados para dimensionamento de pavimento
pelo método DER-SP

N = Vti x FE x FC x FR
Mas, FE x FC = FV

Portanto: N = Vti x FV x FR
Onde:

N = Número equivalente de operações no eixo simples padrão durante o período de projeto


Vti = Volume total acumulado de tráfego de veículos comerciais por sentido na faixa de projeto durante o ano ‘i’
FE = Fator de Eixos
FC = Fator de Carga
FV = Fator de Veículo da frota
FR = Fator Climático Regional – No Brasil utilizamos 1

Nota: O Fator de veículos para automóveis e caminhões leves são desprezíveis.


Critérios utilizados para dimensionamento de pavimento
pelo método DER-SP

Para a determinação do volume total acumulado de veículos comerciais que trafegará pela
faixa de projeto durante o ano “i” é utilizada a seguinte expressão:

𝐕𝐭𝐢 = 𝐕𝐃𝐌𝐜 𝐱 𝟑𝟔𝟓 𝐱 𝐃 𝐱 𝐅𝐩

Onde:
Vti: volume total acumulado de veículos comerciais por sentido na faixa de projeto durante
o ano “i”;
VDMC : volume diário médio de veículos comerciais total durante o ano “ i ”;
D: distribuição direcional (%);
Fp: porcentagem de veículos comerciais na faixa de projeto (%).
Critérios utilizados para
dimensionamento de pavimento pelo
método DER-SP

Para a determinação do FV da frota, é necessário


inicialmente determinar o fator equivalente de operações
de cada um dos veículos que trafegarão sobre o
pavimento, que é o produto entre o fator de eixo, FE, e o
fator de carga, FC.

Entretanto, caso não se consigam dados de pesagens de


veículos e se autorizados pela fiscalização do DER/SP,
podem ser adotados os valores de fatores de veículos
indicados nas Tabelas 2 e 3

Onde:
ESRS: eixo simples de rodas simples;
ESRD: eixo simples de rodas duplas;
ETD: eixo tandem duplo;
ETT: eixo tandem triplo;
Critérios utilizados para dimensionamento de pavimento pelo método DER-SP
Critérios utilizados para dimensionamento de pavimento pelo método DER-SP
Critérios utilizados para dimensionamento de pavimento pelo método DER-SP

𝐹𝑒 = Σ(𝑁𝐸 𝑥 %𝑁𝐸)
Onde:
NE= número de eixos do veículos
%NE= porcentagem de determinado tipo de veículo em relação ao total.
Critérios utilizados para dimensionamento de pavimento pelo método DER-SP
Critérios utilizados para dimensionamento de pavimento pelo método DER-SP
Critérios utilizados para dimensionamento de pavimento
pelo método DER-SP
Onde:

FV = (∑ Pi x FVi) / 100 FV = Fator de Veículos;


Pi = Porcentagens individuais de veículos (dados estatísticos);
FVi = Fator de Veículos individuais para cada categoria de veículos

Classificação dos veículos pelo DNER de acordo com as suas categorias:

a) automóveis;
b) Ônibus;
c) Caminhões leves, com dois eixos de rodas simples;
d) Caminhões médios, com dois eixos;
e) Caminhões pesados, com dois eixos;
f) Reboques e semi-reboques
Exercício
1) Calcular o numero N (numero equivalente de operações do eixo padrão) para o projeto de um pavimento de um trecho cujo
VDM, no ano de 2003, é de 303 veículos/ dia nos dois sentidos de tráfego. Considerar que a distribuição de tráfego é de 50% para
cada sentido.

Estudos econômicos indicam que a taxa de crescimento anual do tráfego será de 3,7%, com características de crescimento
exponencial. A pesquisa de tráfego indica a seguinte distribuição de veículos por classe de eixos:

Veículos com 2 eixos: 68%


Veículos com 3 eixos: 27%
Veículos com 4 eixos: 5%

O período de projeto adotado é de 15 anos. A


estatística de pesagem dos veículos de carga,
obtida num posto de pesagem localizado
próximo ao trecho a ser construído, indica a
seguinte distribuição por classe de eixos:

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