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Faculdade de Engenharia

Dep. de Construção Civil e Transportes

Estradas e Transportes II

▪ Aula 17- Conforto de rolagem pav. rígido


▪ Prof. Ms. Marina Bedeschi
Conforto de rolamento

O conforto ao rolamento está diretamente ligado ao


perfil longitudinal da superfície do pavimento, pois
os defeitos contidos neste irão transmitir
desconforto ao usuário em forma de vibrações no
veículo.
Avaliação do conforto de rolamento

O conforto de rolagem pode ser quantificado de forma


subjetiva e de forma objetiva, quantificando índices de
qualidade de perfil, obtidos através de medições do perfil
longitudinal da rodovia.
▪ DNIT 063/2004 – PRO (Pavimento Rígido- Avaliação subjetiva-
Procedimento)
▪ DNIT 062/2004 – PRO (Pavimento Rígido- Avaliação objetiva-
Procedimento)
Avaliação do conforto de rolamento

▪ DNIT 063/2004 – PRO (Pavimento Rígido- Avaliação subjetiva-


Procedimento)
É avaliado segundo o ponto de vista dos usuários, que devem percorrer os
trechos em análise, na velocidade operacional permitida na via, e atribuir
notas subjetivas, que variam de 0 a 100.
▪ DNIT 062/2004 – PRO (Pavimento Rígido- Avaliação objetiva-
Procedimento)
É a avaliação baseada na coleta de dados a respeito dos defeitos
existentes no trecho analisado. Defini se o tipo de defeito, a severidade e
densidade.
Avaliação do conforto de rolamento

▪ DNIT 062/2004 – PRO (Pavimento Rígido- Avaliação objetiva-Procedimento)


Através da condição estrutural do pavimento, fundamentada na determinação do
Índice de Conservação do Pavimento (ICP).
Passo a passo:
▪ Obter os valores deduzíveis nas curvas
▪ Somar os valores deduzíveis;
▪ Corrigir o somatório do valores deduzíveis obtendo VDC (valores deduzíveis
corrigidos)
▪ Obter ICP, por meio de uma expressão
Avaliação do conforto de rolamento

▪ Valores deduzíveis são obtidos considerando cada patologia


relacionada e densidade em que ela ocorre e seu grau de
severidade.
Alçamento de placa Fissura de canto
Avaliação do conforto de rolamento

▪ Somar os valores deduzíveis;


Avaliação do conforto de rolamento

▪ Corrigir o somatório do valores deduzíveis obtendo VDC


(valores deduzíveis corrigidos)

q- o número de valores deduzíveis


maiores que 5, considerando o maior
valor para cada tipo de defeito
Avaliação do conforto de rolamento

▪ Obter ICP, por meio da expressão:


ICP=100-VDC
▪ Obtém se o conceito do pavimento através da tabela:
Exemplo ficha de inspeção:

Divide em trechos e avalia quais as patologias


existentes em cada trecho, bem com seu grau de
severidade.
Fissura de canto
Exemplo ficha de inspeção:

Soma os valores deduzíveis e corrige

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Conceito do pavimento: razoável
Conforto de rolamento

A irregularidade do pavimento pode impactar negativamente


várias características funcionais e operacionais da rodovia.
A irregularidade longitudinal afeta a dinâmica dos veículos e por isso
tem um impacto importante em seu custo operacional, na
segurança, no conforto e na velocidade do deslocamento. Além
disso, também aumenta as cargas dinâmicas aplicadas pelos
veículos no pavimento, acelerando sua deterioração estrutural e, por
fim, pode ainda prejudicar a drenagem superficial, o que tende a
aumentar ainda mais seus impactos negativos aos usuários.
Conforto de rolamento

Diversos índices foram desenvolvidos para esta


quantificação, entre eles os mais utilizados são:
▪ International Roughness Index (IRI);
▪ Índice de Perfil (IP);  usada pela DNIT
▪ Ride Number (RN)
▪ Quociente de Irregularidade (QI).
Índice de Perfil (IP)

O cálculo do IP, para cada trecho, é realizado conforme a equação:


σℎ
𝐼𝑃 = . 100
𝐿
IP= índice de perfil (mm/km)
∑h = Soma das magnitudes das irregularidades no trecho (mm)
L= Comprimento do trecho (m).
É importante destacar que o cálculo do IP pode ser afetado significativamente
pela precisão do levantamento, ou pela inclusão no cálculo de pequenos
desvios causados por pedras, textura em excesso, sujeira ou acúmulo de água
no percurso do equipamento de medição de perfil.
CONTROLE DE IRREGULARIDADE LONGITUDINAL

Medidas de irregularidade longitudinal para a aceitação de


construção geralmente são realizadas logo após a
pavimentação concluída, utilizando um perfilógrafo ou um
perfilômetro inercial.
Os resultados obtidos nas medições são usados para
avaliar se o pavimento recém-construído alcançou o nível
de irregularidade abaixo do máximo especificado
CONTROLE DE IRREGULARIDADE LONGITUDINAL

O perfilógrafo é tão popular porque fornece uma visão


rápida da irregularidade longitudinal do pavimento, e os
resultados apontam visivelmente, de forma gráfica, os
locais onde há necessidade de trabalho corretivo, com
pequeno erro.
CONTROLE DE IRREGULARIDADE LONGITUDINAL

PERFILÓGRAFO CALIFÓRNIA
Equipamento que serve para medir a irregularidade longitudinal de
pavimentos de concreto em fase de construção, sendo também o
equipamento empregado pela maioria dos Departamentos
Estaduais de Transporte americanos.
PERFILÓGRAFO CALIFÓRNIA

▪ O perfilógrafo Califórnia consiste em uma estrutura montada


em forma de uma treliça metálica com comprimento de 7,62m,
suportada sobre um conjunto de rodas em ambas as
extremidades.
▪ O equipamento registra o perfil da superfície do pavimento a
partir do movimento vertical de uma roda fixada à armação no
ponto médio (perfil da roda), que é referência para a elevação
média dos pontos de contato com a superfície da via,
estabelecida pelos conjuntos de rodas de suporte
PERFILÓGRAFO CALIFÓRNIA

▪ O perfilógrafo deve ser movido longitudinalmente ao longo do


pavimento, com velocidade, não superior, a 4,83 km/h, para
minimizar saltos.
▪ Os perfis dos pavimentos devem ser obtidos:
▫ A 91 cm de cada borda do pavimento e paralelamente a elas,
para pavimentos com 3,65m de largura ou menos;
▫ A 91 cm de cada borda do pavimento e da locação aproximada
de cada junta longitudinal planejada, e paralelamente a elas;
▫ Apresenta baixa produtividade devido a sua força motriz ser manual.
Índice de Perfil (IP)

O pavimento deve ser aceito quando a irregularidade


for satisfatória, isto é, apresentar IP ≤ 25,4cm a cada
1,61 km, os serviços de pavimentação podem
prosseguir
➢ Um dia de pavimentação é definido como trecho com, no mínimo,
1,61 km de pavimento construído no mesmo dia, com sua largura total
➢ Se menos do que 1,61 km forem pavimentados em um dia, a produção
deste dia deve ser agrupada com a produção do dia seguinte
Índice de Perfil (IP)

Quando a superfície apresentar índice de perfil médio


superior a 25,4 cm para cada 1,61km em alguma operação
diária de pavimentação, as operações de pavimentação
devem ser suspensas e não sendo permitida a retomada da
pavimentação, até que as ações corretivas sejam feitas.
PERFILÓGRAFO CALIFÓRNIA
Pavimentos tipo
Whitetopping
Whitetopping

Para revestir um pavimento originalmente asfáltico em concreto foi desenvolvida


uma técnica denominada whitetopping.

Na tradução livre do inglês, significa "topo branco", numa referência à cor clara do
concreto sobre o asfalto, escuro.
Whitetopping

Consiste em uma camada rígida de reforço para reabilitação de


pavimentos asfálticos, executada com concreto de cimento Portland.
Whitetopping

A solução em whitetopping é vantajosa porque, com o emprego do


concreto com funções de revestimento e base, as camadas inferiores
ficam sujeitas a esforços muito reduzidos em comparação a um
pavimento asfáltico, o que garante sua preservação e maior durabilidade.
Whitetopping

Normalmente é adotada em casos em que o pavimento original está


deteriorado, em casos de alterações na tipologia do tráfego de
determinada via. Consiste na aplicação de uma camada de concreto de,
geralmente, 10 cm de espessura diretamente sobre o asfalto, com ou sem
camadas de nivelamento, a depender da situação do pavimento
preexistente.
Whitetopping

O projetista pode escolher, ainda, entre três tipologias distintas de


execução da técnica:
● Whitetopping tradicional: com espessura geralmente acima de 15 cm. Não
conta com a aderência entre o concreto e o asfalto. É uma tecnologia consagrada
no meio técnico nacional e internacional, com inúmeras obras já executadas.
● Whitetopping ultradelgado: evolução da técnica tradicional. É feito com
concreto de alta resistência, que permite a construção de pavimentos com
camadas inferiores a 10 cm (há registros de espessuras de até 5 cm). Esse tipo de
whitetopping é recomendado para pistas que ainda não apresentam problemas
estruturais. Está em fase de desenvolvimento e pesquisa tecnológica.
Whitetopping

● Whitetopping delgado composto: nada mais é do que a combinação entre os


dois tipos, com especificação avaliada a cada trecho. Tem espessura entre 10 cm
e 20 cm. Conta com a aderência entre o asfalto e o concreto. Está em fase de
desenvolvimento e pesquisa tecnológica.
Whitetopping

A vida útil prevista para o pavimento de concreto resultante é de 20 anos.


Assim como em projetos de novos pavimentos rígidos, é necessário
realizar as ranhuras superficiais e a cura química.
Whitetopping- vantagens

▪ Segurança e conforto de rolamento

▪ Fácil execução

▪ Economia
Whitetopping- vantagens

▪ Técnica e desempenho.

Reaproveita toda a infraestrutura do pavimento existente, e o


comportamento do pavimento restaurado quanto à sua durabilidade, é
idêntico a um pavimento de concreto novo, com expectativa de vida de
serviço de 20 anos no mínimo, com mínimas necessidades de
manutenção.
Whitetopping- vantagens

▪ Normatização. O emprego do whitetopping é técnica consagrada de


reabilitação de pavimentos asfálticos, dados os excelentes
resultados obtidos com as obras já executadas, sendo a sua
construção regida por procedimentos normatizados, conforme
detalhado na norma DNIT 068/2004 – ES – Pavimento Rígido –
Execução de camada superposta de concreto do
tipo whitetopping por meio mecânico – Especificação de Serviço
Whitetopping - Etapas de execução
▪ Preparo do pavimento asfáltico existente, em casos de
irregularidades na superfície, aplica se uma camada asfáltica
nilevante, antes de lançar o concreto;
▪ Assentamento das linhas guias, para o caso das vibroacabadoras de
formas deslizantes, ou das formas metálicas fixas, para o caso da
execução com acabadoras de cilindro giratório ou de réguas
vibratórias;
▪ Colocação das barras de transferência e de ligação;
▪ Lançamento, espalhamento, adensamento e acabamento do
concreto;
▪ Texturização superficial;
▪ Cura e proteção do pavimento acabado;
Whitetopping - Etapas de execução

OBS. Cabe ressaltar que, havendo necessidade de liberação rápida ao


tráfego, pode-se utilizar o concreto de alta resistência inicial,
configurando a tecnologia fast track de liberação rápida do concreto, já
empregada em obras de pavimentação urbana de concreto no Brasil.
Dimensionamento Whitetopping

• O pavimento flexível existente será considerado como a fundação;


• O dimensionamento, consiste simplesmente em determinar o módulo de
reação (coeficiente de recalque- k) do pavimento existente e em seguida
dimensionar a camada superposta como um novo pavimento rígido.
• Este novo pavimento poderá ser de concreto simples ou estruturalmente
armado, como ou sem armadura contínua não estrutural, com ou sem
barras de transferência.
Duplicação BR 101 (nordeste)
Duplicação BR 101 (nordeste)

Lote Extensão Vol. Concreto Construtora


1 46,2 km 64.452 m³ Exército
2 35,2 km 63.500 m³ Constran / Galvão / Construcap
3 40,0 km 72.900 m³ CRASA / Via / Emsa
4 33,7 km 60.800 m³ ARG / Egesa
5 54,9 km 86.769 m³ Exército
6 41,4 km 87.773 m³ Exército
7 43,9 km 79.200 m³ QG / NO / AG / BM
8 40,0 km 72.200 m³ OAS / CCC / Mendes
Total 335,3 km 587594 m³
Duplicação BR 101 (nordeste)

Seção Transversal Tipo


Pavimento de concreto
Duplicação BR 101 (nordeste)

Principais serviços:
Duplicação BR 101 (nordeste)
Obrigada!

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