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Resumo da aula – AVALIAÇÃO FUNCIONAL

Acadêmicos: João Filipe Gama e Leandro Gustavo de Sousa.

Matéria: Fundamentos de infraestrutura de transportes aplicados a


geotecnia.

Avaliação Funcional

A avaliação funcional serve para AVALIAR / DIAGNOSTICAR as


características do pavimento e com um diagnóstico correto buscar um
tratamento para uma rápida reabilitação;

O sistema do pavimento é composto por:

Fatores externos: Tráfego com cargas excessivas, infiltração de água das


chuvas;

Fatore internos: Projeto inadequado (dimensionamento), materiais de má


qualidade e falhas no processo executivo.

O que fazer pra resolver? Qual idade do pavimento? Qual a doença? Qual o
tratamento?

Segundo MEDINAet.al. (1994), para se conceber o projeto de restauração de


um pavimento é preciso que se conheça a condição (ou estado) do pavimento
que se degrada pela ação do tráfego e dos fatores climáticos ou ambientais.
Desta forma, distingue-se a avaliação funcional da avaliação estrutural, onde a
primeira refere-se ao conforto ao rolamento, segurança, custo do usuário,
influência do meio ambiente e aspectos estéticos.
Já a segunda, abrange as características de resistência e deformabilidade das
camadas do pavimento e subleito, face às forças destrutivas atuantes. A
condição estrutural está ligada às características dos materiais utilizados e as
espessuras das camadas que compõem o pavimento e características do
subleito.

AVALIAÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO DE PAVIMENTO

Avaliação Funcional:
• Avaliação dos Defeitos da Superfície dos Pavimentos;
• Avaliação da Irregularidade Transversal –Flechas nas trilhas de roda;
• Avaliação da Irregularidade Longitudinal.

João Filipe Gama e Leandro Gustavo de Sousa


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Os defeitos de superfície são os danos ou deteriorações na superfície dos


pavimentos asfálticos que podem ser identificados a olho nu e classificados
segundo uma terminologia normalizada.

TIPOS DE DANOS
Danos Precoces: aparecem nos primeiros meses até cerca de um ou dois anos
após a execução do pavimento.
Danos de Médio e Longo Prazos: ocorrem após anos de operação da via até o
final da vida útil estipulada em projeto.
Os defeitos de pavimentos asfálticos decorrem de:
1. Erros de projeto;
2. Erros ou inadequações na seleção de materiais ou na dosagem de materiais;
3. Erros ou inadequações construtivas;
4. Erros ou inadequações nas alternativas de conservação e manutenção.
Importância do Diagnóstico Geral
Importância da busca das prováveis CAUSAS:
Verificação “in situ” dos problemas do trecho ou da via, e das condições
geométricas, dos taludes e de drenagem;
Levantamento de dados climáticos, de tráfego e de mapas geológicos,
pedológicos ou geotécnicos;
Levantamento de memórias técnicas e de relatórios de projeto e de controle;
Estabelecimento de cenário global de defeitos e relação com todos os dados.
Seguir Normas do DNIT
Defeitos nos pavimentos flexíveis e semi-rígidos Terminologia NORMA
DNIT005/2003–TER;
Avaliação objetiva da superfície de pavimentos flexíveis e semi-rígidos NORMA
DNIT006/2003–PRO;
Levantamento para avaliação da condição de superfície de subtrecho
homogêneo de rodovias de pavimentos flexíveis e semi-rígidos para gerência
de pavimentos e estudos e projetos. NORMA DNIT007/2003–PRO;
Levantamento visual contínuo para avaliação da superfície de pavimentos
flexíveis e semi-rígidos. NORMA DNIT008/2003–PRO;
Avaliação subjetiva da superfície de pavimentos flexíveis e semi-rígidos
NORMA DNIT009/2003–PRO.

João Filipe Gama e Leandro Gustavo de Sousa


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Serventia Atual
Capacidade de um trecho específico de pavimento de proporcionar, na opinião
do usuário, rolamento suave e confortável em determinado momento, para
quaisquer condições de tráfego.
Valor de Serventia Atual (VSA)
Medida subjetiva das condições de superfície de um pavimento, feita por um
grupo de avaliadores que percorrem o trecho sob análise, registrando suas
opiniões sobre a capacidade do pavimento de atender às exigências do tráfego
que sobre ele atua, no momento da avaliação, quanto à sua vida de e ao
conforto.
Identificação das patologias: Fendas, Fissuras, Trincas, Afundamento,
Ondulação ou Corrugação, Escorregamento, Exsudação, Desgaste, Panela e
Remendo.
Outros defeitos que não constam na Norma: Desagregação da mistura
asfáltica, Deslocamento, Desgaste polimento dos agregados, Segregação,
bombeamento de finos, falha de bico, Redução de material ligante.
Características funcionais
Desagregação superficial: fissuração, desgaste, polimento, remendo;
Deformações permanentes: deformações permanentes, localizadas, e
irregularidades longitudinais e transversais;
Deformabilidade elástica: Deflexão reversível Máxima;
Equipamento para avaliação de defeitos.
PRHD – PAVEMENT RECORDER HD
Permite a detecção e a identificação de todas as manifestações de ruína
(pontuais e extensas) externadas pelos pavimentos – inclusive fissuras
incipientes com larguras inferiores a 1,0mm – particularidade essa facilitada
pelas possibilidades de aplicação de “zoom” e de avanços e de retrocessos
automáticos.
Laser traseiro perfilográfo a laser: Permite a medição integrada e em
contínuo, de todo o perfil transversal externado pelo pavimento (representação
gráfica, em contínuo, das seções transversais do pavimento).
Esse procedimento esse que permite a visualização, em contínuo, das
deformações permanentes externadas pelo pavimento: as deformações por

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consolidação (traduzem as flechas nas trilhas de roda), o equipamento opera à


velocidade de tráfego normal, proporcionando uma excelente produtividade.

MM – METER
Permite a avaliação da resistência à derrapagem dos pavimentos através da
medição do “coeficiente de atrito cinemático”.
“Coeficiente de Atrito Cinemático”, parâmetro que traduz a interação pneu-
pavimento e, por conseguinte, as características de aderência externa das por
pistas de aeroportos, rodovias e vias urbanas.
Sua operação se fundamenta na medição direta do atrito cinemático
experimentado na iteração pneu-pavimento durante a frenagem de uma roda-
teste deslocando-se sobre uma lâmina d’água com espessura de 0,25mm,
espargida de forma constante e contínua à sua frente.
MEDIDORES DE PELÍCULA DÁGUA ADERENTE AO PAVIMENTO
Redução do coeficiente de atrito cinemático, perda de aderência.
Assim, se o nível da água aderente ao pavimento, principalmente quando de
chuvas mais fortes, atingir magnitudes elevadas, o contato dos pneus com o
pavimento pode ficar fortemente comprometido, condição esta que pode
responder pela ocorrência do fenômeno denominado “Aquaplanagem”.
Este fenômeno pode se manifestar sob duas formas distintas:
a“viscoplanagem”, quando ainda existe um resíduo de contato pneu-pavimento
e a “hidroplanagem”, caracterizada pela perda total de aderência, ambas
comprometedoras das condições de segurança dos usuários.
NASA WATER DEPTH FILM GAUGE
(Equipamento desenvolvido pela NASA que promove a medição da película de
água aderente ao pavimento através da difração da luz por meio de uma
sequência circular de cones cilíndricos dotados de calotas semiesféricas,
ajustáveis.
CORRELAÇÃO IGG X VSA (PURAMENTE ANALÍTICA)

João Filipe Gama e Leandro Gustavo de Sousa


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Medição da irregularidade longitudinal


“Irregularidade longitudinal é somatório dos desvios da superfície de um
pavimento em relação a um plano de referência ideal de projeto geométrico.”
(Bernucci, 2008).

Avaliação Estrutural
o Avaliação das Deflexões Recuperáveis (Viga B. e/ou FWD);
o Avaliação da estratigrafia das camadas do pavimento;
o Utilização do Ground Penetrating Radar (GPR);
o Sondagens de Poço de Inspeção e Ensaios;
o Sondagem Rotativa.

Intervenções de Restauração de Pavimento Flexível


Para aplicação de restauração/Intervenção de pavimentos temos 04
funcionalidades, sendo elas:
Conservação: corretiva, preventiva e de emergência;
Melhoramento: demandas operacionais eventos supervenientes;
Recuperação;
Restauração: ainda tem habilitação próximo ao estágio final do ciclo de vida;
Reabilitação: já ultrapassou ao estágio final do ciclo de vida.

João Filipe Gama e Leandro Gustavo de Sousa


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Padrões de desempenho para serviços de Engenharia

Utilização de CBUQ morno

Vantagens:
MENOR PERDA DE FRAÇÕES LEVES DO LIGANTE ASFÁLTICO (VIDA
ÚTIL) ‐ TEMPO DE APLICAÇÃO E TRANSPORTE (PERMITE MAIOR
ESPERA) ‐ PERMITE MELHOR APLICAÇÃO EM PERIODO NOTURNO ‐
MENOR EMISSÃO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS ‐ MELHOR
AMBIENTE PARA OS COLABORADORES ‐ MELHOR
COMPORTAMENTO EM CLIMAS FRIOS ‐ REDUCÃO NA UTILIZAÇÃO DE
COMBUSTÍVEL NA USINA

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Sistema de Retroanálise
É o procedimento analítico que permite estimar os módulos de elasticidade in
situ das camadas do pavimento e do subleito (nas condições de trabalho), o
objetivo é propiciar uma avaliação estrutural detalhada do trecho em estudo e
possibilitar o dimensionamento mecanístico de reforço da estrutura, quando
necessário.
Justificativa da retroanálise
✓ obter os “E” nas condições de campo; ✓ eliminar ou minimizar coleta de
amostras; ✓ caracterizar com rapidez as camadas em termos de
elasticidade; ✓ verificar a condição estrutural de cada camada e SL.

Programas de retroanálise
✓ Jeuffroy (1967) - deflexão máxima;
✓ Pereira (LNEC, Portugal 1969, 1972) - tabelas de bacias teóricas para 2 e
3 camadas;
✓ Andreatini (1967, 1968, 1970) - fator de deflexão.

Projeto de reforço do pavimento existente


Principais critérios
 Existe vida restante no pavimento?
 Deve ser aproveitada a vida restante?
 Havendo aproveitamento, devem ser mantidas todas as camadas
(parcial ou totalmente)?
 Deve haver acréscimo de espessura (reforço)?
 Se for necessário reforço, qual método/critério será usado?
 Diferenças de fundamentos e hipóteses dos métodos, opção pela
experiência do projetista.

João Filipe Gama e Leandro Gustavo de Sousa


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Etapas de sínteses para projetos


Avaliação do pavimento existente + dimensionamento + soluções de projetos
(materiais, técnicas e reparos localizados) + elaboração de relatórios = projeto.

Metodologias de Dimensionamento / Procedimentos Oficiais do


DNER/DNIT
Procedimentos Oficiais do DNER/DNIT
Critérios deflectômetros:
Método Dner Pro 11/79;
Método Dner Pro 269/94;

Critério por resiliência:


Método Dner Pro 269/94.

Critério por desempenho:


Método Dner Pro 159/85.

Metodologia Utilizada Largamente:


Aplicações de critérios mecanísticos de falha.

Porque os pavimentos no Brasil não duram?

As causas apontadas foram classificadas em quatro categorias: i) método de


dimensionamento; ii) tecnologias e processo construtivo; iii) manutenção e
gerenciamento; e iv) fiscalização.

João Filipe Gama e Leandro Gustavo de Sousa


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