O documento discute os defeitos em pavimentos flexíveis e sua influência no ciclo de vida. Apresenta uma revisão bibliográfica sobre gerenciamento de pavimentos e tipos de defeitos, incluindo defeitos estruturais como fissuras e afundamentos, e defeitos funcionais como ondulações e exsudação de ligante. O objetivo é analisar metodologias para prever a deterioração dos pavimentos considerando os defeitos em cada fase do ciclo de vida.
O documento discute os defeitos em pavimentos flexíveis e sua influência no ciclo de vida. Apresenta uma revisão bibliográfica sobre gerenciamento de pavimentos e tipos de defeitos, incluindo defeitos estruturais como fissuras e afundamentos, e defeitos funcionais como ondulações e exsudação de ligante. O objetivo é analisar metodologias para prever a deterioração dos pavimentos considerando os defeitos em cada fase do ciclo de vida.
O documento discute os defeitos em pavimentos flexíveis e sua influência no ciclo de vida. Apresenta uma revisão bibliográfica sobre gerenciamento de pavimentos e tipos de defeitos, incluindo defeitos estruturais como fissuras e afundamentos, e defeitos funcionais como ondulações e exsudação de ligante. O objetivo é analisar metodologias para prever a deterioração dos pavimentos considerando os defeitos em cada fase do ciclo de vida.
VIDA ÚTIL Thiago Stefano Passos Segre Unicamp, Campinas, Brasil, tssegre@gmail.com
RESUMO: Ações de manutenção e reabilitação de pavimentos demandam grandes investimentos.
Para uma boa estratégia de aplicação desses recursos é necessário estimar as condições dos diferentes trechos da malha rodoviária, através de métodos de previsão de deterioração confiáveis. Buscando garantir os parâmetros de conforto, segurança e serviço, à comunidade rodoviária busca direcionar e priorizar os investimentos em restauração, evitando prejuízos financeiros pela reconstrução precoce e sociais relacionados com o aumento do custo operacional dos veículos. O presente trabalho busca fazer uma análise crítica do ciclo de vida do pavimento asfáltico, levando em conta os defeitos encontrados em cada fase da curva de deterioração e as manutenções necessárias.
PALAVRAS-CHAVE: Defeitos estruturais, Defeitos funcionais, Métodos de Avaliação, Pavimentos
Flexíveis.
1 INTRODUÇÃO pavimento, na sinalização ou na geometria da via
sendo danoso ao desempenho operacional e à O modal rodoviário é a principal segurança dos usuários. alternativa para movimentação de pessoas e Dessa forma, faz-se necessário que transporte de cargas no Brasil, sendo responsável ocorra uma melhora na qualidade da por 95% e 61,1% respectivamente (CNT, 2016). infraestrutura apresentada e que se tenha um É fator preponderante para o desenvolvimento gerenciamento efetivo das rodovias, visando socioeconômico do País e para tanto depende de melhorar a qualidade dos pavimentos brasileiros. rodovias com boas condições de utilização. Buscando parâmetros de conforto, As rodovias pavimentadas brasileiras segurança e serviço, é necessário estabelecer correspondem a 12,3% de todo o sistema de estratégias para garantir uma adequada rodovias, com extensão aproximada de manutenção da malha rodoviária nacional, de 1.720.756 km sendo 211.468km pavimentados modo a direcionar e priorizar os investimentos (CNT,2016). Os estudos realizados pelo em restauração. Assim, é possível evitar grandes Conselho Nacional de Trânsito (2016), indicam prejuízos a sociedade, tanto pela necessidade de que 58,2% da extensão das rodovias estudadas reconstrução precoce, como pelo aumento do foram classificadas como regular/ruim/péssimo custo operacional dos veículos e custos dos e apresentavam alguma deficiência, seja no usuários. GEOCENTRO 2019, Brasília/DF, Brasil. A manutenção periódica torna-se guia norte americado “Guide for design of necessária para que se tenha um pavimento em pavement structures - American Association of condições ideais, à isso, remete-se a análises das State Highway and Transportation Officials” condições do pavimento para uma intervenção a (AASHTO, 1993). A partir dos dados de entrada, fim de preservar as características técnicas e foi possível a aplicação das formulações para a operacionais do sistema rodoviário conforme as determinação da deterioração do pavimento em recomendações das agências regulamentadoras. função do tempo. Há modelos de desempenho de pavimentos que estimam as condições do 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA pavimento ao longo do tempo, levando em consideração fatores como: idade, tráfego, clima, 4.1 Gerenciamento de pavimentos número estrutural, entre outros, que orientam quais devem ser as tomadas de decisão O gerenciamento de pavimentos flexíveis relacionadas à manutenção e reabilitação de cada está relacionado com o conceito de conservação segmento de pavimento analisado. As ações de dos mesmos, compreendido por uma série de manutenção e reabilitação de pavimentos operações rotineiras, periódicas e de emergência, analisados, demandam grandes investimentos e realizadas para preservar as características para se obter uso racional desses recursos, faz-se técnicas e operacionais das rodovias (BRANCO, necessário estimar as condições de diferentes 2016) trechos da malha viária para se obter uma Além das três operações de conservação precisão mais confiável de acordo com seu citadas acima, o DNIT (2006) define duas modelo de desempenho (NASCIMENTO, operações de manutenção dos pavimentos, sendo 2005). a Restauração um conjunto de operações com o objetivo de prolongar o ciclo de vida do 2 OBJETIVO pavimento e a Melhoria do pavimento uma intervenção que modifica as características do Avaliar as diferentes metodologias para pavimento, buscando acrescentar previsão da deterioração dos pavimentos melhoramentos a estrutura existente. flexíveis em função do tempo, através da análise Segundo Haas et al. (1994), o da curva de desempenho, considerando os gerenciamento dos pavimentos se resume ao possíveis defeitos ocorrentes em cada fase do planejamento, construção, manutenção, ciclo de vida e as manutenções a serem avaliação e pesquisa aplicados ao pavimento em aplicadas. questão, tendo como objetivo principal utilizar de informações confiáveis e critérios de decisão 3 METODOLOGIA adequados para produzir um programa de gerenciamento que proporcione os melhores Inicialmente, foi desenvolvida revisão resultados possíveis ao ciclo de vida. bibliográfica abrangengo o ciclo de vida dos O sistema de gerência de pavimentos, com pavimentos, patologias e desempenho. uma abordagem administrativa, tem o objetivo Com o objetivo de analisar as diferenças entre de minimizar os custos de manutenção e os métodos de previsão da condição dos reabilitação da estrutura, preservando as pavimentos flexíveis, foi adotado uma estrutura condições de funcionamento ao longo do tempo. padrão, considerando um subleito com Índice de Os pavimentos sofrem deterioração com a Suporte Calofornia de 5% (ISC) e trafego exposição ao clima e solicitações do tráfego, um solicitante na ordem de 107, deterrminada gerenciamento bem elaborado, pode determinar através das recomendações presentes no Manual a hora certa de uma intervenção e a adoção de de Pavimentação do Departamento Nacional de soluções e materiais adequados para sua Infraestrutura e Transportes (DNIT, 2006) e nas execução (PAÉZ, 2015). GEOCENTRO 2019, Brasília/DF. Brasil. estrutural do pavimento. Tais fissuras são 4.2 Defeitos funcionais e estruturais resultados de excessos de finos no material de revestimento, compactação Os defeitos em pavimentos flexíveis são excessiva e má dosagem do ligante refletidos em danos na superfície de rolamento e (QUEIROZ,1984). podem ser causados por imperfeições na ● Afundamentos: são deformações construção, por ações do meio ambiente e pelas permanentes caracterizadas pela solicitações impostas pelo tráfego. Tais defeitos depressão da superfície do pavimento, afetam as capacidades funcionais e estruturais do pavimento, comprometendo o conforto, seguido ou não de elevações.Tais segurança e serviço da estrutura. defeitos causam acréscimo na Segundo Yoder e Witczak (1975), irregularidade longitudinal, afetando a defeitos estruturais estão relacionados a qualidade estrutural, custo operacional condição de estrutura na qual o pavimento está dos veículos e devido ao acúmulo de comprometido em relação ao suporte de cargas, água, falta de segurança aos usuários. Os já os defeitos funcionais refletem a qualidade de afundamentos podem estar associados ao rolamento, conforto e segurança ao usuário, carregamento excessivo, seja podendo e estrutura ainda permanecer íntegra. concentrado ou de longa duração, e aos A coleta de dados, relacionada ao problemas de fundação relacionados a levantamento de defeitos consiste na solos expansíveis e compressíveis. identificação, quantificação da extensão e ● Ondulações e corrugações: deformações severidade dos mesmos. Essas informações devem ser monitoradas em função do tempo, transversais ao eixo, com depressões possibilitando assim estabelecer estratégias intercaladas de elevações. Geralmente devidamente localizadas para intervenção e decorrentes da consolidação diferencial atividades de manutenção e reabilitação do subleito, com comprimento da onda (FIALHO, 2015). de ordem de metros. Os defeitos relacionados em pavimentos ● Exsudação: ocorre quando à migração do asfálticos estão em sua maioria relacionados a ligante através do revestimento, levando trincas, deformações permanentes de trilhas de o aparecimento de manchas na roda, panelas, desgaste do agregado, superfície. Causas prováveis são o bombeamento e exsudação (HAAS et al.,1994). excesso de ligante betuminoso, baixo A norma brasileira DNIT 005/2003 – TER, índice de vazios da mistura asfáltica e a apresenta algumas patologias, como: compactação pelo tráfego (dosagem ● Fendas: são aberturas na superfície inadequada da mistura). asfáltica, sendo classificadas como ● Buraco ou Panela: cavidade formada no fissuras quando a abertura é perceptível a revestimento podendo alcançar camadas olho nu à uma distância de 1,5m, ou inferiores provocando a degradação das como trincas quando a abertura é mesmas. É considerado um defeito grave superior à da fissura. Os pavimentos pois afeta estruturalmente o pavimento, flexíveis tendem a trincar quando permitindo acesso de águas superficiais à sujeitos a ação combinada do tráfego e do estrutura e também e grave do ponto de clima, permitindo assim a entrada de vista funcional pois afeta diretamente a água na estrutura do pavimento, que por irregularidade longitudinal. Podem ser sua vez tende a aumentar a extensão e a causadas por trincas não tratadas em severidade do defeito, podendo conduzir estágio terminal, desintegração à desintegração e comprometimento GEOCENTRO 2019, Brasília/DF. Brasil. localizada da superfície do pavimento e tipo de pavimento inicialmente se baseia nas pela evolução de defeitos. solicitações do tráfego e custos de implantação, porém, para um bom critério de decisão, é 4.3 Avaliação da condição dos pavimentos necessário uma análise de custos e deterioração ao longo da vida útil do pavimento (SANTOS, Existem diversos métodos para a avaliação da 2011). condição dos pavimentos, cada um deles em uma De acordo com o procedimento técnico série de variáveis, que com ação combinada, DNIT-PRO 011/79, o pavimento ao longo da sua podem classificar a condição do pavimento e vida útil sofre degradação pelas solicitações do apontar possíveis soluções de restauração, tráfego, gerando esforços de compressão, manutenção ou até reconstrução. cisalhamento e flexão, e também pela ação do Dentro das recomendações do Departamento clima, como precipitações e mudanças de Nacional de Infraestrutura e Transportes, temos temperatura. Tais fatores podem levar o o procedimento para avaliação estrutural dos pavimento a ruína, caso não sejam realizadas as pavimentos DNIT-PRO 011/79. Esse devidas medidas de manutenção e conservação. procedimento é baseado nas medidas de deflexão do pavimento, realizadas através de ensaios de 5 CURVA DE DETERIORAÇÃO DE viga Benkelman e nas solicitações através do PAVIMENTOS ASFÁLTICOS tráfego aplicado. Já o procedimento para projeto de restauração de pavimentos flexíveis DNIT- A curva de deterioração dos pavimentos PRO 269/94, é baseado em mais variáveis, asfálticos consiste em uma síntese do levando em conta o tipo de solo, índice de comportamento da estrutura durante sua vida suporte, composição das camadas, além da útil. Para o traçado dessa curva é necessário deflexão e tráfego. O único método normativo do analisar diferentes fases do pavimento, quais DNIT que utiliza da avaliação funcional do fatores influenciaram sua degradação e quais os pavimento é descrito pelo projeto de restauração defeitos apresentados. Com isso, temos no eixo de pavimentos flexíveis e semi-rígidos DNIT- das abscissas o fator tempo, que pode ser PRO 159/85, que acrescenta as variáveis do representado pela vida útil de projeto, no eixo coeficiente de irregularidades (QI) e das ordenadas entramos com as variáveis de trincamentos, sem levar em consideração o degradação, sendo representada por uma série de subleito. defeitos correlacionados que representam a Na literatura internacional, os métodos são qualidade da estrutura. Diversos autores e geralmente baseados no Índice de Condição dos métodos propõem diferentes traçados dessa Pavimentos (PCI – Pavement Condition Index), curva, indicando a incidência dos defeitos, a tais métodos são baseados diretamente na qualidade do pavimento e a fase correta para quantificação e análise da gravidade da implantação de manutenções. funcionalidade do pavimento, tendo como O método proposto pela AASHTO (1993), variáveis diversos tipos defeitos como tanto para dimensionamento como para afundamentos, exsudação, trilhos de roda, restauração, se baseia no índice de serventia do panelas entre outros, variando conforme os pavimento (PSI), determinando o índice limite métodos (PAÉZ, 2015). para o bom funcionamento do pavimento. Para a aplicação desse método, é necessário o 4.4 Ciclo de vida dos pavimentos asfálticos conhecimento das seguintes variáveis: ● Caracterização do pavimento existente; Pavimentos rígidos ou flexíveis vem sendo ● Análise do tráfego; profundamente estudados a fim de maximizar o ● Análise de defeitos superficiais; desempenho e minimizar os custos de ● Levantamento deflectométrico; implantação ou manutenção. A escolha de um ● Poços de inspeção e ensaios laboratoriais; GEOCENTRO 2019, Brasília/DF. Brasil. ● Determinação do número estrutural Pavimento flexível - Estrutura adotada - AASHTO requerido para tráfego futuro; Espessura N Permeab. Esp. estrutural ● Determinação do número estrutural efetivo Camada (pol) Estrutural
do pavimento existente; C.B.U.Q 4,92 0,44 nulo 2,1648
● Determinação da espessura de reforço. BASE 5,91 0,16 1 0,9456
SUB 11,81 0,11 1 1,2991 Para análises das curvas de deterioração BASE Número Estrutural 4,41 dos pavimentos asfálticos, serão aplicados Serventia inicial 4,2 equações de interesse de modelos de previsão Serventia Final 2 desenvolvidos por Queiroz (1981), Marcon Módulo de resiliência do subleito 6000
(1996) e Yshiba (2003), cada qual com sua Solicitações (N) 6,25E+07
Os modelos de interesse para aplicação das AASHTO. curvas deste artigo, serão as fórmulas de Queiroz Para analisarmos em uma mesma (1981) que envolvem previsão de irregularidade grandeza, os valores referentes de QI longitudinal para pavimentos flexíveis em (contagens/km) foram convertidos em IRI, função da idade do pavimento, número estrutural utilizando a relação de Paterson (1986): IRI = corrigido, e/ou deflexão pela viga Benkelman. QI/13. Além da utilização do valor de As quais são expressas a seguir: irregularidade longitudinal inicial de 25 Para os modelos de desempenho de Yshiba contagens/km (ou 1,923 m/km) como (2003), as fórmulas de interesse levam em recomendado por Watanatada et al. (1987). consideração, fatores de idade, tráfego, número Com as devidas correlações, segue uma estrutural sobre o desempenho de pavimentos, tabela comparativa entre os resultados obtidos irregularidades longitudinais (IRI, em m/km) por cada método. como em termos estruturais (deflexão Índice de Irregularidade Longitudinal determinada com viga Benkelman). São elas: IDADE Queiroz Marcon Yshiba Peterson
0 2,25 1,41 12,41 14,48
6 ANÁLISE DOS MÉTODOS APRESENTADOS 1 2,71 1,5 13,16 14,7
2 3,25 1,59 13,92 14,93
Os dados de entrada para analíse das 3 3,85 1,68 14,67 15,16 condições do pavimento são dados pelas 4 5,99 1,77 15,43 15,39 seguintes estruturas: 5 9,77 1,86 16,18 15,63
Espessura N 7 12,11 2,04 17,69 16,11 Esp. estrutural Camada (cm) Estrutural C.B.U.Q 12,5 2 25 8 13,38 2,13 18,44 16,36 BASE 15 1 15 9 14,06 2,22 19,2 16,62 SUB 30 1 30 BASE 10 14,75 2,31 19,95 16,87 Número Estrutural 70 Tabela 3: Comparação de IRI entre os métodos. Índice de Suporte do Subleito 5% (CBR) Número Estrutural Corrigido 73,43 Dentre as fórmulas propostas por Queiroz (SNC) (1981), a que melhor representa os resultados é composta pela combinação do maior número de Tabela 1: Pavimento flexível, estrutura adotada conforme DNIT. variáveis, sendo analisadas as deflexões, tempo e número estrutural. Para analisar as deflexões ao longo do tempo, são necessários coletas de dados de ensaios, realizados ao decorrer dos anos. Para GEOCENTRO 2019, Brasília/DF. Brasil. possibilitar a análise, foram adotados valores A AASHTO sugere um traçado de curva crescentes de deflexões, imaginando uma considerando somente variáveis funcionais do deterioração contínua, sem grandes reparos e pavimento que afetam o conforto do usuário, não manutenções. considerando quesitos estruturais. Seu traçado é Os resultados obtidos pela aplicação da elaborado pela serventia do pavimento, como formulação desenvolvida por Queiroz são mostra a exemplo a seguir: coerentes. A condição do pavimento varia de acordo com o aumento do tempo e das deflexões, sendo um bom método para ser aplicado a partir de um acompanhamento rotineiro das deflexões apresentadas pela estrutura com o passar do tempo. A formulação proposta por Marcon (1996), apresentou resultados incoerentes comparados com os outros autores. Isso se explica pela sua formulação depender somente do tempo, deixando sua aplicação restrita aos trechos que foram analisados na elaboração dessa equação. Gráfico 2: Representatividade curva serventia AASHTO. Os métodos propostos por Yshiba (2003) e Peterson (1987), apresentaram resultados O DNIT avalia a condição dos pavimentos semelhantes, tendo como variáveis o tempo, através de levantamentos subjetivos de defeitos número estrutural e solicitações. Esses métodos em campo, que pela combinação de seus efeitos, possibilitam uma análise contínua do pavimento, representam a qualidade da estrutura, tal com o levantamento dessas variáveis de acordo combinação é denominada de Índice de com o tempo, resultando em bons parâmetros Gravidade Global. Também é avaliado outro para análise das condições da estrutura. conceito, por outra combinação de defeitos, denominado de Índice de Condição do Pavimento Flexível.
Gráfico 1: Curvas de deterioração para cada metodologia.
Gráfico 3: Representatividade IGG pelo DNIT. Analisando as curvas podemos verificar que seu traçado depende da combinação das A curva de deterioração, resultante da variáveis consideradas em cada método, tendo simulação proposta nesse estudo, apresentada no um traçado similar em formulações com as gráfico 1, demontoru um bom comportamento mesmas considerações. em comparação com as curvas propostas na literatura. Com esse resultado é possivel analizar GEOCENTRO 2019, Brasília/DF. Brasil. as possíveis patologias e intervenções, de acordo com o ciclo de vida. Nas primeiras idades, em pavimentos bem construídos, não apresentam grandes defeitos, sendo necessário operações de conservação rotineira na rodovia, caso nessas idades, ocorra algum tipo de patologia, elas provavelmente estão relacionadas a erros construtivos e/ou de projeto. De 20 a 50% da vida útil do pavimento, é comum a ocorrência de trincas superficiais em pequena extensão e pouco severas, dependendo do programa de gerenciamento do pavimento, nesta fase são cabíveis operações de manutenção superficiais para cobrir esse fissuramento. Com a vida útil entre 50 a 70%, começam a aumentar as áreas de trincamentos no pavimento com a possibilidade de aparecimento de panelas localizadas, geralmente nessa etapa são programadas as operações de recapeamento do pavimento, com a proximidade de 70% da vida útil, a estrutura não entrou na fase de fadiga e permite a realização de manutenções na camada de Tabela 5: Classificação, defeitos e manutenções aplicadas revestimento, sem atingir a base. Acima de 70%, ao pavimento conforme o ICPF. (Fonte: DNIT PRO o pavimento começa uma fase de grande 008/2003) degradação, chegando a sua fadiga, com defeitos generalizados em toda sua extensão e grande 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS E possibilidade de comprometimento da camada CONCLUSÃO de base, nesse caso é necessário uma operação mais invasiva, reabilitando a camada afetada, Através dos estudos do comportamento denominada de reconstrução dos pavimentos flexíveis ao longo do tempo, foi possível observar que sua condição depende das variáveis utilizadas em sua análise. As investigações em campo do pavimento, identificando patologias e acompanhando suas evoluções são de extrema importância, possibilitando a elaboração de um programa de manutenção adequado. Também podemos verificar que um defeito identificado tende a aumentar, seja em frequência ou gravidade, se agravando quando não ocorrem manutenções. Esse comportamento Tabela 4: Classificação do pavimento conforme índice do material deve ser acompanhado com cautela, IGGE e ICPF combinados. (Fonte: DNIT PRO 008/2003) pois defeitos com grande frequência e gravidade geram maiores intervenções com maiores custos de execução. Portanto, fica claro a importância de um bom gerenciamento do ciclo de vida dos pavimento flexíveis, levando em conta o GEOCENTRO 2019, Brasília/DF. Brasil. levantamento dos defeitos, acompanhamento de 008/2003 - PRO: Levantamento visual contínuo para sua evolução e a determinação da intervenção avaliação de pavimentos flexíveis e semi-rígidos. Rio de Janeiro, 2003. adequada, considerando a melhor solução técnica e econômica de manutenção. As DEPARTAMENTO NACIONAL DE formulações para previsão de desempenho INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES - Manual de podem ser uma boa ferramenta para o auxílio do Pavimentação. Publicação IPR-719. 3.ed. Rio de Janeiro gerenciamento, porém não dispensam os DNIT, 2006. levantamentos em campo. DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Manual de Restauração de Pavimentos Asfálticos. Publicação IPR- REFERÊNCIAS 720. 2.ed. Rio de Janeiro: DNIT, 2006.
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