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PÓS-GRADUAÇÃO PAVIMENTAÇÃO E
RESTAURAÇÃO RODOVIÁRIA
Abstract: The present work consists of the Study of Pathologies in Flexible Asphalt
Pavement and Application of the Global Severity Index - IGG, through a case study
of the pathological manifestations of the Estrada de Santo Antonio, with an extension
of 6.5 km, in the city of Porto Velho – RO, through bibliographical research and on-
site survey, investigation of defects and possible causes, using appropriate
equipment and photographic record and application of the IGG, to obtain the concept
according to DNIT Standard, where the situation of the track can be proven , with a
high rate of defects of the type Wear (D), Interalloy Cracks resulting from the lack of
1 INTRODUÇÃO
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Pós-Graduando do Curso de Pavimentação Restauração Rodoviária – Facuminas
e-mail: adm.fernandoalmeida@gmail.com
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2 OBJETIVOS
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 Pavimento
O termo pavimento, Segundo DNIT (2006, p.95), “[...] pavimento é como uma
superestrutura constituída por um sistema de camadas de espessuras finitas,
assente sobre um semiespaço considerado teoricamente infinito, a infraestrutura ou
terreno de fundação, a qual é designada de subleito [...]”.
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Por sua vez, Bernucci et al. (2010) afirma que o pavimento é designado como
uma estrutura que apresenta várias camadas com espessuras finitas, construída
sobre a superfície final de terraplenagem com função de resistir a esforços oriundos
do clima e do tráfego de veículos, oferecendo as pessoas melhores condições de
fluxo, segurança, conforto e economia.
Já Balbo (2007) afirma que o pavimento é uma estrutura composta por
camadas sobreposta de diferentes materiais compactados, adequada para atender
estrutural e operacionalmente ao tráfego, de maneira durável e ao mínimo custo.
Segundo o Manual de Pavimentação do DNIT (2006), os pavimentos
rodoviários podem ser rígidos, semirrígidos e flexíveis. Os pavimentos flexíveis são
classificados por apresentarem uma fina camada de revestimento asfáltico, em que
a absorção dos esforços se dá de forma gradativa entre as diversas camadas da
pavimentação, sofrendo significativas deformações elásticas.
O pavimento rígido possui maior durabilidade e resistência quanto às ações
do tempo, sem precisar de manutenção, e com o tempo ele ganha resistência,
enquanto o pavimento flexível é mais breve e frágil, sofrendo patologias como, por
exemplo, a deformação por conta do óleo diesel (solvente para asfalto), frenagem e
excesso de carga dos veículos e amolece sob o efeito do calor e chuva (ARAÚJO,
2016).
As patologias são como “doenças” que aparecem nos pavimentos, sua origem
pode ser atribuída à má execução do projeto de pavimentação, problemas
construtivos, falta de conservação e manutenção, fadiga e até mesmo falha na
escolha de materiais. As patologias podem surgir a médio ou longo período, em
consequência de diversos fatores como alto tráfego e pelas condições climáticas
locais.
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3.2.1 Fendas
3.2.2.1 Fissura
3.2.2.2 Trinca
Para o DNIT (2003a) a trinca se caracteriza por ser uma fenda existente no
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Já as trincas interligadas:
a) Trinca tipo “Couro de Jacaré”: caracterizam-se por não possuírem direções
preferenciais e com formato semelhante ao aspecto de couro de jacaré, e
podem dispor ou não de erosão acentuada nas bordas (DNIT,2003a).
Principais causas segundo a CNT (2017):
colapso do revestimento asfáltico devido à repetição das ações do tráfego;
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3.2.2. Afundamento
3.2.4. Escorregamento
3.2.5. Exsudação
3.2.6. Desgaste
3.2.8. Remendo
(TRI) e trilhas de roda externa (TRE) das faixas de trafego mais solicitados de cada
pista, separadamente.
Equação 2
Para a média aritmética das médias das flechas e média aritmética das
variâncias das flechas, o fator de ponderação a utilizar depende do valor das médias
aritmética, conforme critério a seguir:
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a) quando a média aritmética das médias das flechas for igual ou inferior a
30, o fator de ponderação é igual a 4/3; quanto superior a 30, o Índice de
Gravidade Individual é igual a 40;
b) quando a média das variâncias das flechas for igual ou inferior a 50, o
fator de ponderação é igual a 1 (um); quando superior a 50, o Índice de
Gravidade Individual é igual a 50;
4 MATERIAIS E MÉTODOS
Início Trecho
Km 0,0
Fim Trecho
Estaca: 0,0
Km 6,5
8°46'38.07"S / 63°54'7.70"O
Estaca: 325
8°48'32.65"S / 63°56'37.69"O
Medida das flechas nas trilhas de roda interna (TRI) e externa (TER),
anotando-se o maior valor medido em cada trilha utilizando-se a treliça,
com medidas em milímetros;
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Estaca 81 – Levantamento Visual das Patologias Estaca 165 – Medição das Flechas na Trilha de Roda
𝑓𝑎 = frequência absoluta
𝑛 = número de estações de estudo (estacas)
5 RESULTADOS
03/11/22
quinta-feira 06:00 às 08:00 502 2 - 164 5
04/11/22
sexta-feira 06:00 às 08:00 615 3 2 165 10
Defeitos
Fonte: Autor
Trecho 01
O Trecho 01 tem início no entroncamento da Rua Prudente de Morais em
frente ao Edifício Condomínio Residencial Ivory Lado Direito e pelo Lado Esquerdo o
17º Pelotão de Comunicações de Selva do Exército Brasileiro, e fim após a Rua
Ruth Shockness, início da ciclovia, com uma extensão de 2 km.
No trecho as patologias encontradas em sua maioria foram do tipo: Desgaste
(D); Trincas Isoladas (FI, TTC, TTL, TLC, TLL), Trincas Interligadas (J, TB), Panelas
(P), Afundamentos de Consolidação (ALC, ATC) e Remendos (R).
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Estaca 09 – Trincas Isoladas Longitudinal Curta (TLC) Estaca 28 – Trincas Isoladas Longitudinal Longa (TLL)
Estaca 93 – Trincas Interligadas Jacaré (J) Estaca 95 – Trincas Interligadas Jacaré (J)
Estaca 76 – Afundamento de Cons. da Trilha (ATC) Estaca 90 – Afundamento de Cons. da Trilha (ATC)
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Trecho 02
O Trecho 02 inicia após a Rua Ruth Shockness, próximo à entrada para a
região dos restaurantes regionais na margem do Rio Madeira – Rua Candelária,
tendo do seu lado direito, Condomínio Residencial Veredas do Madeira, ETA –
Estação de Tratamento de Águas da Caerd, Condomínio Vilas do Madeira I e II,
Ameron – Associação dos Magistrados, terminando no Condomínio Residencial
Bosque do Madeira, possui um segmento de pista dupla de 200mts, trecho 02 com
uma extensão de 2 km.
Seguindo o mesmo método do Trecho 01 as patologias encontradas em sua
maioria foram do tipo: Desgaste (D); Trincas Isoladas (FI, TTC, TTL, TLC, TLL),
Trincas Interligadas (J, TB), Panelas (P), Afundamentos de Consolidação (ALC,
ATC) e Remendos (R), com uma quantidade mais expressiva da patologia
Afundamentos em relação ao trecho 01 e também grande quantidade de Trincas
Interligadas, ressaltamos ainda a parte de pista dupla que sem encontro em boas
condições com apenas alguns defeitos, possui canteiro central e acesso ao
Condomínio.
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Estaca 132 – Trincas Isoladas Longitudinal Curta (TLC) Estaca 161 – Trincas Isoladas Longitudinal Curta (TLC)
Estaca 155 – Trincas Interligadas Jacaré c/ erosão (JE) Estaca 183 – Trincas Interligadas Jacaré (J)
Estaca 113 – Afundamento Plástico Local (ALP) Estaca 170 – Afundamento Plástico Local (ALP)
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Estaca 162 – Início da Pista Dupla Estaca 178 – Fim da Pista Dupla
Trecho 03
Seguindo com o detalhamento do estudo das patologias o Trecho 03 inicia
após o Condomínio Residencial Bosque do Madeira, essa região da estrada possui
do seu lado esquerdo uma ciclovia que necessita de uma recuperação, e uma parte
duplicada ao chegar no cemitério de Santo Antônio, do seu lado direito algumas
propriedades do tipo chácara, terminando no acesso a Igreja de Santo Antonio – Rio
Madeira, trecho 03 tem uma extensão de 2,5 km.
Seguindo o mesmo método dos Trecho 01 e 02 as patologias encontradas em
sua maioria foram do tipo: Desgaste (D); Trincas Interligadas (J, TB, JE, TBE) com
uma quantidade maior em relação aos outros trechos, Trincas Isoladas (FI, TTC,
TTL, TLC, TLL), Panelas (P), Afundamentos de Consolidação (ALC, ATC) e
Remendos (R), ressaltamos ainda a parte de pista dupla que sem encontra em boas
condições com apenas alguns defeitos e a parte restaurada da estrada entre as
estacas 314 e 325 final.
As figuras demonstram alguns dos defeitos encontrados no trecho 03.
Estaca 209 – Trincas Interligadas Jacaré (J) Estaca 228 – Trincas Interligadas Jacaré (J)
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Estaca 273 – Trincas Interligadas Jacaré (J) Estaca 275 – Trincas Interligadas Bloco (TB)
Estaca 311 – Afundamento Plástico Local (ALP) Estaca 312 – Afundamento Plástico Local (ALP)
Estaca 240 – Bueiro Metálico Danificado Estaca 240 – Bueiro Metálico Danificado
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Estaca 240 – Bueiro Metálico Danificado/Corpo Aterro Estaca 240 – Bueiro Metálico Danificado/Corpo Aterro
Fonte: Autor
6 DISCUSSÃO
A Estrada de Santo Antonio é uma via com a sua maior parte em pista
simples, em dois pontos específicos há duplicação, como extensão de 6,50 km tem
início na intersecção com a Rua Prudente de Morais e percorre toda a sua extensão
dividindo os bairros Triângulo e Militar, terminando no acesso à Igreja de Santo
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Antônio, Rio Madeira. O tipo do pavimento presente nessa via é o pavimento flexível,
com o revestimento do tipo Concreto Asfáltico.
O estudo das patologias foi realizado em toda a extensão da via 6,5 km, onde
foram identificados vários defeitos que se repetem ao longo da via, após o
levantamento visual, com registro das patologias de acordo com norma foi calculado
o IGG = 114,53, conceito “RUIM”.
Após a identificação do nível de defeitos da via é possível tomar medidas para
propor uma melhoria no sentido de restauração, medidas corretivas para efetuar os
reparos no pavimento de forma adequada.
As principais patologias encontradas da estrada e suas possíveis causas de
aparecimento, segundo Bernucci et al. (2008), são:
Patologia: Desgaste (D)
Causas prováveis: falhas de adesividade
ligante-agregado (stripping); presença de água
aprisionada e sobrepressão em vazios da
camada de revestimento, gerando
descolamento de ligante (stripping); problemas
de dosagem – deficiência no teor de ligante;
falhas de bico em tratamentos superficiais;
problemas executivos ou de projeto de misturas
– segregação de massa asfáltica.
Outro fator que contribui para o conceito “RUIM” da via é a falta dos serviços
de Manutenção e Conservação Rotineira, como:
Selagem de Trinca;
Remoção manual de barreira de solo;
Limpeza de sarjeta e meio-fio;
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Roçada manual;
Capina Manual;
Podemos observar nas fotos abaixo a situação:
Estaca 35 – Falta de Capina Manual e Limpeza Estaca 37 – Falta de Capina Manual e Limpeza de
de meio-fio sarjeta meio-fio sarjeta e manutenção dos dispositivos
de drenagem
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Estaca 180 – Falta de dispositivos de drenagem Estaca 229 – Falta de Capina Manual e Limpeza
para conduzir a água, coleta do lixo de meio-fio sarjeta e manutenção dos
dispositivos de drenagem, roçada
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS