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Código REV.

ET-ECS.000.000-PAV/05 00

Emissão Folha
01/10/2018 1/9
Resp. Técnico / Elaborador:
Enga. Cecília Merighi
Nº CREA:
SP-5063195955
Rodovia: Verificador:
Geral Eng. Paulo Rosa Machado Filho

Trecho: Aprovador:
Geral Eng. Filippo Chiariello

Objeto:

da
PAVIMENTAÇÃO - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA PARA IMPRIMAÇÃO ASFÁLTICA (OU IMPRIMADURA
IMPERMEABILIZANTE)
Documentos de Referência:

la
 DNIT 144/2014 – ES – Imprimação com ligante asfáltico.
 Manual de Normas de Pavimentação – DER-SP, 1991.

ro
 ET-DE-P00/019 - Imprimação Betuminosa Impermeabilizante.
 DER-PR - Manual de Execução de Serviços Rodoviários,1991.
nt
co
o

Descrição das Revisões:


a
pi

Observação:

Eng. Paulo Rosa Machado


00 01/10/2018 Enga. Cecília Merighi SP-5063195955 Eng. Filippo Chiariello
Filho

Rev. Data Resp. Técnico/ Elaborador No. CREA Verificador Aprovador


FOLHA 2/9
1. OBJETIVO

Esta Especificação fixa as condições a serem adotadas para a execução e controle na


aplicação uniforme de material asfáltico sobre a superfície da base granular concluída ou
sobre qualquer outra superfície de camada com a finalidade de impermeabilizá-la.

2. DEFINIÇÃO

Imprimação (ou Imprimadura Impermeabilizante) - consiste na aplicação de camada de

da
material asfáltico sobre a superfície de base granular concluída, antes da execução de um
revestimento asfáltico qualquer, objetivando conferir coesão superficial, impermeabilizar e

la
permitir condições de aderência entre esta e o revestimento a ser executado.

ro
Pode ser executada sobre a superfície de qualquer outra camada, até sobre a regularização
do subleito com a finalidade de impermeabilizá-la e reduzir o trincamento.
nt
co

3. REFERÊNCIAS

 DNER ME 004/94 – Materiais betuminosos – Determinação da viscosidade (ABNT NBR


o

14950);
 DNER-ME 012/94 – Asfalto diluído – Destilação;

 DNER-ME 148/94 – Material Betuminoso – Determinação do ponto de fulgor (ABNT NBR


11431);
a

 DNER-EM 363/97 – Asfalto diluído tipo cura média;


pi

 DNER-ISA 07 - Instrução de Serviço Ambiental;


 ANP - RESOLUÇÃO ANP Nº 30, DE 9.10.2007 - DOU 10.10.2007.

4. MATERIAL

Os ligantes asfálticos empregados na imprimação poderão ser: Asfaltos Diluídos de Petróleo


(ADP) de cura média, tipo CM-30 ou CM-70, satisfazendo às exigências contidas na
especificação DNER – EM 363/97 e também na resolução ANP No. 30 de 09 de outubro de
2007, reproduzida a seguir:

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LIMITE MÉTODO
CARACTERÍSTICA UNIDADE CM-30 CM-70 ABNT/NBR ASTM
Água, máx: % vol. 0,2 0,2 14236 D 95
Viscosidade cinemática a 60ºC D
cSt 30 a 60 70 a 140 14756
ou 2170
Viscosidade Saybolt-Furol, (s) a: 14950 D 88
25ºC SSF 75 a 150 -
50ºC SSF - 60 a 120
D
Ponto de Fulgor, mín ºC 38 38 11341
3143
Destilação até 360 ºC, (%
14856 D 402
volume do total destilado):

da
225ºC,máx % vol 25 20
260ºC % vol 40-70 20-60
316ºC % vol 75-93 65-90

la
Resíduo a 360ºC, por diferença,
% vol 50 55
mín.
D

ro
Viscosidade a 60ºC (2) P 300-1200 300-1200 5847
2171
D
Betume, mín (2) % massa 99,0 99,0 14855
nt
2042
Ductilidade a 25ºC, mín (1) (2) cm 100 100 6293 D 113
co

(1) Se a Ductilidade obtida a 25ºC for menor do que 100 cm, o asfalto diluído estará
especificado se a Ductilidade a 15,5ºC for maior do que 100 cm.
o

(2) Ensaios realizados no resíduo da Destilação


A escolha do ligante asfáltico adequado será feita em função da textura do material da base,
recomendando-se: CM-30 para bases de textura fechada e CM-70 para bases de textura
a

aberta.
pi

Observação: quanto à utilização de emulsões asfálticas específicas para imprimação,


que vem sendo progressivamente empregadas, mas ainda não especificadas pela ANP,

e que visam evitar os efeitos danosos ao meio ambiente do querosene dos asfaltos
diluídos, a mesma será permitida após envio por parte da concessionária da
especificação técnica da emulsão e do estudo da taxa de aplicação para aprovação da
ECS.

A taxa de aplicação “T” é aquela que pode ser absorvida pela base em 24 horas, devendo ser
determinada experimentalmente, no canteiro da obra. As taxas de aplicação usuais são da
ordem de 0,8 a 1,6 l/m², conforme o tipo e textura da base e do ligante asfáltico escolhido.

A temperatura de aplicação deverá ser escolhida de modo a ser obtida viscosidade Saybolt-
Furol entre 20 e 60 segundos (DNER - ME 004/94).

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O ligante asfáltico não deve ser distribuído quando a temperatura ambiente for inferior a 10
ºC, nem em dias de chuva.

Todo carregamento de ligante asfáltico que chegar a obra deverá ter certificado de análise
além de apresentar indicações relativas do tipo, procedência, quantidade do seu conteúdo e
da distância de transporte entre a refinaria e o canteiro de serviço.

Podem ser utilizados ligantes asfálticos modificados com polímero, quando indicados
devidamente em projeto.

da
5. EQUIPAMENTOS

la
Para a varredura da superfície a receber a pintura, usam-se, de preferência, vassouras

ro
mecânicas rotativas autopropulsionadas, podendo, entretanto, a operação ser executada
manualmente. O jato de ar comprimido poderá também ser usado.
nt
A distribuição do ligante deve ser feita por carros equipados com bomba reguladora de
co

pressão barra espargidora e sistema completo de aquecimento que permitam a aplicação do


ligante asfáltico em quantidade uniforme.

A bomba do sistema de distribuição deve ser aferida em função da rotação do motor que a
o

comanda, em tanques espargidores, cujo comando da bomba é uma tomada de força


acoplada à caixa de marcha do veículo.

Os carros distribuidores do ligante asfáltico, especialmente construídos para este fim, devem
a

ser providos de dispositivos de aquecimento, dispondo de tacômetro acoplado a quinta roda,


pi

calibradores e termômetros com precisão de ± 1 °C, em locais de fácil observação e, ainda,


possuir espargidor manual para tratamento de pequenas superfícies e correções localizadas.


As barras de distribuição devem ser do tipo de circulação plena, com dispositivo de
ajustamentos verticais e larguras variáveis de espalhamento uniforme do ligante.

O tacômetro tem de ser aferido em relação às velocidades reais e calculado o gráfico de sua
calibração.

O tanque do carro espargidor deverá ter uma régua aferida para se calcular o volume do
ligante empregado.

O uso de espargidor manual (ou “caneta”) só será permitido na aplicação em pequenos


remendos ou alguma correção da aplicação. No serviço convencional, a aplicação deverá ser

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feita pela barra espargidora, que deverá ser sempre verificada para se evitar ocorrências de
bicos entupidos que prejudiquem a qualidade dos serviços.

O depósito de ligante asfáltico deve ser equipado com dispositivo que permita o aquecimento
adequado e uniforme do conteúdo do recipiente. O depósito deve ter uma capacidade tal que
possa armazenar a quantidade de ligante asfáltico a ser aplicado em, pelo menos, um dia de
trabalho.

da
6. EXECUÇÃO

la
6.1. Condições Gerais

ro
Após a perfeita conformação geométrica da superfície da camada a ser imprimada da base,
proceder-se-á a varredura, de modo a eliminar todo e qualquer material solto.
nt
Antes da aplicação do ligante asfáltico a pista poderá ser levemente umedecida.
co

Aplica-se, a seguir, o ligante asfáltico adequado, na temperatura compatível com o seu tipo,
na quantidade certa e da maneira mais uniforme. A temperatura de aplicação do ligante
asfáltico deve ser fixada para cada tipo de ligante, em função da relação temperatura x
o

viscosidade, escolhendo-se a temperatura que proporcione a melhor viscosidade para


espalhamento. A faixa de viscosidade recomendada para espalhamento é:

- Para os asfaltos diluídos 20 a 60 segundos “Saybolt-Furol” (método DNER-ME 004/94) ou


a

(ABNT NBR 14950).


pi

A tolerância admitida para a taxa de aplicação do ligante asfáltico definida pelo projeto e
ajustada experimentalmente no campo é de 0,2 l/m2.

Deve-se imprimar a pista inteira em um mesmo turno de trabalho e deixá-la, sempre que
possível, fechada ao tráfego. Quando isto não for possível, trabalha-se em meia pista,
executando a imprimação da adjacente, assim que a primeira for permitida ao tráfego. O tempo
de exposição da base imprimada ao tráfego é condicionado ao comportamento da mesma,
não devendo ultrapassar 30 dias. Para a abertura ao tráfego a imprimação deve ser protegida
pelo espalhamento de areia fina ou pó de pedra.

A fim de evitar a superposição ou excesso, nos pontos inicial e final das aplicações, colocam-
se faixas de papel transversalmente na pista, de modo que o início e o término da aplicação
do ligante asfáltico situem-se sobre essas faixas, as quais serão, a seguir, retiradas. Qualquer
falha na aplicação do ligante asfáltico deve ser imediatamente corrigida.
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A aplicação do material asfáltico não deverá ser executada, quando as condições atmosféricas
reinantes forem desfavoráveis, com temperatura ambiente abaixo de 10ºC ou em dias
chuvosos.

6.2. Regulagem da Barra de Distribuição

A barra de distribuição deverá ter dispositivo para regular a sua altura em relação ao plano da
superfície da camada subjacente.

da
Antes de iniciar a distribuição do material asfáltico, deverão ser medidas, e comparadas entre
si, as vazões dos bicos da barra de distribuição.

la
Devem ser aferidas as vazões da barra de distribuição. Pede-se fazer essa aferição através

ro
do emprego de caixas metálicas de base retangular e cerca de 15 cm de altura. O
comprimento das caixas será igual à distância entre os bicos. A largura será de cerca de 30
nt
cm.
co

Serão utilizadas tantas caixas quantas forem os bicos. A barra será fixada na altura provável
de operação normal. As caixas serão apoiadas no solo e encostadas umas às outras, de modo
que os seus centros coincidam com as verticais que passam pelos bicos.
o

O material asfáltico será aspergido sobre as caixas até que, na caixa mais cheia, atinja a altura

de cerca de 10 cm. Medem-se as alturas ou peso do material asfáltico em todas as caixas.


Calcula-se a média aritmética das alturas ou dos pesos. Substituem-se os bicos responsáveis
a

pelo enchimento das caixas nas quais forem medidas alturas ou pesos que difiram de mais de
pi

10%, para mais ou para menos, da altura ou peso médio calculado.


Repete-se o teste com os novos bicos e procede-se da forma descrita, até que se obtenha um
conjunto de bicos que satisfaça a condição de uniformidade de aspersão acima estabelecida.
A critério do Empreiteiro, as caixas poderão ser subdivididas em compartimentos iguais e
estanques, de modo a facilitar a identificação dos bicos responsáveis pelas desuniformidades
de distribuição.

Há fábricas de espargidores que apresentam o atestado de aferição da barra e da vazão dos


bicos.

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6.3. Proteção dos Serviços

Durante todo o tempo necessário às operações construtivas, a cura do material asfáltico e até
o recobrimento da imprimadura com outra camada de pavimento, os serviços executados ou
em execução deverão ser protegidos contra a ação destrutiva das águas pluviais, do tráfego
e de outros agentes que possam danificá-los.

Admite-se para melhor proteção da imprimação a execução prematura da pintura de ligação


sobre ela. Nesse caso a taxa da pintura de ligação deverá ser multiplicada por 1,3, ou seja, a

da
taxa aplicada será acrescida de 30%. O tráfego será aberto após a aplicação de areia ou pó
de pedra sobre a pintura de ligação. Sobre esta camada deverá após varredura ser aplicada

la
a camada asfáltica de projeto.

7. MANEJO AMBIENTAL
ro
nt
A preservação do meio ambiente nos serviços de execução da imprimação envolve o estoque
e aplicação de ligante asfáltico. Devem-se adotar os cuidados seguintes:
co

a) Evitar a instalação de depósitos de ligante asfáltico próximo a cursos d’água;


b) Impedir o refugo de materiais já utilizados na faixa de domínio e áreas lindeiras adjacentes,
o

ou qualquer outro lugar causador de prejuízo ambiental;


c) Na desmobilização desta atividade, remover os depósitos de ligante e efetuar a limpeza do


canteiro de obras, recompondo a área afetada pelas atividades da construção.
a
pi

8. CONTROLE DE QUALIDADE

O controle de qualidade será de responsabilidade do executante, estando sujeito à auditoria


por parte da EcoRodovias Concessões e Serviços.

8.1. Controle do Material

O ligante asfáltico deverá ser examinado em laboratório, obedecendo às metodologias


indicadas nesta especificação.

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Para todo o carregamento que chegar a obra, deverão ser executados:

 1 ensaio de Viscosidade “Saybolt-Furol” (método DNER-ME 004/94) ou (ABNT NBR 14950)


a 25 ºC;
 1 ensaio do ponto de fulgor (método DNER-ME 148/94) ou (ABNT NBR 11431).

De 5 em 5 carregamentos que chegarem à obra (mínimo 1 ensaio por mês), deverão ser
executados:

da
 1 ensaio de viscosidade “Saybolt-Furol” (método DNER-ME 004/94) ou (ABNT NBR 14950)
a diferentes temperaturas para o estabelecimento da relação viscosidade x temperatura;

la
 1 ensaio de destilação para os asfaltos diluídos (método DNER-ME 012/94), para verificação

ro
da quantidade de solvente.
nt
8.2. Controle da Execução
co

8.2.1. Temperatura

A temperatura do ligante asfáltico deve ser medida no caminhão distribuidor imediatamente


o

antes da aplicação, a fim de verificar se satisfaz o intervalo de temperatura definido pela


relação viscosidade x temperatura.


a

8.2.2. Taxa de Aplicação (T)


pi

A taxa do ligante asfáltico aplicado será determinada pelo quociente entre o volume aplicado

calculado pela régua. Como alternativa pode-se determinar a diferença do peso do caminhão.

Deverão ser feitas verificações sistemáticas se não há entupimento nos bicos da barra
espargidora antes e após cada aplicação para calcular a taxa, em peso, aplicada. A utilização
de uma bandeja de 30 cm X 30 cm poderá ser empregada como última opção.

9. MEDIÇÃO E PAGAMENTO

O serviço será medido pela área (metros quadrados), executada conforme seção transversal
do projeto.

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O pagamento será feito pelo preço unitário contratual, e este pagamento consistirá
remuneração única do serviço, incluindo o fornecimento e o transporte da refinaria à obra, a
estocagem, o transporte ao local de aplicação do material e a execução dos ensaios
especificados, toda a mão-de-obra e encargos sociais incidentes, os equipamentos, as
ferramentas, as despesas indiretas, as despesas fiscais e eventuais necessários à sua
execução.

A taxa de aplicação e o tipo do ligante asfáltico serão os de projeto.

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la
ro
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a
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