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LICENCIATURA EM QUÍMICA

PREPARAÇÃO E PROPRIEDADES DOS HALOGÊNIOS

Turma B – K3

Ana Beatriz Marchi de Aguiar - 1760653


Gabriel Brito Silva - 1762974
Guilherme Akira Hossotani Akiho - 1763628

QI1K3 - LABORATÓRIO

SÃO PAULO
23 DE MAIO DE 2018

Resultados e discussão
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I – Preparação do gás cloro e da água de cloro (demonstrativo).

Ao gotejar o ácido clorídrico (HCl) sobre o permanganato de potássio


(KMnO4), houve uma reação de oxirredução, formando como produtos cloreto
de potássio (KCl), cloreto de manganês (MnCl 2), água (H2O) e gás cloro (Cl2),
como mostrado abaixo:

(Dos próprios autores, 2018)

Figura 1: Reação de oxido-redução do permanganato de sódio e ácido clorídrico.

A partir do gás cloro formado, foi possível observar sua coloração


translúcida amarela esverdeada, sendo um gás neurotóxico sufocantes usado
como arma química durante a Primeira e a Segunda Guerra Mundial,
justificando o processo ser feito na capela. (MONTOYA, s.d.)

O gás em contato com a água, reagiu formando água de cloro. Durante


esta reação, observou-se que o gás não tendeu a subir, mas manteve-se acima
da água que estava reagindo com o gás. Isso ocorre, pois, o gás cloro é mais
denso que o ar atmosférico. Visto que a densidade do ar é 1,29x10 -3 g/cm3 e do
gás cloro é 2,92x10-3 g/cm3.

A reação da água de cloro é dada por:

Cl2 (g) + H2O (l) → HClO (aq) + HCl (aq) (equação 1)

lI – Reatividade do cloro.

a) Brometo de sódio:
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Ao inserir clorofórmio (CHCl3) em brometo de sódio, foi possível observar


uma solução bifásica em transparente, indicando que o brometo de sódio não é
miscível com o clorofórmio. Isso ocorre pois o clorofórmio é uma molécula
orgânica pertencente ao grupo dos organoclorados e possui uma polaridade
relativamente baixa e comumente referida como uma molécula apolar devido à
baixa diferença de eletronegatividade entre os elementos carbono, hidrogênio e
cloro, formando assim um baixo momento dipolar. Já o Brometo de sódio
possui uma polaridade alta, não se misturando com o clorofórmio (PAULA,s.d.).

Adicionadas gotas de solução de cloro, ou água de cloro, o tubo continuou


bifásico, entretanto houve diferenciação entre as cores. A fase superior ficou
com a coloração levemente amarelada, enquanto a inferior ficou branca. A
reação química é dada por:

HClO (aq) + 2 KBr (aq) + 2 HCl (aq) → 2 KCl (aq) + Br2 (g) + H2OHCl (aq) (equação 2)

b) Iodeto de sódio:

Inserindo clorofórmio (CHCl3) em iodeto de sódio, foi possível observar uma


solução bifásica em transparente, indicando que o brometo de sódio não é
miscível com o clorofórmio. Isso ocorre, pois, o clorofórmio é uma molécula
orgânica pertencente ao grupo dos organoclorados e possui uma polaridade
relativamente baixa e o Iodeto de sódio possui uma polaridade alta, não se
misturando com o clorofórmio (PAULA, s.d.).

Adicionando gotas de solução de cloro, ou água de cloro, o tubo continuou


bifásico, entretanto não mais incolor. A fase superior ficou com a coloração
amarelada alaranjado, enquanto a inferior ficou levemente rósea. Essa
diferenciação visual foi mais fácil do que a do item a) com brometo de sódio.

A reação química é dada por:

HClO (aq) + 2 KI (aq) + 2 HCl (aq) → 2 KCl (aq) + I2 (g) + H2OHCl (aq) (equação 3)

Tanto no item a) quanto o b) , foi possível observar que as fases com menor
alteração de cores foram as partes inferiores, podendo assimilar esse
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comportamento a presença de clorofórmio na fase inferior e não na superior.


Desta forma, pela alta diferença de polaridade entre a água de cloro e o
clorofórmio, a reação foi bem menor do que a reação entre a água de cloro e
brometo sódio e o iodeto de sódio.

É importante ressaltar que houve reação entre a água de cloro e o


clorofórmio, pois, o clorofórmio também tem uma parte polar devido ao seu H
da fórmula (CHCl3), entretanto, a reação é pouca, sendo possível indicar que
não houve reação.

III – Propriedades do iodo.

a) solubilidade do iodo:

Colocou-se uma quantidade pequena de iodo sólido em dois tubos de


ensaio numerados I e II. Nos dois tubos adicionou-se um pouco de água
destilada. No tubo de ensaio II, adicionaram-se algumas gotas de solução de
iodeto de sódio. Ao adicionar a água destilada em ambos os tubos, observou-
se que a coloração mudou de transparente para uma coloração amarelada com
sólidos ao fundo. Assim, pode–se afirmar que o iodo se dissolve parcialmente
na água, o que pode ser justificado devido ao fato de ambos os compostos
(Iodo e água destilada) apresentarem diferentes polaridades, sendo o iodo uma
substância apolar e a água um composto polar, no entanto, houve uma parcial
solubilidade do Iodo, devido à formação de ligações dipolo-induzido, mas que
não são suficientemente fortes para dissolvê-lo por completo.

Ao se adicionar o iodeto de sódio no tubo II, observou-se a mudança de


coloração de amarela para castanha escura, sem sólidos ao fundo. Isso ocorre,
porque em soluções aquosas em que há o íon iodeto (I -), o Iodo molecular (I2)
se torna solúvel, devido a formação de íons triiodeto I 3-, formando uma solução
castanha escura. (SANTOS; AFONSO, 2012)

A reação ocorrida é:

I2(s) + NaI(aq) → NaI3(aq) (equação 4)


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b) desproporcionamento de iodo em meio alcalino:

Num tubo de ensaio, adicionou-se 3mL de solução de iodo iodetado


(lugol). Depois, adicionou-se 1mL de clorofórmio e em seguida, adicionou-se
solução de hidróxido de sódio (NaOH) até o meio ficar básico e depois solução
de ácido clorídrico (HCl) até o meio ficar básico. Ao adicionar clorofórmio no
tubo contendo solução de Iodo Iodetado, observou-se que a solução se tornou
bifásica. Ao adicionar solução de NaOH, a solução ficou amarela clara, sendo
justificada tal mudança pelo desproporcionamento do Iodo em meio básico,
ocorrendo a reação:

I2(S) → I-(aq) + OI-(aq) (equação 5)

Ao se adicionar solução de HCl, a coloração se tornou mais forte. Tal


ocorrência pode ser justificada, pelo fato de que em meio ácido, ocorre uma
reação de comproporcionamento, resultando na formação do Iodo. A reação
ocorrida é:

I-(aq) + HOI(aq) → I2(S) (equação 6)

c) Reação do iodo com zinco:

Misturou-se o zinco em pó com o iodo em pó, numa cápsula de


porcelana seca. Na capela de gases, ao se adicionar água aos poucos,
observou-se que houve liberação de gás de coloração violeta. Isso ocorreu,
porque a reação é exotérmica e o Iodo estava em excesso, por isso a
coloração violeta do gás. Após a ocorrência da reação, observou-se uma
solução de Iodo e Zinco.

A reação ocorrida foi:

Zn(s) + I2(s) → Zn2+(aq) + 2I-(aq) (equação 7)


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Questionário

1. Quais as principais aplicações do Cl2?

O gás cloro têm diversas utilizações, a mais famosa delas e presente no


cotidiano seria no tratamento da água potável, quando dissolvido ele age
matando as bactérias presentes; presente também no processo de
branqueamento na fabricação de tecidos e papel; e esteve presente em
intensidade na Primeira Guerra Mundial como arma química que provocava
asfixia.

2. Escreva as equações do Cl2 com:

a) NH3:

2 Cl2 + 4 NH3 → N2H4 + 2 NH4Cl

b) CO:

CO + Cl2 → COCl2

c) H2O:

Cl2 + H2O → HCl + HClO3

d) Br1-:

2 Br- + Cl2 → Br2 + 2 Cl-

3. Como pode ser obtido o I2O5?

O I2O5 pode ser produzido por meio da desidratação de HIO 3 a 200ºC,


segundo a equação:

2HIO3 → I2O5 + H2O


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4. Como são classificados os fluoretos?

Fluoreto é o íon F- que possui uma predisposição a realizar uma única


ligação química, logo, os compostos cujos que estão ligados com tal íon são
chamados de fluoretados. Os fluoretos são originados da substituição do
hidrogênio por um radical monovalente a partir do HF (ácido fluorídrico).

5. O iodo e quase insolúvel em água, mas se dissolve rapidamente em uma


solução de KI. Explique tal comportamento.

Quando o iodo é adicionado a uma solução de KI, é formado o KI 3,


segundo a seguinte equação:

I2 + KI → KI3.

Assim, não sendo dissolvido, porém reagido, formando um novo


composto que seria o KI3.

6. Explique e represente a estrutura do I31-.

I3- (∑e - = 22 elétrons)

Primeiramente, deve-se completar todos elétrons dos elementos para


seguir a regra do octeto, conforme a figura abaixo:

(Dos próprios autores, 2018)

Figura 2: colocando elétrons na estrutura I3-.

Após isso, deve-se contar os elétrons a fim de saber se a quantidade de


elétrons está correta. É importante ressaltar que os elétrons compartilhados
pelos átomos também são contados.
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Como na soma tem 22 elétrons e ao completar a regra do octeto obtêm-


se apenas 20 elétrons, é necessário adicionar mais um par de elétrons ao
átomo central, conforme a imagem abaixo:

(Dos próprios autores, 2018)

Figura 3: Estrutura de Lewis do I3-

Essa adição de um par de elétrons ao átomo central só é possível


devido à propriedade do Iodo de se expandir, visto que este encontra-se após o
segundo período na tabela periódica, permitindo a expansão dele.

Referências Bibliográficas

_______. A Química do Iodo. 2017. Disponível em:


<http://www.ufjf.br/quimica/files/2015/10/LABORAT%C3%93RIO-DE-QU
%C3%8DMICA-DOS-ELEMENTOS-QUI081-2017-GRUPO-17-PARTE-1.pdf>.
Acesso em: 11 de Junho de 2018.

MONTOYA, Randy. Armas Químicas. s.d. Disponível em


<http://www.educacional.com.br/reportagens/armas/quimicas.asp>. Acesso em:
11 de junho de 2018.

PAULA, C.S. Polaridade das Moléculas. s.d. Disponível em:<


http://educacao.globo.com/quimica/assunto/ligacoes-quimicas/polaridade-das-
moleculas.html >. Acesso em: 11 de junho de 2018.

SANTOS, V.M; AFONSO, J.C . Recuperação de compostos de iodo de


reagentes e soluções laboratoriais. 2012. Departamento de Química
Analítica, Instituto de Química, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Disponível em:
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<http://submission.quimicanova.sbq.org.br/qn/qnol/2012/vol35n2/28-
NT11217.pdf>. Acesso em: 11 de Junho de 2018.

Fluxogramas
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Fluxograma 1: Preparação do gás cloro e da água de cloro (demonstrativo).


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Fluxograma 2: Reatividade do cloro.


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Fluxograma 3: Reatividade do Bromo.

Fluxograma 4: Solubilidade do Iodo


12

Fluxograma 5: desproporcionamento de iodo em meio alcalino


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Fluxograma 6: Reação do iodo com zinco

Diagramas
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Figura 1: Diamantes de Hommel das substâncias utilizadas nos procedimentos.

Tabela 1: Legenda para Diamantes de Hommel.

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