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UNIDADE I
INTRODUÇÃO AOS PAVIMENTOS E PATOLOGIAS
Elaboração
Giovanna Monique Alelvan
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................................. 4
UNIDADE I
INTRODUÇÃO AOS PAVIMENTOS E PATOLOGIAS..................................................................................................................... 5
CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS DOS PAVIMENTOS.................................................................................................................................. 5
CAPÍTULO 2
DEFEITOS DE SUPERFÍCIE........................................................................................................................................................ 14
REFERÊNCIAS................................................................................................................................................24
INTRODUÇÃO
O solo em sua forma natural não é capaz de resistir aos movimentos repetitivos de cargas
de roda sem que haja deformações excessivas. Sendo assim, é necessária a construção
de uma estrutura sobre o subleito que seja capaz de dissipar essas cargas, chamada de
pavimento.
O pavimento é uma estrutura que tem como função receber as solicitações e dissipá-las
pelas suas próprias camadas e ao subleito. A análise da distribuição tensão-deformação
permite aos projetistas dimensionar a espessura e definir os requisitos mínimos dos
materiais de cada uma das camadas.
Demandas
Estruturais
Projeto de
Pavimentos
Demandas
Economia
Funcionais
Objetivos
» Apresentar conceitos relativos a pavimentos e patologias.
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INTRODUÇÃO AOS
PAVIMENTOS E UNIDADE I
PATOLOGIAS
Capítulo 1
ASPECTOS GERAIS DOS PAVIMENTOS
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UNIDADE I | Introdução aos Pavimentos e Patologias
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Introdução aos Pavimentos e Patologias | UNIDADE I
1.2. Serventia
Avaliação funcional de um pavimento é aquela do ponto de vista da análise da superfície
do pavimento e sua influência no conforto ao rolamento. O método da severidade foi
o primeiro a ser desenvolvido para avaliação funcional, e foi desenvolvido nas pistas
experimentais da então AASHO (American Association of State Highway Officials),
hoje AASHTO (American Association of State Highway and Transportation Officials).
Um VSA com valor 5 quer dizer que é um pavimento em perfeito estado, encontrado
apenas naqueles recém-construídos que não possuem nenhuma irregularidade. Contudo,
até em pavimentos novos nem sempre se encontra um VSA de 5, isto vai depender muito
da técnica executiva e da tipologia do pavimento adotado.
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Valor de
serventia
atual 5
Curva de desempenho
2 ou
2,5 Limite de aceitabilidade
1
Limite de trafegabilidade
Tráfego ou
tempo
Cabe ressaltar que o valor da serventia pode ser recuperado em casos em que há a
intervenção no pavimento. Em geral, o período aconselhável para iniciar as obras de
reparo é quando o VSA atinge valores entre 2 e 3. Contudo, mais eficientes e econômicas
que a reparação são estratégicas que diminuem a deterioração do pavimento, e, dessa
forma, mantêm o nível de VSA elevado por mais tempo (BERNUCCI et al., 2008).
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Erosões e
grandes
deformações
50km/h
11,0
10,0
60km/h
8,0
IRI (m/km = 6,0
mm/m)
Imperfeições
superficiais 3,5
4,0 100 km/h
2,0 3,5
2,5
1,5
A irregularidade é obtida por meio de uma linha imaginária, geralmente sobre a trilha
de roda. Se houver a necessidade de levantar o perfil, podem ser feitas várias linhas para
tal. Existem diversos métodos para obter a irregularidade, tais como:
» medidas topográficas.
Os equipamentos podem ser divididos por classes, sendo que os principais serão abordados
a seguir.
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O método é feito por um operador, que caminha com o aparelho sobre as trilhas de roda.
O aparelho, que possui um inclinômetro, é, então, girado 180º no segundo ponto de
apoio, sendo que os apoios devem estar sobre a mesma linha imaginária, paralela ao eixo.
Figura 8. Dipstick.
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Intervalo Altura
longitudinal relativa à
(30,5 referência
Ponto que define a mm)
elevação de referência
e posição longitudinal
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Além do TUS, existem outros equipamentos que possuem o mesmo princípio, tal como
também francês Palas 2, que possui um conjunto de diodo laser e uma câmera filmadora,
que capta 175 pontos de uma seção transversal com 4m de largura.
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Massa de
Perfil medido veículo IRI
Suspensão e
amortecedores
Eixo
Pneu
Algoritmo computacional
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Capítulo 2
DEFEITOS DE SUPERFÍCIE
A identificação dos defeitos de superfície pode é feita a olho nu e torna-se muito importante
para o alinhamento de medidas que revertam e melhorem a situação do pavimento.
As terminologias para os defeitos de superfície são normatizadas pela norma DNIT
005/2033-TER-DNIT (2003).
Os defeitos em superfície que surgem no início de utilização da via geralmente são devidos
a erros ou inadequações, por outro lado, os de médio e longo prazo são em virtude da
própria utilização do tráfego e efeito de intempéries.
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Transversal Longitudinal
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» Trinca tipo couro de jacaré com erosão (JE): quando além das trincas tipo
couro de jacaré há também erosão em suas bordas, conforme ilustra a Figura
18. As trincas couro de jacaré com e sem erosão possuem as causas em comum,
sendo elas: solicitação repetitiva das cargas do tráfego, grandes gradientes
térmicos, envelhecimento do ligante, perda de flexibilidade, compactação
ineficiente do revestimento, inadequação na dosagem do teor de ligante asfáltico,
subdimensionamento, rigidez excessiva do revestimento, recalques diferenciais,
reflexão de trincas de outras camadas, entre outros.
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Além disso, as panelas podem surgir devido a falhas construtivas, falha na imprimação,
umidade excessiva nas camadas de solo, desagregação por dosagem inadequada, falha
na pintura de ligação em camadas de revestimento causando o destacamento.
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2.8. Segregação
A segregação caracteriza-se pela concentração de agregados em uma região do pavimento
e de mástique em outra. Isso ocorre em função da ausência de ligante em um local e
excesso em outros. Além disso, a segregação pode ocorrer devido a problemas na usinagem,
problemas diferenciais de temperatura e de compactação. A segregação também pode
ser classificada como desgaste.
Todos esses defeitos podem ser agravados ou ocorrer precocemente em função de fatores
que levam a uma redução da vida útil do pavimento, sendo eles (BERNUCCI et al., 2008):
» Erros em projetos podem ter também caráter técnico, devido à definição errônea
dos materiais das camadas subjacentes ao revestimento, do cálculo de parâmetros
de caracterização do solo errados ou superestimados para a situação, entre outros.
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REFERÊNCIAS
AKTAS, B. et al. Comparative Analysis of Macrotexture Measurement Tests for Pavement Preservation
Treatments. Transportation Research Record Journal of the Transportation Research
Board. 2011.
APL (2017). Analyseur de profil em long. Disponível em: https://www.rhone.fr> Acesso em: setembro
de 2017.
ASTM E2380 / E2380M-15(2019), Standard Test Method for Measuring Pavement Texture
Drainage Using an Outflow Meter, ASTM International, West Conshohocken, PA.
BERNUCCI, L. B.; MOTTA, L. M. G.; CERATTI, J. A. P. & SOARES, J. B. (2008) Pavimentação Asfáltica:
formação básica para engenheiros. Petrobras: Abeda, Rio de Janeiro, RJ.
BOSCH (2017). Produtos. Disponível em: https://www.bosch-naradie.sk. Acesso em: setembro de 2017.
CALLAI, S. C. (2011). Estudo do ruído causado pelo tráfego de veículos em rodovias com
diferentes tipos de revestimentos de pavimentos. Dissertação de Mestrado, Universidade de
São Paulo, São Paulo, SP. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3138/tde-19072011-
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CIMENTO ITAMBÉ (2017). Campinas terá o maior BRT em pavimento de concreto. Disponível
em: http://www.cimentoitambe.com.br/campinas-maior-brt-pavimento-concreto/. Acesso em: setembro
de 2017.
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Referências
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foundationspecialistsgroup.com.au/assets/files/2016/09/LFWD.png. Acesso em: outubro de 2017.
LOBATO, R. (2017). Avaliação dos pavimentos flexíveis: condições estruturais. Notas de Aula –
Manutenção de Pavimentos. Universidade do Mato Grosso, Sinop. Disponível em: http://sinop.unemat.
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VECTRA FRANCE (2009). Mesure de l’uni transversal d’une chaussée par capteurs à ultrasons.
Disponível em: http://vectrafrance.com/fileadmin/Documents/TUS.pdf. Acesso em: setembro de 2017.
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