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PATOLOGIAS EM PROCESSOS

CONSTRUTIVOS

UNIDADE I
INTRODUÇÃO ÀS PATOLOGIAS DAS
CONSTRUÇÕES
Elaboração
Laoana Tuíra Gonçalves Mendes

Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...................................................................................................................................................4

UNIDADE I
INTRODUÇÃO ÀS PATOLOGIAS DAS CONSTRUÇÕES..............................................................................................................5

CAPÍTULO 1
QUALIDADE E CONFIABILIDADE.............................................................................................................................................. 5

CAPÍTULO 2
CONCEITOS IMPORTANTES NO ESTUDO DAS PATOLOGIAS......................................................................................... 9

CAPÍTULO 3
ORIGEM DAS PATOLOGIAS NAS CONSTRUÇÕES............................................................................................................ 13

REFERÊNCIAS.................................................................................................................................................17
INTRODUÇÃO

Nesta disciplina, vamos estudar as patologias em processos construtivos.

Na primeira Unidade, o aluno irá se ambientar com algumas definições importantes


para o estudo das patologias nos sistemas construtivos, bem como as principais
origens das manifestações patológicas. O Capítulo 1 trata dos conceitos de qualidade
e confiabilidade; o Capítulo 2 abrange algumas definições importantes para o
estudo das patologias; e o Capítulo 3 traz as principais origens de problemas
patológicos.

A segunda Unidade trata de alguns dos tipos de patologias. O Capítulo 1 mostra


as patologias das estruturas; o Capítulo 2 abrange as patologias das alvenarias;
e o Capítulo 3 trata das patologias dos revestimentos.

A terceira Unidade abordará alguns tipos de patologias nas construções. No


Capítulo 1 será possível se ambientar com as patologias das pinturas; o Capítulo
2 trata das patologias das instalações; e o Capítulo 3 mostra as patologias de
forros, esquadrias e coberturas.

Na quarta Unidade, o assunto é sobre a metodologia de abordagem nas patologias


das construções. Essa unidade conta com três capítulos. O Capítulo 1 aborda a
etapa de levantamento de subsídios; o Capítulo 2 trata da etapa de diagnóstico
da situação; por fim, o Capítulo 3 aborda as etapas de definição da conduta e
retroalimentação, e ainda apresentará exemplos práticos.

Objetivos
» Descrever os principais problemas patológicos.

» Definir os erros comumente cometidos durante as fases de concepção.

» Entender os tipos de patologias.

» Aprender a formular diagnósticos.

» Compreender as alternativas de intervenção nas manifestações patológicas.


INTRODUÇÃO ÀS
PATOLOGIAS DAS UNIDADE I
CONSTRUÇÕES

Nesta Unidade, vamos estudar algumas definições importantes para o estudo


das patologias nos sistemas construtivos, bem como as principais origens das
manifestações patológicas. O Capítulo 1 trata dos conceitos de qualidade e
confiabilidade; o Capítulo 2 abrange algumas definições importantes para o
estudo das patologias; e o Capítulo 3 traz as principais origens de problemas
patológicos.

CAPÍTULO 1
QUALIDADE E CONFIABILIDADE

1. Qualidade
O conceito de qualidade está presente há muitos anos e foi evoluindo ao longo
do tempo, expandindo seus campos de aplicação.

No princípio, a qualidade era tida somente como um procedimento de inspeção de


produtos. Depois de um tempo, iniciou-se certo controle estatístico da qualidade,
fazendo uso de instrumentos e técnicas estatísticas. Em seguida, a preocupação
da qualidade focou mais na sua própria garantia.

Diversos autores tentaram evoluir o conceito da qualidade, alguns deles, em


ordem cronológica, são:

» Crosby (1979): qualidade está ligada à conformidade dos produtos às suas


especificações.

» Juran e Gryna Jr. (1980): qualidade é uma forma de medir a adequação ao


uso, sendo que um produto de qualidade só é possível com um bom projeto.

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UNIDADE I | Introdução às Patologias das Construções

» Ishikawa (1985): qualidade está ligada a desenvolvimento, projeto, produção


e comercialização de um produto com mais economia, utilidade e que gera
satisfação do consumidor.

» Deming (1990): qualidade se refere a tudo aquilo que gera melhorias num
produto ou serviço sob a ótica do cliente.

O conceito de qualidade se expandiu na década de 1990, em que a discussão


sobre o conceito de qualidade se tornou um direcionamento para as empresas
em relação às suas perspectivas para o futuro, aspectos de sustentabilidade e
questões de competitividade de mercado (BONATO, 2011).

Nos dias de hoje, a qualidade não é mais tida como um diferencial competitivo, e
sim um aspecto determinante na conduta da empresa, tendo em vista a exigência
de produtos e serviços cada vez mais eficientes pelos consumidores.

Dessa forma, as empresas passaram a direcionar tanto os recursos organizacionais


quanto o relacionamento do pessoal envolvido na empresa para garantir um
“resultado” ao final do processo, e não somente um “objetivo”.

De acordo com a ABNT (NBR ISO 9000, 2015):

Uma organização focada em qualidade promove uma cultura que


resulta em comportamentos, atitudes, atividades e processos que
agregam valor através da satisfação das necessidades e expectativas
dos clientes e de outras partes interessadas pertinentes. A qualidade
dos produtos e serviços de uma organização é determinada pela
capacidade de satisfazer os clientes e pelo impacto pretendido e
não pretendido nas partes interessadas pertinentes.

Thomaz (2020) esclarece que o conceito de qualidade na construção civil está


relacionado à informação e ciência do consumidor no que diz respeito às exigências
necessárias de certo produto que, geralmente, deve estar condizente com o seu
poder de compra. Do mesmo modo, essas exigências devem ser atendidas pelo
responsável pela obra com o menor gasto de recursos possível.

Segundo Nóbrega (2011), a avaliação da qualidade pode ser feita por meio de cinco
fatores que são priorizados pelos clientes. A Figura 1 mostra percentualmente
cada um desses aspectos.

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Introdução às Patologias das Construções | UNIDADE I

Figura 1. Fatores priorizados na avaliação da qualidade.

16%

32%

11%

19%

22%

Confiabilidade Segurança Presteza Aspectos Físicos Empatia

Fonte: Adaptado de Nóbrega (2011).

Fica claro que o fator mais importante para garantia da qualidade do produto
ou serviço é a confiabilidade.

2. Confiabilidade
Para Gnedenko e Ushakov (1995), a confiabilidade é uma conquista do século
20. Nasceu em decorrência do fato de que diversos equipamentos e sistemas
técnicos passaram a desempenhar importantes funções industriais, tendo utilidade
também na garantia da segurança das pessoas e seus bens.

A confiabilidade está ligada ao sucesso de uma operação de um produto ou


sistema, sem que haja quebras ou falhas, isto é, confiabilidade é a probabilidade
de um produto cumprir de maneira satisfatória o seu papel, em condições de
uso pré-estabelecidas, num determinado período.

Contudo, para Fogliatto e Ribeiro (2009), a confiabilidade não está ligada


somente à probabilidade de um produto não falhar, e, sim, à análise de todos
os aspectos que podem influenciar na ocorrência de uma certa falha.

Mesmo que nos primórdios a confiabilidade fosse empregada para satisfazer as


necessidades probabilísticas, ela também pode ser avaliada qualitativamente,
por meio do uso de ferramentas de qualidade.

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UNIDADE I | Introdução às Patologias das Construções

Para Helman e Andery (1995), o grau de confiabilidade deve abranger todas as


fases do processo produtivo. Se começar esse procedimento no início da etapa
de desenvolvimento, as chances de conseguir a confiabilidade e a satisfação dos
clientes será ainda maior. Isso ocorre porque quanto maior a complexidade do
sistema, mais complexo será atingir a confiabilidade nas fases finais.

Conforme Livotov (2008), um produto novo só atinge um padrão de confiabilidade


admissível após diversas falhas.

Dessa forma, para reduzir de maneira efetiva os casos de falhas, os autores de


projetos e design precisam conhecer amplamente os possíveis modos de falha. Ao
tomar conhecimento desses modos de falha e que sejam devidamente ponderados
em cada etapa do ciclo de vida do produto, é possível minimizar as falhas ou,
caso seja necessário, proteger o produto aplicando alternativas de engenharia
cuidadosas (REGAZZONI; RUSSO, 2010).

Martins e Laugeni (2005) afirmam que, em geral, há uma confusão entre


esses conceitos de qualidade e confiabilidade. A diferença fundamental é que
a confiabilidade engloba o tempo transcorrido, enquanto a qualidade está
relacionada à situação estática do produto ou serviço.

Dessa maneira, ao se aplicar intervenções para melhorar a qualidade reduzindo


ou recompensando as falhas constatadas pelo consumidor, será possível ter
maior confiabilidade no decorrer do uso.

Se o cliente perder a confiabilidade, é possível que se perca também a chance de


angariar novos mercados, uma vez que sempre será relembrado o fato daquele
produto ou serviço não confiável (FLOGUIATO; RIBEIRO, 2009).

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CAPÍTULO 2
CONCEITOS IMPORTANTES NO ESTUDO DAS PATOLOGIAS

1. Patologia das construções


A prática da construção está presente na civilização humana desde seus primórdios
e vem se aprimorando desde então. A demanda por edificações vem aumentando
em ritmo acelerado e junto a isso se desenvolveram também novas técnicas,
gerando grande salto científico e tecnológico.

Por outro lado, aumentaram-se, também, os problemas relacionados à construção.


Esses problemas derivam da combinação de inúmeros fatores, como: falta
de projetos ou projeto mal feitos, economia de materiais, desvalorização de
profissionais, materiais com má qualidade, a falta de mão de obra qualificada
no setor da construção civil, entre outros.

Segundo Cremonini (1998), patologias das construções é a área da engenharia


civil responsável por analisar o desempenho insatisfatório dos elementos de
uma edificação ao longo de sua vida útil. A verificação do desempenho é feita a
partir de limites estabelecidos pelas normas técnicas.

Nesse sentido, o ramo de patologias faz análises dos tipos de manifestações,


suas causas e suas origens.

2. Desempenho
O desempenho de uma construção é definido como o atendimento a certas
exigências, estabelecidas por normas, ao longo de sua vida útil. Esse desempenho
pode estar relacionado a habitabilidade, manutenibilidade, estética, uso, entre
outros.

Vale lembrar que, caso uma edificação apresente desempenho insatisfatório para
determinado aspecto, não significa que essa edificação esteja necessariamente
condenada. É necessário avaliar a situação patológica e atribuir uma intervenção
técnica que reabilite a edificação, garantido que esta atinja sua vida útil.

3. Vida útil
A vida útil de uma construção é definida como a manutenção da segurança,
funcionalidade e aparência aceitável, sob as condições ambientais esperadas,

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UNIDADE I | Introdução às Patologias das Construções

durante certo período sem a necessidade de custos elevados de manutenção e


reparo. Em suma, vida útil é o período em que as características mínimas de
funcionalidade, resistência e aspectos externos exigíveis são conservadas.

4. Manutenção
A manutenção é o conjunto de ações necessárias para garantir que a edificação
atenda a níveis satisfatórios, ou seja, são rotinas de inspeção e reparos com o
objetivo de prolongar a vida útil do projeto, com um valor plausível.

É importante ressaltar que a manutenção não é apenas a ação realizada depois do


surgimento das patologias, e sim o processo que não permite que estas surjam.
Assim, pode-se dizer que a manutenção de uma edificação é tão importante
quanto sua execução.

Pode-se classificar as manutenções em três tipos principais: corretiva, preventiva


e preditiva. Na Figura 2, são apresentados esses três tipos de manutenções e as
variações dentro de cada subdivisão.

Figura 2. Tipos de manutenção.

MANUTENÇÃO

Preventiva Corretiva Preditiva


(Sempre planejada) (Não planejada) (Antecipação)

Programada Acompanhamento
Sistemática

Não Programada Monitoramento


Por Oportunidade
Medição de
Parâmetros
Reconstruções
Inspeções

Grandes Reparos

Lubrificação

Fonte: Adaptado de Abraman (2005).

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Introdução às Patologias das Construções | UNIDADE I

4.1. Manutenção Corretiva

É o tipo de manutenção mais elementar dentro de um plano de manutenções,


e versa na execução de reparos ou substituições dos elementos que sofreram
degradações ou que tiveram uma manutenção ineficiente, propiciando a ocorrência
de falhas. Isto é, são intervenções de reparação de um objeto que não é capaz de
desempenhar sua função satisfatoriamente, acarretando prejuízos aos usuários.

A manutenção corretiva pode ainda ser subdividida em dois grupos:

» Manutenção corretiva programada: manutenção planejada. Acontece,


geralmente, por uma determinação da gerência de deixar que a operação
vá até a falha ou como resultado de uma avaliação preditiva.

» Manutenção corretiva não programada: quando a falha ou o desempenho


inadequado é corrigido sempre depois do acontecimento do fato, sem
qualquer acompanhamento ou planejamento prévio, ou seja, na aleatoriedade.

É sempre preferível ter um planejamento, pois uma manutenção não planejada


envolve custos elevados e baixa confiabilidade de produção, uma vez que tende
a gerar ócios e causar danos consideráveis aos equipamentos, podendo ser até
mesmo irreversíveis.

Cabe ressaltar que a ausência de planejamento, durante a elaboração do projeto, e


a posterior falta de manutenção periódica possibilitam que haja uma deterioração
progressiva dos elementos, ocasionando o surgimento de patologias e aumentando
o estado de degradação.

4.2. Manutenção Preventiva

Consiste em ações planejadas com certa antecedência, com rotina pré-determinada,


de acordo com estimativas de durabilidade de cada elemento ou componente
da edificação em questão. É preciso analisar também cada elemento de acordo
com a gravidade e urgência por meio da elaboração de relatórios periódicos,
avaliando o estado de deterioração, corrigindo as falhas a partir dos primeiros
sinais de aparecimento de patologias.

A abordagem preventiva possibilita programar as operações de manutenção e


seus custos, diminuindo o inconveniente da realização dos trabalhos que não
estavam previstos. Dessa forma, os usuários ficam mais satisfeitos, uma vez
que a atuação, em geral, ocorre antes dos problemas acontecerem, levando à
otimização dos recursos e gastos. Contudo, exige uma avaliação prévia, definindo

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UNIDADE I | Introdução às Patologias das Construções

quais são os parâmetros base e controlando rigorosamente a programação pré-


estabelecida, fazendo atualizações constantemente.

Esse tipo de manutenção tem o intuito de ampliar a capacidade de dominar a


intervenção, diminuindo a quantidade de anomalias inesperadas e com correção
mais fácil, pois a interferência no imóvel em funcionamento é menor.

4.3. Manutenção Preditiva

É muito semelhante à manutenção preventiva uma vez que permite inspeções


estabelecidas no plano de manutenção, analisando previamente o estado de
desempenho do imóvel e, da mesma maneira, implica na preparação de estudos
da manutenção, já na etapa de projeto, fazendo um rigoroso controle do plano
de manutenção, atualizando-o constantemente.

É o tipo de manutenção que propicia uma qualidade almejada do serviço de


modo sistemático nas análises das anomalias, fazendo uma centralização da
supervisão para que as realizações de manutenções preventivas aconteçam e,
por conseguinte, uma redução da manutenção corretiva.

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CAPÍTULO 3
ORIGEM DAS PATOLOGIAS NAS CONSTRUÇÕES

De acordo com Helene (2003), para entender as patologias que incidem em


uma edificação é preciso investigar a origem do problema em questão, ou seja,
definir a causa e o efeito que gerou a manifestação patológica.

As manifestações patológicas geralmente se originam em algum erro ou falha


cometida em uma ou mais etapas do projeto: concepção (planejamento, projeto
e fabricação das matérias primas), execução (métodos construtivos e qualidade
dos materiais) e uso. Dessas fases de projeto, as que mais originam patologias
são as fases de controle de matérias-primas, execução e utilização.

Na pesquisa apresentada na Tabela 1, exemplificamos as principais causas das


manifestações patológicas.

Tabela 1. Causas dos principais problemas patológicos.

Causa Percentual (%)

Causas diversas 1,6%

Disposições defeituosas 2,5%

Erros de concepção 3,5%

Fenômenos químicos 4,0%

Erros nas hipóteses de cálculo e uso dos materiais 8,5%

Falhas de execução 16,5%

Deformações excessivas e sobrecargas 19,7%

Falhas resultantes de variações dimensionais 43,7%


Fonte: Do Carmo (2003).

Segundo Gnipper e Mikaldo Jr. (2007), quando as causas se limitam a fatores


inerentes à própria edificação, têm-se que os erros de projetos são responsáveis
por 36% a 49% das patologias; execução, 19% a 30%; falhas dos componentes,
11% a 25%; e falhas de utilização, 9% a 11% (Figura 3).

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UNIDADE I | Introdução às Patologias das Construções

Figura 3. Causas de patologias inerentes à edificação.

Projeto Execução Componentes Utilização

Fonte: elaborada pela autora.

1. Concepção (planejamento, projeto e materiais)


A fase de concepção de uma edificação é composta por duas subetapas: o
planejamento e o projeto. Durante o planejamento, define-se o tipo/função do
edifício de acordo com as necessidades do usuário. No projeto, escolhem-se os
materiais e métodos a serem utilizados para que a função e o desempenho do
edifício sejam garantidos.

A etapa de concepção é extremamente importante, pois é a partir dela que a


edificação é definida e onde uma concepção equivocada pode gerar inúmeros
problemas patológicos. Assim, deve-se atentar para as características esperadas
dos materiais a serem utilizados, as possíveis exposições externas, o desempenho
previsto e a viabilidade da edificação.

As principais causas de falhas que originam na concepção são:

» Modelo de cálculo inadequado.

» Erros de dimensionamento.

» Erros de análise das capacidades da estrutura ou do solo.

» Especificação dos materiais e serviços inexistentes ou incorretos.

» Detalhes construtivos inexistentes ou insuficientes.

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Introdução às Patologias das Construções | UNIDADE I

» Falta de compatibilização entre os projetos (arquitetura, estrutura,


instalações etc.).

» Falta de análise do meio em que a edificação está inserida (classe de


agressividade).

2. Execução (Construção)
Durante a execução/construção da edificação, a origem das manifestações
patológicas está ligada, principalmente, a:

» baixa qualidade da mão de obra;

» profissionais não qualificados;

» ausência de treinamento dos profissionais;

» falta de controle de qualidade e fiscalização;

» uso de materiais de baixa qualidade;

» falta de condições locais de trabalho;

» layout ocupacional do canteiro de obras inadequado;

» erros de interpretação de projetos;

» não atendimento às especificações de projeto.

3. Utilização (manutenção)
Os problemas patológicos que ocorrem durante a utilização estão relacionados,
principalmente, à má utilização ou à falta de manutenção do edifício. Muitas
vezes, esses problemas se devem à ausência de manuais de uso de manutenção
da edificação, que deveriam ter sido elaborados pela construtora.

As principais causas de problemas patológicos com origem devido à utilização


são:

» sobrecargas não previstas;

» alterações estruturais indevidas (reformas);

» uso de agentes químicos agressivos;

» inexistência ou insuficiência de programa de manutenções;

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» ausência de vistorias periódicas com o intuito de detectar sintomas


patológicos;

» elementos danificados por impactos;

» erosões por abrasão;

» retração do cimento;

» deformações excessivas das armaduras.

O principal instrumento para evitar grande parte dos problemas patológicos


de utilização é a elaboração de um manual de uso, operação e manutenção de
qualidade. Esse manual deve ser bem explicativo e conter todos os requisitos
para garantir o bom desempenho da edificação, são eles:

» requisitos gerais;

» requisitos das estruturas;

» requisitos dos pisos;

» requisitos das vedações verticais internas e externas;

» requisitos da cobertura;

» requisitos das instalações.

Todos esses requisitos são elaborados de maneira a atender aos seguintes critérios:

» Segurança: desempenho mecânico e segurança contra incêndio.

» Habitabilidade: desempenho térmico, acústico e luminoso; estanqueidade;


saúde, higiene e qualidade do ar; funcionalidade e acessibilidade.

» Sustentabilidade: adequação ambiental; durabilidade e manutenibilidade.

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REFERÊNCIAS

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