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Qualidade e
Produtividade
Cleber de Moura Barros Amaral
Donizeti Leandro de Souza
2021
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Sumário
Módulo 1
Módulo 2
Módulo 3
Referências .......................................................................................................... 40
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Qualidade e
Produtividade
(1º Módulo)
Conceitos de Qualidade
palavra sozinha, ela deve ser acompanhada da pergunta: “Qualidade pra quem?”
Quando pensamos dessa forma, fica muito mais fácil imaginar o que é Qualidade.
Conceitos de Produtividade
Chen, Liaw e Chen (2001) Define Produtividade como um indicador para medir o
desempenho econômico/ financeiro.
Conceito amplo:
A Produtividade pode ser entendida como a capacidade de se produzir mais,
utilizando cada vez menos recursos e em menor tempo. “Produtividade é
minimizar, cientificamente, o uso de recursos materiais, mão-de-obra, máquinas,
equipamentos etc., para reduzir custos de produção, expandir mercados, aumentar
o número de empregados, lutar por aumentos reais de salários e pela melhoria do
padrão de vida, no interesse comum do capital, do trabalho e dos consumidores”.
(Japan Productivity Center for Social – Economics Development)
Conceito simplificado:
Em outras palavras, Produtividade se refere as diferentes medidas
utilizadas para verificar a forma como os recursos (materiais, humanos,
financeiros, tempo) estão sendo empregados em processos, produtos ou
serviços de uma organização.
Mas como saber se uma empresa tem foco no cliente ou não? O cliente bem
trabalhado pela empresa permite, além de retorno financeiro, muitas informações
importantes no balizamento das metas a serem estabelecidas. O cliente é a única
fonte de renda das empresas e elas dependem de seus clientes para sobreviverem.
O sucesso sustentável é alcançado quando uma organização atrai e retém a
confiança dos clientes e de outras partes interessadas. Cada aspecto da interação
com o cliente é uma oportunidade para criar mais valor.
Entendemos, então, que para identificar as necessidades dos clientes é
necessário estar próximo e ouvi-los, ouvir através de vários canais de acordo com
as caraterísticas de seu negócio. A partir do momento em que se cria um vínculo
com os clientes, o processo de captação das informações, a frequência de compra,
a forma de relacionamento, etc., serão parte de um processo natural e positivo do
ponto de vista dos clientes, pois os mesmos ensejam por produtos melhores e tem
a consciência do que realmente querem.
Qualidade e
Produtividade
(2º Módulo)
Inspeção da Qualidade
“Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define,
não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”.
(William Edwards Deming)
Até meados do século XIX quase tudo produzido era fabricado por artesãos,
em quantidades pequenas e com domínio do trabalhador em praticamente todas
as fases do processo produtivo. Após o surgimento da Administração Científica
no início do século XX, com Frederick W. Taylor, e o aumento das escalas de
produção nas indústrias, as atividades de inspeção começaram a se tornar
importantes e a ganhar força no mundo dos negócios.
Rapidamente as atividades de inspeção se transformaram em um processo
independente ao controle da Qualidade, se tornando predominantes nesta fase de
evolução da gestão da Qualidade, como apresentado no material de apoio do
módulo anterior. No início a inspeção era 100%, ou seja, em todo o lote de
produção, evoluindo para inspeções parciais e por amostragens, conforme os
princípios estatísticos eram incorporados (MARSHALL Jr. et al., 2006).
O controle da Qualidade limitava-se à inspeção e às atividades de
classificação pela Qualidade e necessidade de reparos e possuiam forte ênfase na
detecção de problemas e não na prevenção. Atualmente, as atividades de inspeção
evoluíram para abordagens modernas de avaliação e controle, sejam por meio de
métodos qualitativos ou quantitativos.
Por inspeção da Qualidade pode se entender o processo que busca
identificar se uma peça, amostra ou lote atende a determinadas especificações de
Qualidade. Representa um conjunto de atividades, tais como: medir, examinar,
ensaiar ou verificar uma ou mais características de uma organização e comparar
os resultados com os requisitos especificados, de modo a determinar se a
conformidade é obtida para cada uma dessas características (LOBO, 2010).
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Custos da má-Qualidade
Os custos da má-Qualidade
representa, atualmente, um grande
problema nas empresas, pois a busca
pela liderança de mercado está cada
vez mais focada nos custos
financeiros, ao invés dos custos de
Qualidade relacionados aos processos
internos e externos que acabam afetando a Produtividade das organizações.
Por custos da má-Qualidade pode-se entender o resultado proveniente do
fato de uma organização não produzir corretamente desde a primeira vez. Alguns
autores classificam os custos da má-Qualidade por meio de duas categorias
principais: os custos da Qualidade e os custos da não-Qualidade. Os gráficos
apresentados na figura a seguir demonstram a relação entres esses custos.
dentre outras. Percebe-se que quanto maior o custo com atividades de prevenção
e avaliação, maior tende a ser a Qualidade dos produtos ou serviços.
Já o segundo gráfico demonstra os custos da não-Qualidade, representados
pelos gastos com falhas internas e externas. Os custos da não-Qualidade são
decorrentes da falta de uma gestão da Qualidade na empresa, o que pode gerar
muito desperdício, perdas, atrasos, refugos, retrabalhos e demais custos que não
agregam valor para os clientes. Percebe-se que quanto menor o custo da falha,
maior tende a ser a Qualidade dos produtos ou serviços da empresa.
Encontrar o ponto ótimo (último gráfico), ao equilibrar os custos da
prevenção/avaliação com os custos inerentes de falhas, se mostra a melhor
alternativa para minimizar os custos da má-Qualidade.
Robles Jr. (2009) apresenta algumas
terminologias adotadas para mensurar os custos
da má-Qualidade, são eles:
Processos
Tecnologias
Pessoas
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Cultura Organizacional
às recentes mudanças no mundo dos negócios, que tem exigido uma postura mais
proativa das organizações, frentes os cenários de incertezas e a necessidade de
uma cultura organizacional orientada para a melhoria contínua de suas ações.
Qualidade e
Produtividade
(3º Módulo)
Indicadores de Produtividade
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑏𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠
𝑬𝒇𝒊𝒄á𝒄𝒊𝒂 = 𝑥 100
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑃𝑒ç𝑎𝑠 𝑑𝑒𝑓𝑒𝑖𝑡𝑢𝑜𝑠𝑎𝑠
𝑸𝒖𝒂𝒍𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 = 𝑥 100
𝑃𝑒ç𝑎𝑠 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎𝑠
𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 𝑐𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑖𝑑𝑜𝑠
𝑬𝒇𝒊𝒄𝒊ê𝒏𝒄𝒊𝒂 𝒅𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 =
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑧𝑖𝑑𝑎
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜
𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒅𝒐 𝒑𝒓𝒐𝒄𝒆𝒔𝒔𝒐 =
𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜 𝑓𝑖𝑥𝑜
𝐹𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 =
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜𝑠
Referências
KOTLER, P.; ARMSTRONG, G. Princípios de Marketing. 9. ed. São Paulo: Prentice Hall,
2003.
MARSHALL JR., I. et al. Gestão da qualidade. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
OLIVEIRA, O. J. Curso básico de gestão da qualidade. São Paulo: Cengage Learning, 2014.
WARD, J. A. Measurement management: what you measure is what you get. Information
Systems Management, v. 5, p. 59-61, Winter 1996.