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SUMÁRIO
11 SERVIÇO .............................................................................................. 40
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19 A AUDITORIA CLASSIFICA-SE EM:..................................................... 55
BIBLIOGRAFIA ............................................................................................... 81
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1 QUALIDADE: CONCEITOS INICIAIS
Fonte: www.greenon.com.br
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Fonte: www.refrigeracaocarvalhais.com.br
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população de uma determinada região, possuem grande repercussão social (FORD e
FOTTLER, 2000).
Fonte: zisno.org
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Entende-se que a qualidade é claramente voltada para o cliente, onde os
produtos e serviços devem atender às suas expectativas, para tanto é necessário que
toda a equipe de uma empresa conheça os requisitos básicos para um bom
atendimento ao consumidor. De acordo com Cobra (1997, p.222):
Fonte: www.holosconsultoria.org
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1.1 Aspectos conceituais da qualidade
Fonte: www.manutencaoesuprimentos.com.br
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No início do século XX, com a evolução das organizações manufatureiras para
a indústria e a produção em larga escala, houve enormes mudanças nos processos
de trabalho, e elevação da produtividade, a partir da aplicação dos estudos de Henry
Ford, que culminaram na clássica divisão do trabalho em tempos e movimentos. Pode-
se caracterizar este período como a primeira fase do movimento da qualidade e o
início da atividade voltada para este objetivo de forma científica e sistematizada.
Nesse contexto, a administração científica introduzida por Taylor e a criação de postos
de inspetores de fábrica consolidaram esta etapa nos anos 20 do século passado
(GARVIN, 1988; CHIAVENATO, 2000).
Na segunda década do século XX, começa a ser dada ênfase à qualidade,
marcado pelo início do desenvolvimento econômico e social nos países ocidentais.
Sua origem, no setor industrial, com os movimentos empresariais que sucedem a
teoria científica com a gestão de Taylor.
Em diferentes etapas da história, foram associadas diversas conotações ao
substantivo qualidade como: controle de qualidade, melhoria contínua da qualidade e
qualidade total. A diferença ocorrida entre esses conceitos contemplou o cliente,
identificando o compromisso da direção com a qualidade concentrando os esforços
na avaliação e melhoria contínua.
A influência da Segunda Guerra Mundial elevou a exigência de qualidade. A
partir deste período, o controle de qualidade do produto final constituiu-se a etapa
seguinte neste processo, cujo caráter científico foi dado por Walter Andrew Shewhart,
através da obra Economic Control of Quality of Manufactured Product, publicado no
início do século XX.
Na década de 50, no pós-guerra, Deming a convite do Governo Japonês,
introduziu as práticas de gestão da qualidade, tornando-se o responsável pelo
treinamento dos gerentes japoneses no campo do controle estatístico da qualidade
(MALIK; SCHIESARI, 1998).
Deming criou as técnicas estatísticas de controle de qualidade que foi o impulso
inicial para o surgimento da gestão pela qualidade total. Historicamente, a partir dessa
década, ocorreu um grande avanço em termos de concepção da ciência da qualidade,
tendo como precursores: Walter Shewhart, W. Edwards Deming, Joseph M. Juran,
Kaoru Iskihawa, Armand Feingebaum e Philip Crosby. Esses estudiosos da qualidade
desenvolveram ensinamentos que foram cada vez mais se incorporando às
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organizações, cada uma agregando um valor especial ao conceito da qualidade. Este
fato foi decisivo para reforçar o valor da qualidade, generalizar a sua aceitação,
difundir seus princípios essenciais, chegando ao que hoje se denomina gerência da
qualidade e gestão da qualidade total (CAMARGO, 1998).
Fonte:www.portalfire.com.br
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2.1 Qualidade nos dias atuais
Fonte:www.consultoriaemprodutividade.com.br
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não como cumprimento de especificações ou requerimentos, é a propriedade do
produto (ou serviço) que o torna adequado ao uso.
Crosby (1989) criou o conceito de defeito zero, no qual tudo pode ser bem feito
da primeira vez. Sua teoria se baseia em que a qualidade é assegurada se todos se
esforçarem em fazer seu trabalho corretamente da primeira vez.
Para sedimentar sua filosofia, Crosby instituiu as etapas de instauração de sua
abordagem instituída de 14 pontos:
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Para os peritos da International Standard Organization (ISO) apud Teboul
(1991), qualidade representa o conjunto das propriedades e características de um
produto, processo ou serviço que lhe fornecem a capacidade de satisfazer às
necessidades explícitas ou implícitas. Assim, pode-se dizer que em todas as
definições está implícito que a principal função da qualidade é satisfazer necessidades
do cliente.
Esta função envolve a preocupação em oferecer produtos e serviços de
qualidade ao usuário/cliente externo que venha a adquirir os mesmos. Entretanto, não
se deve deixar de contemplar o cliente interno ou colaborador responsável pelo
cumprimento deste objetivo, uma vez que se trata de atender as necessidades do
usuário/cliente.
Garvin (1984,1988) com o objetivo de unificar ou de alguma forma concentrar
todas as definições de qualidade desenvolveu uma investigação, a fim de tornar mais
claras estas definições e classificou-as em cinco orientações:
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Com base na fabricação o enfoque permeia na vertente do provedor e
está centrado basicamente na engenharia e na produção. Identifica a
qualidade com a conformidade de requisitos.
Com base em valor se define a qualidade em termos de custos e preços.
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Fonte: www.consultoriaemprodutividade.com.br
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Fonte:www.consultoriaemprodutividade.com.br
Fonte: httpwww.jrmcoaching.com.br
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Esse somatório de atitudes visa garantir o sucesso de sua aplicabilidade nos
programas de qualidade. Com base nesta afirmativa, Cherubin (1997) refere que as
empresas estão cada vez mais interessadas e preocupadas com a qualidade,
alertando que:
Os consumidores estão cada vez mais exigentes em relação à
qualidade do produto ou serviço que estão dispostos a adquirir; a legislação,
tal como o Código de Defesa do Consumidor, está disciplinando direitos e
deveres dos fornecedores, protegendo o consumidor e penalizando
gravemente o fornecedor de má qualidade; a concorrência está cada vez
mais acirrada, determinando o mercado em que somente sobreviverão as
empresas que estiverem fortemente comprometidas com a qualidade
(CHERUBIN, 1997 p.375).
Fonte:files.innovatione.webnode.com
Fonte: businesslifegroup.com
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Em 1956, Armand V. Feigenbaun lançou o livro Total Quality Control:
Engineering and management, através do qual surgiu o conceito de Controle de
Qualidade Total (CQT), tendo o mesmo defendido a ideia de que a qualidade só
poderá resultar de um trabalho feito em conjunto de todos os que estão envolvidos no
desempenho da organização, não apenas de um grupo de pessoas.
Para o autor, o conceito de Qualidade Total, significa qualidade em todos os
aspectos das operações da empresa, é responsabilidade de todos e de cada um dos
membros da organização que intervêm em cada etapa do processo.
No que diz respeito ao desenvolvimento da qualidade total, na literatura alguns
autores afirmam que é sinônimo de qualidade absoluta ou qualidade acabada.
Entretanto, Mezzomo (2001) afirma que essas expressões não têm sentido, porque
qualidade não é algo estático, mas dinâmico; qualidade não é um estado, mas,
processo (busca continuada). Pode-se definir a qualidade total como um esforço
corporativo (compromisso de todos e em todos os níveis) para adquirir a estrutura e
os processos à produção dos resultados previstos/satisfação dos clientes: internos e
externos, e a sua melhoria continuada.
A busca da qualidade pelos consumidores ocorre como reflexo de suas
necessidades e expectativas em relação ao serviço a ser recebido. São componentes
inseparáveis para a prática do gerenciamento da qualidade total, o planejamento da
qualidade, a manutenção da qualidade, a melhoria da qualidade.
Nesse sentido, Varo (1994 p.10) afirma que na atualidade, “a extensão do
conceito de qualidade a todas as áreas da empresa conduz ao conceito de qualidade
total”. Para ele, qualidade total é o conjunto de princípios e métodos organizados e de
estratégia global que intentam mobilizar toda a empresa, com o fim de obter uma
melhor satisfação do cliente ao menor custo. Portanto, é um sistema integrador dos
esforços de melhoria contínua da qualidade de todas as pessoas de uma organização,
para prover produtos e serviços que satisfaçam às necessidades dos consumidores.
Os autores De Domingo y Arranz, (1997) explicitam os princípios básicos de
comportamento que se encontram implícitos na própria definição de qualidade total:
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Conhecer os requisitos dos clientes.
Medir o grau de satisfação do cliente
Responder a todas as expectativas do cliente.
e) A formação permanente
Para envolver o pessoal é necessário formá-lo.
Estabelecer planos de formação.
Facilitar e fomentar sua educação.
Informação e reconhecimento.
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Esse modelo se apoia em três pilares: orientação ao cliente; liderança em custo de
produção; orientação ao cliente interno.
Fonte: www.acessojr.com
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Baseia-se na solução de problemas e no empowerment da força de
trabalho.
Envolve uma abordagem de equipes.
Fonte: www.citricolalucato.com.br
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Na concepção de Varo (1994), a qualidade total, o controle total da qualidade
(TQC) total quality managemment (TQM) conduzem a um processo que analisa cada
sistema crítico da organização e estabelece medidas básicas de atuação para, a partir
delas, trabalhar constantemente, com o propósito de obter o funcionamento ótimo do
sistema.
Considerando que a qualidade total afeta todas as partes da empresa, dessa
forma, “a organização deve ser conduzida como um sistema aberto que integra
elementos externos, tais como os clientes e os provedores, e toda a sua cadeia
produtiva, inclusive seu desenho, normalização, tecnologia, provedores e compras,
pessoal, produção, controle final, promoção da saúde, assistência continuada, clientes
e usuários, marketing e investigação e desenvolvimento” (VARO, 1994: 344).
Do ponto de vista empresarial, para funcionar plenamente, a qualidade total
deve ser aplicada a todas as áreas, iniciando-se pelo topo da empresa. Os problemas
para a implantação da qualidade total podem ser solucionados com diversas atuações
dirigidas a toda a empresa: a formação, a comunicação e a informação, a participação
e colaboração de todo o pessoal, o apoio e facilidades às pessoas, a orientação dos
objetivos, a prioridade de ação sobre as pessoas, a promoção e seleção do pessoal e
a avaliação contínua da qualidade (VARO, 1994).
Fonte: www.uni-vos.com
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A implementação do processo da qualidade total requer uma visão de futuro, o
envolvimento de todos, em todos os níveis, através de um consistente plano de
educação e treinamento. Exige ainda a criação de uma estrutura de apoio, de
monitoria e de realimentação do processo, a celebração dos sucessos e a permanente
avaliação do nível de satisfação dos clientes, de modo a poder antecipar, atender e
exceder sua expectativa.
Fonte: firevix.com.br/
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colaboradores, pois, são os que fazem esse sistema dar certo não só na qualidade
em atendimento ao cliente, mas na eliminação de retrabalhos, de perdas decorrentes
ao mau uso de matéria prima, o desperdício de energia e de materiais usados no dia
a dia da empresa que quando eliminados aumentarão a renda da empresa que
repassará a seus colaboradores através de aumentos salariais benefícios e melhorias
no local de trabalho e reconhecimento da importância de cada colaborador na
organização fazendo-a mover-se como um todo.
Muitas ações para melhorar a qualidade no atendimento são simples e fáceis
de aplicar, mas muitas organizações ainda deixam de lado.
Segundo Walker (1991, p. 122), existem dez mandamentos do bom
atendimento:
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Não dê ordens - o Cliente não gosta de ser mandado. Em vez de “entre
na fila” diga “por favor, aguarde na fila”.
Não discuta com o cliente - de que adianta ganhar a discussão e
perder o Cliente? Não encare as reclamações do Cliente como uma
crítica pessoal a você. Ouça o Cliente irritado sem interrompê-lo. Se
assim mesmo ele não se acalmar, encaminhe-o ao Gerente do setor
competente.
Fale a verdade - trate o Cliente sempre com honestidade. Mesmo não
sendo agradável, é melhor assumir uma eventual falha do que dar ao
Cliente a impressão de que está escondendo informações ou omitindo
problemas.
Crie e sugira soluções - busque, com sua equipe, soluções criativas
para a melhoria do atendimento. Lembre-se: você é o ouvido da
empresa.
Percebe-se pelos princípios descritos por Walker, que a organização deve se
mostrar aberta para ouvir sugestões e críticas. Mais do que isso: perguntar aos seus
clientes o que estão achando do atendimento que a empresa oferece, dar atenção à
opinião do cliente, utilizar sempre uma comunicação verbal qualificada, bem como
ouvi-lo e assim analisar o que precisa ser melhorado. Isso também colabora para que
o cliente se sinta parte do seu negócio.
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Treinamento envolve a transmissão de conhecimentos específicos relativos
ao trabalho, atitudes frente a aspectos da organização, da tarefa e do
ambiente, e desenvolvimento de habilidades. Qualquer tarefa seja complexa
ou simples, envolve necessariamente estes três aspectos.
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do produto/serviço, se aproximam no referencial do cliente, maior será a qualidade
conferida ao produto/serviço, isto é, maior será a satisfação do cliente. A este
propósito, o ponto n.º 2.1. da NP EN ISO 9000:2000, refere que:
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Abordagem sistémica da gestão - identificar, compreender e gerir
processos inter-relacionados como um sistema, contribui para que a
organização atinja os seus objetivos com eficácia e eficiência;
Melhoria contínua - convém que a melhoria contínua do desempenho
global de uma organização seja um objetivo permanente dessa
organização;
Decisões baseadas em factos - as decisões eficazes são baseadas na
análise de dados e de informações;
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maior, ou menor impacto, todos os outros processos, quer sejam processos de
realização ou de suporte. Por outro lado, temos os processos de realização, que
representam todos aqueles processos que diretamente dizem respeito à
produção/prestação de produtos/serviços.
Neste ciclo organizacional representativo dos processos de realização, o
estímulo inicial provém do “cliente”. Cabe aos processos que diretamente interagem
com o “cliente”, o reconhecimento e identificação dos seus requisitos, bem como a
posterior comunicação a todos os outros processos, de forma a que, após todas as
interações, se possa entregar/prestar ao “cliente” o produto/serviço esperado.
Podemos conhecer com detalhe toda e qualquer interação e intercâmbio, quer
de informação, quer de documentos, em toda a organização. Estas inter-relações
deverão estar evidenciadas numa estrutura documental que comprove o que provém
de outros processos e o que resulta para outros. Deverá também evidenciar-se
documentalmente qual a transformação ocorrida interiormente em cada processo, de
forma que seja possível transformar “entradas”, em “saídas”.
Assume especial importância, neste caso, a caracterização do processo, o
descritivo das atividades que fazem parte do processo, os intervenientes nas
atividades (Quem? Como? Quando?), o seu grau de responsabilidade e participação.
Toda esta informação poderá estar contida num documento denominado Matriz do
Processo.
A “Gestão” como processo fundamental do SGQ irá influenciar todos os
processos, sejam eles de suporte ou de realização. É reconhecida a importância que
a “Gestão” imprime em toda a organização, não só pelas escolhas e opções de
desenvolvimento de todo o processo de implementação do SGQ, como na sua gestão.
A este propósito, referimos, que um dos requisitos a validar pela auditoria da qualidade
é exatamente o comprometimento de “Gestão”, reconhecida que é a importância desta
componente para todo o SGQ e para a organização.
A abordagem da implementação de SGQ assume um conjunto diverso de
etapas, entre as quais podemos enumerar as seguintes:
A. Determinação das necessidades e expectativas dos clientes e de outras partes
interessadas;
B. Estabelecimento da política da qualidade e dos objetivos da qualidade da
organização;
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C. Definição dos processos e responsabilidades necessárias para atingir os
objetivos da qualidade;
D. Determinação e disponibilização dos recursos necessários para atingir os
objetivos da qualidade;
E. Estabelecimento de métodos para medir a eficácia e eficiência de cada
processo;
F. Aplicação de medidas para medir a eficácia e eficiência de cada processo;
G. Identificação dos meios de prevenção de não conformidades e eliminação das
suas causas;
H. Estabelecimento e aplicação de um processo para a melhoria contínua do
SGQ.
A normalização,
A qualificação e
A metrologia.
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9 SISTEMAS E PROCESSOS DE CERTIFICAÇÃO SETORIAIS:
Certificação do Produto:
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âmbito da norma NP EN ISO 9001:2000, isso quer dizer que os seus produtos, ou
mesmo, serviços possuem qualidade.
Entendemos, sobre este aspecto, que a qualidade, reconhecida pela
conformidade do SGQ, de uma empresa, no âmbito da norma NP EN ISO 9001:2000,
conforme o exemplo, não representa necessariamente uma garantia da qualidade dos
produtos/serviços que produz/presta. Isto porque a norma utilizada no exemplo
apresentado diz respeito aos requisitos que uma empresa deverá cumprir para a
implementação e gestão de um SGQ, logo, ao ser certificada a conformidade do
mesmo, o que está a ser garantido é a qualidade do SGQ. No entanto, em nossa
opinião, no caso concreto, a qualidade dos produtos/serviços que a empresa
produz/presta será, direta ou indiretamente, conforme os casos, realmente afetada
pelo bom e adequado funcionamento do sistema de gestão no qual os mesmos são
produzidos/desenvolvidos.
11 SERVIÇO
Fonte: encrypted-tbn2.gstatic.com
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Desde uma perspectiva de qualidade, Zeithmal et al (1990) afirmam que os
serviços são intangíveis, constituindo-se em performances e experiências, o que
impede o estabelecimento de especificações precisas para se alcançar uniformidade
de qualidade no processo de produção. Por outro lado, são heterogêneos: a sua
performance varia de pessoa para pessoa, de consumidor para consumidor e de dia
para dia.
Kotler e Bloom (1998) definem serviço como: qualquer atividade ou benefício
que uma parte possa oferecer à outra, que seja essencialmente intangível e não
resulte na propriedade de qualquer coisa. Sua produção pode ou não estar vinculada
a um produto físico. Serviço é considerado uma ação, um desempenho, um evento
social, ou uma atividade ou produção consumida onde é produzida (BOWEN e
SCHNEIDER, 1988).
Os autores acima citados destacam que: em alguns casos, os serviços, por
serem intangíveis, não só fisicamente, como também mentalmente, dificultam sua
compreensão quanto ao alcance de tal benefício. Para os consultores Juran (1990),
Teboul (1991) Berry Parasuraman (1992) serviço é o trabalho desempenhado por
alguém; caracteriza-se essencialmente pela sua interface, ou seja, o local onde o
cliente e o prestador de serviços interagem; um processo que reúne os desejos dos
clientes. Albrecht (1992) e (1992b) considera serviço como um produto fundamental,
exigindo gerenciamento e estudo sistemático ou trabalhos executados por uma
pessoa em benefício de outra. Nóbrega (1994) contextualiza na verdade, ao adquirir
um serviço se está adquirindo a promessa de um benefício. Para Silpakit e Fisk (1985),
a participação do cliente nos serviços é definida como esforços e envolvimentos do
cliente, mentais e físicos, necessários à produção e entrega de serviços.
De uma forma geral, serviço é fruto da interação entre prestador e cliente, na
qual estão presentes desejos, emoções ou mesmo expectativas no recebimento de
um benefício. Compete ao prestador a realização da expectativa do cliente por meio
da transformação do serviço intangível em algo tangível, sendo esta a parte mais
difícil, pois requer o conhecimento profundo do prestador (profissional) e o
reconhecimento do cliente.
Medir a qualidade de serviços é uma tarefa difícil, quando comparada com
medir a qualidade de produtos. Os produtos possuem muitas características físicas
que podem ser detectadas, inclusive com uma precisão alta, por meio de instrumentos
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de medição. Por sua vez, os serviços contêm características psicológicas e aspectos
qualitativos difíceis de serem captados com um alto nível de confiança. Nesse
contexto, Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000) afirmam que a qualidade do serviço
normalmente se estende além da prestação do serviço em si. Em hospitais, por
exemplo, os serviços impactam na qualidade de vida futura dos clientes.
Quanto ao nível de satisfação dos clientes, as informações se constituem uma
das maiores prioridades de gestão nas empresas comprometidas com qualidade de
seus produtos e serviços e, por conseguinte, com os resultados alcançados junto a
seus clientes.
Fonte:brin3.com.br
Fonte: trespoderesservicos.com.br
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resultado do serviço; programa de endomarketing; programa de gerenciamento do
ambiente físico e programa de gerenciamento da participação do consumidor.
Para estudar os determinantes da qualidade de serviço e como os clientes
avaliam a qualidade se toma por base os dez determinantes que caracterizam a
percepção que os clientes têm do serviço, entre estes: competência está relacionada
com a qualidade técnica do resultado, e o outro, credibilidade, tem uma ligação muito
próxima com o aspecto imagem da qualidade percebida (Grönroos, 2003). Entretanto,
as demais determinantes estão relacionadas, em maior ou menor grau com a
dimensão do processo da qualidade percebida.
A qualidade de um serviço, conforme percebida pelos clientes tem as seguintes
dimensões: o que o cliente recebe e como o cliente recebe. O resultado técnico do
processo-qualidade técnica - e a dimensão funcional do processo qualidade funcional
(GRÖNROOS, 2003).
Fonte: encrypted-tbn2.gstatic.com
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perspectiva, propuseram uma escala denominada SERVQUAL, que serve para
mensurar a percepção de qualidade em serviços. O referido modelo fornece um
delineamento por meio do formato de comparação entre expectativas e percepções,
estruturando em cinco dimensões, que pode ser adaptado ou suplementado para
atender às características ou necessidades específicas do pesquisador.
De acordo com Fitzsimmons e Fitzsimmons (2000), ao contrário de um produto
que possui características físicas que podem ser medidas objetivamente, a qualidade
de serviço contém muitas características psicológicas e comportamentais muito
difíceis de mensurar. Nesse sentido, pode-se afirmar que a prestação de um serviço
frequentemente se confunde, no mesmo momento, com o seu consumo Moreira,
(1996), o que se identifica na maioria dos serviços, é que estes são, no mínimo,
produzidos e consumidos simultaneamente (Grönroos, 2003). Portanto, os serviços
são processos consistindo em uma série de atividades em vez de coisas, por isso,
não é possível manter serviços em estoque, como acontece com os bens físicos, mas
admite-se, que, mesmo não sendo possível manter serviços em estoque, pode-se
tentar manter clientes em estoque.
Processo de Certificação
O processo de certificação apresenta um conjunto de fases que têm por
objetivo a concessão, renovação ou extensão de um certificado de conformidade do
SGQ, de acordo com o normativo de referência. Eiras (2002), refere que a certificação
é o processo de reconhecimento formal, por parte de uma entidade certificadora,
independente da organização auditada, de que o SGQ cumpre os requisitos de
conformidade. Para o cumprimento deste objetivo surge a necessidade de existirem
auditorias da qualidade, quer sejam internas, quer sejam externas. É com o
desenvolvimento de auditorias da qualidade, que o organismo certificador pode, com
maior segurança, garantir a conformidade do parecer final.
Para o conveniente desenvolvimento de um processo de certificação é
necessário considerarmos 7 “passos” fundamentais, conforme descrito no Quadro n.
º 3:
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1. Obtenção do caderno de candidatura – a organização solicita a várias
entidades organizadoras uma proposta de certificação. Esta proposta deverá
considerar, além de outros aspectos, o âmbito a certificar (localização,
extensão, tipologia e complexidade da organização a auditar) e o objeto da
certificação (SGQ, SGA, produto, serviço, etc.);
2. Envio inicial de informação – a organização a auditar envia para a
entidade certificadora um conjunto de documentos fundamentais do seu SGQ,
nomeadamente o Manual da Qualidades, as Matrizes dos Processos, Manual
de Funções, Instruções de Trabalho, etc.;
3. Análise da documentação – a partir da análise e avaliação do conjunto
de documentos enviados, a entidade certificadora pode, ou não, proceder a
uma reformulação da proposta de certificação, quer por via do aumento de dias
de auditoria, quer pelo aumento do número de auditores, quer pela limitação do
âmbito da auditoria;
4. Visita prévia – a entidade certificadora, normalmente, propõe uma visita
prévia à organização a auditar. A entidade certificadora pretende proceder, com
essa visita prévia, ao levantamento inicial do sistema existente, para melhor
poder planificar a execução do plano de auditorias, e para poder optar por
técnicas de auditoria mais adequadas à organização e objeto a auditar. Esta
visita prévia é facultativa, pois, pressupõe-se que com procedimentos de
auditoria interna, desenvolvidos por iniciativa da organização a auditar, se
conseguem os mesmos resultados;
5. Auditorias da qualidade e gestão dos resultados – com o
desenvolvimento da auditoria da qualidade, o auditor, ou equipa auditora,
elabora um relatório onde propõe, ou não, conforme as evidências, a
certificação do SGQ. A discussão deste relatório é feita, primariamente, na
reunião de encerramento da auditoria de concessão. A organização dispõe,
após a recepção desse relatório, de um prazo para dar resposta às não
conformidades e observações evidenciadas na auditoria, para além de que
também tem de apresentar uma data limite para a sua correção ou
minimização. Salientamos que a resposta às observações evidenciadas é
facultativa, pois resultam de percepções do auditor, ou equipa auditora, não
estando em causa requisitos fundamentais do normativo aplicável;
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6. Certificação – com a recepção da resposta ao relatório de auditoria, a
entidade certificadora decidirá pela certificação, ou não, do SGQ. Se a decisão
é negativa, será marcada uma auditoria de seguimento para novamente validar
e verificar a conformidade do SGQ. Se é positiva, a entidade certificadora,
solicita, em nome da organização auditada, a atribuição do número e certificado
de conformidade ao organismo que em Portugal detém estas competências, o
IPQ;
7. Gestão da certificação – com a obtenção da certificação, a entidade
certificadora irá posteriormente desenvolver auditorias de acompanhamento,
sujeitas ao mesmo procedimento da auditoria de concessão, onde se valida a
continuidade de conformidade do SGQ e se as ações previstas na resposta ao
relatório de auditoria foram implementadas com eficácia, nos prazos indicados.
Verificando-se a manutenção da conformidade, esta possui um prazo de
validade de três anos, pelo que logo após existirá nova auditoria de concessão.
Consideramos pertinente, a este propósito, referir que a diferença entre
auditoria de concessão e auditoria de acompanhamento reside,
fundamentalmente, na profundidade do trabalho de auditoria desenvolvido. Se
na auditoria de concessão, praticamente, é necessário obter evidências da
conformidade de todos os processos, na auditoria de acompanhamento é o
auditor, ou equipa auditora, que decide que processos auditar, profundidade e
extensão da sua validação.
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Fonte: encrypted-tbn2.gstatic.com
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14 PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO
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16 MANUAL DE NORMAS DE AUDITORIA
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Auditoria
Consiste no exame sistemático e independente dos fatos obtidos através da
observação, medição, ensaio ou outras técnicas apropriadas, de uma atividade,
elemento ou sistema, para verificar a adequação aos requisitos preconizados pelas
leis e normas vigentes e determinar se as ações de saúde e seus resultados, estão
de acordo com as disposições planejadas.
Através da análise e verificação operativa, avalia-se a qualidade dos processos,
sistemas e serviços e a necessidade de melhoria ou de ação
preventiva/corretiva/saneadora.
Tem como objetivo maior propiciar à alta administração informações
necessárias ao exercício de um controle efetivo sobre a organização ou sistema,
contribuir para o planejamento e replanejamento das ações de saúde e para o
aperfeiçoamento do Sistema.
Controle
Consiste no monitoramento de processos (normas e eventos), com o objetivo
de verificar a conformidade dos padrões estabelecidos e de detectar situações de
alarme que requeiram uma ação avaliativa detalhada e profunda.
Avaliação
Trata da análise de estrutura, processos e resultados das ações, serviços e
sistemas de saúde, com o objetivo de verificar sua adequação aos critérios e
parâmetros de eficácia, eficiência e efetividade estabelecidos para o Sistema de
Saúde.
Fiscalização
Consiste em submeter à atenta vigilância, a execução de atos e disposições
contidas em legislação, através do exercício do ofício de fiscal.
Inspeção
Realizada sobre um produto final, sob uma fase determinada de um processo
ou projeto, visa detectar falhas ou desvios.
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Supervisão
Trata da ação de orientação ou inspeção em plano superior.
Acompanhamento
Consiste no processo de orientação, em que o orientador mediante contato com
o processo, serviço ou sistema, acompanha o desenvolvimento de determinada (s)
atividade (s) objeto do acompanhamento.
Finalidades da auditoria
Aferir a preservação dos padrões estabelecidos e proceder o levantamento de
dados que permitam ao SNA conhecer a qualidade, a quantidade, os custos e os
gastos da atenção à saúde;
Avaliar objetivamente os elementos componentes dos processos da instituição,
serviço ou sistema auditado, objetivando a melhoria dos procedimentos, através da
detecção de desvios dos padrões estabelecidos;
Avaliar a qualidade, a propriedade e a efetividade dos serviços de saúde
prestados à população, visando a melhoria progressiva da assistência à saúde;
Produzir informações para subsidiar o planejamento das ações que contribuam
para o aperfeiçoamento do SUS e para a satisfação do usuário.
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Avaliar a execução das ações de atenção à saúde, programas,
contratos, convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos
congêneres;
Verificar o cumprimento da Legislação Federal, Estadual, Municipal e
normatização específica do setor saúde;
Observar o cumprimento pelos órgãos e entidades dos princípios
fundamentais de planejamento, coordenação, descentralização,
delegação de competência e controle;
Avaliar o desenvolvimento das atividades de atenção à saúde
desenvolvidas pelas unidades prestadoras de serviços ao SUS;
Prover ao auditado oportunidade de aprimorar os processos sob sua
responsabilidade.
17 ÁREAS DE ATUAÇÃO
18 NÍVEIS DE EXECUÇÃO
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19 A AUDITORIA CLASSIFICA-SE EM:
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nesta área, por sua vez, devem conduzir-se de modo a justificar a confiança individual
e institucional que lhe é depositada.
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Experiência obtida de um somatório de atuações, possibilitando o
amadurecimento do julgamento profissional e o discernimento entre situações
gerais e particulares;
Capacidade profissional atualizando-se quanto ao avanço das normas,
procedimentos e técnicas aplicáveis.
Pontualidade;
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Boa apresentação;
Bom preparo;
Independência;
Calma, educação e paciência;
Clareza nas perguntas;
Evitar juízo de valor sobre como um elemento deve ser descrito e/ou
implementado; manter a mente aberta;
Usar corretamente a linguagem do corpo;
Não fazer “inferências”, mas basear-se em evidências objetivas;
Atuar de acordo com as necessidades inerentes à auditoria;
Permitir que o auditado exponha as suas razões e tenha oportunidade
de melhorar o sistema da qualidade;
Manter os documentos/registros referentes à auditoria em arquivos
seguros e confidenciais.
Operacionalização da Auditoria
Sendo uma atividade programada, todas as auditorias deverão ser organizadas
com datas marcadas para sua realização mediante a Programação Anual de
Atividades de Auditoria (P.A.A.A.), mesmo as eventuais (solicitações, apuração de
denúncia).
Desta forma as fases de uma auditoria, compreendem:
1. Programação da Auditoria;
2. Preparação da Auditoria;
3. Planejamento da Auditoria;
4. Condução da Auditoria e Avaliação dos Resultados;
5. Apresentação dos Resultados (Relatório);
6. Acompanhamento das Ações Corretivas/Saneadoras Propostas.
Ação
• Atuação do Sistema ou Entidade auditada, assim como sua adequação aos
requisitos.
Regulamentação
• Adequação das práticas às normas e leis.
2- Preparação da Auditoria
Neste processo alguns cuidados devem ser tomados. Em primeiro lugar deve
ser conhecido qual o escopo da auditoria. Assim, alguns aspectos devem ser
considerados quando da preparação da auditoria:
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k) Quando deverá ser iniciada e qual a duração?
l) Quando deverá ser apresentado o relatório final da auditoria?
m) Como será realizada a auditoria?
3- Planejamento da Auditoria
60
natureza e características das atividades e/ou elementos que serão auditados e em
que áreas eles estão.
Para possibilitar a verificação correta da adequação dos processos sob análise,
considerar:
Relatórios e documentos que vão ser analisados/cruzados (SIA, SIH,
SIAFI);
Relatórios de apoio que vão ser elaborados após cruzamento dos dados
(criados pelos auditores);
Relatórios de auditorias anteriores;
Normas e instruções vigentes;
Legislação específica;
Outros documentos pertinentes.
Vantagens do Planejamento:
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O resultado dos exames preliminares dará suporte ao programa formal de
trabalho.
A elaboração de um adequado programa de trabalho de auditoria inclui os
seguintes aspectos:
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Exemplo: Mostre-me o que você faz, ao invés de “é verdade que vocês têm
normas de serviço? ”.
I- Reunião de Abertura
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objetiva, servindo para esclarecer dúvidas de ambas as partes e presidida pelo
Coordenador da equipe, com registro dos presentes.
Agenda típica:
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Ficar atento às atividades “destrutivas” do auditado - interrupções
frequentes, documentos não encontrados, pessoa chave com atividade de
última hora.
V- Relatório de Auditoria
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A verificação da efetividade da ação corretiva (Anexo X), é da responsabilidade
do coordenador/equipe de auditores e deve considerar:
Atributos de Qualidade
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Concisão - linguagem clara e concisa, de fácil entendimento, sem
necessidade de explicações adicionais por parte de quem o elaborou;
Objetividade - mensagem clara e direta, para entendimento fácil do que
se pretendeu transmitir;
Convicção - os relatos das evidências conduzem o leitor prudente às
mesmas conclusões a que chegou o auditor;
Clareza - a estrutura e a terminologia empregadas permitem o
entendimento a qualquer pessoa, ainda que não domine a matéria;
Integridade - incluir nos relatórios os fatos relevantes observados na sua
integralidade, sem nenhuma omissão, proporcionando uma visão objetiva das
impropriedades/irregularidades apontadas, recomendações efetuadas e
conclusão;
Coerência - os resultados da auditoria devem corresponder aos objetivos
determinados;
Oportunidade - os relatórios devem ser emitidos tempestivamente, para
que os assuntos neles abordados possam ser objeto de oportunas
providências;
Apresentação - os assuntos devem ser apresentados numa sequência
lógica, segundo os objetivos do trabalho, de forma correta - linguagem perfeita,
isenta de erros ou rasuras que possam prejudicar o entendimento;
Conclusivo - o relatório deve permitir a formação de opinião sobre as
atividades realizadas.
O relatório deve seguir o padrão adotado pelo DCAA, admitindo-se em
determinadas circunstâncias, adaptações necessárias à interpretação e à
avaliação dos resultados dos trabalhos. Requisitos do Relatório:
1- Primeira Página:
CAPA
Nome do Ministério;
Nome da Gerência Estadual;
Nome da Divisão;
Número do Relatório / Ano;
Unidade Auditada;
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Data da Realização da Auditoria.
2- Segunda Página:
a) Equipe de Auditores - relacionar o nome e matrícula dos componentes da
equipe.
3- Terceira Página:
Identificação - neste item registrar os dados de identificação da unidade
auditada tais como: Razão Social; Nome Fantasia; CGC/CPF; Natureza; Tipo;
Endereço: Rua, Número, Bairro, Município, Unidade da Federação, CEP, Telefone,
Fax e e-mail (correio eletrônico).
Diretoria - relacionar o nome e CPF dos componentes da diretoria.
Caracterização da Unidade - registrar os dados da ficha de cadastro da unidade
auditada.
4- Quarta Página:
Índice - relacionar por itens e subitens os tópicos do relatório.
5- Quinta Página:
Corresponde à primeira folha do relatório a receber numeração. Quando
numeradas em processo/documentação, as folhas serão renumeradas de acordo com
a sequência do mesmo.
I- Introdução - registrar o documento que determina a auditoria e o objetivo a
ser alcançado.
II- Metodologia - descrever a técnica empregada na execução dos trabalhos.
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Serve de base para o item Avaliação Qualitativa.
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NOTA: Os tópicos citados, em relação aos itens a b e c contém as informações
básicas a serem verificadas, podendo a eles serem acrescidas outras que possam
contribuir para dar maior consistência ao Relatório de Auditoria. São eles que
embasam a Avaliação Qualitativa.
d) Avaliação Qualitativa
II- As situações verificadas que não configuram evidências objetivas, mas que são
importantes relatar, devem ser mencionadas no relatório como observações.
É com base nas evidências objetivas de não conformidade, que são feitas as
recomendações. Este é o princípio que norteia o fato de que para cada
impropriedade/irregularidade, deve haver um padrão de normalidade (norma ou lei).
Recomendações
Registrar as sugestões pertinentes aos problemas abordados. Para cada
distorção registrada corresponderá uma recomendação ao auditado e/ou autoridade
(s) competente (s) embasada nas normas vigentes.
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Quando a situação identificada exigir ação corretiva/saneadora imediata a (s)
recomendação (ões) deverá (ão) ser encaminhada (s) ao gestor e auditado, através
de ofício, expedido pela chefia imediata para conhecimento e atendimento,
independente da finalização do relatório.
Conclusão
Em função da análise realizada ou dos fatos apurados situar as condições de
funcionamento e operacionalidade do objeto da auditoria, registrando o parecer
técnico da equipe e/ou perspectiva para novos trabalhos além dos encaminhamentos
devidos.
Data e assinatura dos integrantes da equipe.
Nota: Deverão ser rubricadas as folhas do relatório a partir da introdução, bem
como folhas com registro de distorções. Exemplo: Demonstrativo de AIH com
Distorções, Demonstrativo das Distorções encontradas na Análise dos Documentos
do SIA, etc. b). Parecer:
Deverá ser emitido quando o auditor verificar a qualidade e efetividade da
assistência à saúde, serviços de saúde, aplicação, utilização ou guarda dos bens e
valores públicos e para todo aquele que der causa à perda, subtração ou estrago de
valores, bens e materiais de propriedade ou responsabilidade da União, Estados e
Municípios.
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Frequência da incidência ou de reincidência do achado;
Descumprimento às recomendações de auditorias anteriores;
Evidência de intenção ou não;
Efetivo prejuízo à União, Estados e Municípios;
Outros fatores consistentes que possam contribuir para a adequada
definição do tipo de parecer a ser emitido.
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24 LEITURA COMPLEMENTAR
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Obter a certificação significa que o Sistema de Qualidade da Organização foi
avaliado por uma entidade independente reconhecida por um organismo nacional de
acreditação, e considerado de acordo com os requisitos da norma ISO 9001:2008.
O certificado tem validade de 3 anos. Após esse prazo ele precisa ser renovado.
Além disso a cada 6 meses o sistema é auditado para verificar se ele continua a
atender aos requisitos da norma. O certificado poderá não ser revalidado se a
organização deixar de cumprir os requisitos.
A certificação é composta das seguintes etapas:
01) Comprometimento da alta administração.
É fundamental o comprometimento da direção da organização. Além dos
benefícios e vantagens, a Diretoria deve estar consciente das dificuldades da
implantação e do investimento necessário (tempo das pessoas, recursos financeiros
para consultoria, treinamento e certificação)
04) Treinamento.
Implantar um processo de qualidade significa mudar a forma de atuação das
pessoas. Isso só é conseguido através de um plano de treinamento adequado.
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É necessário obter a adesão de todos os funcionários. Para isso eles precisam
ser informados sobre o processo que está em andamento e receber os conceitos
básicos da qualidade.
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Para a manutenção do sistema implantado é necessário um plano de auditorias
internas. Para isso precisamos formar os auditores internos.
INTRODUÇÃO
1 – ESCOPO (OBJETIVOS)
2 – REFERÊNCIA NORMATIVA
3 – TERMOS E DEFINIÇÕES
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4 – SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE
4.1 – Requisitos gerais
4.2 – Requisitos de documentação
4.2.1 – Generalidades
4.2.2 – Manual da qualidade
4.2.3 – Controle de documentos
4.2.4 – Controle de registros
5 - RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO
5.1 – Comprometimento da direção
5.2 – Foco no cliente
5.3 – Política da qualidade
5.4 – Planejamento
5.4.1 – Objetivos da Qualidade
5.4.2 – Planejamento do sistema de gestão da qualidade
5.5 – responsabilidade, autoridade E comunicação
5.5.1 – Responsabilidade e autoridade
5.5.2 – Representante da direção
5.5.3 – Comunicação interna
5.6 – Análise crítica pela direção
5.6.1 – Generalidades
5.6.2 – Entradas para análise crítica
5.6.3 – Saídas para análise crítica
6 – GESTÃO DE RECURSOS
6.1 – Provisão de recursos
6.2 – Recursos humanos
6.2.1 – Generalidades
6.2.2 – Competência, Treinamento e Conscientização
6.3 – Infraestrutura
6.4 – Ambiente de trabalho
7 – REALIZAÇÃO DO PRODUTO
7.1 – Planejamento da realização do produto
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7.2 – Processos relacionados a clientes
7.2.1 – Determinação de requisitos relacionados ao produto
7.2.2 – Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto
7.2.3 – Comunicação com o cliente
7.3 – Projeto e desenvolvimento
7.3.1 – Planejamento do projeto e desenvolvimento
7.3.2 – Entrada de projetos e desenvolvimento
7.3.3 – Saída de projetos e desenvolvimento
7.3.4 – Análise crítica de projetos e desenvolvimento
7.3.5 – Verificação de projeto e desenvolvimento
7.3.6 – Validação de projeto e desenvolvimento
7.3.7 – Controle de alterações de projetos e desenvolvimento
7.4 – Aquisição
7.4.1 – Processo de Aquisição
7.4.2 – Informações de aquisição
7.4.3 – Verificação do produto adquirido
7.5 – Produção e prestação de serviço
7.5.1 – Controle de produção e prestação de serviço
7.5.2 – Validação dos processos de produção e prestação de serviço
7.5.3 – identificação e rastreabilidade
7.5.4 – Propriedade do cliente
7.5.5 – Preservação do produto
7.6 – Controle de equipamento de monitoramento e medição
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8.5 – Melhorias
8.5.1 – Melhoria contínua
8.5.2 – Ação corretiva
8.5.3 – Ação preventiva
a) Para a Organização:
- Maior participação no mercado;
- Maior satisfação dos clientes;
- Redução de custos;
- Melhoria na produção;
- Maior competitividade;
- Maior lucro
b) Para os clientes:
- Maior confiança nos produtos da organização;
- Redução de custos;
- Satisfação em relação aos produtos adquiridos;
- Melhor atendimento em caso de reclamações.
80
BIBLIOGRAFIA
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Perfis dos Clientes. 8 Perfis de Clientes com os quais você precisa aprender a lidar.
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SHIOZAWA, Ruy Sergio Cacese. Qualidade no atendimento e tecnologia da
informação. São Paulo: Atlas, 1993.
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