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Metodologias Analíticas
Ricardo Pedro
Aula 2
Parâmetros de validação: precisão, exatidão, limite de quantificação,
limite de detecção, robustez
Análise de dados reais de uma validação - Exemplos práticos
Documentação
Validação
Desenvolvimento Otimização
Que ensaios devem ser
validados?
Químicos
Físicos
Físico-químicos
Bioanalíticos
Bioensaios
Antes da Validação
providenciar:
Qualificação e manutenção
instrumental
Conell controle
Integração da Validação aos
Sistemas de Qualidade
Integração da Validação aos
Sistemas de Qualidade
Integração da Validação aos
Sistemas de Qualidade
Integração da Validação aos
Sistemas de Qualidade
Integração da Validação aos
Sistemas de Qualidade
O que fazer para implantar?
Elaborar
procedimentos
Elaborar instruções de
trabalho e registros
Implantar na prática
Responsabilidades, políticas e
objetivos
Definir os registros da qualidade
Estabelecer os equipamentos críticos
para a qualidade
Estabelecer os materiais críticos e
fornecedores para a qualidade
Tipos de Validação
Validação de processo
Validação de processos de limpeza e
sanitização
Validação sistemas informatizados,
programas (softwares)
Validação de procedimentos diversos
Validação de formulações
Validação de treinamentos
Validação de metodologia analítica
Parâmetros analíticos: seletividade, especificidade,
linearidade, precisão, LQ, LD, exatidão, robustez
Requisitos para escolha de
um método analítico
Os métodos de análise devem ser controlados de forma que
somente versões atualizadas sejam usadas
Custo / beneficio
Meio Ambiente
Requisitos para escolha de
um método analítico
PONTOS IMPORTANTES
ASTM –
OSHA –
EPA
Legislação e normas sobre
validação
Fonte:
Critérios de validação pelos
órgãos internacionais
Órgãos como ICH, IUPAC, ISO, ANVISA, INMETRO e outros exigem
o item validação de métodos analíticos – requisito fundamental no
credenciamento para qualidade assegurada e demonstração de
competência técnica.
Observa-se que não há um procedimento normatizado que
estabeleça como executar a validação.
As diferentes terminologias e até algumas características de
desempenho do método têm, em sua maior parte, o mesmo
significado, porém descrito de uma maneira distinta.
O INMETRO disponibiliza um documento orientativo, o Guia DOQ
CGRE 08-04 Validação.
Legislações e guias de referência
Conceitos básicos de
validação
A validação de métodos assegura a credibilidade destes
durante o uso rotineiro, sendo algumas vezes
mencionado como o “processo que fornece uma
evidencia documentada de que o método realiza aquilo
para o qual foi indicado a fazer (USP).
Baghel U.S. et al Journal of Chemical and Pharmaceutical Research, 2009, 1(1): 271-275
Importância da Estatística
Determinada por:
Análise de 5 concentrações
diferentes do padrão e
construção da curva
analítica
Concentração
Equação da reta
Sinal
analítico
Intervalo ou faixa linear
160
• É faixa entre os limites 140
P
de quantificação 120
EmV
60 Q
• É derivado do estudo
R
40 S
de linearidade e 20
L.D. L.N.
depende da aplicação
0
6 5 4 3 2 1 0
Porção não
linear do gráfico
Linearidade e faixa de aplicação
Pela curva analítica além dos coeficientes de regressão
a e b, é possível calcular o coeficiente de correlação r.
Um coeficiente de correlação maior que 0,999 é
considerado como evidência de um ajuste ideal dos
dados para a linha de regressão.
A ANVISA recomenda um coeficiente de correlação >= a
0,99 e o INMETRO um valor acima de 0,90.
Linearidade e faixa de aplicação
Linearidade
Diluições
Concentrações finais
Métodos:
Análise Espectrofotometria
Cromatografia
Linearidade
0,600
y= ax + b
0,500
0,400
Abs
0,300
Regressão linear
0,200
y = 0,0619x + 0,0068
0,100 R2 = 0,9993
0,000
0,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 Coeficiente de
C ug/mL correlação linear
Aula 2
Precisão, exatidão...
Precisão
Operações/
métodos
Materiais e Amostras Entrada de
dados
Softwares
Pessoal Instalações
Sistema de Coleta da “coisa”
Medição Calibração
Aparelho
Procedimentos
de set-up
Cálculos manuais
Saída Resultado
46
Fornecedores Entradas Processo produtivo Saídas Clientes
Precisão x Exatidão
Precisão
Grau de concordância entre repetidas medidas da
mesma propriedade.
Orienta quanto à probabilidade da dispersão em
laboratórios usuários do método estudado.
Exatidão
Grau de concordância entre o valor médio obtido de
uma série de resultados de testes e um valor de
referência aceito.
Precisão x Exatidão
Preciso
Preciso ee não
não Exato
Exato Exato
Exato ee não
não Preciso
Preciso
Não
Não Preciso
Preciso ee não
não Exato
Exato Preciso
Preciso ee Exato
Exato
Como expressar a precisão
Repetibilidade (r)
Diferença máxima permitida entre medidas obtidas
no mesmo dia
Reprodutibilidade (R)
Diferença máxima permitida entre medidas obtidas
em dias diferentes
Precisão
Laboratório 1 Laboratório 2
Ux = Incerteza na média
ST ST = Desvio Padrão total
U x t n 1;0,025 .
n n = número total de determinações
t (n-1;0,025) = Variável de t de Student
LI X U x LS X U x
MQTa
F Iguais quanto a precisão : Se F Ftab
MQTb Diferentes quanto a precisão : Se F > Ftab
Comparação de métodos
Ensaios de recuperação
A recuperação( ou fator de recuperação), R , é definida como a
proporção da quantidade da substância de interesse, presente ou
adicionada na porção analitica do material teste, que é extraída e
passível de ser quantificada.
A informação de recuperação pode ser estimada de CRM( em que a
quantidade de substancia é previamente conhecida), quando
disponíveis, ou de um composto substituto ( “surrogate”)
O substituto é definido como um composto ou elemento puro
adicionado ao material teste, no qual o comportamento químico e
físico é representativo da substancia de interesse na forma nativa.
Diz-se que o composto é um substituto porque este é transferido
para a amostra e pode não estar efetivamente no mesmo equilíbrio
que se encontra a substancia na forma nativa, então determina-se a
recuperação do substituto. Fazendo uma correção de recuperação
para a substância de interesse.
Exatidão
A Recuperação:
Vantagens:
Corrige efeito de matriz e mudanças de resposta do instrumento.
Especialmente importante quando:
• a amostra é muito complexa
• interações com a matriz são significativas;
• houver dificuldade de encontrar um padrão interno adequado ou uma
matriz isenta da substância de interesse.
Desvantagens:
O método é trabalhoso;
Utiliza maior quantidade de amostras;
Desvantagem estatística: por ser um método de extrapolação, tem menor
precisão que as técnicas de interpolação.
Limite de detecção (LD)
LD = DPa x 3
b
• DPa: desvio padrão do intercepto com o eixo do Y
de 3 curvas de construídas com concentrações do
fármaco próximas ao limite de quantificação; b é a
inclinação da curva ou coeficiente angular.
• equação da reta: Y=bx + a
SENSIBILIDADE E LIMITE DE DETECÇÃO
SENSIBILIDADE E LIMITE DE DETECÇÃO
Onde:
VP= verdadeiro positivo
VN = verdadeiro negativo
FN = Falso negativo
FP = Falso positivo
SENSIBILIDADE E VALOR PREDITIVO
Limite de Quantificação (LQ)
LQ = DPa x 10
b
Onde:
Af = Área do composto de interesse na amostra após todo o processo de extração e eluição (no
vial)
Am =Área da amostra sem a fortificação (branco)
At = área teorica em relação a quantidade de padrão adicionado a amostra. Calculado pela curva
de calibração.
Recomendações para validação de métodos bioanaliticos:
O valor médio deve estar dentro de 15% do valor teórico exceto para o LLOQ que não deve
desviar mais que 20 %. A precisão do valor médio não deve exceder 15% do CV exceto para o
LLOQ que não deve exceder 20% do CV
A exatidão e precisão com conc. conhecidas de analito devem ser demonstradas . Um mínimo de
3 concentrações representando toda a faixa da curva de padrão deve ser estudada com triplicatas no
nível inferior , médio e superior.
PARAMETROS ESSENCIAIS PARA VALIDAÇÃO
DE MÉTODOS BIOANALITICOS
Robustez
· Variação do pH da solução
Espectrofotometria · Temperatura
· Diferentes fabricantes de solventes
· Variação do pH da fase móvel
· Variação na composição da fase móvel
Cromatografia
· Diferentes lotes ou fabricantes de colunas
Líquida
· Temperatura
· Fluxo da fase móvel
· Diferentes lotes ou fabricantes de colunas
Cromatografia
· Temperatura
Gasosa
· Velocidade do gás de arraste
Categorias de ensaios
Categoria Finalidade do teste
Testes quantitativos para a determinação do
I princípio ativo em produtos farmacêuticos ou
matérias-primas
Testes quantitativos ou ensaio limite para a
determinação de impurezas e produtos de
II
degradação em produtos farmacêuticos e matérias-
primas
Testes de performance (por exemplo: dissolução,
III
liberação do ativo)
IV Testes de identificação
USP 31
Table 2: Data elements required for validation –USP31
Category II
Analytical
Performance Category
Characteristics Category I Quantitative Category III IV
Limit test
Accuracy Yes Yes No
* *
Objetivo
Avaliar medidas geradas em diferentes equipamentos
aplicáveis à determinação da densidade, identificando o
mais adequado para execução.
Picnômetro
Densímetro
Densitômetro digital
Acetato de Isopentila - Densidade
Resultados Comparativos - Diferentes Equipamentos
Equipamento Média Incerteza da Rep Repr
Média
1- Picnômetro 0,872 0,003 0,001 0,004
2- Densímetro 0,871 0,001 0,001 0,001
3- Densitômetro 0,8740 0,0003 0,0005 0,0006
digital
Comparação
Gráfica dos
Intervalos de
Confiança Intervalo dos
das Médias resultados
obtidos
Densidade
Comparação entre Equipamentos
Acetato de Isopentila - Densidade
1618 - 09/97
Robustez
(ASTM 04853)
Modelo Matemático:
Matemático 35.08 + 0.04 AG + 0.36 MCA – 0.034 GLI + 0.44 Amidoamina + 0.19 AGMCA + 0.22AG GLI +
31,728
32,31
32,893
33,475
34,057
34,639
35,221
35,803
36,386
36,968
above
Exatidão
Ferramentas para obtenção:
Programas interlaboratoriais.
Avaliação estatística
Método de Youden ( elipse de confiança).
Método z score.
Programas Interlaboratoriais
Youden
Planejamento / organização / envio amostras;
recebimento resultados. Procedimentos documentados.
Avaliação estatística
Detecção e tratamento de dados dispersos .
Avaliação da normalidade de distribuição
(Kolmogorov test).
Método de Youden (elipse de confiança).
Programas Interlaboratoriais
Youden
Comparação da tendência entre ocasiões, ex. 2 métodos
Avaliação
Avaliação Gráfica
Gráfica
Programas Interlaboratoriais
Youden
Comparação da tendência entre ocasiões, ex. 2 métodos,
visualização da exatidão de cada participante
Interpretação Estatística
Elipse deve incluir ~ 95% dos laboratórios.
Pontos dentro da Elipse.
Dispersão uniforme : satisfatório.
Dispersão não uniforme : erros significativos.
Pontos fora da Elipse.
Próximo eixo maior : erros sistemáticos ( modificação
método; calibração equipamento).
Afastados eixo maior: erros aleatórios (variabilidade no
lab).
Programas Interlaboratoriais
Z Score
Comparação da tendência com o desvio padrão.
Avaliação estatística
Z =(x -X)/
i i
onde:
Xi = resultado do lab i
X = valor médio da população ( estimativa do valor
verdadeiro)
= desvio padrão da população
Programas Interlaboratoriais
Z Score Comparação da tendência com o desvio padrão
Avaliação Gráfica
Programas Interlaboratoriais
Z Score
Comparação da tendência com o desvio padrão
Interpretação estatística
Ferramentas:
Planejamento de experimento
(Robustez)
Espinha de Peixe.
Avaliação das Variáveis - Exemplo:
Diagrama de Causa e Efeito para Processo de Medida
Causa Efeito
Habilidade Umidade
Temperatura Manutenção
LSCX= X + A2R
CÁLCULO DOS LIMITES DE
LICX = X - A2R
CONTROLE
LSCR = D4R
LICR = 0 (n = 6) Ref: IMAN -1995
CEP - Controle Estatístico de Processo
Visão Contínua
ANOVA
Precisão e Incerteza
Visão Pontual
Ref:Ponzetto 1996
Conclusão:
Interpretando um laudo de análise
O que devo questionar?
• Métodos oficiais e validados?
• Resultado com incerteza?
• Padrões rastreáveis?
• Procedimento de amostragem referenciado?
• Comparar com referências..
• Cuidado ao comparar diferentes
metodologias...
• Cuidado ao comparar resultados de períodos
diferentes...
DOCUMENTAÇÃO
validação pop24
• Duas alternativas
relatorio de
– Um POP detalhado que cubra planejamento, validação
• Descrição de …
– Como um estudo de validação especifico será
realizado para um dado tipo de método
– Critérios de aceitação e como os resultados serão
avaliados
111
INDICADORES NO LABORATÓRIO
A tarefa crítica no monitoramento de processos é a seleção dos indicadores mais adequados a serem
monitorados.
.
Pode-se resumir os requisitos dos clientes quanto a um determinado produto ou serviço através de três
diferentes dimensões: qualidade, prazo e preço.
Traduzindo essas dimensões para a visão de processos, dois aspectos são identificados para avaliar o
desempenho deste: eficácia (qualidade) e eficiência (prazo e custo).
Eficácia pode ser identificada pela capacidade do processo em gerar produtos ou serviços
dentro das especificações, isto é, que atenda às exigências dos clientes.
Eficiência está relacionada à adequada utilização de recursos pelos processos, visando
também o atendimento das exigências dos clientes.
Na prática laboratorial isso pode ser obtido pela liberação de resultados laboratoriais dentro de
padrões pré-estabelecidos de exatidão e precisão.
Exatidão pode ser entendida como a capacidade do método ou processo em obter, para
determinado analito, resultados idênticos ao real existente na amostra biológica em análise.
Estes procedimentos incluem o processamento de amostras controle, na maioria das vezes com
valores conhecidos do analito em questão, em paralelo às amostras da rotina.
Os resultados dessas amostras são inseridos em gráficos de controle, onde são avaliados
frente a limites de aceitação pré-estabelecidos.
Como monitorar a imprecisão dos métodos utilizados em nosso laboratório? Conforme foi citado
anteriormente, através de indicadores.
Assim, uma boa prática de gerenciamento da fase analítica deve incluir avaliação
periódica dos CV dos ensaios laboratoriais realizados, o que pode ser padronizado
com um indicador relacionado a essa característica.
Passo a passo:
• Identificar o ensaio/analito a monitorar.
• Identificar a periodicidade de monitoração (Ex.: analitos realizados diariamente podem ter
ciclo de avaliação mensal; analitos processados com menor frequência podem ter ciclos
mais amplos).
• Calcular o CV para o período de monitoração definido, por nível de concentração do analito
(de acordo com a amostra controle utilizada). Deve-se ter atenção ao tamanho da amostra
utilizada para cálculo do CV, visto que um número pequeno de dados implica em maior erro
estatístico e, consequentemente, em inconsistência do indicador. Normalmente são
necessários ao menos 20 resultados de corridas analíticas distintas para o cálculo de CV do
ensaio.
IMPRECISÃO ANALÍTICA
• Inserir os valores de CV do analito em gráfico (tipo barras, por exemplo), no eixo “Y”,
plotando o período de coleta dos dados no eixo “X”.
Os resultados apresentados neste exemplo demonstram que até maio o ensaio estava
dentro da meta proposta.
IMPRECISÃO ANALÍTICA
IMPRECISÃO ANALÍTICA
IMPRECISÃO ANALÍTICA
INEXATIDÃO ANALÍTICA
Cada laboratório é avaliado comparando-se seu resultado frente à média do seu grupo de
comparação.
Passo a passo:
• Identificar quais ensaios/analitos a monitorar (que estão sendo avaliados periodicamente por
programas EP ou por comparação alternativa com outros laboratórios).
• Identificar qual a visão gerencial que se deseja ter quanto a estes ensaios: agrupados por setor
técnico, por perfil de testes, por módulo do EP etc.
• Identificar o número de resultados aceitáveis e não aceitáveis nas avaliações por grupamento e
periodicidade definida.
• Inserir percentual de resultados aceitáveis (frente ao total avaliado) em gráfico (tipo barras, por
exemplo), colocando no eixo “Y” o percentual de adequação e plotando o período de coleta dos
dados no eixo “X” (ciclos de avaliação do programa).
• Determinar uma meta a ser alcançada. Os programas de proficiência costumam fornecer uma
meta de desempenho global para o laboratório, pela qual estes são avaliados como proficientes ou
não ao final de um período pré-determinado de avaliação.
Boas práticas, entretanto, sugerem que, dentro de suas capacidades e estratégias específicas, os
laboratórios desenvolvam metas próprias que podem vir a ser mais exigentes para estas
avaliações, estimulando processos de melhoria contínua.
INEXATIDÃO ANALÍTICA
A Figura 4 apresenta um modelo de gráfico de barras para monitoração do indicador de
inexatidão do setor de Imunoquímica de um laboratório.
Passo a passo:
• Identificar qual o ensaio a monitorar e coletar os resultados dos últimos ciclos de
Teste de Proficiência (SDIs) para o mesmo.
• Inserir os valores de SDI NOTA2 (para todas as amostras de cada ciclo) em gráfico
(tipo barras, por exemplo), colocando no eixo “X” os SDIs (com sinais “-“ ou “+”, de
acordo com o posicionamento do resultado do laboratório frente à média do grupo) e
plotando a identificação do ciclo e amostra no eixo “Y”.
• Na sinalização da meta podemos utilizar duas variantes. A primeira seria padronizar
essa meta em termos de número de desvios padrões aceitáveis para o analito, por
exemplo: ± 2 SDI. A segunda alternativa seria utilizar os limites máximos de desvios
padronizados pelo programa de proficiência ou o erro total baseado na variação
biológica.
A Figura 5 apresenta um modelo de gráfico de barras para monitoração do indicador
de inexatidão de TSH, considerando uma meta de variação de até ± 2SDI e os
resultados de um EP com três ciclos anuais e cinco
análises por ciclo.
INEXATIDÃO ANALÍTICA
INDICADORES DE PRAZO
O prazo para disponibilidade de resultados laboratoriais é uma das necessidades mais
manifestadas pelos clientes quando contratam os serviços de um laboratório .
Seja a necessidade do menor prazo possível originada de uma necessidade médica ou a partir de um
exclusivo desejo do cliente. O não atendimento dessa exigência está entre as principais reclamações
de clientes na maioria dos laboratórios.
Embora muitas referências citem o TAT (tempo total de processo) como um indicador Pós-
Analítico, este envolve o monitoramento de todas as fases do processo no laboratório e não
somente a fase Pós-Analítica.
O TAT é uma das métricas que fornece a eficiência do processo, que só permite acessar o grau de
atendimento às necessidades dos clientes quanto ao aspecto “tempo” se a meta de TAT estiver
perfeitamente ajustada aos prazos de entrega de resultados prometidos aos clientes.
Para facilitar a discussão do tema, o assunto foi estratificado em duas abordagens principais.
A primeira se refere ao atendimento do prazo de fornecimento de resultados de exames críticos ou
urgentes, geralmente relacionadas a exames hospitalares. A segunda se refere ao atendimento dos
prazos acordados com os clientes para entregas de resultados de rotina.
Embora não exclusiva destes laboratórios, a questão do atendimento dos prazos de liberação de
exames urgentes está mais relacionada a laboratórios que atendem clientes hospitalares.
O primeiro ponto a tratar visando operacionalizar o monitoramento é definir (caso essa definição ainda
não exista) qual o grupo de exames que devem ser considerados urgentes pelo laboratório e qual o
tempo para liberação destes respectivos resultados.
Essa definição deve ser feita em consenso com o hospital para o qual se presta o serviço (Diretoria
Médica do Hospital, por exemplo).
A partir dessa definição, o laboratório deve formatar ou ajustar o processo interno para atender a
essas especificações (tempo de fornecimento de resultados) para os exames acordados.
• Coletar dados referentes ao número de resultados liberados dentro do tempo máximo pré-
estabelecido frente ao número total de resultados liberados no período. Os resultados podem agrupar
dados de diferentes exames de urgência (exames urgentes hospitalares), de todo o menu de exames
do laboratório (exames de rotina) ou de um grupo considerado mais crítico.
• Inserir percentual de resultados liberados dentro do prazo acordado (frente ao total de resultados
liberados) em gráfico (tipo barras, por exemplo), colocando no eixo “Y” o percentual de resultados no
prazo e plotando o período de coleta dos dados no eixo “X” (normalmente mensal).
Este laboratório controla o prazo de todos os exames realizados frente ao prazo prometido ao cliente
no atendimento.
CONSTRUÇÃO DO INDICADOR DE DESEMPENHO
INDICADORES DE CUSTO
O custo impacta muitas vezes na necessidade dos clientes (preço) e reflete diretamente
várias questões relacionadas à eficiência do processo analítico, onde estão alocados os
principais custos do laboratório e, consequentemente, relacionados à sua
competitividade e sobrevivência no mercado.
Para avaliar a eficiência do processo analítico em termos de custo, são propostos dois
indicadores relacionados.
INDICADORES DE CUSTO
PERDAS DE INSUMOS
Todos os profissionais com vivência no laboratório têm a certeza de que nem sempre
os custos estimados para a realização de um determinado teste laboratorial são
efetivamente executados na prática.
Por exemplo, quantas amostras de pacientes seu laboratório consegue processar com
um kit de glicose com 100 testes?
A resposta nem sempre será 100 amostras de pacientes. Conforme conhecimentos de
rotina, várias situações implicam em perdas de insumos, ou melhor, na utilização dos
insumos/kits para outras finalidades que não processar amostras de pacientes.
INDICADORES DE CUSTO
PERDAS DE INSUMOS
ÍNDICE CUSTO/RECEITA
Outra visão que se pode ter da questão de custos relacionados à fase analítica é
comparar o custo efetivo para cada ensaio laboratorial (incluindo as perdas discutidas
no tópico anterior) às receitas obtidas com a realização destes respectivos ensaios
junto aos clientes e demais pagadores.
ÍNDICE CUSTO/RECEITA
Passo a passo:
• Coletar, por ensaio laboratorial, dados referentes ao custo variável efetivo no
período.
• Coletar, por ensaio laboratorial, dados referentes às receitas obtidas para esse
exame, no mesmo período.
• Confrontar os dados de custo e receitas, por exame laboratorial, obtendo um índice
denominado “Índice Custo/Receita”. Para obtê-lo basta dividir o custo efetivo do
período pelas receitas do mesmo período.
• Apresentar os índices custo/receita numa planilha/tabela, com os ensaios
laboratoriais dispostos na primeira coluna e os respectivos índices nas colunas à
direita, com cada coluna representando o resultado de um período.
Os níveis de desempenho e o atendimento de metas pré-estabelecidas podem ser
sinalizados na planilha/tabela com diferentes cores, facilitando a identificação de
situações onde seja necessária uma intervenção ou ação corretiva.
INDICADORES DE CUSTO
ÍNDICE CUSTO/RECEITA
A Figura 8 apresenta um modelo de uma planilha para monitoração do indicador de
custo de nove ensaios de bioquímica e três imunoensaios, monitorados
semestralmente, com o propósito de manter o índice de Custo/Receita (ICR) abaixo ou
igual a 0,40 (Bioquímica) e 0,50 (imunoensaios). Em alguns períodos o ICR parece ter
ultrapassado a meta e ações para seu controle parecem ter sido adotadas, visto que
nos períodos seguintes este comportamento foi revertido.
INDICADORES DE CUSTO
ÍNDICE CUSTO/RECEITA
Para todo indicador é necessário definir uma meta para monitorar o desempenho de um
processo (atendimento a uma especificação) e identificar a necessidade ou sinalizar a
oportunidade de melhoria para esse mesmo processo.
Definir uma meta significa comunicar a todos o que se deseja de um processo, isto é, para onde
todos devem direcionar os seus esforços.
O estabelecimento de metas pode variar de acordo com o tipo do indicador e com a avaliação de
risco do processo sob monitoramento.
Deve-se questionar se isto é crítico para a segurança do cliente, se são esperados grandes
impactos ou são aceitáveis pequenas melhorias incrementais ( qualidade de serviços ou
melhorias financeiras).
Metas para indicadores devem ter limites definidos (pontos de decisão) que forneçam critérios de
avaliação e planejamento de ações corretivas ou de melhoria.
METAS PARA INDICADORES
• Estabelecer metas apropriadas baseadas aos objetivos da empresa. Que métricas vão estar
alinhadas com as estratégias e objetivos para obter e sustentar as melhorias? As metas são
drivers de desempenho?
• Metas devem ser viáveis de serem atingidas. Existem organizações similares à nossa atingindo
objetivos/desempenhos similares? A nossa empresa tem recursos para obter pequenas ou
significativas alterações no desempenho dos processos?
A primeira pergunta que deve ser feita é se o sistema de medição fornece dados confiáveis
e padronizados que possam ser utilizados no indicador.
A seguir deve-se questionar sobre a necessidade de tratamento dos dados coletados antes
de inseri-los no indicador.
Os dados serão agrupados por alguma característica especial (dia ou outro período de
tempo que viabilize ou facilite a análise de desempenho, otimizando o processo de tomada
de decisão)?
PADRONIZAÇÃO DE INDICADORES
Para isso, são necessárias definições relativas ao agrupamento dos dados (por período de
tempo ou outra característica que justifique o seu agrupamento) ou análise individual
destes, conforme necessidade para avaliação do indicador e do processo de tomada de
decisão a partir deste.
ANATOMIA DO INDICADOR
A princípio, a responsabilidade formal por um indicador não deve ser compartilhada, mesmo
que o desempenho deste reflita um nível de desempenho de um processo compartilhado em
diferentes áreas da empresa.
Embora, nesse caso, vários gestores sejam na prática responsáveis por garantir o adequado
desempenho desse processo, a responsabilidade formal para atualização, análise crítica e
sinalização para a tomada de decisão deve estar sob responsabilidade de um único gestor.
Indicadores de desempenho têm uma função primordial: gerar melhorias nos processos,
assegurando o atendimento ou superando as expectativas dos clientes.
De forma complementar, pode-se ter limites de decisão nesses indicadores, isto é, níveis de
desempenho que devem sinalizar a necessidade de intervenção nesse processo, seja essa
intervenção uma:
• Ação corretiva - quando o nível de desempenho do processo indicar o não atendimento dos
requisitos acordados com o cliente ou esperados pela organização.
• Ação preventiva - quando o nível de desempenho estiver sinalizando para uma tendência
para o não atendimento dos requisitos em períodos futuros.
• Melhoria - quando for detectada uma oportunidade de melhoria para o processo sob
monitoramento. Por exemplo: necessidade de aproximação do nível atual de desempenho
frente ao Benchmark comparativo utilizado.
A intervenção, seja esta corretiva, preventiva ou essencialmente melhoria, visa melhorar o
nível atual de desempenho identificado pelo indicador. Embora muitas vezes haja tentação
por soluções de problemas intuitivas e pouco estruturadas, as melhores práticas para
melhoria de desempenho de processos recomendam a utilização de metodologias mais
sistematizadas, objetivando obter maior efetividade.
MELHORIA DE PROCESSOS UTILIZANDO
INDICADORES
PDCA
O Ciclo PDCA é um método gerencial de tomada de decisões para garantir o
alcance das metas necessárias à sobrevivência de uma organização.
DMAIC
O método DMAIC é baseado em uma estrutura semelhante ao PDCA. O ciclo
DMAIC compreende cinco fases sequenciais:
m e n t o s d e c rise, só a
Em mo po rt a n t e que o
ma is im
imaginação é o.
conheciment
n d e o s u c e ss o ve m
ro
O único luga é n o d ic ionário.
a lh o
antes do trab
d es c u lp a d a queles
oé
Falta de temp f alt a d e m é to dos
e p e r d em t e mpo por
qu