Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A RDC 786:2023 da ANVISA traz uma nova categorização dos serviços de saúde que
realizam atividades relacionadas a exames de análises clínicas (EAC), de acordo com a sua
complexidade e infraestrutura:
A RDC 786:2023 foi publicada no Diário Oficial da União em 10/05/23, entra em vigor
em 1º de agosto de 2023 e os estabelecimentos têm o prazo de 180 dias, contados a partir da
data da publicação no D.O.U., para se adequarem às regras atualizadas.
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES INICIAIS
Seção I
Do objetivo
Seção II
Da abrangência
Art. 3º Os Exames de Análises Clínicas englobam, mas não se limitam, aos exames
biológicos, microbiológicos, imunológicos, químicos, bioquímicos, imuno-hematológicos, he-
matológicos, citológicos, anatomopatológicos, genéticos, de biologia molecular, biologia celu-
lar, micologia, parasitologia, toxicologia, urinálise ou outros exames em material biológico de
origem humana.
Art. 4º Esta Resolução não se aplica ao uso de produtos para diagnóstico in vitro
classificados como produtos para auto teste regularizados junto à ANVISA.
XIII - embalagem primária: embalagem que está em contato direto com o material
biológico a ser transportado, constituindo recipiente, envoltório ou qualquer outra forma de
proteção, removível ou não, que se destina a envasar, manter, conter, cobrir ou empacotar o
material biológico a ser transportado, também chamada de embalagem interna;
XVII - fase pós-analítica: fase que se inicia após a obtenção de resultados válidos das
análises e finda com a emissão do laudo e providências de comunicação, para a interpretação
pelo solicitante;
XVIII - fase pré-analítica: fase que se inicia com a solicitação da análise, passando
pela obtenção do material biológico, e finda ao se iniciar a análise propriamente dita;
XXII - Laboratório de Apoio: Laboratório Clínico que realiza análises em material bio-
lógico enviado por Serviço Tipo III;
XXVIII - paciente: pessoa da qual é coletado o material biológico para ser submetido
ao EAC;
CAPÍTULO II
DAS CONDIÇÕES GERAIS
Seção I
Da Classificação
Art. 7º Para fins desta Resolução, os Serviços que executam EAC são classificados em:
I - Serviço Tipo I;
II - Serviço Tipo II; e
III - Serviço Tipo III.
Subseção I
Do Serviço Tipo I
I - farmácias; e
II - consultórios isolados.
Art. 9º O Serviço Tipo I deve cumprir os seguintes requisitos para realização de EAC:
I - utilizar produto para diagnóstico in vitro que requeira leitura exclusivamente visual;
II - utilizar produto para diagnóstico in vitro que requeira exclusivamente material bio-
lógico primário;
III - utilizar produto para diagnóstico in vitro que não necessite de instrumento para
leitura, interpretação ou visualização do resultado; e
IV - realizar todas as etapas de todas as fases dos processos operacionais relaciona-
dos ao EAC no próprio serviço (in loco).
I - EAC que requeira instrumento para leitura, interpretação e visualização dos resultados;
II - recebimento ou encaminhamento de material biológico para a realização de EAC;
III - EAC que requeira leitura, interpretação e visualização remota dos resultados;
IV - guarda, armazenamento ou transporte de material biológico;
V - atividades relacionadas à fase pré-analítica, à exceção da coleta de material biológico;
VI - punção venosa e punção arterial;
VII - EAC por meio de metodologias próprias (in house); e
VIII - EAC que utiliza urina como material biológico.
I - utilizar produto para diagnóstico in vitro que requeira material biológico primário;
II - realizar todas as etapas de todas as fases dos processos operacionais relaciona-
dos ao EAC no próprio Serviço (in loco);
III - utilizar instrumento que apresente os resultados, descritos como reagente, não
reagente, inválido ou apresentar um valor direto;
IV - utilizar instrumento que não requeira o uso de água reagente produzida no serviço;
V - utilizar instrumento que não requeira preparo de reagente;
VI - utilizar instrumento para o qual fabricante não indique a necessidade de verifica-
ção da calibração;
VII - utilizar instrumento em que a verificação da calibração se dê no próprio instru-
mento, de acordo com o manual do fabricante;
VIII- utilizar instrumento que não requeira leitura, interpretação e visualização remota
dos resultados.
Art. 11. O EAC executado no Serviço Tipo I deve ser realizado exclusivamente por
profissional legalmente habilitado.
Art. 12. O EAC realizado pela farmácia autorizada como Serviço Tipo I tem a finali-
dade de triagem, sem fins confirmatórios, com vistas a compor as ações de assistência far-
macêutica, assistência à saúde e orientação sanitária nos termos da Lei nº 13.021, de 8 de
agosto de 2014, e da Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009,
e suas atualizações.
Art. 13. O envio de material biológico coletado no consultório isolado por profissional
habilitado no âmbito da assistência à saúde para o Serviço Tipo III deverá seguir o disposto
nesta Resolução, assim como a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 504, de 27 de
maio de 2021, e suas atualizações.
Subseção II
Do Serviço Tipo II
Art. 16. Ao Serviço Tipo II é proibido realizar a fase analítica do EAC por meio de
metodologias próprias (in house).
I - todos os EAC;
II - coleta, recebimento, armazenamento, acondicionamento e transporte de material
biológico;
III - envio de material biológico para realização de EAC por Laboratório de Apoio;
IV - serviço de coleta e execução de EAC em unidade itinerante;
V - serviço de coleta e execução de EAC em domicílio;
VI - serviço de coleta e execução de EAC em empresa;
VII - serviço de coleta e execução de EAC em Estabelecimento Assistencial de Saúde – EAS.
Seção II
Da infraestrutura física e recursos materiais
Art. 18. A iluminação da sala de realização de EAC deve ser planejada de modo a não
prejudicar a avaliação do EAC e da coloração da pele do paciente.
Art. 19. A empresa onde será realizado o serviço de coleta e execução de EAC deve
dispor, pelo menos, de sala de atendimento individualizado.
Subseção I
Da infraestrutura do Serviço Tipo I
Art. 20. O Serviço Tipo I deve ser dotado, no mínimo, dos seguintes itens obrigatórios:
§ 2º Os itens dos incisos I, II e III podem ser compartilhados com outras unidades
do serviço.
Art. 21. A sala de execução de EAC deve ser dotada, no mínimo, dos seguintes itens
obrigatórios:
I - lavatório;
II - bancada;
III - mesa;
IV - cadeira para coleta;
V - instrumento de refrigeração exclusivo para a guarda e conservação de produtos
para diagnóstico in vitro, com termômetro de momento com máxima e mínima, nos casos de
Art. 22. A sala de execução de EAC no Serviço Tipo I deve dispor de ventilação natu-
ral ou de sistema de climatização.
Subseção II
Da infraestrutura do Serviço Tipo II
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 23 O Serviço Tipo II deve ser do- O Posto de coleta deve Apresentar o
tado, no mínimo, dos seguintes atender aos requisitos espaço físico e
itens obrigatórios: da Resolução da Direto- planta baixa, se
I - área de recepção dimensiona- ria Colegiada – RDC nº houver.
da de acordo com a demanda e 50, de 21 de fevereiro
separada da sala de execução de 2002 e suas atualiza- PQ 003 – Estru-
de EAC; ções. tura, instalações,
II - Depósito de Material de Lim- limpeza e apre-
peza (DML); sentação das
III - sanitário; áreas
IV - copa;
V - vestiário/sanitário de funcio-
nários;
VI - área para lanches de pacien-
tes;
VII - sala de execução de EAC; e
VIII - sanitário de paciente anexo
à sala de execução de EAC.
Parágrafo Os itens de que tratam os inci- Quando o posto de co- Apresentar o es-
único sos de I ao V podem ser com- leta estiver instalado em paço físico.
partilhados com outras unidades uma unidade de serviço
como centros comer-
do serviço. ciais, é permitido com-
partilhar os espaços de
recepção, DML, sanitá-
rios de pacientes, copa
e vestiário/sanitário de
funcionários entre as uni-
dades do serviço.
Art. 24 A sala de execução de EAC deve O posto de coleta deve Apresentar os
conter, no mínimo, os seguintes conter instrumentos de instrumentos do
itens obrigatórios: refrigeração distintos espaço físico.
I - maca; para:
II - área de recebimento, triagem • a guarda e conser- PL 001 – Plano
e guarda temporária de material vação de produtos para de gerenciamen-
biológico; diagnóstico in vitro; e to de resíduos
III - lavatório; • a guarda e conserva- de serviços de
IV - bancada; ção de material biológico; saúde
V - mesa; • a refrigeração, quan-
VI - cadeira para coleta com bra- do existir, deve ser em
çadeira; faixa de temperatura
VII - instrumento de refrigera- apropriada para a ma-
ção exclusivo para a guarda e nutenção da estabilidade
conservação de produtos para ou da viabilidade do que
diagnóstico in vitro, com termô-
será conservado.
metro de momento com máxima
Esses instrumentos de
e mínima, nos casos de produto
refrigeração devem con-
que necessite ser armazenado
ter termômetro calibrado
sob temperatura de refrigeração,
de momento com máxi-
de acordo com as instruções de
uso; ma e mínima.
VIII - instrumento de refrigeração
exclusivo para a guarda e con-
servação de material biológico,
com termômetro de momento
com máxima e mínima;
IX - área para expedição dos re-
cipientes de transporte;
X - área para depósito de instru-
mentos e materiais; e
XI - recipiente para descarte de
materiais perfurocortantes e de
resíduos biológicos.
Subseção III
Da infraestrutura do Serviço Tipo III
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Seção II
Da organização do Serviço de EAC Itinerante
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
CAPÍTULO IV
DA CONTRATUALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Parágrafo O Serviço que executa EAC Realizar uma análise Demostrar análi-
único deve comparar os resultados de comparativa dos resulta- se crítica dos da-
seus indicadores de desempe- dos obtidos em seus indi- dos colhidos.
nho por meio de programas e, cadores de desempenho
quando não disponível, através com referências externas PQ 021
de referências bibliográficas atu- confiáveis. Essas refe-
alizadas. rências podem ser pro- PQ 022 – Análise
gramas de comparação crítica de dados
de desempenho, como
programas de controle
de qualidade externos
ou interlaboratoriais, nos
quais diferentes labo-
ratórios compartilham e
comparam seus resulta-
dos. Esses programas
fornecem uma base de
comparação objetiva e
ajudam a identificar pos-
síveis discrepâncias ou
oportunidades de melho-
ria.
Seção II
Do gerenciamento das tecnologias
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 61 Os instrumentos devem ser cali- A calibração dos instru- Apresentar certifi-
brados em laboratórios acredita- mentos deve ser rea- cados de calibra-
dos por organismos de acredita- lizada em laboratórios ção.
ção signatários dos acordos de acreditados, que foram
reconhecimento mútuo, a fim de avaliados por organis-
garantir a rastreabilidade metro- mos de acreditação re-
lógica, conforme a periodicidade conhecidos e competen-
recomendada pelo fabricante. tes. O laboratório deve
solicitar à ANVISA a
relação dos laboratórios
acreditados para atender
a este requisito.
Parágrafo Na ausência de recomendação Quando o fabricante não PQ 004 – Equipa-
único do fabricante do instrumento informar a periodicida- mentos e Instru-
quanto à periodicidade de cali- de da calibração do ins- mentos
bração, essa deve ser estabe- trumento, o laboratório
lecida pelo Serviço que executa deve estabelecer a sua
EAC de acordo com procedimen- periodicidade, devendo
tos e registros estabelecidos ser executada, no míni-
para a devida evidência de con- mo, uma vez ao ano.
trole metrológico do instrumento,
devendo ser executada com fre-
quência, no mínimo, anual.
Art. 62 O Serviço que executa EAC e a É necessário implemen- Apresentar Pro-
Central de Distribuição devem tar medidas e disposi- cedimento da
garantir meios eficazes para o tivos adequados para qualidade e local
armazenamento dos produtos garantir a conservação, de armazena-
para diagnóstico in vitro e do ma- eficácia e segurança dos mento.
terial biológico, garantindo sua produtos e materiais,
conservação, eficácia e segu- mesmo em situações em
rança, mesmo diante de falha no que haja interrupção no
fornecimento de energia elétrica. fornecimento de energia
elétrica, por exemplo,
com o uso de um gerador
próprio.
Art. 63 Os instrumentos que necessitam Assegurar que os instru- Apresentar regis-
funcionar com temperatura con- mentos que necessitam tros de tempe-
trolada devem ter, no mínimo, de temperatura controla- ratura e local de
medições de temperatura reali- da funcionem adequada- conservação dos
zadas e registradas no início e mente e produzam resul- produtos e mate-
fim da operação. tados confiáveis. rial biológico.
Subseção I
Dos produtos para diagnóstico de uso in vitro, reagentes e insumos
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 64 O Serviço que executa EAC e a O Serviço que executa Apresentar local
Central de Distribuição devem EAC e a Central de Distri- de realização das
dispor de instrumentos de acor- buição devem possuir os atividades com
do com a complexidade do servi- instrumentos necessá- equipamento e
ço e necessários ao atendimento rios para realizar as ativi- produtos com-
de sua demanda. dades de EAC de acordo patíveis com sua
com a complexidade dos demanda.
exames e procedimentos
realizados, levando em
consideração a deman-
da, as necessidades e
exigências do serviço.
Art. 65 O Serviço que executa EAC e a É importante que as Apresentar os
Central de Distribuição devem instruções estejam em manuais dos ins-
manter instruções escritas em língua portuguesa, de trumentos.
língua portuguesa referentes ao forma a garantir que os
instrumento, podendo ser subs- profissionais responsá-
tituídas ou complementadas por veis pelo EAC e pela
manuais do fabricante. Central de Distribuição
possam operar os instru-
mentos de maneira cor-
reta e segura.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 71 O Serviço que executa EAC O cumprimento dos itens Apresentar sis-
deve definir uma política e res- I ao V são fundamentais temática de con-
ponsabilidades para estabele- para garantir a confiden- trole de acessos,
cer: cialidade, integridade e documentos que
I - sistemática de acesso a da- disponibilidade das infor- garantam a con-
dos e informações dos pacientes mações dos pacientes e fidencialidade da
e dos profissionais do serviço; dos profissionais do Ser- informação e ras-
II - controle de acesso a lança- viço que executa EAC. treabilidade.
mento e alterações de dados e Considerando a política
resultados dos exames dos pa- como intenções e dire-
cientes, contendo históricos com ção de uma organização,
datas, horários, usuário e local expressas formalmente
em que ocorreu o cadastro ou pela alta administração,
alteração das informações; a política e responsa-
III - processo sistematizado para bilidade estabelecidas
liberação de resultados dos exa- pelo laboratório devem
mes e laudos dos pacientes, alcançar a privacidade e
seja ela automática ou manual; a confidencialidade das
IV - política de privacidade e con- informações dos pacien-
fidencialidade da informação; e tes.
V - sistemática definida e do-
cumentada de proteção contra
acessos não autorizados.
Art. 72 O Serviço que executa EAC e a A fim de assegurar que Apresentar regis-
Central de Distribuição devem o sistema atenda aos tros da verifica-
realizar a avaliação e verificação requisitos necessários ção prévia execu-
do sistema ou programa de infor- para o seu correto fun- tada.
cionamento e para a
mática antes de sua implemen- garantia da qualidade,
tação, e documentá-las, contem- segurança e efetividade
plando informações referentes à das atividades realizadas
disponibilidade, confiabilidade, pelo Serviço que executa
integridade dos dados e respon- EAC e pela Central de
sabilidades das instituições e Distribuição, antes de ini-
dos usuários. ciar a implementação de
alteração ou de novo Sis-
tema de Informática La-
boratorial (SIL), devem
ser realizadas a avalia-
ção e a verificação deste
sistema, descrevendo,
pelo menos, as informa-
ções referentes à dispo-
nibilidade, confiabilidade
no manejo e integridade
dos dados, responsabi-
lidades do laboratório e
dos funcionários. Pode
ser necessário recorrer
ao fornecedor do SIL. Os
resultados da avaliação
e da verificação devem
ser registrados.
Subseção III
Do gerenciamento de riscos inerentes
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 73 O Serviço que executa EAC e a Identificar, avaliar e con- Apresentar ava-
Central de Distribuição devem trolar os riscos associa- liação de risco
definir e implementar medidas dos às tecnologias em- relacionado às
pregadas no Serviço que
para o aprimoramento constan- executa EAC e na Cen- tecnologias utili-
te do gerenciamento dos riscos tral de Distribuição, com zadas.
inerentes às tecnologias utiliza- o objetivo de garantir a
das. segurança e a qualidade PQ 023
dos processos e procedi-
mentos realizados.
Art. 76 O Serviço que executa EAC e a Garantir a segurança dos Apresentar com-
Central de Distribuição devem funcionários e a preven- provante de en-
manter atualizadas e disponibili- ção de acidentes ou ex- trega dos EPI e
zar a todos os funcionários, ins- posições a riscos, forne- EPC.
truções escritas de biosseguran- cendo orientações claras
ça, contemplando, no mínimo, e atualizadas sobre as PQ 015 – Biosse-
os seguintes itens: medidas de biosseguran- gurança
I - instruções escritas de segu- ça a serem adotadas no IT 006 – Identifi-
rança biológica, química, física, ambiente de trabalho. cação, transporte
ocupacional e ambiental, de O EPI é regulamentado e preservação da
acordo com os procedimentos pela Norma Regulamenta- amostra biológica
realizados, instrumentos e mi- dora 6. Conforme NR 32, o PL 002 – Plano
crorganismos envolvidos, ado- empregador deve elaborar de Prevenção de
tando as medidas de segurança e implementar Plano de Riscos de Aciden-
compatíveis; Prevenção de Riscos de tes com Materiais
II - instruções de uso para os Acidentes com Materiais Perfurocortantes
Equipamentos de Proteção Indi- Perfurocortantes.
vidual (EPI) e Equipamentos de
Proteção Coletiva (EPC);
III - procedimentos em caso de
acidentes; e
IV - manuseio e transporte
de material biológico, quando
aplicável.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 78 O Serviço que executa EAC e a Elaborar e manter instru- PQ 016 – Lava-
Central de Distribuição devem ções escritas para limpe- gem e esteriliza-
possuir instruções escritas para za, desinfecção e esteri- ção de materiais
limpeza, desinfecção e esteri- lização das superfícies, IT 001 – Limpeza
lização das superfícies, insta- instalações, instrumen- e descontamina-
lações, instrumentos, artigos e tos, artigos e materiais ção das áreas e
materiais. utilizados, minimizando superfícies
possíveis falhas que po- IT 002 – Limpeza
dem ter como consequ- e desinfecção de
ência a disseminação e equipamentos e
transferência de micror- instrumentos
ganismos nos ambientes
dos serviços de saúde,
colocando em risco a
segurança dos pacientes
e dos profissionais que
atuam nesses serviços.
A ANVISA disponibiliza
a publicação “Limpeza e
Desinfecção de Superfí-
cies”.
Parágrafo Deve ser assegurada a higieni- É necessário adotar prá- Apresentar os re-
único zação dos ambientes de forma a ticas e procedimentos gistros.
garantir a segurança do paciente de limpeza que sejam
e dos profissionais. eficazes na remoção de
sujidades e na redução
da carga microbiana pre-
sente nos ambientes.
Art. 79 A limpeza do ambiente onde é O registro diário da lim- Apresentar os re-
realizado o EAC deve ter sua peza pode ser feito por gistros.
execução registrada diariamente meio de formulários ou
no início e no término do horário planilhas específicas,
de funcionamento. nos quais devem ser re-
gistradas as informações
relevantes, como a data,
o horário, os locais e as
atividades de limpeza re-
alizadas.
§ 1º Todos os ambientes relaciona- Apresentar os re-
dos à execução de EAC devem gistros.
estar limpos antes de todos os
atendimentos.
Seção III
Da gestão de documentos
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 84 O Serviço que executa EAC e a Isso significa que o ser- Contrato Social,
Central de Distribuição devem viço e a central de dis- CNES, Alvará de
disponibilizar os documentos tribuição devem manter funcionamento,
comprobatórios de sua regu- em posse os documen- Alvará Sanitário,
laridade sanitária, sempre que tos que comprovam sua Registro no Con-
requisitado pela autoridade sani- conformidade com as selho de Classe,
tária competente. normas sanitárias e re- (Laboratório e
gulamentações vigentes. Responsável
Técnico).
Art. 85 O Serviço que executa EAC O laboratório deve dispo- PQ 002 – Exa-
deve disponibilizar nos locais de nibilizar acesso aos pro- mes
execução do exame, procedi- cedimentos de execução PQ 012 – Laudo
mentos documentados orientan- dos exames. laboratorial
do com relação às suas ativida- I - O serviço deve es-
des, incluindo: tabelecer um processo
I - sistemática de registro e libe- claro e documentado
ração de resultados; para registrar e liberar os
II - procedimentos para resulta- resultados dos exames
dos potencialmente críticos; e realizados;
III - sistemática de revisão de II - O serviço deve esta-
resultados e liberação de laudos belecer procedimentos
por profissional legalmente habi- específicos para lidar
litado. com resultados de exa-
mes que apresentem
valores potencialmente
críticos;
III - O serviço deve esta-
belecer uma sistemática
para revisão dos resul-
tados dos exames e a li-
beração dos respectivos
laudos por um profissio-
nal legalmente habilita-
do.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 86 O Serviço que executa EAC e a Garantir que o serviço Apresentar des-
Central de Distribuição devem tenha uma equipe ade- crições de cargo
possuir equipes dimensionadas quada em número e qua- e equipe dimen-
de acordo com seu perfil de de- lificação para realizar as sionada para o
manda e em conformidade com atividades de EAC de serviço.
o estabelecido nas demais nor- forma segura, eficiente e
mativas aplicáveis. em conformidade com as DC 001 – Descri-
normas e regulamentos ção de cargos
aplicáveis.
Art. 87 O Ministério da Saúde e as Se- O Ministério da Saúde e Apresentar os re-
cretarias de Saúde Estaduais, as Secretarias de Saúde gistros
Municipais e do Distrito Federal, Estaduais, Municipais e
em seus protocolos e campa- do Distrito Federal têm
nhas, podem utilizar a prestação a prerrogativa de utilizar
de serviços por profissionais a prestação de serviços
por profissionais capa-
que sejam capacitados para a
citados para realizar
realização de coletas e exames, coletas e exames. No
responsabilizando-se pelos trei- entanto, é de responsa-
namentos e capacitações ne- bilidade dessas entida-
cessários para que a execução des garantir que esses
das atividades relacionadas aos profissionais recebam os
EAC ocorra em conformidade treinamentos e capaci-
com esta Resolução. tações necessários para
executar as atividades
relacionadas ao EAC.
Art. 88 O Serviço que executa EAC e a O supervisor é respon- Apresentar re-
Central de Distribuição devem sável por garantir que gistros do profis-
possuir um profissional legal- as atividades realizadas sional habilitado
mente habilitado como supervi- pelos profissionais técni- legalmente.
sor do pessoal técnico durante cos estejam em confor-
seu período de funcionamento. midade com as diretrizes
e normas estabelecidas
nesta Resolução.
§ 1º O supervisor do pessoal técnico Apresentar regis-
poderá ser o Responsável Téc- tros.
nico.
§ 2º O Serviço que executa EAC e a Apresentar regis-
Central de Distribuição podem tros.
possuir um ou mais supervisores
do pessoal técnico
CAPÍTULO VI
DO GERENCIAMENTO DOS PROCESSOS OPERACIONAIS
Seção I
Da rastreabilidade do material biológico
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 94 O Serviço que executa EAC e a É crucial que o Serviço Apresentar o pro-
Central de Distribuição devem e a Central de Distri- cedimento que
garantir e evidenciar a rastrea- buição adotem procedi- descreve sobre
bilidade de todas as atividades mentos e sistemas ade- a rastreabilidade
relacionadas ao material biológi- quados para registrar do material bioló-
co, desde sua coleta até o seu e documentar todas as gico desde a sua
descarte. atividades relacionadas coleta até o seu
ao material biológico, descarte.
assegurando sua ras-
treabilidade completa e
confiável.
Art. 95 O laudo liberado pelo Serviço O laudo do exame deve Apresentar laudo
que executa EAC deve conter conter o número do com a informação
nome e número do cadastro no CNES referente aos ser- necessária.
CNES do(s) estabelecimento(s) viços que se responsa-
responsável(eis) pela fase analí- bilizaram pela fase ana-
tica de cada EAC realizado. lítica do exame, como
o Laboratório Clínico e
o Laboratório de Apoio,
quando o exame foi por
ele realizado. Quando
dois ou mais Labora-
tórios de apoio, os res-
pectivos CNES devem
constar dos laudos dos
exames.
Parágrafo A identificação do material bio- Ao adotar a identificação Apresentar pro-
único lógico, quando da realização simplificada do material cedimento da
de exames no ato da coleta e biológico com o nome qualidade des-
com entrega imediata do laudo completo do paciente crevendo a iden-
ao paciente, pode ser simplifi- e sua idade ou data de tificação do ma-
cada com o nome completo do nascimento, o Serviço terial biológico
paciente e sua idade ou data que executa EAC deve quando da reali-
de nascimento, desde que seja estabelecer procedimen- zação de exame
possível realizar a rastreabili- tos e controles rigorosos no ato da coleta,
dade entre material biológico e para garantir a rastreabi- exame contíguo
paciente, de forma a garantir a lidade entre o material e com a coleta, e
segurança do paciente e do seu o paciente. com a entrega
material biológico. imediata do laudo
ao paciente.
IT 006
Art. 96 Quando for utilizada Metodo- Deve existir um procedi- Apresentar rela-
logia Própria, o Serviço Tipo III mento que descreva as tório com a ras-
deve garantir a rastreabilidade condições que garantam treabilidade re-
de todos os insumos, reagentes o controle e a rastrea- quisitada.
e demais componentes utiliza- bilidade dos insumos,
dos na análise. reagentes e os demais FR 021 – Con-
componentes utilizados trole de lotes de
no processo analítico. insumos
Seção II
Da fase pré-analítica
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 98 O Serviço que executa EAC O Laboratório deve pos- Apresentar pro-
deve: suir um procedimento cedimento da
I - disponibilizar ao paciente ou escrito relatando sobre o qualidade. De-
responsável, instruções (físicas, fornecimento ao pacien- monstrar aplica-
digitais ou verbais), em lingua- te ou seu responsável as ção do procedi-
gem acessível, orientando sobre instruções que orientam mento.
o preparo e coleta de material sobre o preparo ou so-
biológico, tendo como objetivo a bre a coleta do material IT 003 – Instru-
compreensão do paciente; e biológico, em linguagem ções de coleta
II - solicitar ao paciente docu- acessível à compreen- para coletadores;
mento válido com foto que com- são do paciente ou seu IT 004 – Instru-
prove a sua identificação para o responsável. ções de coleta de
cadastro. O laboratório poderá material pelo pa-
prestar estas orientações ciente/cliente;
verbal, escritas em papel IT 005 – Atendi-
ou em ambiente digital. mento e cadas-
Deve solicitar um docu- tro do paciente/
mento válido para sua cliente
identificação.
Art. 100 O cadastro do paciente deve in- O cadastro do paciente Evidenciar exe-
cluir as seguintes informações: deve conter as informa- cução do procedi-
I - número de registro de identifi- ções dos incisos I a VIII mento.
cação do paciente; do Artigo 100, quando for
II - nome completo do paciente; um Laboratório ou Posto IT 005
III - nome social, quando aplicá- de coleta privado.
vel; Convém avaliar a inclu-
IV - data de nascimento; são de esclarecimentos
V - sexo biológico; sobre estas condições:
VI - nome da mãe; • Nome social do
VII - telefone ou endereço do pa- paciente, quando é que é
ciente; e aplicável;
VIII - nome e contato do respon- • O que é sexo
sável em caso de menor de ida- biológico e quais são;
de ou de incapaz. • Nome da mãe,
motivo da inclusão; e
• Quando uma
pessoa é designada
como incapaz.
Art. 102 O cadastro do EAC deve incluir EAC, garantindo a qua- IT 005
as seguintes informações: lidade e a confiabilidade
I - nome do solicitante; dos resultados.
II - data e horário do atendimen- Incluir os dados referen-
to; tes ao recebimento da
III - horário da coleta do material amostra, quando aplicá-
biológico, quando aplicável; vel;
IV - nome e número do cadastro
no CNES da unidade responsá-
vel pela coleta do material bioló-
gico;
V - exames solicitados e tipo do
material biológico;
VI - informações adicionais;
VII - nome do profissional que
executou o cadastro;
VIII - nome do profissional que
executou a coleta do material
biológico, quando aplicável;
IX - nome do profissional que va-
lidou o recebimento do material
biológico, quando aplicável;
X - data prevista para a entrega
do laudo, quando aplicável;
XI - indicação de urgência, quan-
do aplicável; e
XII - informações adicionais do
paciente relevantes para o EAC,
como o uso de medicamentos,
vitaminas e condições de saúde.
Art. 103 O Serviço que executa EAC As informações forneci- Apresentar pro-
deve fornecer ao paciente ou ao das no comprovante de cedimento da
seu responsável um comprovan- atendimento auxiliam o qualidade.
te de atendimento contendo: paciente ou seu respon-
I - número de registro; sável a ter conhecimento IT 005
II - nome do paciente; sobre o andamento do
III - data do atendimento; processo de análises clí-
IV - data prevista de entrega do nicas.
laudo; Para que o laudo do
V - relação de exames solicita- exame seja entregue
dos; e mediante a apresenta-
VI - dados do contato do serviço ção do comprovante do
que executa o EAC. atendimento, incluindo a
terceiros, esta condição
deve estar claramente
destacada no compro-
vante do atendimento.
Art. 105 O Serviço que executa EAC Esses critérios são ne- O laboratório
deve definir critérios para acei- cessários para lidar de deve possuir um
tação, rejeição, identificação e maneira adequada com procedimento
realização de EAC em material amostras que possuam descrevendo so-
biológico com restrições. características especí- bre os critérios
ficas ou restrições que definidos para
possam afetar a análise aceitação, rejei-
e a interpretação dos re- ção, identificação
sultados. e realização de
EAC em material
biológico com
restrição da qua-
lidade especifica-
da pelo laborató-
rio para o exame.
IT 006
Art. 106 Ao Serviço Tipo I é proibido a Esse tipo de serviço não Apresentar local
coleta de material biológico em está autorizado a realizar de coleta.
ambiente externo ao Serviço. a coleta de amostras em
locais fora de suas insta-
lações próprias.
Subseção I
Do transporte de material biológico
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 107 O Serviço que executa EAC, o A RDC nº 504 é uma nor- Apresentar pro-
Serviço Itinerante e a Central de ma específica que estabe- cedimento da
Distribuição devem transportar lece os requisitos técnicos qualidade ade-
o material biológico de acordo para o transporte de mate- quado a RDC
com os requisitos da Resolução rial biológico, e suas atua- 504:2021.
de Diretoria Colegiada – RDC nº lizações. É importante que
504, de 27 de maio de 2021, e esses serviços estejam IT 006
suas atualizações. atualizados em relação às
atualizações da RDC nº
504 e de quaisquer outras
normas relevantes que
possam ser aplicáveis.
Art. 110 Todo material biológico trans- A inclusão desses dados Apresentar em-
portado deve conter, em sua nas embalagens terciá- balagem terciá-
embalagem terciária, dados dos rias é fundamental para ria devidamente
exames solicitados, do material evitar erros de identifica- identificada.
biológico coletado, do paciente e ção, extravio ou mistura
do solicitante. de amostras, garantindo
a correta associação en-
tre o material biológico e
as informações clínicas
pertinentes.
Subseção II
Da Central de Distribuição
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 111 É permitido ao Serviço que exe- Essa permissão visa ofe- Apresentar con-
cuta EAC a contratação de Cen- recer flexibilidade aos trato com uma
tral de Distribuição. serviços de EAC, permi- central de distri-
tindo que eles possam buição, se perti-
terceirizar a distribuição nente.
e o transporte de mate-
riais biológicos para uma
Central de Distribuição
especializada.
Art. 112 O serviço que executa EAC pode Independentemente da Apresentar pro-
contar com Central de Distribui- escolha entre uma Cen- cedimento da
ção própria ou contratada para tral de Distribuição pró- qualidade.
a realização das atividades re- pria ou contratada, é fun-
lacionadas ao armazenamento, damental que o serviço IT 006
acondicionamento e transporte de EAC estabeleça pro-
de material biológico. cedimentos adequados
para o armazenamen-
to, acondicionamento e
transporte de material
biológico, garantindo a
integridade, a rastrea-
bilidade e a segurança
desses materiais durante
todo o processo.
Art. 113 A Central de Distribuição deve Esse profissional deve Apresentar o re-
possuir um profissional legal- possuir conhecimento gistro do profis-
mente habilitado como Respon- técnico e experiência na sional em con-
sável Técnico. área, bem como estar selho de classe
devidamente registrado e e Certidão de
habilitado junto ao órgão Regularidade.
competente, como con-
selhos profissionais ou
entidades reguladoras.
Parágrafo Em caso de impedimento do O profissional substituto Apresentar pro-
único Responsável Técnico, a Central deve possuir as mesmas fissional substitu-
de Distribuição deve apresentar qualificações e habilita- to e Certidão de
um profissional legalmente habi- ções requeridas para o Regularidade.
litado para substituí-lo. cargo de Responsável
Técnico.
Art. 114 A Central de Distribuição deve Ao receber o material Apresentar for-
verificar e registrar as condições biológico, a Central de mulários de regis-
de transporte e armazenamento Distribuição tem a res- tros que compro-
aplicáveis, incluindo requerimen- ponsabilidade de asse- vem as condições
tos especiais de temperatura, gurar que ele seja ma- de transporte e
umidade ou exposição à luz, data nuseado e armazenado armazenamento.
de validade, quantidades recebi- de acordo com as condi-
das e a integridade da carga. ções recomendadas.
Art. 115 À Central de Distribuição não é Essas restrições visam Apresentar pro-
permitido: garantir a separação cla- cedimento da
I - violar a embalagem primária ra das responsabilidades qualidade com
do material biológico; e entre a Central de Distri- orientações so-
II - realizar as atividades rela- buição e o serviço que bre o manuseio
cionadas às fases analítica e executa EAC. do material e ati-
pós-analítica. vidades realiza-
das.
IT 006
Art. 116 A Central de Distribuição deve Essa exigência visa Apresentar ter-
utilizar instrumento de refrigera- garantir que o armaze- mômetros em
ção exclusivo para armazena- namento do material seu local de uso
mento de material biológico que biológico que requer e registros de
necessite de temperatura con- temperatura controlada temperatura.
trolada, com termômetro de mo- seja realizado de forma
mento com máxima e mínima. adequada e segura. FR 001 – Contro-
le de temperatura
Art. 120 A área de armazenamento deve É necessário ter um dis- Apresentar ter-
ser dotada de instrumento ade- positivo ou sistema de mômetros em
quado para controle da tempera- monitoramento e con- seu local de uso.
tura e umidade requerido. trole que permita acom-
panhar e ajustar a tem-
peratura e umidade da
área de armazenamento,
quando pertinente.
Parágrafo Deve ser registrado o monitora- Apresentar os
único mento da temperatura e da umi- registros de tem-
dade controlada. peratura e de
umidade, quando
pertinente.
FR 001
Art. 121 É proibido à Central de Distri- Isso significa que a Cen- Apresentar pro-
buição a realização de ativida- tral de Distribuição deve cedimento da
de que não esteja associada ao se dedicar exclusivamen- Qualidade que
armazenamento, acondiciona- te às tarefas relaciona- declare sobre
mento e transporte de material das à recepção, guarda o cumprimento
biológico. temporária, preparo para destas proibi-
transporte e expedição ções.
do material biológico.
IT 006
Art. 122 A Central de Distribuição deve A Central de Distribuição Apresentar pro-
realizar a avaliação da qualida- tem a responsabilidade cedimento da
de de um produto ou serviço no de avaliar a qualidade qualidade e re-
caso de suspeita de desvio da de produtos ou serviços gistros de ações
qualidade. em casos de suspeita de tomadas, quando
desvio. Essa medida ga- pertinente.
rante que apenas produ-
tos de qualidade sejam PQ 007 – Rea-
distribuídos, mantendo a gentes
satisfação dos clientes.
Parágrafo Todos os registros devem estar O acesso aos registros PQ 013
único acessíveis e especificados em deve ser especificado
instruções escritas. em documento.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 123 O Serviço que executa EAC I - Garantir a padroniza- Apresentar pro-
deve: ção e a consistência das cedimento da
I - dispor de instruções escritas, análises realizadas; Qualidade espe-
disponíveis e atualizadas para II - Identificar possíveis cífico e registros
todos os processos analíticos, desvios e a garantia da das atividades
podendo ser utilizadas as instru- qualidade dos resulta- realizadas.
ções de uso do fabricante; dos com a inclusão de
II - disponibilizar meios que per- instrumentos, reagentes, PQ 002
mitam a rastreabilidade de toda controles, calibradores, PQ 008 – Água
a fase analítica; insumos e pessoal; reagente
III - definir limites de risco, va- III - Assegurar uma res- FR 005 – Contro-
lores críticos ou de alerta, para posta rápida e adequa- le da água rea-
os exames com resultados que da diante de resultados gente
necessitem tomada imediata de urgentes e comunicar ao FR 017 – Comu-
decisão bem como devem definir pessoal de saúde os va- nicação de resul-
fluxo de comunicação ao profis- lores críticos e registrar; tados com valo-
sional de saúde responsável ou IV - Quando apropriado, res críticos
paciente quando houver neces- é importante definir o
sidade de decisão imediata; grau de pureza da água
IV - definir, quando aplicável, reagente utilizada nos
o grau de pureza da água rea- exames e nos controles
gente utilizada na realização de de qualidade. Essa espe-
exames e nos controles da qua- cificação contribui para a
lidade; e confiabilidade e a preci-
V - implementar as avaliações e são dos resultados;
testes necessários para assegu- V - Garantir que a água
rar a conformidade do grau de utilizada nos processos
pureza da água reagente. analíticos esteja dentro
dos padrões de qualidade
exigidos.
Art. 124 O processo analítico deve ser o Assegurar que as análi- Apresentar as
referenciado nas instruções de ses sejam realizadas de referências utili-
uso do fabricante, em referên- acordo com os padrões zadas.
cias bibliográficas ou em pesqui- estabelecidos, utilizando
sa cientificamente válida condu- métodos validados e con-
zida pelo Serviço que executa fiáveis. A adoção de proce-
EAC. dimentos embasados em
fontes confiáveis garante a
qualidade e a precisão dos
resultados obtidos.
Art. 125 O Serviço Tipo III pode utilizar Ao utilizar Laboratórios Apresentar con-
Laboratórios de Apoio para rea- de Apoio, é importante trato de presta-
lização de seus EAC. estabelecer acordos e ção de serviço
critérios de seleção para com o Laborató-
garantir que esses la- rio de Apoio.
boratórios atendam aos
padrões e requisitos ne-
cessários, assegurando
a confiabilidade dos re-
sultados e a conformida-
de com as normas regu-
latórias.
§ 1º O Serviço Tipo III deve formalizar Apresentar con-
a prestação de serviços através trato de presta-
de contratos, nos termos desta ção de serviço.
Resolução.
§ 2º Os Laboratórios de Apoio devem O Laboratório de
ser Serviços Tipo III. Apoio também é
um Laboratório
Clínico.
§ 3º O Serviço Tipo III deve avaliar A avaliação anual é es- Apresentar quali-
anualmente a qualidade dos ser- sencial para garantir que ficação anual de
viços prestados pelo Laboratório o Laboratório de Apoio fornecedores.
de Apoio, considerando: atenda aos padrões de
I - a comprovação da regularida- qualidade estabelecidos, PQ 011 – Labora-
de do Laboratório de Apoio junto assegurando a confiabili- tórios de apoio
à autoridade sanitária local; e dade dos resultados e a FR 018 – Qualifi-
II - a comprovação da qualidade satisfação dos pacientes cação de Labora-
analítica dos exames contrata- atendidos pelo Serviço tórios de Apoio
dos através dos resultados obti- Tipo III. FR 016 – Resul-
dos por participação em Contro- I - Assegurar que o labo- tados inaceitá-
le Externo da Qualidade (CEQ). ratório cumpra todas as veis do CEQ e
exigências e regulamen- providências
tos estabelecidos, ga-
rantindo a conformidade
legal e a segurança dos
serviços prestados.
II - O Laboratório Clíni-
co que contratou o La-
boratório de Apoio deve
comprovar a qualidade
analítica dos exames
contratados, pelos resul-
tados obtidos por partici-
pação (do Laboratório de
Apoio) em CEQ.
Art. 126 É permitido ao Serviço Tipo III Essa flexibilidade per- Apresentar con-
a contratatualização de Labora- mite ao serviço acessar trato de presta-
tório de Apoio localizado fora do recursos especializados ção de serviço
território brasileiro. e aproveitar parcerias e documentos
internacionais para am- comprobatórios
pliar sua capacidade da regularidade
analítica. É importante do laboratório de
que o laboratório estabe- apoio e seu terri-
leça critérios de seleção tório de origem.
rigorosos para garantir a Documentos em
qualidade e a conformi- tradução jura-
dade dos serviços pres- mentada em lín-
tados pelo laboratório de gua portuguesa.
apoio estrangeiro, bem
como deve considerar
questões regulatórias re-
lacionadas à importação
de amostras e transfe-
rência de dados.
§ 1º O Laboratório de Apoio contra- Apresentar o al-
tualizado deve estar regulariza- vará sanitário.
do junto à autoridade sanitária
competente do país onde está
localizado.
§ 2º Deve estar disponível para a Apresentar o al-
autoridade sanitária brasileira vará sanitário.
cópia do documento original que
comprova a regularidade do es-
tabelecimento junto à autoridade
sanitária competente do país
onde está localizado, acompa-
nhada da tradução juramentada
em língua portuguesa.
Art. 127 Os resultados dos EAC que in- O laboratório é o respon- Apresentar regis-
diquem suspeita de Doença de sável pela notificação tros de notifica-
Notificação Compulsória devem sanitária do resultado do ção, se houver.
ser notificados conforme Porta- exame, assegurando o
ria de Consolidação GM/MS nº cumprimento das obriga- PQ 002
4, de 28 de setembro de 2017, ções legais e contribuin- PQ 012
e suas atualizações, e Portaria do para a prevenção e o
GM/MS nº 420, de 2 de março controle de doenças de
de 2022, e suas atualizações. interesse para a saúde
pública. As VISA locais
fornecem orientações
para o laboratório cum-
prir este requisito. A no-
tificação sanitária está
prevista na Lei 6.259:75,
que esclarece, entre ou-
tros, o caráter sigiloso
a ser observado pelos
profissionais, pelas au-
toridades sanitárias e por
todos os trabalhadores
que lidam com dados da
notificação.
Art. 128 O Serviço que realiza teste de É necessário utilizar as Apresentar docu-
sensibilidade aos antimicrobia- culturas de referência mentos da Quali-
nos e detecção fenotípica de listadas nos documentos dade.
mecanismos de resistência deve do Brazilian Committee
seguir a Portaria do Ministério da on Antimicrobial Suscep-
Saúde nº 64, de 11 de dezembro tibility Testing (BrCAST).
de 2018, e suas atualizações, e Essas diretrizes esta-
utilizar culturas de referência lis- belecem os critérios e
tadas nos documentos do Brazi- os métodos adequados
lian Committee on Antimicrobial para a realização dos
Susceptibility Testing (BrCAST). testes, garantindo a con-
fiabilidade e a compara-
bilidade dos resultados
obtidos.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 129 Somente o Serviço Tipo III pode O serviço de tipo III pode Apresentar pro-
desenvolver e utilizar Metodolo- criar seus próprios mé- cedimento da
gia Própria. todos analíticos para a qualidade e mé-
realização de Exames de todos/protocolos
Análises Clínicas (EAC), de validação utili-
desde que atendam aos zados.
critérios de validação e
sejam adequados para PQ 002
produzir resultados con-
fiáveis e precisos.
Art. 130 O Serviço Tipo III que utilizar Documentação funda- PQ 002
Metodologia Própria deve docu- mental para garantir a
mentá-la, incluindo, no mínimo: padronização, a consis-
I - descrição das etapas do pro- tência e a qualidade dos
cesso; processos analíticos do
II - rastreabilidade de todos os Serviço Tipo III, além de
produtos e insumos utilizados; assegurar a conformida-
III - especificação e sistemática de com os requisitos re-
de aprovação de insumos, rea- gulatórios
gentes, equipamentos e instru- I - Uma descrição de-
mentos; talhada das etapas do
IV - sistemática de validação de processo, fornecendo
etapas e procedimentos, volume informações claras sobre
de reagentes, tipos de material cada passo realizado;
biológico, materiais necessários, II - A rastreabilidade de
forma de interpretação dos re- todos os produtos e in-
sultados; e sumos utilizados, garan-
V - determinação da sensibilida- tindo a possibilidade de
de e especificidade das metodo- rastrear a origem e o uso
logias. de cada item ao longo do
processo analítico;
III - A especificação e a
sistemática de aprova-
ção de insumos, reagen-
tes, equipamentos e ins-
trumentos, assegurando
que somente materiais
adequados e aprovados
sejam utilizados;
IV - A sistemática de va-
lidação de etapas e pro-
cedimentos, incluindo o
volume de reagentes, os
tipos de material biológi-
co, os materiais neces-
sários e a forma de inter-
pretação dos resultados;
V - Demonstrar a capaci-
dade de identificar corre-
tamente os resultados e
a precisão dos mesmos.
Parágrafo O Serviço Tipo III pode utilizar Essa flexibilidade permi- Apresentar rela-
único como componente do procedi- te ao serviço Tipo III utili- tório de valida-
mento de ensaio por Metodo- zar esses materiais e re- ção.
logia Própria, materiais de uso agentes específicos para
laboratorial geral e reagentes desenvolver e realizar
isolados comercializados como seus próprios ensaios,
insumos para fabricação de pro- desde que sejam ade-
dutos, bem como, outros rotu- quados e atendam aos
lados internacionalmente como critérios de validação ne-
Research Use Only (RUO), cessários para garantir
Analytic Specific Reagent (ASR) a confiabilidade e a pre-
ou Investigational Use Only cisão dos resultados ob-
(IUO). tidos. É importante res-
saltar que o uso desses
materiais e reagentes
deve estar em conformi-
dade com as normas e
regulamentos aplicáveis,
bem como ser devida-
mente documentado e
controlado pelo Serviço
Tipo III. Materiais de uso
laboratorial geral, pro-
dutos químicos puros e
reagentes isolados, não
são passiveis de registro
na ANVISA e, portanto,
não estão sujeitos à vi-
gilância sanitária. Entre
outros estão: geladeiras,
estufas, banho-maria,
ácido clorídrico, hidróxi-
do de potássio ou tinta
da China.
Art. 131 O serviço Tipo III deve especi- Essa exigência garante a Apresentar laudo
ficar no laudo quais resultados transparência e a clare- com a especifica-
foram obtidos por Metodologia za na comunicação dos ção “Metodologia
Própria. resultados aos profissio- própria”.
nais de saúde e aos pa-
cientes.
Art. 132 Fica proibido ao Serviço Tipo III O Serviço Tipo III con- Apresentar pro-
comercializar, repassar, doar ou centra-se em utilizar sua cedimento da
entregar para consumo reagen- Metodologia Própria in- qualidade com
tes ou qualquer produto prove- ternamente, asseguran- as definições de
niente de Metodologia Própria. do a rastreabilidade, a uso.
validação e a conformi-
dade necessárias para PQ 002
fornecer resultados con-
fiáveis aos pacientes e
profissionais de saúde.
Qualquer destes atos tor-
naria estes reagentes de
uso comercial e, em con-
sequência, de registro
obrigatório na ANVISA.
§ 1º O disposto no caput não se apli- O Serviço Tipo III pode
ca à disponibilização de reagen- fornecer reagentes e ma-
tes e materiais para uso na fase teriais específicos para
pré-analítica pelo Serviço Tipo II serem utilizados na fase
vinculado. pré-analítica pelo Servi-
ço Tipo II.
§ 2º O Serviço Tipo III pode repassar
ou ceder o conhecimento cientí-
fico, fruto do desenvolvimento de
metodologia própria.
Art. 133 Todas as atividades relaciona- Esse requisito visa ga- Apresentar pro-
das às fases do processo opera- rantir a responsabilidade cedimento da
cional de execução da Metodo- e o controle total sobre qualidade adota-
logia Própria devem ocorrer no a execução dos proce- do e evidências
serviço que a desenvolveu. dimentos específicos de execução.
da Metodologia Própria,
impedindo que parte da PQ 002
metodologia própria, seja
realizada em locais dis-
tintos, podendo ser am-
bos ou não pertencentes
ao mesmo laboratório.
Art. 134 A Metodologia Própria deve ter Esse requisito enfatiza a Apresentar rela-
sua adequabilidade demonstra- importância de se validar tórios de valida-
da ao uso pretendido por meio a Metodologia Própria, ção e conclusão.
de fundamentação científica e assegurando sua preci-
das condições operacionais do são, robustez e conformi-
Serviço Tipo III, por meio de es- dade com os requisitos
tudo de validação, guias ou pa- técnicos e regulatórios.
drões nacionais.
§ 1º O disposto no caput exclui mé- Métodos gerais compen-
todos gerais compendiais bási- diais básicos, amplamen-
cos como medida de pH, entre te aceitos e utilizados na
outros. prática laboratorial, não
precisam passar pelo
processo de validação
específico da Metodolo-
gia Própria.
§ 2º Não são aceitas as instruções Embora essas instruções
de uso dos produtos rotulados possam fornecer infor-
como Research Use Only (RUO) mações valiosas sobre o
como único subsídio para valida- uso dos produtos, é ne-
ção. cessário realizar estudos
de validação específicos
para garantir a adequa-
ção e a confiabilidade
dos resultados obtidos.
Art. 135 O Serviço Tipo III deve elaborar Fornecer uma docu- Apresentar pro-
relatório de validação com des- mentação completa do cedimento da
crição dos procedimentos, dos processo de validação, qualidade.
materiais necessários e utiliza- permitindo que outros
dos, dos parâmetros analíticos, profissionais do labo- PQ 002
dos critérios de aceitação e dos ratório compreendam e
resultados, com detalhamento reproduzam os passos
suficiente para possibilitar sua realizados. Este relatório
reprodução e, quando aplicável, de validação será o que
sua avaliação estatística. conferirá, entre outros, a
qualidade dos resultados
do exame realizado na
modalidade metodologia
própria.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 136 O Serviço que executa EAC As instruções escritas Apresentar pro-
deve possuir instruções escritas devem estabelecer di- cedimento da
para liberação de resultados e retrizes claras sobre os qualidade.
assinatura legalmente válida de procedimentos a serem
laudos, que contemplem as situ- seguidos, considerando PQ 012
ações de rotina, plantões, urgên- as situações de rotina e
cias e emergências. as situações excepcio-
nais que exigem uma
resposta rápida, como
plantões, urgências e
emergências.
Parágrafo O Serviço que executa EAC A definição desse fluxo Apresentar fluxo
único deve definir o fluxo de comuni- de comunicação é es- de comunicação.
cação ao paciente, ao médico sencial para garantir a
ou profissional de saúde res- segurança e o cuidado
ponsável pelo paciente, quando adequado dos pacientes,
houver necessidade de decisão permitindo que os profis-
imediata. sionais de saúde tomem
decisões informadas e
oportunas com base nos
resultados obtidos.
Art. 137 O laudo deve ser legível, sem ra- O laudo deve ser redigi- Apresentar um
suras de transcrição, escrito em do em língua portugue- modelo de laudo.
língua portuguesa, datado e as- sa, a fim de garantir que
sinado por profissional de nível seja compreensível para
superior legalmente habilitado. os profissionais de saú-
de e pacientes envolvi-
dos. É necessário que
o laudo esteja datado,
indicando a data em que
foi emitido, e assinado
por um profissional de
nível superior legalmente
habilitado, assegurando
a autenticidade e a res-
ponsabilidade técnica
das informações apre-
sentadas.
Art. 138 O laudo deve conter, no mínimo: Os itens I ao XIV são es- Apresentar pro-
I - nome do Serviço que executa senciais para assegurar cedimento da
EAC responsável pela análise, a integridade, qualidade qualidade.
com o respectivo número do e confiabilidade dos lau-
CNES; dos emitidos pelo Ser- PQ 012
II - endereço e telefone de con- viço de EAC, além de
tato do Serviço que executa EAC estarem em conformi-
responsável pela análise; dade com as exigências
III - nome e número do registro regulatórias e normativas
do RT, no respectivo conselho aplicáveis.
de classe profissional; A assinatura legalmen-
IV - nome e número do registro te válida é a assinatura
no respectivo conselho de clas- feita de próprio punho e
se do profissional legalmente aquelas previstas na Lei
habilitado que assina o laudo do nº 14.063, de 23 de se-
exame; tembro de 2020.
V - nome e registro de identifica-
ção do paciente;
VI - idade ou data de nascimen-
to;
VII - data da coleta do material
biológico;
VII - nome do exame, tipo de
material biológico e método ana-
lítico;
IX - resultado do exame e unida-
de de medição;
X - valores de referência, limita-
ções técnicas da metodologia e
dados para interpretação;
XI - especificação da Metodo-
logia Própria utilizada, quando
aplicável;
XII - quando for aceito material
biológico com restrição, essa
condição deve constar no laudo;
XIII - data de emissão do laudo;
e
XIV - assinatura legalmente vá-
lida.
Art. 139 O Serviço de EAC Tipo III que O Serviço deve adotar Apresentar docu-
optar pela transcrição dos lau- medidas adequadas mento da quali-
dos emitidos pelo Laboratório de para assegurar que as dade.
Apoio, deve garantir a fidedigni- informações transcritas
dade dos mesmos. sejam precisas e consis- PQ 012
tentes com os resultados
originais.
§ 1º O responsável pela liberação do O responsável pela libe- Apresentar pro-
laudo pode adicionar comentá- ração do laudo, no caso cedimento da
rios de interpretação ao texto do do Serviço de Exame de qualidade.
Laboratório de Apoio, conside- Análises Clínicas (EAC) Deve ser verifi-
rando o estado do paciente e o Tipo III, tem a prerroga- cado o artigo 6,
contexto global dos exames. tiva de adicionar comen- incisos II, III e IV
tários de interpretação do código do con-
ao texto do Laboratório sumidor.
de Apoio. Esses comen-
tários podem levar em PQ 012
consideração o estado
do paciente e o contexto
global dos exames reali-
zados.
§ 2º O laudo deve conter o nome do A informação do nome Apresentar laudo
Laboratório de Apoio que reali- do Laboratório de Apoio com evidência.
zou o exame. que realizou o exame é
obrigatória no laudo.
Art. 140 Caso haja a necessidade de Quando for necessário Apresentar laudo
retificação em qualquer dado retificar qualquer dado retificado.
constante do laudo já emitido, presente em um laudo já
a mesma deve ser feita em um emitido, é importante que
novo laudo onde fique clara a re- essa retificação seja fei-
tificação realizada. ta em um novo laudo, de
forma clara e explícita.
Parágrafo Em caso de alterações rele- Apresentar o re-
único vantes, após o laudo já ter sido gistro.
entregue ou disponibilizado, o
Serviço Tipo III deve assegurar
que seja realizado contato com
paciente ou seu responsável,
informando o fato e registrando
o nome contatado e data de tal
comunicação.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 141 O Serviço que executa EAC O laboratório deve ter MQ 001
deve assegurar a confiabilidade implementado um pro-
dos EAC por meio da GCQ. grama de gestão de con-
trole da qualidade para
assegurar a confiabilida-
de dos resultados dos
exames, por intermédio
da GCQ – Gestão do
Controle da Qualidade.
Art. 142 A GCQ é composta, no mínimo, Apresentar os procedi- PQ 009 – Con-
pela realização do Controle In- mentos para CIQ e CEQ trole Interno da
terno da Qualidade (CIQ) e do bem como evidencias de Qualidade - CIQ
Controle Externo da Qualidade aplicação deles no labo- PQ 010 – Con-
(CEQ). ratório. trole Externo da
Qualidade - CEQ
Art. 143 O Serviço que executa EAC Apresentar as instruções PQ 009
deve manter registros dos Con- de trabalho ou os pro- PQ 010
troles da Qualidade, bem como cedimentos para a reali-
instruções escritas para sua re- zação das atividades de
alização. controle de qualidade
interno e externo e regis-
tros que comprovem sua
execução.
Art. 144 O serviço que executa EAC deve Apresentar lista de todos L 001 – Lista de
ter a GCQ aplicada a todos os os exames realizados na exames
EAC realizados. rotina do laboratório e
que estejam cobertos por
programa de CIQ e CEQ.
Apresentar os registros
de execução.
Art. 145 A GCQ deve ser documentada, Apresentar a lista dos L 001
contemplando: exames realizados com PQ 009
I - lista de todos os exames re- os recursos próprios do PQ 010
alizados; laboratório que estão
II - forma de controle e frequên- contemplados pelos pro-
cia de utilização; gramas de CIQ e CEQ.
III - limites e critérios de aceita-
Apresentar os registros
bilidade para os resultados dos
controles; e da execução dos progra-
IV - avaliação e registro dos re- mas de CIQ e CEQ para
sultados dos controles. estes exames.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 148 Para o CIQ, o Serviço que exe- As amostras controle Apresentar com-
cuta EAC deve utilizar amostras comerciais utilizadas no provante de com-
controle comerciais, regulariza- CIQ devem estar regula- pra.
das junto à ANVISA ou amostras rizados na ANVISA/MS.
controle comerciais obtidas por
comparação interlaboratorial.
§ 1º Formas alternativas descritas na Caso não existam amos- PQ 009
literatura científica podem ser tras comerciais disponí-
utilizadas, desde que permitam veis no mercado o labo-
a avaliação da precisão do siste- ratório pode fazer usos
ma analítico. de uma abordagem al-
ternativa desde que haja
literatura comprovando a
precisão do sistema ana-
lítico.
§ 2º As amostras controle devem ser O CIQ deve examinar os Apresentar os re-
analisadas da mesma forma que diferentes tipos de amos- gistros
amostras dos pacientes. tras controle da mesma
maneira que o laborató-
rio examina as amostras
dos pacientes.
Art. 149 O Serviço que executa EAC Os instrumentos utiliza- Apresentar os re-
deve realizar o CIQ em todos os dos pelo laboratório de- gistros.
instrumentos em uso. vem ter controle interno
da qualidade.
Art. 150 Para os EAC que requeiram pro- Dispositivos utilizados Apresentar os re-
dutos para diagnóstico in vitro como teste rápido sem gistros.
(PDIV) que não necessitem de auxílio de equipamento
instrumento para leitura, inter- para leitura e interpre-
pretação ou visualização do re- tação deve ter seu CIQ
sultado, o CIQ deve ser realiza- realizado, no mínimo,
do, no mínimo, a cada troca de a cada troca de lote e a
lote e a cada remessa. cada remessa.
Evidência ou
Item Requisito Comentário documento do
PNCQ Gestor
Art. 154. Os serviços que efetuem as atividades tratadas nesta norma têm o prazo de 180
(cento e oitenta) dias para adequação aos termos desta Resolução, contados a partir da data
de sua publicação.
Parágrafo único. Os itens relativos à infraestrutura física do Serviço que executa EAC devem
ser atendidos quando forem realizadas reformas ou ampliações de serviços existentes, cons-
truções novas, ou adequações de estabelecimentos anteriormente não destinados a serviços
de saúde ou que tiveram alteração no uso de um ou mais de seus ambientes.
Art. 155. A Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009, passa a
vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 61
§ 2º
A prestação de serviço de atenção farmacêutica compreende a atenção farmacêutica
domiciliar, a aferição de parâmetros fisiológicos, a execução de Exames de Análises
Clínicas nos termos da legislação vigente e a administração de medicamentos.” (NR)
“Art. 63
§ 1º
Para subsidiar informações quanto ao estado de saúde do usuário e situações de
risco, assim como permitir o acompanhamento ou a avaliação da eficácia do trata-
mento prescrito por profissional habilitado, fica permitida a aferição de determinados
parâmetros fisiológicos e a execução de Exames de Análises Clínicas previstos na
legislação vigente, nos termos e condições desta Resolução.” (N.R.)
“Subseção II
Da Aferição Dos Parâmetros Fisiológicos e Execução De Exame De Análises Clínicas
Art. 69. A aferição de parâmetros fisiológicos e a execução de Exames de Análises
Clínicas oferecidas na farmácia e drogaria devem ter como finalidade a assistência
farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária, não possuindo, em nenhu-
ma hipótese, o objetivo de diagnóstico.” (NR)
Art. 156. O descumprimento do disposto nesta Resolução constitui infração sanitária, nos ter-
mos da Lei nº 6.437, de 20 de agosto de 1977, sem prejuízo das responsabilidades civil, ad-
ministrativa e penal cabíveis.