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Tema 4 – Teorias e Estilos de Liderança

Projeto Pós-graduação
Curso MBA em Recursos Humanos
Disciplina Desenvolvimento Gerencial
Tema Teorias e Estilos de Liderança
Professor Mestre Carolina de Souza Walger

Introdução
Líder, chefe, gestor, administrador, gerente... Esses são termos
utilizados de forma análoga, mas será que possuem o mesmo significado?
Talvez possamos dizer que deveriam se referir à mesma coisa, o ideal seria
que um chefe fosse sempre um líder, mas esta nem sempre é a realidade.
E para saber mais sobre o que é liderança, nesse encontro, iremos
aprofundar os conceitos e as teorias sobre liderança e compreender seus
diferentes estilos.

Acesse o material on-line para iniciarmos os estudos!

Problematização (Vídeo 2)
Imagine-se na seguinte situação: você tem um chefe bastante exigente e
autoritário. Recentemente, ele delegou para a sua equipe uma atividade muito
importante para a organização, que traria um impacto significativo. Pensando
nisso, você escolheu o melhor funcionário da equipe para assumir essa
responsabilidade e ficou tranquilo. Dias depois, seu chefe lhe chama para uma
reunião para tratar sobre o tema. Você e seu funcionário comparecem à
reunião. Na ocasião, recebem uma grande bronca, pois a atividade foi feita de
forma inadequada e a empresa terá sérios prejuízos.
Como você reage diante da situação?
No final dos estudos, voltaremos a falar sobre o assunto.

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TEORIAS E ESTILOS DE LIDERANÇA

Você deve conhecer pessoas que ocupam um cargo de gestão, mas não
são bons líderes, não conseguem motivar seus subordinados, não possuem
facilidade de relacionamento interpessoal e etc. Por outro lado, deve conhecer
pessoas, que independente de cargo, conseguem influenciar outras e ainda
mobilizá-las em busca de um objetivo. Portanto, vamos tratar aqui sobre aquilo
que chamamos de liderança e como alguém que ocupa um cargo gerencial
pode se desenvolver para atuar como um líder. Começamos revendo algumas
teorias sobre liderança.

Teorias da Liderança
Gandhi, Nelson Mandela, Martin Luther King, Adolf Hitler, Margaret
Thatcher, o que essas pessoas têm em comum? Foram grandes líderes da
história! Mas o que as fez líder? A busca por essa resposta, o interesse por
compreender as variáveis que tornam um indivíduo líder sempre foi uma
curiosidade da humanidade e dos estudiosos.
Na tentativa de oferecer essa explicação, diversas teorias surgiram, as
quais foram agrupadas pelas seguintes nomenclaturas: Teoria dos Traços,
Teorias Comportamentais e Teorias das Contingências.
No link a seguir, você vai encontrar os 15 5 líderes mais influentes da
história. Não deixe de ver!
http://vestibular.uol.com.br/album/2013/07/01/conheca-15-dos-lideres-e-
revolucionarios-mais-influentes-do-mundo.htm

Teoria dos Traços


A visão da Teoria dos Traços dominou os estudos sobre liderança até o
final da década de 40. Segundo Stephen Robbins (2005), essa teoria
diferencia líderes de não líderes com base nas qualidades e

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características pessoais e de personalidade. Entende que alguns indivíduos
podem ser líderes e outros não. E, para ser líder, basta que apresente algumas
características que lhe seriam inatas, ou seja, a pessoa nasceria líder e não
seria possível pensar em um processo de formação e desenvolvimento.
A partir daí, diversas pesquisas tentaram identificar quais seriam os
traços responsáveis pela capacidade de liderança, inúmeras listas foram
elaboradas, algumas descreviam mais de 80 traços presentes em um líder.
Podemos até enumerar algumas como: ambição, energia, desejo de liderar,
honestidade, integridade, autoconfiança, inteligência e extroversão.
Entretanto, os diversos estudos não chegaram a um consenso. Isso fez
com que a teoria começasse a perder força, já que não conseguia comprovar
um conjunto de traços inerentes ao líder.

Dessa forma, percebeu-se que os estudos dos traços podiam


indicar a liderança e ajudavam a prever o surgimento de um líder.
Contudo, não serviam para identificar líderes eficazes e ineficazes.

Este se tornou um novo problema para a teoria; o fato de um indivíduo


apresentar determinados traços e ser considerado um líder pelos demais, não
significa, necessariamente, que ele será bem-sucedido em liderar seu grupo
para o alcance dos objetivos.
Alguns traços de liderança são vistos no filme „A Dama de Ferro‟, que
retrata a vida de Margaret Thatcher, primeira-dama do Reino Unido, que
precisou quebrar barreiras para ser ouvida em um mundo dominado por
homens.
Assista ao trailer deste filme que mostra um pouco mais sobre quem foi
Margareth Thatcher.
http://www.youtube.com/watch?v=QvZ8LF0Cs7U

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Teorias Comportamentais
Frente ao fracasso da Teoria dos Traços, surgiram as Teorias
Comportamentais, as quais predominaram até o final dos anos 1960.

Já que não era possível identificar características pessoais ou


de personalidade para compreender a liderança, as teorias
comportamentais basearam-se na análise do comportamento exibido
por certos líderes. Dessa forma, partiu-se do princípio de que
existiriam comportamentos específicos para a liderança. Assim, a
visão de que um líder nasce líder foi quebrada e passou-se a
acreditar que um líder poderia ser desenvolvido por meio de
treinamentos que estimulassem comportamentos próprios.

Novamente, diversas pesquisas tentaram descrever quais seriam os


comportamentos típicos de um líder. Embora, cada uma tenha feito isso a sua
forma, é possível dizer que os comportamentos dos líderes se dividem em:
Foco Técnico:
São os líderes voltados para o processo técnico, prático e produtivo,
enfatizam a organização do trabalho, as relações de trabalho e as metas.
Foco nas pessoas:
São os líderes voltados para as pessoas, estabelecem relacionamento
de confiança mútua e respeito para com os liderados. Enfatizam as relações
interpessoais e se preocupam com os membros de suas equipes.

Todavia, os estudiosos perceberam que o conjunto de


comportamentos inerentes a um determinado líder, nem sempre
garante o seu sucesso em todos os contextos.

Ou seja, ele poderia ser bom numa organização e não necessariamente


em outra. Com isso, percebe-se que existem mais coisas além de
características e comportamentos para explicar a liderança e é isso que as

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Teorias das Contingências tentam fazer.
Quer ver um exemplo de líder que não tem as pessoas como foco?
Assista ao filme „O Diabo Veste Prada‟, nele podemos perceber como pode ser
difícil trabalhar com certos líderes.
https://www.youtube.com/watch?v=zEpXbSU28vA

Teorias das Contingências


Após as tentativas da Teoria dos Traços e das Teorias
Comportamentais, as Teorias das Contingências vêm dominando os estudos
sobre liderança nas últimas décadas.

Essas teorias surgem da identificação de que o sucesso da


liderança vai muito além de traços de personalidade e de
comportamentos. Existem diversos casos no mundo empresarial de
líderes que foram eficazes até determinado momento histórico, porém
não se adaptaram às mudanças impostas pelo mundo e deixaram de
sê-lo. Com isso, ampliou-se a visão de que a liderança é relativa e
diversas são as variáveis que podem fazer com que um líder surja e
seja eficiente.

Diante desse cenário, os pesquisadores começaram a investigar a


relação entre situações e liderança, sugerindo que:

“Sob uma condição “a”, o estilo “x” pode ser mais adequado,
enquanto o estilo “y” é mais indicado para a situação “b” e o
estilo “z” mais apropriado para a situação „c’ ”.

Dessa forma, podemos dizer que não existe um líder perfeito sempre,
mas a liderança ideal é aquela adequada a cada contexto.

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E o que seriam esses contextos? Poderíamos entender que os cenários
econômicos, políticos e tecnológicos exercem influência na forma como a
liderança deve agir; as características da organização, como cultura, forma de
gestão e características do trabalho também determinam a forma de liderança
e, por fim, as equipes de trabalho, com suas personalidades, níveis de apoio,
conhecimento e motivação pedem diferentes estilos de liderança.

(Material disponível on-line)

Assim, podemos dizer que a liderança ou a liderança eficaz será relativa


ao contexto e às necessidades, e o bom líder deve conseguir se adequar a
diferentes cenários para que não se torne obsoleto.
Será que você tem conseguido se adequar às diversas realidades ou
está se tornando um gestor ultrapassado?

Confira algumas dicas da Revista Exame, clicando no link a seguir:


http://exame.abril.com.br/pme/noticias/6-sinais-de-que-voce-e-um-chefe-
ultrapassado-no-seu-negocio

Você viu até aqui as diversas teorias que tentam explicar a liderança,
vamos partir então para a compreensão do termo liderança e o papel do líder.

Acesse material on-line.

Liderança
É comum ouvirmos frases “meu chefe não é um líder”, “fulano assumiu a
liderança do grupo de funcionários e foi falar com a diretoria”. Podemos
perceber que existe uma divergência entre os termos liderança e chefia. Na
literatura, podemos identificar a existência de duas definições – o líder formal e

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o líder informal:

 Liderança Formal: acontece quando a pessoa se torna líder em função


de ocupar uma posição ou um cargo que lhe confira autoridade.

 Liderança Informal: acontece quando a pessoa exerce a liderança


independente de cargo ou da estrutura organizacional, é um líder que
surge naturalmente dentro de um grupo.
Dessa forma, Abílio Diniz (2005) explica que a liderança informal é a
capacidade de inspirar, motivar e movimentar pessoas a atingir e superar
metas, ultrapassando aquilo que aparentava ser seu limite. Por outro lado, a
liderança formal (chefia) cumpre suas funções de coordenação de pessoas e
gestão de negócios. Portanto, podemos dizer que o ideal seria que um líder
formal fosse também um líder informal, mas sabemos que isso nem sempre
acontece.
Veja uma reflexão interessante do consultor Waldez Ludwing, clicando
no ícone a seguir:
http://www.youtube.com/watch?v=QS8wn2wL4hw

Diversos autores apresentam definições para o termo liderança. Vamos


a uma tentativa: a liderança é a influência que um indivíduo exerce sobre
outras pessoas de um grupo, em determinadas situações, para que seja
atingido um determinado propósito. Assim, Maria do Carmo Schmidt (2011)
aponta alguns elementos básicos do conceito de liderança:

A liderança é relacional
Ninguém é líder sozinho, para existir liderança é preciso existir
relacionamento entre pessoas, portanto, a liderança é um fenômeno grupal.

A liderança está ligada à influência


A liderança é exercida por meio de atos influenciais de uma pessoa

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sobre outra(s).

A liderança necessita de aceitação


O(s) liderado(s) precisa(m) aceitar a influência do líder, ou seja, só existe
um líder enquanto o grupo permitir que ele atue como tal.

Aos apontamentos de Schmidt, vamos incluir a sugestão de Elaine Maria


Braguirolli (1990), autora que sugere a liderança como situacional. Nesse
sentido, não se concebe que alguém „é‟ líder ou que tenha „nascido‟ líder. A
liderança seria um fenômeno que surge em determinada situação que um
grupo vive, portanto, uma pessoa „está‟ líder naquele determinado momento e,
em momento futuro, pode não ocupar mais esse papel de liderança.

Portanto, lembre-se: ninguém é líder, a pessoa apenas atua


como líder em determinadas situações.

Robbins (2005) aponta que outro fator intimamente ligado ao conceito de


liderança é o enfrentamento da mudança, indicando que os líderes devem
estabelecer direções através do desenvolvimento de uma visão de futuro, para
depois engajar as pessoas, comunicando-lhes essa visão e inspirando-as a
superar os obstáculos. Porém, para que as pessoas se engajem na visão do
líder é importante que exista uma relação de confiança.
Para Robbins (2005), a confiança é a pedra fundamental da liderança.
As pessoas só seguem e se deixam influenciar por um líder em quem têm
confiança. A confiança pode ser definida como uma expectativa positiva de que
a outra pessoa não irá agir de maneira oportunista. As dimensões básicas que
fundamentam o conceito de confiança são:

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Integridade:
A integridade se refere à honestidade e à confiabilidade. Quanto mais o
seu líder lhe parecer honesto e confiável, maior a probabilidade que você siga
suas orientações.

Competência:
A competência engloba as habilidades e conhecimentos técnicos e
interpessoais do indivíduo. Portanto, quanto maior a competência de um
gestor, mais os seus subordinados se sentem atraídos a trabalhar com ele.

Consistência:
A consistência está relacionada à segurança, previsibilidade e
capacidade de julgamento que uma pessoa demonstra nas situações. Assim,
uma pessoa mais previsível e equilibrada tende a ter uma gestão mais
harmônica.

Lealdade:
A lealdade é a disposição de proteger e defender outra pessoa. O líder é
aquele que apoia e assume inclusive os erros de sua equipe e não aquele que
aponta culpados. Talvez essa imagem ajude a compreender

Abertura:
A abertura está ligada ao quanto você acredita que o seu gestor confia
em você, dessa forma, sente liberdade para expor suas opiniões.

Vimos que o conceito de liderança está ligado à relação, influência,


aceitação, situação e à confiança, mas também vimos que não existe uma
liderança ideal, mas sim, inúmeras lideranças que serão mais adequadas
em diferentes contextos. Por isso, teremos no próximo tópico a apresentação
de diversos estilos de liderança.

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Saiba mais sobre a diferença entre chefia e liderança, assistindo ao
vídeo da professora Carolina.

(Disponível no material on-line)

Estilos de Liderança

Diversos estilos de liderança são descritos pela literatura, o que você irá
encontrar aqui é um apanhado de inúmeras propostas. Durante a leitura, vá
tentando classificar líderes que você conhece dentro dessas definições, essa
ilustração pode auxiliá-lo na compreensão. Aproveite, também, para identificar
em qual desses estilos você se enquadra melhor, com isso, poderá favorecer a
sua postura como líder.

Liderança Autocrática ou Coercitiva

O líder autocrático determina toda a atividade do grupo, dirige e


toma decisões pelo grupo, sem permitir a participação de seus membros.
Para isso, utiliza a sua autoridade e exige obediência. Assim, influencia as
pessoas por meio da punição.
É uma liderança opressiva que induz os liderados à submissão,
alienação e à passividade. Tende a desrespeitar as pessoas, suas
necessidades, capacidades e sentimentos, fazendo com que se sintam
incapazes. Com essa postura acaba por deteriorar as relações interpessoais;
os subordinados podem manifestar revolta, hostilidade, retração, resistência,
baixa produtividade e absenteísmo.

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Liderança Permissiva ou Laissez-Faire

É o líder que evita conflitos e tenta agradar a todos o tempo todo.


Em geral, apresenta dificuldade para tomar decisões e resolver problemas.
Faculta ao grupo completa liberdade de ação, e de certa forma acaba,
nem atuando como líder. Acredita que a melhor forma de dirigir é não dirigir
em absoluto, deixando que os indivíduos maduros tenham uma completa
liberdade, sem guia, controle ou ajuda.
Como consequência dessa postura pode criar um clima de incerteza e
indefinição, gerando atritos e desorganização, com baixos índices de
produtividade.

Liderança Democrática ou Participativa


Também conhecida como liderança integradora. Esse tipo de líder
entende que todos os indivíduos podem contribuir para que a
organização atinja seus objetivos. Para isso, criam ambiente favorável e
promovem recompensas para valorizar e estimular as pessoas. Esse líder
respeita as pessoas, promove integração, valoriza a opinião e a
participação e estimula a cooperação. Dirige o grupo com apoio e
colaboração de seus membros.
Como resultado, o líder democrático promove a aprendizagem e o
desenvolvimento, permitindo crescimento contínuo para a equipe. As pessoas
subordinadas a esse tipo de líder tendem a se comprometer, ter otimismo,
confiança, rendimento elevado e o ambiente de trabalho é agradável.

Liderança Carismática

Os líderes carismáticos são vistos pelos seus liderados como

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tendo uma capacidade heroica ou extraordinária de liderança, acabam por
gerar paixão e até fanatismo. Os líderes carismáticos possuem algumas
características-chave:

 Visão e articulação: eles têm uma visão expressa como uma meta
idealizada, que propõe um futuro melhor que o status quo.

 Risco pessoal: estão dispostos a correr riscos pessoais para atingir


aquilo que têm como visão.

 Sensibilidade ao ambiente: são capazes de fazer avaliações realistas


das limitações ambientais e dos recursos necessários para a realização
das mudanças.

 Sensibilidade para as necessidades dos liderados: são perceptíveis


em relação às capacidades dos outros e sensíveis as suas
necessidades e sentimentos.

 Comportamentos não convencionais: engajam-se em


comportamentos fora do comum, percebidos como novidades e que vão
contra as normas.

Quer saber um pouco mais sobre a liderança carismática? Leia os


artigos a seguir, clicando sobre os links:
http://www.administradores.com.br/artigos/administracao-e-
negocios/lideranca-carismatica/30421/
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S1519-
549X2012000200012&script=sci_arttext

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Liderança Transformacional

O líder transformacional inspira seus seguidores a transcender


seus próprios interesses para o bem da organização. É capaz de
entusiasmar, incitar e inspirar as pessoas a darem o máximo de si na
busca dos objetivos do grupo. Presta atenção às preocupações e às
necessidades de desenvolvimento de cada um dos seus liderados.
Consegue modificar a maneira de seus seguidores verem as coisas,
ajudando-os a pensar nos velhos problemas de uma nova maneira. Dá
estímulo intelectual, promove a inteligência, a racionalidade e a cuidadosa
resolução de problemas.
Quer saber mais sobre a liderança transformacional, clique nos ícones a
seguir:
http://www.faculdadearapoti.com.br/blogadm/wp-
content/uploads/2013/08/2.-Lideran%C3%A7a-transformacional-e-o-
desenvolvimento-de-equipes-de-alta-Performance.pdf

http://www.youtube.com/watch?v=znyAnWUYf2g

Liderança Coach

O líder coach transcende o papel do líder, ele estimula e motiva os


liderados a crescerem como seres humanos, para isso proporciona
aprendizagem que vai além do âmbito profissional. Esse tipo de líder
estimula os seus liderados a desenvolver a autoliderança e o
autoconhecimento, auxiliando a equipe a superar as metas. Dentre suas
principais características está o foco no desenvolvimento das pessoas.

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Quer saber mais sobre o líder coach, acesse o link a seguir:
http://epocanegocios.globo.com/Inspiracao/Carreira/noticia/2013/09/com
o-identificar-um-lider-coach.html
Vimos aqui seis diferentes estilos de liderança. Numa pesquisa,
certamente irá encontrar ainda mais subdivisões. Mas, existe um estilo ideal?
Não há um tipo ideal e nenhum líder que consiga ter apenas um desses
estilos. Como falamos, a liderança ideal é aquela que consegue se adaptar
às diversas situações e aos muitos contextos. Por isso, o importante é que
um líder saiba quando atuar de determinada forma, mesclando os diversos
estilos de liderança para o seu benefício e da sua equipe.

CURIOSIDADE: clicando no ícone a seguir, você poderá fazer um


teste e descobrir qual é o seu estilo predominante de liderança.
http://economia.uol.com.br/quiz/2013/01/16/qual-e-o-seu-perfil-de-
lideranca.htm

Acompanhe também o que foi visto até aqui, acessando o vídeo da


professora.
Material disponível on-line.

O LÍDER DO FUTURO

Para Diniz (2005), há uma inabilidade de gestão atualmente, o que o faz


afirmar que existe uma grande carência de lideranças no mundo empresarial.
Assim, cabe às organizações traçar um plano de desenvolvimento das
suas lideranças, mas também cabe ao profissional a busca pelo seu
desenvolvimento.
Nessa busca pelo aperfeiçoamento, o líder do futuro deve ter
autoconhecimento, saber reconhecer e equilibrar emoções. Para Diniz (2005),

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esse líder necessita de oito características básicas:

- Conhecer a si mesmo
Saber seus pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças. Deve
entender que pode controlar suas emoções e com isso, gerenciar a própria
motivação e dos seus seguidores.
- Saber sua missão de vida e ter uma visão de futuro
Deve ter certeza de seu propósito de vida, de sua missão e dos efeitos
que sua atuação tem ao seu redor. Sua visão de futuro deve ser clara.

- Implementar sua visão de futuro sem medo


Deve ter capacidade de agir e promover a ação de todos sem medo.
Não temer rejeição ou fracasso.

- Conhecer seus valores e os vivenciar


Deve reconhecer suas falhas e pedir desculpas, assumir
responsabilidade pelos erros de sua equipe e repassar os créditos do sucesso
aos seus seguidores. Cumprir o que promete

- Ser criativo
Exercer diversos papéis e se comportar de maneira diferente de acordo
com as situações que se apresentam. Conhecer os perfis dos seus liderados e
se adaptar a eles.

- Ser um coach
Precisa colocar-se em condição de igualdade com seus liderados,
reconhecer que todos possuem um potencial ilimitado, conhecer e respeitar
seus seguidores. Ter autoconfiança, paixão pelo que faz e amor pelas pessoas.

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- Ter uma vida equilibrada
A liderança não se aplica apenas ao trabalho, mas em todas as
situações da sua vida.

- Ter integridade
Não se deixar levar por tentações, saber que integridade não tem meio
termo.
O fato é que, precisamos considerar que as técnicas de liderança
que funcionavam bem no passado, não são mais efetivas atualmente. No
passado, o líder autocrático era visto como o mais eficaz, o que estava
alinhado a toda uma cultura. Mas, o mundo mudou, o líder autocrático tem sido
cada vez menos eficiente e valorizado nas empresas modernas.

Robbins (2005) afirma que os líderes de hoje devem desafiar os


status quo, devem criar visões de futuro e ser capazes de inspirar os
membros da organização a querer realizar estas visões.

Diversas teorias e técnicas surgiram pra orientar os novos líderes, uma


delas é o coaching como ferramenta de liderança. Segundo Diniz (2005), o
coaching é uma atividade profissional que ajuda a pessoa a atingir
resultados extraordinários, e que tem a pergunta como uma das
principais ferramentas.

Acesse o link a seguir para saber mais sobre coaching.


http://www.administradores.com.br/artigos/carreira/o-que-e-
coaching/32458/).

Nesse sentido, o autor propõe que o líder deve utilizar a pergunta como
sua principal ferramenta de gestão. Em outras palavras, é preciso mudar o
paradigma de que o líder deve dizer aos seus liderados o que e como fazer, ele

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deve perguntar. As perguntas de um líder têm impacto profundo nos seus
liderados, pois os obriga a pensar e desenvolver visão estratégica e
criatividade. Assim, ele valoriza a opinião de todos, envolve as pessoas nas
decisões e gera maior comprometimento.

Essas perguntas devem ser incorporadas ao dia a dia do gestor, de


forma que auxiliem os seus subordinados a estruturar quais são os objetivos
da ação, as alternativas, recursos necessários, possíveis obstáculos para
o alcance dessas metas e como o resultado da ação será mensurado. O
líder coach deve estabelecer uma parceria sólida com seus liderados, com
base na confiança mútua. Precisa auxiliá-los a traçar objetivos e planos de
ação, oferecendo um feedback ao final.

Podemos identificar que as exigências sobre os líderes se


modificam a cada dia, portanto, a necessidade de conhecimento e
desenvolvimento é constante!

Saiba mais sobre as características do líder do futuro, assistindo ao


vídeo da professora, disponível no material on-line.

Revendo a Problematização
Voltemos agora ao problema inicial em que seu chefe delegou a você
uma tarefa, e por sua vez, você pediu a sua equipe. E por ter sido feita de
maneira inadequada, seu chefe deu uma bronca em vocês.
Já pensou o que faria numa situação dessas?

a. Culpa o seu funcionário pelo erro e pede para que ele se explique diante
do seu chefe.

b. Assume a responsabilidade pelo erro e se compromete a resolver, mas

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ao retornar para a sua sala, culpa o seu funcionário e ordena que ele
resolva o problema imediatamente.

c. Assume a responsabilidade pelo erro e se compromete a resolver.


Retorna para a sua e junto com o seu funcionário busca melhores
alternativas para resolver o problema.

Feedback:

a. Essa talvez não seja a melhor alternativa, você estará atuando como um
chefe e não como um líder. Com isso, culpa o seu funcionário, mas não
assume a sua responsabilidade enquanto gestor. Você não permitirá
aprendizado e pode gerar problemas de relacionamento com a equipe.

b. Essa talvez não seja a melhor opção. Embora você assuma a


responsabilidade frente ao chefe e defenda o seu funcionário, na hora
da resolução, você o abandona. Com isso, você pode romper o vínculo
de confiança mútua necessário para a gestão.

c. Parabéns! Ao escolher essa alternativa você demonstra ser um líder de


verdade. Você assumiu a responsabilidade, defendeu o seu funcionário
e o ajudou a resolver o problema. Com isso, você vai favorecer a
confiança, o respeito e será um líder capaz de desenvolver pessoas.

Síntese
Nesse encontro fizemos uma revisão das teorias que explicam o
fenômeno de liderança ao longo do tempo. Também aprofundamos o conceito
de liderança e os principais elementos que caracterizam esse fenômeno grupal.
Os estilos de liderança também puderam ser conhecidos e, ao final, refletimos
sobre as características necessárias ao líder do futuro. Com isso, acreditamos

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que você esteja ainda mais preparado para ser um líder!
Assista ao vídeo, no qual a professora faz um resumo do que visto neste
encontro, disponível no material on-line.

Referências

BRAGUIROLLI, E.M.; BISI, G.P.; RIZZON, L.A.; NICOLETTO, U.


Psicologia Geral. Porto Alegre: Vozes, 1990.
DINIZ, A. O Líder do Futuro. São Paulo: ABTD, 2005.
MINICUCCI, A. Psicologia Aplicada à Administração. São Paulo:
Atlas, 2007.
ROBBINS, S. P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Pearson
Prentice Hall, 2005.
SCHMIDT, M.C. O Líder e o seu Papel na Equipe. In: STADLER, A.
(Org). Desenvolvimento Gerencial, Estratégia e Competitividade. Curitiba:
Ibpex, 2011.
SCHMIDT, M.C. Os Estilos de Liderança e o Impacto na Gestão. In:
STADLER, A. (Org). Desenvolvimento Gerencial, Estratégia e
Competitividade. Curitiba: Ibpex, 2011.

Atividades

1. O interesse por compreender as variáveis que tornam um indivíduo líder


sempre foi uma curiosidade da humanidade e dos estudiosos. Na
tentativa de oferecer essa explicação, diversas teorias surgiram. Sobre
as teorias de liderança, marque V para as afirmativas verdadeiras, F
para as afirmativas falsas e depois assinale a alternativa correta.

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( ) A teoria dos traços acreditava que um líder nascia pronto.
( ) As teorias comportamentais acreditavam que os líderes tinham um
conjunto de características pessoais que determinavam a liderança.
( ) A teoria das contingências não é mais aceita atualmente.

a. V, V, V

b. F, F, F

c. V, F, F

d. F, F, V

2. Quando se estuda os conceitos de liderança, podemos identificar a


existência de duas definições: liderança formal e liderança informal.
Assinale a alternativa que apresenta de forma correta a principal
diferença entre os termos:

a. A liderança informal é aquela definida pelo cargo que a pessoa ocupa,


enquanto a liderança formal é aquela autoritária.

b. A liderança formal é aquela definida pelo cargo que a pessoa ocupa,


enquanto a liderança informal surge naturalmente dentro de um grupo.

c. A liderança informal é aquela que independe do cargo que a pessoa


ocupa, enquanto a liderança formal é aquela que surge naturalmente
dentro de um grupo.

d. A liderança formal é democrática, enquanto a liderança informal é da


estrutura organizacional.

3. A liderança é a influência que um indivíduo exerce sobre outras pessoas


de um grupo, em variadas situações, para que seja atingido um

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determinado propósito. Sobre esse conceito, marque V para as
afirmativas verdadeiras e F para as afirmativas falsas, depois assinale a
alternativa correta:

( ) A liderança é um fenômeno individual.


( ) A liderança está ligada à influência de um líder sobre outras pessoas.
( ) Um líder é um líder, ele não precisa ser aceito como líder.

a. F, V, F

b. F, F, F

c. V, F, V

d. F, F, V

4. Diversos estilos de liderança são descritos pela literatura, não há um tipo


ideal e também não há nenhum líder que consiga ter apenas um estilo
de liderança puro. A liderança ideal é aquela que consegue se adaptar
às diversas situações e aos diversos contextos. Sobre os estilos de
liderança, analise o trecho abaixo e assinale a alternativa que apresenta
de forma correta o estilo a qual se refere:

“Esse líder determina toda a atividade do grupo, dirige e toma decisões pelo
grupo, sem permitir a participação de seus membros. Para isso, utiliza a sua
autoridade e exige obediência. Assim, influencia as pessoas por meio da
punição”.

a. Liderança Democrática

b. Liderança Transformacional

c. Liderança Autocrática

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d. Liderança Permissiva

5. Diversos estilos de liderança são descritos pela literatura, um deles é o


líder democrático, o qual acredita que todos os indivíduos podem
contribuir para que a organização atinja seus objetivos. Assinale a
alternativa que apresenta as principais consequências da atuação de um
líder democrático:

a. Deteriora as relações interpessoais e faz com que as pessoas se sintam


incapazes.

b. Gera baixa produtividade e absenteísmo.

c. Pode criar um clima de incerteza e indefinição, gerando atritos e


desorganização, com baixos índices de produtividade.

d. Gera comprometimento, rendimento elevado e ambiente de trabalho


agradável.

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