Mecânica dos Solos II

Talude infinito

Profª. Ms. Flávia Castro de Faria

2020
 Análise de estabilidade

Probabilística Determinística

Mapa de risco Fator de

segurança

Talude infinito

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

(Bishop)

(Talude
infinito)

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

No equilíbrio limite admite como hipótese:

- existência de uma linha de escorregamento que

delimita, acima dela, a porção instável do maciço;

- Esta massa de solo instável, sob a ação da gravidade,

movimenta-se como um corpo rígido;

- considerar um critério de resistência (Morh-Coulomb) ao

longo da linha de escorregamento que é paralela a
superfície do terreno.

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

Superfície plana de ruptura em talude de grande

Flávia C. de Faria extensão
 Talude infinito

São ditos taludes infinitos aqueles que apresentam uma

extensão bem maior que sua espessura.

A superfície de ruptura de taludes infinitos é linear e

paralela à superfície do próprio talude.

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

Então, uma representação básica de um talude infinito

com sua superfície de ruptura é a seguinte:

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

• Escorregamentos ao longo de taludes de inclinação

uniforme;

• Pequena cobertura de solo em relação à extensão da

massa potencialmente instável;
• Superfície de ruptura admitida como sendo paralela à
superfície do terreno;

• Movimento de corpo rígido.

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

A determinação de FS é feita a partir do critério

de resistência, considerando-se as tensões atuantes na
base de uma fatia vertical genérica ABCD de largura
unitária, no caso geral de NA qualquer.

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

A
B

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

As tensões atuantes no peso da cunha ABCD sobre a face

CD têm como força resultante W, que atua verticalmente
no ponto médio do segmento CD.

Oposto a esta força, como reação do resto do maciço, tem-

se a força N (função também das condições maciço abaixo
- nível de água)

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

Considera-se que:
- Talude infinito
- Tensões em F1 = F2 e se equilibram
- Tensão não varia com posição no talude
- Talude se move como um corpo rígido

Flávia C. de Faria
 Como determinar o FS pelo
método do talude infinito?

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

Flávia C. de Faria
 Talude infinito

1° - Cálculo da tensão de cisalhamento resistente

2° - Cálculo da tensão de cisalhamento Atuante

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
1° - Cálculo da tensão de cisalhamento resistente

Coesão efetiva e ângulo de atrito efetivo, são

características do solo, elas não variam com a
variação da geometria do talude

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
1° - Cálculo da tensão de cisalhamento resistente

Para facilitar a dedução foi considerado uma extensão de 1m

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
1° - Cálculo da tensão de cisalhamento resistente

O peso pode ser decomposto

em uma parcela normal (Wn)
e uma parcela tangente (Wt)

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
1° - Cálculo da tensão de cisalhamento resistente

A tensão normal efetiva pode ser calculada como:

Onde L é a largura do talude

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
1° - Cálculo da tensão de cisalhamento resistente

O peso do solo pode ser calculado como seu

volume multiplicado pelo seu peso específico

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
1° - Cálculo da tensão de cisalhamento resistente

Logo, o cisalhamento resistente pode ser dado

pela equação abaixo:

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
2° - Cálculo da tensão de cisalhamento Atuante

Como o talude está em equilíbrio, hipótese, a

resistência de cisalhamento desenvolvida é igual
à tensão de cisalhamento atuante na superfície
de ruptura

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
2° - Cálculo da tensão de cisalhamento Atuante

Substituindo o peso do solo pode ser calculado

como seu volume multiplicado pelo seu peso
específico, temos:

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
Fator de segurança

Com a resistência média de cisalhamento e a

resistência de cisalhamento desenvolvida ao longo da
superfície de ruptura, basta calcular o valor do fator
de segurança para essa superfície.

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
Fator de segurança

O fator de segurança também pode ser escrito como:

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
Fator de segurança com percolação

A dedução para a formulação do fator de

segurança para esse talude é praticamente idêntica
a que realizamos anteriormente
Flávia C. de Faria
 Talude infinito
Fator de segurança com percolação

Importante! A água não mobiliza resistência ao cisalhamento!

Por isso, utilizamos a tensão normal efetiva para o cálculo da

tensão resistente de cisalhamento.

O peso de água “não será considerado” para o cálculo da tensão

resistente de cisalhamento.

Entretanto, o peso de água é considerado para o cálculo da tensão

de cisalhamento atuante.

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
Fator de segurança com percolação

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
Fator de segurança com percolação

Onde:

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
Fator de segurança com percolação

Tensão de cisalhamento resistente

Tensão de cisalhamento Atuante

Flávia C. de Faria
 Talude infinito
Fator de segurança com percolação

Ou

Flávia C. de Faria
 Exemplo 1
O talude indicado, no desenho (fazer na folha) , é formado por
um solo cuja equação da resistência é 𝜏 = 10 +𝜎 tg 20º
(KN/m²). Estimar o fator de segurança considerando o talude
Sabe-se que o γsat=17,8 KN/m³, H=6m e 𝛽=15°

Flávia C. de Faria
 Exemplo 2
O talude indicado na figura é formado por um solo cuja
equação da resistência é 𝜏 = 0,5 +𝜎tg 22º (tf/m²). Estimar o
fator de segurança considerando o talude antes e depois de
uma elevada precipitação pluviométrica que deixou o solo
saturado. Sabe-se que o γ=1,8tf/m³ ; γsat=2tf/m³.

Flávia C. de Faria
 Exercício 2

A figura abaixo ilustra uma encosta, assimilada a um talude

infinito. Qual deve ser a altura do Talude para atender a um
fator de segurança de 3,0? c = 54KN/m²; ɣ = 2,0g/cm³; ø =
36º

Flávia C. de Faria
 Obrigada!

Flávia C. de Faria
 BRAJA, M.D. Fundamentos de engenharia geotécnica. São Paulo: Cengage Learning,
2011.

CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e suas aplicações. V. 1 . São Paulo: Edgard Blucher,
2017

CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e suas aplicações. V. 2 . São Paulo: Edgard Blucher,
2017

CAPUTO, H. P. Mecânica dos Solos e suas aplicações. V. 3 . São Paulo: Edgard Blucher,
2017

LIMA, P. Superfície Plana de Ruptura. Notas de Aula. 2016

SOUZA PINTO, C. Curso básico de mecânica dos solos. São Paulo. Oficina de Textos,
2006.

VARGAS, M. Introdução à mecânica dos solos. São Paulo: McGraw-Hill,1981.

NBR 11682 - Estabilidade de encostas.

MARANGON, M. Resistência ao cisalhamento do solos. Mecânica dos Solos II.

Faculdade de Engenharia UFJF, 2018.

FLORIANO, C. Mecânica dos Solos Aplicada. [recurso eletrônico]. Porto Alegre: Sagah,
2017.

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