SEM0326 – Elementos de Máquinas II

AULA 10
UNIÕES POR MEIO DE PARAFUSOS

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3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal
3.10.4.1 3.10.4.2 3.10.4.3

Obs.: A boa prática da engenharia

mecânica aconselha a usar parafusos
somente sob solicitação axial

d médio maior menor

$ caro barato médio
3.10.4.1 Parafuso ajustado

Q • tensão equivalente
• tensão de cisalhamento    adm
Sz  adm
v   2  a   2   v adm a 
• pressão específica
pl 
Q
 p l adm  adm
d sz
• caso haja carga longitudinal no parafuso Caso haja carga longitudinal de compressão, ela é descarregada
sobre as peças
P
    adm
S1  z
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 : tensão tangencial atuante
Q : carga transversal
S : área da seção sujeita ao cisalhamento
S=.d2/4
z : número de parafusos
adm : tensão tangencial admissível
adm = 0,42 . e carga estática
adm = 0,3 . e carga pulsante
adm = 0,16 . e carga alternada simétrica
pl : pressão específica sobre a superfícia interna do furo
d : diâmetro do parafuso
s : espessura da flange
pl adm : pressão específica admissível v : tensão equivalente atuante
pl adm = 2,2 . adm a : coeficiente
 : tensão normal atuante a = adm / adm  1 / 0,7 aço
P : carga longitudinal v adm : tensão equivalente admissível
S1 : área da seção transversal do núcleo
adm : tensão normal admissível (vide item 3.10.1)

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3.10.4.2 Parafuso passante

A carga transversal é transmitida por meio do atrito entre as peças fixadas.

A carga normal entre as superfícies é gerada pelo parafuso. N Q
     adm
S1  z   S 1  z
Caso haja carga longitudinal, ela é transmitida pelo parafuso.
P
    adm
S1  z
Caso a carga transversal e a carga longitudinal atuem simultaneamente
Q
P
 : tensão normal atuante 
   adm
N : carga normal entre as superfícies
S1  z
S1 : área da seção transversal do núcleo
z : número de parafusos
Q : carga transversal
 : coeficiente de atrito
adm : tensão normal admissível
adm = 0,45 . e : carga estática, pulsante ou alternada simétrica
P : carga longitudinal
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3.10.4.3 Parafuso passante com bucha de cisalhamento
A carga transversal é transmitida pela bucha de cisalhamento.
Caso haja carga longitudinal, ela é transmitida pelo parafuso.

• Cisalhamento da bucha Q
b    b adm
Sb  z

• Tração do parafuso P
    adm
S1  : tensão normal atuante
b : tensão tangencial atuante sobre a bucha
P : carga longitudinal
Q : carga transversal
S1 : área da seção transversal do núcleo
Sb : área da seção transversal da bucha
adm : tensão normal admissível (vide item 3.10.1)
z : número de parafusos
b adm : tensão tangencial admissível do material da bucha
b adm = 0,42 . b e carga estática
b adm = 0,3 . b e carga pulsante
b adm = 0,16 . b e carga alternada simétrica
b e tensão de escoamento do material da bucha

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3.10.5 Parafuso de movimento
Utiliza-se normalmente rosca trapezoidal ou dente de serra

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3.10.5 Parafuso de movimento
Utiliza-se normalmente rosca trapezoidal ou dente de serra

U : força tangencial  : ângulo de atrito

P : força longitudinal h : passo da rosca
N : força normal ao plano inclinado d2 : diâmetro médio da rosca
R : força resultante  : coeficiente de atrito
 : ângulo de hélice

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tg  
Rendimento: Transformação de momento de torção em força longitudinal 
tg    
Rendimento: Transformação de força longitudinal em momento de
torção
tg    
 
tg  

Figura 10.12 (Niemann) – Rendimento do parafuso, em função do ângulo

de inclinação α, para um coeficiente de atrito µ= tg ρ = 0,1
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Ângulo de avanço α (graus)

Figura 15.8 (Norton) – Eficiência de parafuso de movimento rosca ACME

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P
3.10.5.1 Tensão normal no núcleo    adm
S1
d2
  2   tg     
3.10.5.2 Tensão tangencial no núcleo
d1
 adm
3.10.5.3 Tensão equivalente v    a      v adm
2 2
a
 adm
d2
3.10.5.4 Momento de torção M t  P  r  tg     r
2
P
3.10.5.5 Pressão específica sobre os filetes p  p adm
i  Sg
d1    h  d1
3.10.5.6 Altura da porca m
4  p  t2  d 2

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: tensão normal atuante
P: carga longitudinal
S1: área da seção transversal do núcleo v adm: tensão equivalente admissível

adm: tensão normal admissível v adm = 0,6 . e: carga estática

adm = 0,45 . e: carga estática v adm = 1,4 . A: carga pulsante

e : tensão de escoamento Mt: momento de torção

adm = 1 . A : carga pulsante r: raio médio da rosca

A: tensão de limite de resistência à fadiga p: pressão específica atuante

alternada simétrica i: número de filetes

: tensão tangencial atuante Sg: área de um filete

: ângulo de hélice padm: pressão específica admissível

: ângulo de atrito padm = 0,2 a 0,7 kgf / mm2: porca de ferro fundido

d2: diâmetro médio da rosca padm = 0,5 a 1,5 kgf / mm2: porca de bronze

d1: diâmetro do núcleo da rosca padm = 0,75 a 1,0 kgf / mm2: porca de aço

v: tensão equivalente atuante

a: coeficiente
a = adm / adm  1 / 0,7 aço

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Resumo Geral

3.10.1 Parafuso solicitado por carga longitudinal e não protendido

3.10.2 Parafuso solicitado por carga longitudinal e apertado por momento de torção
3.10.3 Parafuso protendido e solicitado por carga longitudinal
3.10.4 Parafuso solicitado por carga transversal

3.10.4.1 Parafuso ajustado

3.10.4.2 Parafuso passante
3.10.4.3 Parafuso passante com bucha de cisalhamento

3.10.5 Parafuso de movimento

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Tabela 1 – Propriedades mecânicas dos materiais de parafusos de acordo com a classe de resistência [DIN ISSO 898, parte 1]

CLASSE DE RESISTÊNCIA - nova (antiga)

3.6 4.6 4.8 5.6 5.8 6.6 6.8 6.9 8.8 (8G) 10.9 12.9 14.9

(4A) (4D) (4P) (4S) (5D) (5R) (5S) (6D) (6E) (6S) (6G) ≤M16 >M16 (10K) (12K) -

rt nom 300 400 500 600 800 1000 1200 1400
[N/mm2]
mín 330 400 420 500 520 600 800 830 1040 1220

e nom 180 240 210 320 300 450 400 360 360 480 -
[N/mm2]
mín 190 240 340 300 420 480 -

0,2 nom - 540 640 640 900 1080 1260

[N/mm2]
mín - 640 660 940 1100

 [%] mín 25 22 - 14 20 14 10 16 18 8 12 12 12 9 8 7

mín 95 120 130 155 160 190 230 255 310 372
HV
máx 220 250 300 336 382 434

mín 90 114 124 147 152 181 219 242 295 353
HB
máx 209 238 285 319 363 412

ak [N.m] mín - 25 - - 30 30 20 15

σrt – limite de ruptura a tração

σe – limite de escoamento σ  300 [MPa]
Obs.: Nomenclatura 3.6   rt
σ0,2 – limite de deformação (0,2%)  σ e  0,6.σ rt
δ – alongamento de ruptura
HV – dureza Vickers
HB – dureza Brinell 1 [ N / mm 2 ]  1 [ N / 10 6 m 2 ]  [ MPa ]
ak – Massaroppi
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Limite de resistência à fadiga A [N/mm2]

diâmetro nominal d [mm] <8 8 até 12 14 até 20 > 20
4.6 e 5.6 50 40 35 35
Tabela 2 - Limite de resistência à fadiga
6.8 até 12.9 60 50 40 35
para uniões por meio de parafusos com
CLASSES DE 10.9 e 12.9 uma protensão de 0,75 0,2
RESISTÊNCIA schluss-
gerollt 100 90 70 60

Pressão específica
Material do apoio admissível padm
[N/mm ]2

St 37, C15 N 300

St 50, C35 N 500
St 52, C45 N 600
aço aço beneficiado rt > 900 N/mm2 900 Tabela 3 - Pressão específica
aço beneficiado rt > 1200 N/mm2 1200 admissível sobre a superfície de
C 15, cementado Eht 0,6 [mm] 1400 apoio da cabeça (ou da porca)
16 MnCr 5 entre outros, cementado Eht 1,0 [mm] 1800
ferro GG 25 850
fundido GGG 50, GTS 45 500
GK MgAl 9 150
GD MgAl 9 150
liga de GK AlSi 12 Cu 300
alumínio GD AlSi 12 Cu 300
GK AlSi 6 Cu 250
GD AlSiJr.
Ernesto Massaroppi 6 Cu
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Tabela 4 - Coeficiente de atrito para diferentes condições das superfícies e de lubrificação [VDI-R 2230]

Condições da superfície Condições de lubrificação

pasta de
Parafuso Porca a seco oleado
MoS2
Mn-fosfatizado 0,14 – 0,18 0,14 – 0,15 0,10 – 0,11
Zn-fosfatizado 0,14 – 0,21 0,14 – 0,17 0,10 – 0,12
zincado sem tratamento
galvânico, 8 m posterior 0,125 – 0,18 0,125 – 0,17

cadmizado
galvânico, 7 m 0,08 – 0,12 0,08 – 0,11

zincado zincado
galvânico, 8 m 0,14 – 0,19 0,125 – 0,17
galvânico, 5 m
cadmizado cadmizado
galvânico, 7 m 0,14 – 0,15 0,08 – 0,12
galvânico, 6 m

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Tabela 5 - Materiais empregados para a fabricação de parafusos de acordo com a classe de resistência, processo de fabricação e dimensão
[DIN ISO 898, parte 1*]
Dimensão
CR Processo de fabricação Tratamento térmico após a
do parafuso
conformação a comformação a conformaç conformaçã
usinagem usinagem
frio quente ão a frio o a quente

QSt 36-21.0203
3.6 QSt 36-21.0204 RSt 37-21.0038
9 S 201.0711 até M 39 normalização normalização nenhum
4.6 QSt 38-21.0217 RSt 44-21.0419
QSt 38-21.0224

QSt 36-21.0203 normalmente

4.8 9 S 201.0711 nenhum nenhum
QSt 38-21.0204 até M 16

5.6 Cq 221.1152 St 50-21,0533 até M 39 normalização normalização

Cq 221.1152 9 S Mn 281,0715 nenhum ou

5.8 até M 39 nenhum
Cq 351.1172 10 S 201,0721 beneficiamento

Cq 351.1172 nenhum ou
C 451,0503 nenhum ou
6.8 35 B 21.5511 10 S 201,0721 até M 39 beneficiament beneficiamento
46 Cr 21,7006 beneficiamento
Cq 451.1192 o

22 B 21.5508 22 B 21.5508
8.8 nâo utilizado até M 12
28 B 21.5510 28 B 21.5510

19 MnB 41.5523
35 B 21,5511
C 451.0503 até M 22
Cq 351.1172
46 Cr 11.7002
Cq 451.1192

34 Cr 41.7033 de M 24
46 Cr 21.7006
37 Cr 41.7034 até M 39

19 MnB 41.5523 19 MnB 41.5523

10.9 35 B 21,5511 35 B 21,5511 até M 8
Cq 351.1172 Cq 351.1172

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Tabela 5 - Cont.

a partir de M
pouco ou não
34 Cr 41.7033 8 beneficiamento
41 Cr 41.7035 utilizado
até M 18

41 Cr 41.7035
34 CrMo 41 Cr 41.7035
41.7220 34 CrMo 41.7220 até M 39
42 CrMo 42 CrMo 41.7225
41.7225

34 CrMo
34 CrMo 41.7220
41.7220
12.9 37 Cr 41.7034 até M 18
37 Cr 41.7034
41 Cr 41.7035
41 Cr 41.7035

42 CrMo
42 CrMo 41.7225 até M 24
41.7225

30 CrNiMo 30 CrNiMo
81.6580 81.6580
até M 39
34 CrNiMo 34 CrNiMo
61.6582 61.6582

* A norma DIN ISO 898, parte 1 vale para parafusos com diâmetros nominais até
M 39. Parafusos com diâmetros maiores podem ser fabricados com materiais,
cuja utilização é prevista até M 39, desde que as propriedades mecânicas
correspondam às exigências da norma

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1 2 3 2 4 5 6

Tabela 6 – Coeficiente de concentração de tensão em uma união por meio de parafusos

Posição 1 2 3 4 5 6

k 3a5 ~ 1,1 1 3a4 2a3 até 10 k – coeficiente estático de entalhe

k – coeficiente dinâmico de entalhe
2a4 1 a 1,1 1 ~2 1,5 a 2 5a8
k * * utilizar preferencialmente os valores
(3) (1,1) (1) (2) (1,7) (6,5)
entre parênteses
Durabilidade
~ 200 ~ 400 ~ 500 ~ 300 ~400 100
[%]

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