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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

ENGENHARIA CIVIL - OBRAS DE TERRA


EXERCÍCIOS - AULA E-4
Exercício de Muro de Concreto - Roteiro para o Trabalho TP-2
Henrique Dinis - Alberto Alonso Alonso2022s1

Pg-1
Verificar a estabilidade, segundo a segurança ao tombamento e ao escorregamento, para o muro de flexão,
em aterro, conforme esquematizado abaixo. Calcular as tensões na base da fundação do muro e verificar se
atendem à tensão admissível, sem a ocorrência de tração. Não foi detectada a presença do lençol freático.

Parâmetros dos materiais


Peso específico Coesão Ângulo de atrito Tensão admissível
Tipo ϒ (kN/m3) c (kN/m ) 2 ϕ (º) σadm s (kN/m2)
Aterro 17,0 4,0 30
Solo natural 19,0 10,0 29 200
Concreto 25,0

Sobrecarga q = 20,0 kN/m2

Aterro

4,20
4,50

parede

base
Concreto 0,30

Solo natural

L = 2,10 0,30 0,20 Medidas em m

Formulário: B= 2,60
σv = q + Ʃ ϒj . Δzj Notação:
u = ϒw . Δzw σ'v - Tensão vertical efetiva (kN/m2)
σ'v = σv - u σv
2
- Tensão vertical total (kN/m ) Ka - Coeficiente de empuxo ativo
1 - sen ϕ q - Sobrecarga (kN/m2) ϕ - Ângulo de atrito interno do solo (º)
Ka =
1 + sen ϕ ϒj - Peso específico do solo j (kN/m3) Kp - Coeficiente de empuxo passivo
1 + sen ϕ Δzj - Espessura do solo j (m) σh,a - Tensão horizontal efetiva (E ativo)(kN/m2)
Kp =
1 - sen ϕ u - Pressão neutra (kN/m2) c - Coesão do solo (kN/m2)
σh,a = σ'v . Ka - c . 2 . Ka ϒw - Peso específico da água (kN/m ) 3
σh,p -Tensão horizontal efetiva(E passivo)(kN/m2)
σh,p = σ'v . Kp + c . 2 . Kp Δzw - Altura do lençol freático (m) σadm s - Tensão admissível do solo (kN/m2)
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EXERCÍCIOS - AULA E-4
Exercício de Muro de Concreto - Roteiro para o Trabalho TP-2
Henrique Dinis - Alberto Alonso Alonso2022s1

Pg-2
1 - Estado ativo

Tensão Tensão Coeficiente de Tensão


Pressão vertical vertical empuxo no horizontal efetiva
z (m) Solo neutra total efetiva estado ativo no estado ativo
u (kN/m ) 2
σv (kN/m2) σ'v (kN/m2) Ka σ'h,a (kN/m2)
u = ϒw . Δzw σv = q + ϒ . Δz σ'v = σv - u Ka=(1-senϕ)/(1+senϕ) σ'h,a=σ'v .Ka-c.2.VKa

0,00 Aterro
10,0 x 0,0 20,0 + 0,0 20,0 - 0,0 (1-sen 30 °)/(1+sen 30 °) 6,667 - 4,619
0,0 20,0 20,0 0,333 2,048

4,50 Aterro
10,0 x 0,0 20,0 + 76,5 96,5 - 0,0 (1-sen 30 °)/(1+sen 30 °) 32,167 - 4,619
0,0 96,500 96,5 0,333 27,548

2 - Resultante do empuxo ativo

σ1 + σ2 2,048 + 27,548
R = . Δz = . 4,50 = 66,590
2 2
Δz 2.σ1 + σ2 4,50 2 . 2,048 + 27,548 Ea = 66,590 kN/m
a = . = . = 1,604
3 σ1 + σ2 3 2,048 + 27,548 a= 1,604 m
Resultante do momento provocado pelo empuxo ativo
Ma = Ea . a = 66,590 . 1,60 = 106,797 kN.m/m Ma = 106,797 kN.m/m

3 - Peso próprio da contenção

Sobrecarga
Psc = q.L = 20,0 kN/m2 . 2,10 m = 42,00 kN/m Psc = 42,000 kN/m
xsc = 0,20 m + 0,30 m + 2,10 m / 2 = 1,55 m xsc = 1,55 m
Aterro
Pat = ϒat . A = ϒat . B . H = 17,0 kN/m3 . 2,10 m . 4,20 m = 149,94 kN/m Pat = 149,940 kN/m
xat = 0,20 m + 0,30 m + 2,10 m / 2 = 1,55 m xat = 1,55 m
Parede
Ppar = ϒc . A = ϒc . B . H = 25,0 kN/m3 . 0,30 m . 4,20 m = 31,50 kN/m Ppar = 31,500 kN/m
xpar = 0,20 m + 0,30 m / 2 = 0,35 m xpar = 0,35 m
Base
Pbase = ϒc . A = ϒc . B . H = 25,0 kN/m3 . 2,60 m . 0,30 m = 19,50 kN/m Pbase= 19,500 kN/m
xbase = 2,60 m / 2 = 1,30 m xbase = 1,30 m

Resultante de esforços do peso da contenção


P= ƩPi = Psc + Pat + Ppar + Pbase
P= 42,000 + 149,940 + 31,500 + 19,500 = 242,940 kN/m P= 242,940 kN/m

Resultante dos momentos provocados pelo peso da contenção


MP = ƩPi . xi = Psc . xsc + Pat . xat + Ppar . xpar + Pbase . xbase
MP = 42,000 . 1,550 + 149,940 . 1,550 + 31,500 . 0,350 + 19,500 . 1,300 = 333,882 kN.m/m
xP = ƩPi . xi / ƩPi
xP = 333,882 kN.m/m / 242,940 kN/m = 1,374 m MP = 333,882 kN.m/m
xP = 1,374 m
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4 - Atrito na base da fundação

T = τ . Abase T - Atrito máximo suportado pelo solo da fundação (kN/m)


Abase = 2,60 m2/m τ - Resistência ao cisalhamento do solo de fundação (kN/m2)
τ = c + N . tg ϕ Abase - Área da base da fundação (m2/m)
c= 10,0 kN/m2 c - Coesão do solo de fundação (kN/m2)
N = P / Abase N - Tensão normal na base da fundação (kN/m2)
P= 242,940 kN/m ϕ - Ângulo de atrito interno no solo (º)
N= 242,940 / 2,60 P - Peso da contenção (kN/m)
2
N= 93,438 kN/m
ϕ= 29 º
τ= 10,0 + 93,438 . tg 29 º
τ= 61,794 kN/m
2

T= 61,794 . 2,60
T= 160,664 kN/m T = 160,664 kN/m

5 - Diagrama de esforços

σ'h,a
2,048 Psc xsc 1,550 m
2
kN/m 42,000
kN/m

Ppar xpar
31,500 0,350 m
kN/m 4,20
4,50

Aterro Pat xat 1,550 m


Ea 149,940

66,590 kN/m kN/m xP 1,374 m


P
xa 242,940
1,604 m kN/m

Concreto 0,30
σ'h,a 27,548 kN/m2
Pbase
Solo natural xbase 1,300 m
19,500
kN/m T 160,664 kN/m Centro de
rotação
2,10 0,30 0,20
Medidas em m

B 2,60
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6 - Verificação da estabilidade ao escorregamento

Soma dos esforços


Ʃ HR resistentes
FSE = = ≥ 1,5
Ʃ HS Soma dos esforços
solicitantes

FSE - Fator de segurança ao escorregamento

T 160,664
FSE = = = 2,413
Ea 66,590

FSE = 2,413 > 1,5 OK

7 - Verificação da estabilidade ao tombamento

Soma dos momentos


Ʃ MR estabilizantes
FST = = ≥ 2,0
Ʃ MS Soma dos momentos
desestabilizantes

FST - Fator de segurança ao tombamento

P . xP 242,940 . 1,374 333,882


FST = = = = 3,126
Ea . a 66,590 . 1,604 106,7971

FST = 3,126 > 2,0 OK


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8 - Verificação das tensões na base da fundação

Esquema em corte - medidas em m

2,60

0,074 m

xP
P 1,374 m
Ea 242,940 PC
66,590 kN/m kN/m B/2
1,30 m
xa
1,604 m

σmin σmax

Tensão normal na base da contenção x

N=P
N/S N/S
B = h = 2,60 m L = b = 1,00 m
+
Momento atuante e resistente em C

σmin x
M/W σmax
M/W σmin

=
Tensões resultantes Tensão máxima na base da contenção

N M
σmax = + ≤ σadm s
σmin σmax S W

Tensão mínima na base da contenção

N M
σmin = - ≥ 0,0 kN/m2
S W
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Determinação das tensões no solo da base da contenção

σmax - Reação máxima na base da contenção h


>
σmin - Reação mínima na base da contenção x
h/2
σadm s - Tensão admissível no solo da base
σadm s = 200 kN/m2
N - Peso sobre a base da contenção b
N = P = 242,940 kN/m
S - Área da base da fundação da contenção
S = Abase = 2,60 m2/m Momento de inércia (I)
M - Momento atuante em C
M = Momento do empuxo ativo em C menos o momento do peso em C b . h3
I =
M = Ma - P . 0,074 12
M = 106,797 - 242,940 . 0,074
M = 88,737 kN.m/m Momento resistente (W)
W - Momento resistente em C
I - Momento de inércia I
3
W =
I = b . h / 12 h/2
W = I / h/2
W = b.h /6
2
b . h2
W =
h = B = 2,60 m 6
b = 1,00 m
3
W = B2 / 6 = 1,127 m /m

Verificação da tensão máxima na base da contenção

N M
σmax = + ≤ σadm s
S W

242,940 88,737
σmax = + = 172,2 kN/m2
2,60 1,127

σmax = 172,2 kN/m2 σadm s = 200,0 kN/m2 OK

Verificação da tensão mínima na base da contenção

N M
σmin = - ≥ 0,0 kN/m2
S W

242,940 88,737
σmin = - = 14,68 kN/m2
2,60 1,127

σmin = 14,68 kN/m2 < 0,0 kN/m2 OK

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