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Dados fornecidos pelo docente:

Revestimentos = 1,45 kN/m; Qk = 105 kN; Betão C20/25; Aço A400

DETERMINAÇÃO DE VALORES DA CARGA PERMANENTE E SOBRECARGA:

PExterior Qk PExterior

PDivisórias
Rev
PPLage
PPViga
A B

Figura 1 – Representação de todas as cargas atuando sobre a viga V2 (corte aa’)

1
CARGAS PERMANENTES

Peso Próprio da Viga:


PPviga  b  h   betão.armado

PPviga  0, 25  0, 70  25  4, 38kN / m

Peso Próprio da Lage


PPlage  ( área.influência  bviga )  expessuralage   betão.armado

PPlage  (2  2,5  0, 25)  0, 20  25  23,75kN / m

Revestimento
Rev  1, 45 1 área.influência

Rev  1, 45  5  7, 25kN / m

CP  PPviga  PPlage  Re v

g k 1  4,38  23, 75  7, 25  35, 38kN / m

Peso de Paredes Exteriores (fachadas)


 Tijolo 30x20x15 (NP EN 771-1:2016): 733 kg/m3 = 7,19 kN/m3
 Tijolo 30x20x07 (NP EN 771-1:2016): 937 kg/m3 = 9,19 kN/m3
 Isolamento (Poliestireno Expandido, Quadro A.5 – EC1): 0,30 kN/m3
 Argamassa de Cimento (Quadro A.1 – EC1): 23,0 kN/m3

PExterior     material  expessura   área.influência  altura. parede

PExterior   7,19  0,150  9,19  0, 07  0,30  0, 03  23  0, 006   5  3, 20  30kN

g k 2  30 kN

AÇÕES VARIÁVEIS
Segundo 6.3.1.2(8) – EC1:
“Desde que um pavimento possua uma constituição que permita uma distribuição eficaz de
cargas, o peso próprio das divisórias amovíveis poderá ser considerado como uma carga
uniformemente distribuída qk que deverá ser adicionada às sobrecargas dos pavimentos
indicadas no Quadro 6.2. Essa carga uniformemente distribuída depende do peso próprio das
divisórias, tomando os seguintes valores:

– para divisórias amovíveis com um peso próprio 1,0 kN/m de comprimento de parede: qk =
2
0,5 kN/m ;
…”

1
valor facultado no enunciado

2
Peso de Paredes Divisórias (76mm)
Foi assumido o “Sistema de paredes (PanelSystem) de painéis de gesso reforçado com fibra de
vidro” 2 e, segundo especificação 3:

 Painéis de 7cm = 36,00 kg/m2


 Painéis de 9cm = 40,00 kg/m2

Fazendo interpolação 0,76cm = 37,2 kg/m2

0,36 kN/m2 < 1,0 kN/m qk  0,5 kN / m 2

“O sistema estrutural destina-se à utilização como edifício de escritórios”

Sobrecarga (Quadro 6.1 e 6.2 – EC1)


Edifício de Escritórios Categoria B qk  3,0 kN / m 2

qktotal  qk PDivisórias  qksobrec arg a  largurainfluência

qk  0,5  3, 0  5  17, 5kN / m

Todas as cargas contabilizadas:


gk1 = 35,38 kN/m
gk2 = 30 kN
qk = 17,5 kN/m
Qk = 105 kN

DIAGRAMAS DE ESFORÇOS TENDO EM CONTA AS CARGAS PERMANENTES

Gk2 = 30 kN Gk2 = 30 kN
gk1 = 35,38 kN/m

tramo (1) tramo (2)

VA VB

Figura 2 – Somente cargas permanentes atuando sobre a viga

 9
 MA  0; _  30  9  VB  7   35,38  9  2   0; _ VB  243, 27 kN

 FV  0; _VA  30   35,38  9  243, 27  30  0; _ VA  135,15kN

2
PanelSystem:
http://www.geradordeprecos.info/obra_nova/Divisoes/Paredes_divisorias/PTY_Sistemas_de_parede_de_paineis_/PTY010_Sistema
__PANELSYSTEM__de_parede_de_.html
3
http://panelsystem.geradordeprecos.info/panelsystem_dit/pagina5.html

3
Seccionando o primeiro e o segundo tramo:

35,38 X 2
30 kN
0  X  7:  M   0; _ M  135,15 X  2
 30 X  0;
Gk2 = 35,38 kN
M
N
M  105,15 X  17,69 X 2 (0.1)
135,15 kN V
X
 FV  0; _ 135,15  30  35,38 X  V  0;
tramo 1
V  35,38 X  105,15 (0.2)

30 kN
Gk2 = 35,38 kN
35,38 X 2
N
M 0  X  2:  M   0; _  30 X  2
 M  0;

V
X M  17,69 X 2  30 (0.3)

 FV  0; _V  35,38X  30  0;
tramo 2

V  35,38 X  30 (0.4)

Imediatamente à direita de A: na equação (1.2), substituindo x por 0(m) obteve-se o valor do


esforço transverso de 105,15 kN.
Imediatamente à esquerda de B: na equação (1.2), substituindo x por 7(m) obteve-se o valor do
esforço transverso de -142,51 kN.
Imediatamente à direita de B: na equação (1.4), substituindo x por 2(m) obteve-se o valor do
esforço transverso de 100,76 kN.
Na extremidade do segundo tramo: na equação (1.4), substituindo x por 0(m) obteve-se o valor
do esforço transverso de 30 kN.

Figura 3 - Diagrama de Esforço Transverso – cargas permanentes

Calculando o ponto onde o esforço transverso é nulo (valor de x):

4
105,15 142,51
  x  2,97 m
x 7  x

Figura 4 - Diagrama de Momento Fletor – cargas permanentes

No ponto onde o esforço transverso é nulo, o momento fletor é máximo. Substituindo o valor de
x na equação (1.1) por 2,97m, obteve-se o valor do momento fletor máximo positivo (156,25
kNm).
Para o apoio B, substituindo x por 7 na equação (1.1), obteve-se o momento máximo negativo
(130,76 kNm)

DIAGRAMAS DE ESFORÇOS TENDO EM CONTA CARGAS VARIÁVEIS

CASO 1: Cargas variáveis atuando no primeiro tramo


Qk = 105 kN
qk = 17,5 kN/m

tramo (1) tramo (2)

VA VB
Figura 5 - Somente cargas variáveis atuando sobre a viga

Obteve-se os valores das reações dos apoios recorrendo-se ao seguinte cálculo:

qk  Ltramo1 Qk 17, 5  7 105


VA  VB     113, 75kN
2 2 2 2
Seccionando o primeiro tramo:

17, 5 X 2
0  X  3,5 :  M   0; _ M  113, 75 X  2
 0;
qk = 17,5 kN
M
N
M  8,75 X 2  113, 75 X (0.5)
113,75 kN V
X
 FV  0; _ 113,75 17,5 X  V  0;
tramo 1 à esq
V  17,5 X  113,75 (0.6)

Qk = 105 kN
qk = 17,5 kN/m
M
M’
5
N’
V
V’ X

tramo 1 à dir
0  X  3,5 :  M   0; _ M  17, 5 X  M   105 X  0;
N
Recorrendo à equação (1.5) e substituindo x por 3,5m, encontrou-se o valor de M’ = 290,94
kNm.

M  17, 5 X  290, 94  105 X  0

M  122,5 X  290,94 (0.7)

 FV  0; _  V  V ' 105  17, 5 X  0;


Recorrendo à equação (1.6) e substituindo x por 3,5m, encontrou-se o valor de
V’ = 52,5 kN.

 FV  0; _  V  52,5 105 17,5 X  0;


V  52, 5  17, 5 X (0.8)

À semelhança do que foi efetuado mais acima, recorrendo às equações (1.5), (1.6), (1.7) e (1.8)
e substituindo x por valores dos pontos notáveis do tramo 1, encontrou-se os valores definidos
nos seguintes diagramas

Figura 6 - Diagrama de Esforço Transverso – CASO 1

Para o momento máximo positivo recorreu-se ao seguinte cálculo:

 PL2 PL 17,5  7 2 105  7


M m áx      290,94kNm
8 4 8 4

Figura 7 - Diagrama de Momento Fletor – CASO 1

CASO 2: Sobrecarga atuando no segundo tramo

Qk = 105 kN
qk = 17,5 kN/m

tramo (1) tramo (2)

VA VB 6
Figura 8 - Somente cargas variáveis atuando sobre a viga
 MA  0; _ VB  7  105  3,5  17,5  2  8  0; _ VB  92,5kN
 FV  0; _VA  105  92,5  17,5  2  0; _ VA  47,5kN

Seccionando o primeiro tramo:

0  x  3,5 :  M   0; _ M  47,5 x  0;
M
N M  47,5 x (0.9)

47,5 kN
 FV  0; _ 47, 5  V  0; _ V  47,5kN
V
X

tramo 1 à esq

0  x  3,5 :  M   0; _  M ' M  47,5 x  105 x  0;


Qk = 105 kN
M’ M Recorrendo à equação (1.9) e substituindo x por 3,5m, encontrou-se o valor de
N

N’
V
-M’ = 166,25 kNm.
47,5 kN
X
M  57,5 x  166, 25 (0.10)
tramo 1 à dir

 FV  0; _ 47, 5  105  V  0; _ V  57,5kN


À semelhança do que foi efetuado mais acima, recorrendo às equações (1.9) e (1.10) e
substituindo x por valores dos pontos notáveis do tramo 1, encontrou-se os valores definidos nos
seguintes diagramas:

Figura 9 - Diagrama de Esforço Transverso – CASO 2

Para o esforço transverso no apoio B, fez o seguinte cálculo:

VB   57,5   35kN

Para se obter o momento máximo positivo (meio vão) e momento negativo (apoio B) recorreu-
se aos seguintes cálculos:

M máx   47,5 x  47,5  3,5  166, 25kNm

M máx   57,5 x  166, 25  57, 5  3, 5  166, 25  35kNm

7
Figura 10 - Diagrama de Momento Fletor – CASO 2

CASO 3: Sobrecarga atuando no primeiro tramo


Qk = 105 kN
qk = 17,5 kN/m

tramo (1) tramo (2)

VA VB

Figura 11 - Somente cargas variáveis atuando sobre a viga

Obteve-se os valores das reações dos apoios recorrendo-se ao seguinte cálculo:

qk Qk
VA 
2  Ltramo1
 Ltramo12  Ltramo 2 2  
2
 108,75kN

qk Qk
 Ltramo1  Ltramo 2    153,75kN
2
VB 
2  Ltramo1 2

À semelhança dos cálculos anteriores, obteve-se os valores do esforço transverso.

Figura 12 - Diagrama de Esforço Transverso – CASO 3

À semelhança dos cálculos anteriores, obteve-se os momentos máximos positivo e negativo.

Figura 13 - Diagrama de Momento Fletor – CASO 3

8
CASO 4: Somente qk atuando no segundo tramo
qk = 17,5 kN/m

tramo (1) tramo (2)

VA VB

Figura 14 - Somente cargas variáveis atuando sobre a viga

Figura 15 - Diagrama de Esforço Transverso – CASO 4

Figura 16 - Diagrama de Momento Fletor – CASO 4

COMBINAÇÕES DE AÇÕES

COMBINAÇÃO 1:
Qk = 105 kN
Gk2 = 30 kN Gk2 = 30 kN
gk1 = 35,38 kN/m

tramo (1) tramo (2)

Figura 17 - combinação de gk1, Gk2 e Qk sobre a viga

Gk 2  1, 35  30  40,50kN

gk1  1, 35  35,38  47, 76kN / m

Qk  1,5  105  157, 50kN

VA  220, 69kN ; __ VB  407,15kN

9
Figura 18 - diagrama esforço transverso da Comb.1

Figura 19 - diagrama momento fletor da Comb.1

COMBINAÇÃO 2: Ação Variável Base = Qk


Qk = 105 kN
Gk2 = 30 kN Gk2 = 30 kN
qk = 17,5 kN/m
gk1 = 35,38 kN/m

tramo (1) tramo (2)

Figura 20 - combinação de gk1, qk(tramo 1), Gk2 e Qk sobre a viga – Ação variável base: Qk

Gk 2  1, 35  30  40,50kN

gk1  1, 35  35,38  47, 76kN / m

Qk  1,5  105  157, 50kN

qk  1, 5  17, 5  0, 7  18,34kN

VA  284,88kN ; __ VB  471,34kN

Figura 21 - diagrama esforço transverso da Comb.2

10
Figura 22- diagrama momento fletor da Comb.2

COMBINAÇÃO 3: Ação Variável Base = qk


Qk = 105 kN
Gk2 = 30 kN Gk2 = 30 kN
qk = 17,5 kN/m
gk1 = 35,38 kN/m

tramo (1) tramo (2)

Figura 23 - combinação de gk1, qk(tramo 1), Gk2 e Qk sobre a viga – Ação variável base: qk

Gk 2  1, 35  30  40,50kN

gk1  1, 35  35,38  47, 76kN / m

Qk  1,5  105  0, 5  78, 75kN

qk  1, 5  17,5  26, 25kN

VA  273,19kN ; __ VB  459,65kN

Figura 24 - diagrama esforço transverso da Comb.3

Figura 25 - diagrama momento fletor da Comb.3

11
COMBINAÇÃO 4: Ação Variável Base = Qk

Qk = 105 kN Gk2 = 30 kN
Gk2 = 30 kN
qk = 17,5 kN/m
gk1 = 35,38 kN/m

tramo (1) tramo (2)

Figura 26 - combinação de gk1, qk(tramo 2), Gk2 e Qk sobre a viga – Ação variável base: Qk
Gk 2  1, 35  30  40,50kN

gk1  1, 35  35,38  47, 76kN / m

Qk  1,5  105  157, 50kN

qk  1, 5  17, 5  0, 7  18,34kN

VA  215, 45kN ; __ VB  449,07kN

Figura 27 - diagrama esforço transverso da Comb.4

Figura 28 - diagrama momento fletor da Comb.4

COMBINAÇÃO 5: Ação Variável Base = qk


Qk = 105 kN Gk2 = 30 kN
Gk2 = 30 kN
qk = 17,5 kN/m
gk1 = 35,38 kN/m

tramo (1) tramo (2)

Figura 29 - combinação de gk1, qk(tramo 2), Gk2 e Qk sobre a viga – Ação variável base: qk

Gk 2  1, 35  30  40,50kN

12
gk1  1, 35  35,38  47, 76kN / m

Qk  1,5  105  0, 5  78, 75kN

qk  1, 5  17,5  26, 25kN

VA  173,82kN ; __ VB  427,77kN

Figura 30 - diagrama esforço transverso da Comb.5

Figura 31 - diagrama momento fletor da Comb.5

COMBINAÇÃO 6: Ação Variável Base = qk


Qk = 105 kN Gk1 = 30 kN
Gk1 = 30 kN
gk1 = 35,38 kN/m qk = 17,5 kN/m

tramo (1) tramo (2)

Figura 32 - combinação de gk1, qk, Gk2 e Qk sobre a viga – Ação variável base: qk

Gk 2  1, 35  30  40,50kN

gk1  1, 35  35,38  47, 76kN / m

Qk  1,5  105  0, 5  78, 75kN

qk  1, 5  17,5  26, 25kN

VA  265, 69kN ; __ VB  519,65kN

13
Figura 33 - diagrama esforço transverso da Comb.6

Figura 34 - diagrama momento fletor da Comb.6

COMBINAÇÃO 7: Ação Variável Base = Qk


Qk = 105 kN Gk1 = 30 kN
Gk1 = 30 kN
gk1 = 35,38 kN/m qk = 17,5 kN/m

tramo (1) tramo (2)

Figura 35 - combinação de gk1, qk, Gk2 e Qk sobre a viga – Ação variável base: Qk

Gk 2  1, 35  30  40,50kN

gk1  1, 35  35,38  47, 76kN / m

Qk  1,5  105  157, 50kN

qk  1, 5  17, 5  0, 7  18,34kN

VA  279, 64kN ; __ VB  513, 26kN

Figura 36 - diagrama esforço transverso da Comb.7

14
Figura 37 - diagrama momento fletor da Comb.7

COMBINAÇÃO 8:
Gk1 = 30 kN
Gk1 = 30 kN
gk1 = 35,38 kN/m qk = 17,5 kN/m

tramo (1) tramo (2)

Figura 38 - combinação de gk1, qk e Gk2 sobre a viga

Gk 2  1, 35  30  40,50kN

gk1  1, 35  35,38  47, 76kN / m

qk  1, 5  17,5  26, 25kN

VA  226, 32 kN ; __ VB  480, 27 kN

Figura 39 - diagrama esforço transverso da Comb.8

Figura 40 - diagrama momento fletor da Comb.8

15
DIAGRAMAS DE ENVOLVENTE ESFORÇO TRANSVERSO

Combinação 1
284,88 kN 188,52 kN Combinação 2
Combinação 3
53,53 kN Combinação 4
Combinação 5
Combinação 6
Combinação 7
-109,21 kN Combinação 8
-340,56 kN

Comb.2
(Comb.5)

(Comb.8)
(Comb.4)
(Comb.7)

DIAGRAMAS DE ENVOLVENTE DE MOMENTO FLETOR

-229,02 kNm

592,23 kNm (Comb.5)

(Comb.3)
(Comb.8)
(Comb.2)

O valor de cálculo a considerar na verificação dos Estados Limites Últimos do pilar B é 519,65
kN.

16
DIMENSIONAMENTO DE UMA SEÇÃO CIRCULAR DE BETÃO ARMADO PARA O
PILAR B.
N Ed  519, 65kN Betão : C 20 / 25  f cd  13, 3MPa
Aço : A400  f yd  348MPa

Pré-dimensionamento da secção transversal


Elemento de betão armado unicamente sujeito a esforços de compressão

N Rd  AC  f cd  AS  f yd (0.11)

Pré-dimensionamento – contribuição da armadura inexistente (“As” desconhecida)

N Rd  AC  f cd (0.12)

Condição limite para verificação de segurança

N Ed  N Rd (0.13)

 d2
519,65  13,3 103
4

d  0, 22 _  _ d  0, 20m

Com a secção definida e recorrendo-se à equação (1.11), procedeu-se ao cálculo da área da


armadura

  0, 202
519,65  13,3 103  AS  348 103
4

AS  2,90cm2

Verificação da área mínima e máxima – sendo as fórmulas nacionais as seguintes:

AS,min = max 0,1 N Ed / f yd ; _ 0, 002  AC  (0.14)

AS,min = max 1,30; _ 0, 63

AS,max = 0, 04  AC (0.15)

  0, 202
AS,max = 0, 04   12,57cm2
4
AS  AS,min _  _ OK

17
Tabela 1

Foi adotada a armadura abaixo. E da tabela 1 vem que:

68 _  _ AS  3, 02cm2
68

Figura 41 - Disposição construtiva do pilar da secção B

DIMENSIONAMENTO DA VIGA PARA MOMENTOS POSITIVOS E APENAS PARA


A SECÇÃO CRÍTICA (máx. M+) UTILIZANDO O DIAGRAMA PARÁBOLA-
RETÂNGULO.
M máx   592, 23kNm Betão : C 20 / 25  f cd  13, 3MPa
Aço : A400  f yd  348MPa

0,25

0,70

Figura 42 - representação das tensões na viga (parábola-retangular)

Equações de equilíbrio:

18
M  0  M Rd  FC  Z  FS  Z (0.16)

F 0 N Rd  FC  FS (0.17)

Trata-se de flexão simples, então a partir da equação (1.17):

FC  FS  FC1  FC 2  FS (0.18)

FC1  f cd  x  y  b (0.19)

2
FC 2  f cd  y  b (0.20)
3
FS  AS  f yd (0.21)

 c2  cu 2 2 3,5 2
   y x
y x y x 3, 5

2
y x
3,5

Da equação (1.19), determinou-se o seguinte

 2 
FC1  13,3 103  x  x 0, 25  1425 x
 3,5 

Da equação (1.20), determinou-se o seguinte

2 2
FC 2   13,3  103  x  0, 25  1266, 67 x
3 3,5

FC  1425x  1266,67 x  FC  2691,67x

M máx   FC1  d  C1  FC 2  d  C 2  (0.22)

Determinação da altura útil


long
d  h  Cnom  est  (0.23)
2
em que
d – altura útil da seção (m);
h – altura total da secção (m);

est – diâmetro dos estribos (m);


long – diâmetro das armaduras longitudinais (m);

19
Cnom – recobrimento nominal (m);

Sendo uma estrutura com tempo de vida útil de projeto é de 50 anos e sendo betão no interior de
edifício com baixa humidade do ar, trata-se duma estrutura com classe de exposição XC1
(Quadro 4.1 EC2) e classe estrutura S4 (Quadro NA.II EC2). Assim, segundo o EC2:

Cnom  25mm

Por não se saber a área da armadura, foi admitido os seguintes valores:

est  6mm; _  long  16mm

Da equação (1.23), determinou-se o seguinte

0, 016
d  0, 70  0, 025  0, 006   d  0, 661m
2

Figura 43 - área parábola-retangular

Cálculo da posição do resultante das forças FC1 e FC2


Equilíbrio de momentos em relação à fibra superior

FC1  C1  FC 2  C 2  FC  C

x y  3 
FC1   FC 2   x  y  y   FC  C
2  8 
Recorrendo à equação (1.22) calculou-se:

M máx   FC1  d  C1  FC 2  d  C 2 

  x  3,5
2
x    3 2 
592, 23  1425 x   0, 661      1266, 67 x   0, 661   x  3,5 x   3,5 x  
2

  2    8 

 x  0,47m

Da relação de triângulos (figura 20) obteve-se as extensões no aço e no betão:

20
 cu 2 s 3, 5 s
  
x dx 0, 47 0, 661  0, 47

Verificando se a armadura se encontra em regime plástico (em cedência):

f yd 400 / 1,15
s    1, 74
d-x Es 200  103
  s  1, 42 

Figura 44 - posição eixo neutro

Estando nesta situação, existem duas soluções: 1 – aumentar a altura da secção, 2 – adicionar
a armadura de compressão. Foi adotada a segunda solução.

CÁLCULO DA ARMADURA DE COMPRESSÃO


Pela tabela 2 C12-C50_S400:

M Ed
 (0.24)
bd 2 f cd

592, 23
  0, 408
0, 25  0, 6612  13,3  103

A '/ A  0; _  _ não..tem..solução

A '/ A  0, 2; __ interpolando _  _   0, 500; __   0, 494

A '/ A  0, 3; __ interpolando _  _   0, 480; __   0, 416

Determinando a solução mais económica:

  0, 2    0,500  0, 2  0,500  0, 600


  0,3    0, 480  0, 3  0, 480  0, 602
A solução mais económica é obtida com A’/A=0,2 e, portanto:

f cd
As   bd (0.25)
f cy

13,3
As  0,500  25  66,1  31, 6cm 2
348
Armadura de compressão

As '  A  0, 2  31, 6  0, 2  6, 32cm 2

Posição do eixo neutro

x   d  0, 494  66,1  31, 7cm

Assim:

21
 cu 2 s 3,5 s
  
x dx 31, 7 66,1  31, 7

f yd
  s  3,80 
Es
 cu 2 s' 3,5 s
  
x x  31, 7 31, 7  0, 494

f yd
  s  3, 45 
Es
Ambas as armaduras se encontram em cedência.
NOTA: Embora a solução A’/A=0,3 use ligeiramente mais aço, o mesmo cálculo feito para a solução A’/A=0,2 mostra que a
solução A’/A=0,3 é a que apresenta maior ductilidade (x/d menor).

A '/ A  0, 2 __ x / d  31, 7 / 66,1  0, 480

A '/ A  0,3 __ x / d  27,5 / 66,1  0, 416

Armaduras adotadas

As  31, 6cm2 __ 616  425 _  _ As  31,69cm2

As  38, 47cm 2

As  6,32cm2 __ 18  220 _  _ As '  6, 78cm2


Área mínima de armadura

AS,min  0, 26  bt  d  fctm / f yk (0.26)

em que

bt – largura da zona tracionada em flexão;


f ctm – valor média de tensão de rotura do betão à tração simples

f yk – valor característico da tensão de cedência à tração do aço das armaduras para betão
armado.

AS,min  0, 26  0, 25  0, 661 28 / 400  2, 36cm2  AS _  _ ok !!

Figura 45 - Disposição construtiva da viga

22
CÁLCULO DO VALOR DO MOMENTO FLETOR PARA O QUAL SE INICIA A
FENDILHAÇÃO DA SECÇÃO TRANSVERSAL.
Definição do coeficiente de homogeneização

Betão _ C 20 / 25 _  _ EC  30GPa

ES
 (0.27)
EC

em que
 – coeficiente de homogeneização;
ES – módulo de elasticidade do aço (GPa);

EC – módulo de elasticidade do betão (GPa).

200
  6, 67
30
Área homogeneizada da secção transversal

AC ,hom  AC    1  AS (0.28)

em que

AC ,hom – área da secção transversal (em betão) homogeneizada (m2);

AC – área transversal do betão (m2);

AS – área do aço (m2).

AC ,hom  0, 25  0, 70   6, 67  1  38, 47  10 4  0,19681m 2

Centro de massa da secção homogeneizada (em betão)

h
AC     1  AS  a
yG  2 (0.29)
AC , hom

em que

yG – centro de massa da secção homogeneizada, medido a partir da fibra inferior (m);

a – distância do centro da armadura longitudinal à última fibra (m);

23
Figura 46

long
a  Cnom   est  (0.30)
2
em que

est – diâmetro dos estribos (m);


long – diâmetro das armaduras longitudinais (m);

Cnom – recobrimento nominal (m).

0, 016
a  0, 025  0, 006   0, 039m
2
Da equação (1.29) vem que

0, 70
0, 25  0, 70    6, 67  1  38, 47 104  0, 039
yG  2  0,3155m
0,19681
Momento de inércia da secção homogeneizada (em betão) em relação ao CG
2
h 
 AC    yG   I S , X    1  AS   yG  a 
2
I X  IC, X (0.31)
2 
em que

I C , X – inércia da secção em betão em torno do eixo baricêntrico (m);

I S , X – inércia dos varões em torno do eixo baricêntrico (m).

NOTA: o valor da inércia dos varões em torno do eixo baricêntrico é considerado zero por ser
muito pequeno e pouco relevante comparado com as restantes inércias.
2
0, 25  0, 73  0, 7 
 0,3155   0   6, 67  1  38, 47  104   0,3155  0, 039 
2
IX   0, 25  0, 7  
12  2 

24
I X  9,02174 103 m4

Momento fletor que provoca o início da fendilhação

M fend
f ctm   yG
IX

M fend
2, 2 103   0,3155 _  _ M fend  62,91kNm
9, 02174 103

M Ed  592, 23kNm  M fend _  _ secção.fendilhada!

VERIFICAÇÃO DE SEGURANÇA AO ESMAGAMENTO DAS BIELAS DE


COMPRESSÃO DO BETÃO (ESCORAS)
Cálculo do esforço transverso resistente máximo, com a vista a se poder verificar o
esmagamento nas bielas comprimidas

Para ângulo 𝜽 (inclinação das escoras de betão) igual a 45º


f cd  13,3MPa

Z  0,9  d

VEd  519, 65kN

f cd
VRd ,máx   cw  bw  Z  1  (0.32)
 cot  tan 
em que:

 cw – coeficiente que tem em conta o estado de tensão no banzo comprimido. Assume o


valor 1 para estruturas não esforçadas;

bw – menor largura da secção;

1 – coeficiente de redução da resistência do betão fendilhado por esforço transverso.

Segundo 6.10.aN e 6.10.bN do anexo nacional – EC2:

0, 6* ____________ para.um. f ck  60 MPa



1   f ck (0.33)
 0, 9  200  0,5 __ para.um. f ck  60 MPa

*valor aplicável ao nosso caso.


Aplicando a equação (1.32), obteve-se o seguinte valor:

25
13,3  103
VRd ,máx  1 0, 25   0,9  0, 661  0, 6   593, 41kN
 cot 45  tan45
 VRd ,máx  VEd  519, 65kN __ OK !!_ bielas.não.esmagam

Para ângulo 𝜽 cuja cotangente é igual a 2


1
cot  2; _  _  2; _  _   26, 56
tan
Aplicando a equação (1.32), obteve-se o seguinte valor:

cot  2;   26,56

13,3 103
VRd ,máx  1 0, 25   0,9  0, 661  0, 6   474,75kN
 2  tan(26,56) 
 VRd ,máx  VEd  519, 65kN __ KO !!_ bielas.esmagam

DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA DE ESFORÇO TRANSVERSO.

VEd  519, 65kN

Z  0,9  d

Asw
VRd , s   Z  f ywd  cot (0.34)
S
VRd , s  VEd

Asw
 Z  f ywd  cot  519, 65kN
S

Para o primeiro caso 𝜽 = 45º:


Asw 400  103
  0, 9  0, 661   cot 45  519, 65kN
S 1,15

Asw
Isolando obteve-se o seguinte valor:
S
Asw
 0,002511m 2 / m
S
Admitiu-se um 8 para os estribos com 2 ramos

Asw
 0,002511m 2 / m
S

26
2   área8 
 0,002511
S
Da tabela 1 retirou-se a área do varão admitido

2   0,5  104 
 0,002511
S
Assim obteve-se o valor do espaçamento

 _ S = 0,0398m

Tem de se fazer o arredondamento, existindo duas possibilidades:

arredondar. para  0, 030



arredondar. para  0, 040

Colocar armaduras afastadas a 0,040m significaria colocar menos armaduras do que o


necessário, pois se substituirmos o valor de S = 0,040m na equação (1.34) obteríamos o seguinte
valor:

2   0,5  104  400  103


VRd , s    0,9  0, 661   cot  45 
0, 040 1,15

VRd , s  517,30kN  VEd  519, 65kN _  _ KO !!

Assim arredondou-se para baixo (0,030), obtendo-se assim o seguinte valor:

2   0,5  104  400  103


VRd , s    0,9  0, 661   cot  45 
0, 03 1,15

VRd , s  689,74kN  VEd  519, 65kN _  _ OK !!

8  0, 030m

Para o segundo caso 𝜽 = 26,56º:


Asw 400 103
  0, 9  0, 661   cot 26,56  519, 65kN
S 1,15

Asw
 0,001255m 2 / m
S

2   0,5  104 
 0,001255
S

27
 _ S = 0,0797m

Assim arredondou-se para baixo (0,070), obtendo-se assim o seguinte valor:

2   0,5  104  400  103


VRd , s    0,9  0, 661   cot  26,56 
0, 07 1,15

VRd , s  591,34kN  VEd  519, 65kN _  _ OK !!

8  0, 070m

RESOLUÇÃO ATRAVÉS DE CÁLCULO AUTOMÁTICO

Tabela 2 - Combinações de cargas consideradas

Figura 47 – Tipos de Cargas

DIAGRAMAS DE ESFORÇOS

Diagramas de Esforços para Combinação 1

Figura 48 - Combinação 1: 1,35(gk1 + Gk2) + 1,50(Qk)

Figura 3 – Diagramas de Esforço Transverso e Momento Fletor

28
Diagramas de Esforços para Combinação 2

Figura 4 - Combinação 2: 1,35(gk1 + Gk2) + 1,50(Qk) + 1,05(qk tramo1)

Figura 5 – Diagramas de Esforço Transverso e Momento Fletor

Diagramas de Esforços para Combinação 3

Figura 6 - Combinação 3: 1,35(gk1 + Gk2) + 1,50(qk tramo1) + 0,75(Qk)

Figura 7 – Diagramas de Esforço Transverso e Momento Fletor

Diagramas de Esforços para Combinação 4

Figura 8 - Combinação 4: 1,35(gk1 + Gk2) + 1,50(Qk) + 1,05(qk tramo2)

29
Figura 9 – Diagramas de Esforço Transverso e Momento Fletor

Diagramas de Esforços para Combinação 5

Figura 49 - Combinação 5: 1,35(gk1 + Gk2) + 1,50(qk tramo2) + 0,75(Qk)

Figura 50 – Diagramas de Esforço Transverso e Momento Fletor

Diagramas de Esforços para Combinação 6

Figura 51 - Combinação 6: 1,35(gk1 + Gk2) + 1,50(qk tramos 1 e 2) + 0,75(Qk)

Figura 52 – Diagramas de Esforço Transverso e Momento Fletor

30
Diagramas de Esforços para Combinação 7

Figura 14 - Combinação 7: 1,35(gk1 + Gk2) + 1,50(Qk) + 1,05(k tramos 1 e 2)

Figura 15 – Diagramas de Esforço Transverso e Momento Fletor

Diagramas de Esforços para Combinação 8

Figura 16 - Combinação 8: 1,35(gk1 + Gk2) + 1,50(k tramos 1 e 2)

Figura 17 – Diagramas de Esforço Transverso e Momento Fletor

Diagramas Envolventes de Esforços

Figura 18 – Diagramas Envolventes de Esforço Transverso e Momento Fletor

31
B) O valor de cálculo considerado na verificação dos Estados Limites Últimos do pilar B, como
indica a combinação 6, foi de:

553,19kN

DIMENSIONAMENTO DE SECÇÃO CIRCULAR DE BETÃO ARMADO PARA O


PILAR B.
Por razões construtivas, foi definida uma dimensão de 0,25m de diâmetro e 3,35m de altura para
o pilar a dimensionar. Para as combinações de ações analisadas, após se efetuar os cálculos
automáticos, obteve-se a seguinte tabela de armaduras:

Tabela 2 - Armaduras necessárias para o membro

Apresenta-se em anexo a solução final do pilar gerada após o cálculo automático.

DIMENSIONAMENTO DA VIGA PARA MOMENTOS POSITIVOS E PARA A


SECÇÃO CRÍTICA (MÁX. M+)
Para as combinações de ações analisadas para os dois tramos da viga e cinco pontos de cada
tramo previamente definidos, após se efetuar os cálculos automáticos, obteve-se a seguinte
tabela de armaduras:

Tabela 3 - Armaduras necessárias para Tramo 1 e 2

De forma a se garantir a ancoragem das armaduras e suportar momentos gerados junto aos
apoios, foi necessário aumentar a dimensão da secção nesses pontos. Assim foi definida uma
secção com a dimensão de 0,65m para os apoios.
Apresenta-se em anexo a solução final da viga gerada após o cálculo automático.

32
No que diz respeito às vigas, comparando a “tabela de armaduras necessárias para o tramo 1 e
2” (Tabela 3) com a disposição construtiva em anexo, existem diferenças de diâmetros de
armaduras de cálculo vs armaduras em desenho. Isto porque na fase de cálculo a dimensão nos
pontos de apoios era nula. Para contornar erros apresentados pelo software, teve de se aumentar
a dimensão dos apoios para 0,65m como apontado anteriormente.
A disposição construtiva do pilar analiticamente foi muito diferente do derivado do cálculo
automático. Isto porque analiticamente a reação no apoio B obtido foi de 519,65kN, sendo que
no cálculo automático foi de 553,19kN. Resultado do peso do pilar levado em conta pelo
software.
A diferença nos resultados entre o cálculo analítico vs cálculo automático, em geral, não foi
muito significativo.

33
ANEXO I
PEÇAS DESENHADAS
Viga

34
Pilar

35

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