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Concreto Protendido
Exercício 1: Viga bi-apoiada com cabos curvos
1 Dados do exercício
Corte AA:
q
h=100cm g
L=16m
yp=10cm
b=25cm
A
1.5 Materiais
- Concreto C30 (fck = 30 MPa)
- Agregado: granito;
- Monocordoalhas engraxadas CP 190 RB.
Aos 28 dias:
fctm = 0,3 fck 2/3 (em MPa),
fctm = 2,89 MPa
fctk,inf = 0,7 fctm = 2,03 MPa
fct,f = fctk,inf
= 1,2 para seção T ou duplo T
= 1,5 para seção retangular
fct,f = 1,5 fctk,inf = 3,04 MPa = 0,304 kN/cm2
Na data da protensão:
fctmj = 0,3 fckj 2/3 (em MPa),
fctmj = 2,31 MPa = 0,231 kN/cm2
Sendo:
αE = 1,2 para basalto e diabásio;
αE = 1,0 para granito e gnaisse;
αE = 0,9 para calcário;
αE = 0,7 para arenito.
Portanto:
Eci = 1,0 5600 301/2 = 30.672,46 MPa
Ecs = αi Eci
Sendo:
αi = 0,8 + 0,2 fck/80 ≤ 1,0
Portanto:
- Tipo CP 190 RB
- fptk = 190 kN/cm2
- fpyk = 171 kN/cm2
- Ep = 200 GPa
- Monocordoalhas engraxadas com 7 fios: 12,7mm (ap=0,987cm2)
2 Propriedades da seção
Ac = 25×100 = 2500cm2
25 100 3
I = 2.083.333cm4
12
ys = -50cm
yi = 50cm
Ws = I / ys = -41.666,67cm3
Wi = I / yi = 41.666,67cm3
g L2
Mg 320 kN.m 32.000 kN.cm g (kN/cm2)
8
Mg
g 0,768 kN/cm 2
W 0,768
-0,768
c) devido à carga acidental (q):
q L2
Mq 320 kN.m 32.000 kN.cm
8 q (kN/cm2)
Mq
q 0,768 kN/cm 2
W 0,768
c) devido à protensão
ep = yi - yp= 50 - 10 = 40cm
P P e p ( P ) ( P ) 40 P P/1.785,71
Ps
Ac Ws 2.500 (41.666,67) 1.785,71
P
P P e p ( P ) ( P ) 40 P
Pi
Ac Wi 2.500 41.666,67 735,29
-P/735,29
+ + =
g P q
+ + =
g P q fct,f
Para não haver tensão de tração maior que 1,5 fctk,inf no bordo inferior:
P
0,768 0,4608 0,304 P 679,91 kN
735,29
P P e p 0,443
Ps = 0,443 kN/cm2
Ac Ws
P (kN/cm2)
P P e p
Pi = -1,075 kN/cm2
Ac Wi
-1,075
Observação:
No caso de cabos curvos pode-se considerar a força de protensão como sendo um
carregamento externo equivalente:
P
P
pbal
8f P
pbal
L²
Então, para a cordoalha de 12,7mm (em pós-tração), que apresenta área de 0,987cm2, a
força de protensão máxima que pode ser aplicada na protensão vale:
Então, o número de cordoalhas por cabo pode ser calculado como por:
Então:
Pi,ef = 8 pi = 8×150 = 1.200 kN.
Patrito P ( x ) Pi 1 e kx
- Curvatura dos cabos:
= i
i = arc tg (2yi/Li)
1 = arc tg (240,0/800) = 0,10 rad
Patrito Pi 1 e 0, 050 ,10 0, 00058 0,00896 Pi
Então:
perda por atrito = 0,896 %
Ponto de pega:
E p Ap 20.000 7,896 0,7
x 2.867,93 cm > L/2 = 800 cm
m 0,01344
x = L/2 = 800 cm
Pat+enc = 1.083,32 kN
Perda de protensão:
n 1
p ,ee. p cp cg
2n
Ep 200.000
p 6,52
E ci 30.672,46
8 1
p ,ee 6,52 (1,26 0,384) = 2,51 kN/cm 2
28
Pee p ,ee A p 2,51 7,896 19,85 kN
P. 19,85
perda encurtamento elastico 1,65%
Pi 1.200
atrito: 0,896 %
encunhamento: 8,82 %
encurtamento elástico do concreto: 1,65 %
Total: 11,38 %
Umidade
40 55 75 90
Ambiente (%)
Espessura
Equivalente (cm) 20 60 20 60 20 60 20 60
2Ac/u
5 4,4 3,9 3,8 3,3 3,0 2,6 2,3 2,1
(t ,t0) 30 3,0 2,9 2,6 2,5 2,0 2,0 1,6 1,6
t0 60 3,0 2,6 2,2 2,2 1,7 1,8 1,4 1,4
dias 5 -0,44 -0,39 -0,37 -0,33 -0,23 -0,21 -0,10 -0,09
cs (‰) 30 -0,37 -0,38 -0,31 -0,31 -0,20 -0,20 -0,09 -0,09
60 -0,32 -0,36 -0,27 -0,30 -0,17 -0,19 -0,08 -0,09
Sendo:
c,pog é a tensão no concreto adjacente ao cabo resultante, provocado pela protensão e
pela carga permanente mobilizada no instante t0, positivo se compressão (em MPa);
P Po e p
σ c,p o y
Ac I
1.063,47 1.063,47 40
σ c,p 40 1,24 kN/cm 2 (compressão)
2.500 2.083.333
c,pog = -1,24 + 0,384 = - 0,86 kN/cm2 (compressão)
Valores de 1000
Cordoalhas Fios
po Barras
RN RB RN RB
0,5 fptk 0 0 0 0 0
0,6 fptk 3,5 1,3 2,5 1,0 1,5
0,7 fptk 7,0 2,5 5,0 2,0 4,0
0,8 fptk 12,0 3,5 8,5 3,0 7,0
RN = Relaxação normal
RB = Relaxação baixa
Po 1.063,47
σ P0 = 134,68 kN/cm²
AP 7,90
σ P0 134,68
= 0,7089
f ptk 190
Então:
1000 2,59%
(t, t 0 ) A
β 1 χ(t, t 0 ) α P ρ P 1 1 e 2P c
2 Ic
β 1 + 0,067 + 6,52×0,00316×(1+2,3/2)×(1+402×2.500/2.083.333) = 1,196
P. 157,63
perdas progressivas 13,14%
Pi 1.200
Totalização das perdas:
Observação: a perda calculada ficou menor que a perda estimada (25%). Desta forma, a
força de protensão no tempo infinito será um pouco maior que a força necessária,
satisfazendo os estados limites de serviço (ELS-D e ELS-F).
Carga balanceada:
8 f P 8 0,40 905,84
p bal 11,32 kN/m
L² 16²
P = 905,84 kN
0,507
P P e p 905,84 905,84 40
Ps 0,507 kN/cm 2 P (kN/cm2)
Ac Ws 2.500 41.666,67
P P e p 905,84 905,84 40
Pi 1,232 kN/cm 2
Ac Wi 2.500 41.666,67 -1,232
pbal = 11,32 kN/m
Po = 1.063,47 kN
0,596
Po Po e p 1.063,47 1.063,47 40
Ps 0,596 kN/cm 2 Po (kN/cm2)
Ac Ws 2.500 41.666,67
P Po e p 1.063,47 1.063,47 40
Pi o 1,446 kN/cm 2
Ac Wi 2.500 41.666,67
-1,446
pbal = 13,29 kN/m
Considera-se: g P 1 q :
Na protensão limitada deve-se verificar o ELS-F com combinação freqüente, ou seja:
g P 1 q fct,f (1,5 fctk,inf ou 1,2 fctk,inf para seção T)
fct,f = 1,5 fctk,inf = 1,5×2,03 = 3,04 MPa = 0,304 kN/cm2
+ + = Ok!
g P q
cc = 0,722 kN/cm2 0,5 fck = 0,5×30 = 15,0 MPa = 1,5 kN/cm2 Ok.
Considera-se: g P 2 q :
Na protensão limitada deve-se verificar o ELS-D com combinação quase-permanente,
ou seja:
g P 2 q 0
+ + = Ok!
cc = 0,568 kN/cm2 0,5 fck = 0,5×30 = 15,0 MPa = 1,5 kN/cm2 Ok.
Combinação quase-permanente:
pd,sev = g + pbal + 2 q = 10 – 11,32 + 0,4×10 = 2,68 kN/m
(t ) 0,41 (1 )
(t ) 0,41 3,3
(t ) 1,35 cm (para baixo)
Verificação simplificada:
Admite-se que a segurança em relação ao estado limite último no ato de protensão seja
verificada no Estádio I (concreto não fissurado e comportamento elástico linear dos
materiais), desde que as seguintes condições sejam satisfeitas:
b) a tensão máxima de tração do concreto não deve ultrapassar 1,2 vezes a resistência à
tração fctm correspondente ao valor fckj especificado;
c) quando nas seções transversais existirem tensões de tração, deve haver armadura de
tração calculada no Estádio II. Para efeitos de cálculo, nessa fase da construção, a força
nesta armadura pode ser considerada igual à resultante das tensões de tração no concreto
no Estádio I. Essa força não deve provocar, na armadura correspondente, acréscimos de
tensão superiores a 150 MPa no caso de fios ou barras lisas e a 250 MPa em barras
nervuradas.
+ =
Po gp
Verificação da máxima tensão de compressão (Estado limite de compressão excessiva:
ELS-CE):
ccj = 1,111 kN/cm2 0,7 fckj = 0,7×21,32 = 14,92 MPa = 1,5 kN/cm2 Ok.
ctj= 0,175 kN/cm2 1,2 fctmj = 1,2×2,31 = 2,77 MPa = 0,277 kN/cm2 Ok.
P = 905,84 kN
Pd = p P = 0,9×905,84 = 815,25 kN (situação mais desfavorável)
Ap = 8 0,987 = 7,90cm²
Pré-alongamento:
pi = Pn / Ep = 110,34 / 20.000 = 5,52‰
- para elementos com relação vão/altura útil igual ou menor que 35:
p = 70 MPa + fck /100p, em MPa, não podendo ultrapassar 420 MPa;
p = 70 MPa + fck /300p, em MPa, não podendo ultrapassar 210 MPa;
sendo:
Ap
p
bc d p
onde:
p e fck são dados em MPa;
p é a taxa geométrica da armadura ativa;
bc é a largura da mesa de compressão;
dp é a altura útil referida à armadura ativa.
Ap = 7,90 cm2/m
dp = 90cm
p = Ap / b dp = 0,351%
Momento de cálculo:
Equilíbrio de esforços:
0,35% 0,85fcd
x 0,8x
Rc
dp zp
Ap p Rpt
s Rst
As
Md = Rc zp = Rc (dp- 0,4x)
sendo:
Rc = 0,85 fcd b 0,8x = 0,68 fcd b x
Então:
Md = 0,68 fcd b x (dp- 0,4x)
Isolando x:
Md
x 1,25 d p 1 1 2
0,425 f cd bw d d
89.600
x 1,25 90 1 1
0,425 ( 3,0 / 1,4 ) 25 90 2
x = 31,83cm
onde:
dp= h - yp = 90cm
Caso acontecesse de Rpt > Rc, a seção estaria em equilíbrio. Neste caso, seria necessário
utilizar apenas a armadura passiva mínima.
As,min = min b h
UNIVALI – Concreto Protendido 18
Prof. Luiz Alberto Duarte Filho
Para C30:
ρ min 0,15%
Então:
As,min = 0,15%×25×100 = 3,75cm2
Seção no vão
Verificação:
Grau de protensão:
A p f pyk
p
A s f yk A p f pyk
7,9 171
p 0,772
8,0 50 7,9 171
Esforços de cálculo:
sendo:
VRd2 = 0,27 v fcd bw d
f
e v 1 ck com fck em MPa.
250
VRd2 = 1.145,57 kN.
Como Vd,max VRd2, não há esmagamento do concreto.
b) armadura mínima
A sw,min ρ sw b w .s w .sen α ,
f ctm
ρ sw 0,2 ,
f ywk
onde:
Asw,min é a área mínima de estribos (cm2/m);
sw = 100cm;
é a inclinação dos estribos em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural;
bw é a largura média da alma;
fctm = 0,3.fck2/3 em MPa (resistência média à tração do concreto);
fywk 500MPa (resistência característica do aço).
Substituindo valores:
f
ρ sw 0,2 ctm = 0,116%
f ywk
Asw,min = 2,9cm2/m.
100 n a s 100 2 0,2
s 13,79cm 5,0mm c/13cm.
A sw 2,9
0,6 d 54cm
Para armadura mínima (Vd,min 0,67 VRd2): s max Ok.
30 cm
Asw,min,ef = 3,08cm2/m.
Na flexo-compressão tem-se:
Vc = Vc0 (1 + Mo/Md,max) 2 Vc0
onde:
Mo é o momento fletor que anula a tensão normal de compressão na borda da seção e
Md,max é o maior momento fletor de cálculo no trecho considerado (sem considerar os
momentos isostáticos de protensão).
Vd = Vc + Vsw
A sw,min,ef
Vd,min 0,9 d f yd Vc
sw
Então:
Vd,min = 404,73 kN (Vk,min = 289,09 kN).
Como:
Vd,min = 404,73 kN > 224,00 kN armadura mínima em toda a viga (5,0mm c/13cm).
9 Detalhamento
2 12,5
20
20
20
20
10 20
4 16,0
20
20
20
20
20