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Para dimensionar a viga em questão, vamos sempre analisar as fibras mais solicitadas
em uma dada seção, que são sempre as dos bordos superior e inferior, e dentre estas
tensões as que apresentarem maiores valores de compressão, pois a princípio todas
as fibras sempre estarão comprimidas.
Como a viga protendida terá compressão tanto no bordo inferior quanto superior, a
melhor escolha é optar por uma seção “𝐈” que contenha mesa de compressão tanto no
bordo superior quanto no inferior (menor que o primeiro).
Wi ≥ 3,150/(⅔30 - 2)
Wi ≥ 0,175 m³
∑ 4662,5 324604,17
- Altura da linha neutra: yi = ∑yn.An/∑An = 70 cm
- Módulo resistente elástico da fibra inferior: Wi = I/yi ≅ 0,14 m³ < 0,175 m³ (falha)
∑ 6075,0 399416,67
- Área: A = 0,61 m²
- yi = 0,66 m
- ys = 0,59 m
- I = 0,12 m⁴
- Wi = 0,19 m³ > 0,175 m³ (atende)
- Ws = 0,21 m³
→ σi = M/Wi
- σi,pp = Mpp/Wi = 1709/0,19 = 8,99 MPa Carga Tensões (MPa)
- σi,g = Mg/Wi = 900/0,19 = 4,74 MPa atuante σi σs
- σi,q = Mq/Wi = 2250/0,19 = 11,84 MPa
Peso próprio (pp) 8,99 8,14
e = yi - r = 66 - 10 = 56 cm
Seção S0 S1 S2 S3 S4 S5
A partir dos momentos atuantes em cada seção, é possível obter também as tensões
atuantes nas fibras inferiores e superiores:
σi,s = M/Wi,s
0 1 2 3 4 5
Seção
σi σs σi σs σi σs σi σs σi σs σi σs
PP viga (MPa) 0 0 3,2 2,9 5,8 5,2 7,6 6,8 8,6 7,8 9,0 8,1
Permanente (MPa) 0 0 1,7 1,5 3,0 2,7 4,0 3,6 4,5 4,1 4,7 4,3
Acidental (MPa) 0 0 4,3 3,9 7,6 6,9 9,9 9,0 11,4 10,3 11,8 10,7
Envoltória (MPa) 0 0 9,2 8,3 16,4 14,8 21,5 19,4 24,6 22,2 25,6 23,1
Esforços cortantes para cada seção:
Seção S0 S1 S2 S3 S4 S5
A consideração das perdas pode ser decisiva para que os limites admissíveis das
tensões de tração e compressão nas bordas das seções sejam respeitados.
A perda por atrito em elementos estruturais com pós-tração pode ser considerada
através da expressão que se segue:
Onde:
- σx é o valor da tensão em cada seção após atuação da perda por atrito
- σ0 é a tensão máximo aplicada pelo macaco à armadura
- L é a distância da seção de cálculo a seção inicial (m)
- ∑𝛂 é a soma absoluta dos ângulos de desvios dos cabos nas seções em relação
a S0 (rad)
- 𝝻 é o coeficiente de atrito aparente entre o cabo e a bainha (1/rad)
- 𝝻 = 0,2 entre fios lisos ou cordoalhas e bainha metálica
- 𝛃 é a ondulação média por metro. Valor variável entre 0,015 e 0,006 rad/m
Os ângulos de inclinação do cabo equivalente nas seções podem ser calculados pela
expressão:
→ σ0 < 0,75 × fptk × 1,1 = 0,75 × 1900* × 1,1 = 1567,5 → atende (*cordoalha CP 190 RB)
S0 → σ0 = 1475 MPa
S1 → σ1 = 1464,2 MPa
S2 → σ2 = 1449,6 MPa
S3 → σ3 = 1437,7 MPa
S4 → σ4 = 1417,2 MPa
S5 → σ5 = 1400,0 MPa
U = EA 𝛿 / 2 , onde:
Na viga em questão, temos o seguinte gráfico para a perda de tensão por unidade de
comprimento, devida ao atrito:
Calculando as áreas acumuladas para cada trecho, obtém-se o valor da perda de
energia por unidade de comprimento (Δn):
Para igualar a energia de retorno com a energia de atrito, faz-se um eixo de simetria
passando pela seguinte ordenada:
σn = σ - (σxn - σ)
Nn = σn × n × Aa
→ Aa = 0,8 × 7 × 𝝅(1,27)²/4 = 7 cm² (área da seção transversal de cada cabo; o valor
0,8 refere-se à redução de área devido ao formato irregular)
Seção S0 S1 S2 S3 S4 S5
Excentricidade
59 72 86 98 110 115
média (cm)
Considerando o fck aos 10 dias (1ª protensão), temos, para o módulo de elasticidade
do concreto:
Seção 1:
Seção 2:
Seção 3:
Seção 5:
σ𝑐
ε𝑓 = 𝐸𝑐28
φ(𝑡∞, 𝑡𝑜)
Onde:
O coeficiente de fluência pode ser obtido através da tabela 8.2 da NBR 6118, como
função da umidade ambiente e da espessura fictícia da viga (2A/u), onde A é a área da
seção transversal e u, o perímetro.
Seção 0:
Seção 1:
Seção 2:
Seção 3:
Seção 4:
Seção 5:
Seção 0:
Seção 1:
Seção 2:
Seção 4:
Seção 5:
Seção 0:
Seção 1:
Seção 2:
Seção 4:
Seção 5:
Multiplicando-se as tensões após as perdas em cada seção pela área total dos cabos
(7.7 = 49 cm²), têm-se os valores das forças de protensão reais atuantes.
Em posse dos valores das forças de protensão atuantes e das perdas lentas em cada
seção, é possível calcular as tensões nos bordos superior e inferior, a partir das
fórmulas a seguir:
→ Tensão de protensão nas faces inferior e superior após as perdas imediatas:
Protensão
Peso Peso Perdas
Seção Tensão (Mpa) pós perdas Acidental
próprio permanente diferidas
imediatas
→ Tensão de compressão máxima no bordo superior: ½ fck = 17,5 < 18,3 MPa (não
atendido)
Para atender ao último requisito, basta aumentar o fck em pelo menos 1,6 MPa.
5. Verificação à ruptura
Como este valor está abaixo de 0,26 (limite do início das vigas super armadas),
conclui-se que o concreto não rompeu.
Na viga em questão:
hf = 22,5 cm
a = 110 cm
b = 15 cm
Para obter o componente vertical da força de protensão que atua no sentido contrário
à força cortante na seção do apoio (S0), onde dá-se o cortante máximo, deve-se
primeiro obter o ângulo médio que os cabos fazem com a vertical:
→ N0sen(𝛼0) = 213,8 kN
O esforço cortante em S0 é dado por 647,8 kN (item 2.4 deste trabalho). Logo, o
esforço cortante para cálculo da armação de estribos é dado por: