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DISCIPLINA DE MECÂNICA DOS SOLOS II

EXERCÍCIOS

EMPUXOS, MUROS E CORTINAS

Questão 01:
Para mobilizar empuxo ativo ou passivo em um solo com ângulo de atrito de 30° é necessário que ocorram
deformações neste solo. Estas deformações estão associadas ao estado crítico de plastificação.
Sabe-se que a deformação que mobiliza o empuxo ativo corresponde aproximadamente a 0,2% da altura da
estrutura de arrimo, enquanto que a deformação para mobilizar o empuxo passivo é de 4% da altura desta
mesma estrutura.
Supondo uma estrutura com 2.000cm de altura, calcule:
a) os coeficientes de empuxo (ka, ko e kp).
b) as deformações que mobilizam totalmente o empuxo ativo e o passivo (δA e δP).
c) trace um gráfico mostrando a variação entre o coeficiente de empuxo e a deformação (k x δ).

Questão 02:
Utilize o critério de Rankine para verificar a estabilidade geotécnica do muro de gabiões apresentado na
figura abaixo. Considere situação permanente (ψ = 0), condição não crítica, (λ = 1,0 x Øsolo) e
σadm=300kN/m². Para a análise das tensões na fundação considere o solo como perfeitamente plástico e
perfeitamente elástico. Considere também que o peso específico do muro é de 19kN/m³.

Conclua se a execução do muro na configuração proposta é segura.

25 kPa

Solo do tardoz:
===
301
0K8
°PK
c

aP
3m

1m 1m
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Questão 03:

Em um ensaio de cisalhamento direto encontrou-se um ângulo de atrito de 36° e uma coesão de 16 kPa e
peso específico de 20 kN/m³. Será necessário realizar uma trincheira de escavação temporária para iniciar
as perfurações do primeiro nível de tirantes de uma cortina. Admitido um fator de segurança FS=1,5, qual
seria a profundidade máxima de escavação sem que surjam as trincas de tração (ht)?

?? m
Questão 04:
Na figura abaixo para uma cortina de estacas prancha encontrou-se a seguinte configuração de empuxos.
Qual a equação geral que define o equilíbrio limite da cortina?
Sendo que Ea são empuxos ativos, Ep são empuxos passivos e U são pressões de água.
3.0

FLUXOS UNI E BIDIRECIONAIS

Questão 05:
Para o permeâmetro hidráulico da figura abaixo cujo solo ensaiado apresentou coeficiente de
-3
permeabilidade hidráulica k= 4x10 , determine:
a) o gradiente hidráulico;
b) a vazão, considerando a área da amostra de 0,9m²;
c) as cargas hidráulicas totais e piezométricas nos Pontos 1, A e 2.

obs.: tome como cota inicial o ponto 1. As unidades estão em metros.


Q= constante
0,5
0,3
0,1

2
0,15 0,15

1
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Questão 06:
Com base na ensecadeira do exemplo abaixo:
a) indique as condições de contorno do sistema (equipotenciais e linhas de fluxo)
b) quantos intervalos de perda de carga total existem e quantos canais de mesmo fluxo (marque no
desenho)?
c) O que representa a subtração das cotas N1-N2 no equilíbrio hidráulico do sistema?
d) A ruptura hidráulica deve ser avaliada no ponto A-B ou B-C, por que?

N1

N2

A C

ESTABILIDADE DE TALUDES E ENCOSTAS


Questão 07
Responda as questões: F se falsa e V se verdadeira.

( ) Movimentos de massa rotacionais são lentos e por isso são catastróficos.


( ) Movimentos planares podem ser encaixados ou amplos dependendo da relação entre largura e
extensão da ruptura, no entanto, o dimensionamento analítico é realizado como uma solução de talude
infinito.
( ) Movimento de tombamento são comuns em duas situações: nas disjunções verticais de rochas
provenientes de derrames, como na serra geral; e nos pacotes sedimentares de arenitos e pelitos, como
ocorre nas rochas sedimentares da bacia do Paraná.
( ) Solos coluvionares não apresentam movimento de rastejo. Geralmente são movimentos rápidos
que dificultam a estabilização das massas.
( ) Fluxos de detritos são movimentos de massas que ocorrem quando outros movimentos são
ativados nas encostas e o fluxo ocorre em um caminho de drenagem de destino, como um talvegue, por
exemplo.

Questão 08
Em um talude rochoso sujeito a movimento translacional planar pode-se determinar a resistência ao
cisalhamento do plano de ruptura através da equação de Barton. Considerando uma análise de estabilidade
translacional utilizando a equação de Barton, marque verdadeiro ou falso:
( ) quanto menor a rugosidade da junta menor será o fator de segurança.
( ) quanto maio a poro pressão na base do bloco instável, maior será o fator de segurança.
( ) a resistência intacta do material da junta não interfere no valor do fato de segurança.
( ) se a junta de deslizamento está alterada ou preenchida por solo o fator de segurança aumenta.
( ) O ângulo de mergulho do plano de ruptura (ᵦ) nuca pode ser inferior ao ângulo do talude para
que ocorra o deslizamento do bloco.
DISCIPLINA DE MECÂNICA DOS SOLOS II
RESISTÊNCIA NÃO DRENADA E SOLOS MOLES
Questão 9

Responda V se verdade e F se Faso:


( ) o recalque elástico é instantâneo e ocorre logo quando o carregamento é aplicado.
( ) os recalques primários e secundários podem ocorrer ao longo de muitos anos dependendo
fundamentalmente da permeabilidade das argilas.
( ) quanto maior a espessura da camada de solo mole, menor será o tempo para dissipar o excesso
de poro-pressão de um carregamento e, portanto, menor será tempo para que ocorra o recalque total.
( ) a estabilidade de um aterro sobre solo mole reforçado pode ser garantida com a inserção de
geogrelhas. As geogrelhas são mais solicitadas logo na construção do aterro (sobrecarga).
( ) uma solução possível para evitar rupturas de aterros sobre solos moles é a construção de outros
aterros laterais (bermas) com alturas superiores.
( ) Solos moles tendem a apresentar rupturas rotacionais ao submetermos a um carregamento de
um aterro.
( ) O OCR não representa a história de tensões na qual a argila foi submetida.
( ) Pode ser executado duas alternativas de espaçamento entre geodrenos aceleradores de recalque.
A triangular é a mais eficiente geometricamente, por conta da maior aproximação entre drenos verticais.
( ) Injeção de nata de cimento no solo mole é uma técnica de aceleração de recalque.
( ) É possível em determinados casos executar aterros com blocos de isopor para aliviar o peso de
aterro e evitar recalques especialmente em encontros com pontes e viadutos.

Questão 10

Verifique a estabilidadedo escorregamento planar ilustrado no desenho admitindo que o evento tenha
ocorrido em condições de chuvas severas a ponto de saturar a encosta, que seu substrato seja impermeável
e que o fluxo freático tenha sido paralelo ao talude. Admitindo para o solo γ=18 kN/m³, c’=15kPa e Ø=30°.
As dimensões verificadas em campo foram L=80m, B=50m e espessura da massa rompida = 3,0m. O plano
de inclinação da base da ruptura, correspondente ao topo do maciço rochoso possui uma inclinação de 25°.
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FORMULÁRIO FUNDAMENTAL:
MUROS E CORTINAS:
Coeficiente de empuxo ao repouso:
= 1 − sin ∅
Coeficientes de empuxo de Rankine:
∅°
= = 45° −
Pressões Vertical: = × z
Pressão de água: = á ! × z
Pressões Verticais Efetivas: ′ = × z + $ −
Pressões Horizontais:
Ativas: ′% = ′ − 2' × (
Passivas: ′% = ′ + 2' × (
Altura da trinca de tração:
2'
ℎ* =

Verificação ao Deslizamento:
-.
Fs = Fr = S + ψ × E4 S = N′ × tanλ + c′: × B
-/
∑ ?@
Verificação ao Tombamento e Equilíbrio à Rotação: <= = ∑ ?A
Verificação das Tensões na Base:
C D.ED/
Excentricidade: e = −
FG
HI
Solo Plástico: = ≤ MN
JE K
HI TK V
Solo Elástico: OáP = 1± NáU ≤ MN NíX ≥0
OíR
J J W

FLUXO UNIDIRECIONAL:
∆h γ sub
i= i crit =
γw
Vazão: Q = k × i × A Gradiente hidráulico: L Gradiente crítico:
F = h ⋅ γw ⋅ A
Força de percolação:
h ⋅ γw ⋅ A h
j= = γw = i ⋅ γw
Força de percolação específica: A ⋅L L
Pressão efetiva:
σ' = (zγ w + Lγ sat ) − (zγ w + Lγ w + hγ w )
Fluxo ascendente:
σ' = (zγ w + Lγ sat ) − (zγ w + Lγ w − hγ w )
Fluxo descendente:

FLUXO BIDIRECIONAL:
H] %
Vazão: [ = ×\× ∆ℎ =
HM HM

ESCORREGAMENTOS PLANARES
Amplo:
h s × γ s − h w × γ w tan φ c'
FS = × +
hs × γ s tan β h s × γ s × senβ × cos β
Encaixado:
(h × γ − h w × γ w ) × K 0 × tan φ + 2 × c'
∆FS = s
FS = FS0 + ∆FS B × γ × cos β × senβ K 0 = (1 − senφ)
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ESCORREGAMENTOS TRANSLACIONAIS
Resistência ao cisalhamento da junta “equação de Barton”:
 σ 
τ = σ × tan φ + JRC × log J 
 σ 
Resistência ao cisalhamento da junta “equação de Coulomb”:
τ = σ × tan φ j + c j

SOLOS MOLES
Formulação de Jakobson para ruptura de saia de aterro
5,14 ⋅ Su H crit
H crit = H adm =
γ aterro FS
σ′pa = OCR ⋅ σ′i

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