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PROF.

CLEBER DE FREITAS FLORIANO

GEOSSINTÉTICOS EM RODOVIAS:
Aplicação nas camadas de pavimento
Roca A. B.; Pérez I. P.; Herrador, M. F.
Texto complementar: Manual Brasileiro de Geossintéticos
IGS Brasil – Associação Brasileira de Geossitéticos
Maccaferri do Brasil e Huesker

https://igsbrasil.org.br/recomendacoes/
Our Key Applications
Obras de Proteção Costeira & Rios

Obras Ambientais

Pavimentos

Controle de
Queda de Drenagem de Estruturas
Rochas Túneis

Pavimentos

Obras de Controle de Erosão


Contenção
Reforço de Base Obras Hidráulicas

2
PROF. CLEBER DE FREITAS FLORIANO
Industria polimérica
aplicada a engenharia civil
https://www.geosyntheticssociety.org/

https://igsbrasil.org.br/

https://www.geossinteticos.org.br/
PROF. CLEBER DE FREITAS FLORIANO

Indústria polimérica
aplicada à engenharia civil

https://regeogeossinteticos23.com.br/anais-do-evento/
PROF. CLEBER DE FREITAS FLORIANO

Artigos específicos no IX GEOSSITÉTICOS 2023

- VOLUME 2 – PAG. 108 – ASPECTOS DA FRESAGEM E CARACTERÍSTICAS DE RAPS OBTIDOS DE


PAVIMENTOS REFORÇADOS COM GEOSSINTÉTICOS
- VOLUME 2 – PAG. 132 – DESEMPENHO DE FADIGA À FLEXÃO DE REVESTIMENTOS ASFÁLTICOS
REFORÇADOS COM GEOSSINTÉTICOS
- VOLUME 2 – PAG. 138 – ESTUDO DE CASO DRENAGEM DE PAVIMENTOS RODOVIÁRIOS COM
UTILIZAÇÃO DE GEOCOMPOSTO DRENANTE
- VOLUME 2 – PAG. 146 – IMPACTO DO USO DE GEOSSITÉTICOS EM PAVIMENTOS FLEXÍVEIS:
ANÁLISE DE DIMENSIONAMENTO
Apresentação
• 1. Definição
• 2. Histórico
• 3. Tipos
• 4. Projeto de acordo com as Funções
• 5. Funções e propriedades fundamentais
Conceito

GEOSSINTÉTICO - GSY

Termo genérico designando um produto no qual ao menos um de


seus componentes é produzido a partir de um polímero sintético
ou natural, sendo apresentado na forma de MANTA, TIRA, OU
ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL, utilizado em contato com o solo
ou outros materiais, em aplicações da engenharia geotécnica e
civil.
NBR ISO 10318-1:2017

Geossintético: Material polimérico sintético especificamente


fabricado para ser utilizado em aplicações geotécnicas e
geoambientais.
Muralhas de Zigguratt
1400 A. C.

Palmeira, 2006
8
Tipos de Geossintéticos
(principais, conforme NBR ISO 10318)
➢ Geotêxteis

➢ Geogrelhas

➢ Barreiras geossintéticas poliméricas (Geomembranas)

➢ Barreiras geossintéticas argilosas (GCLs)

➢ Georredes

➢ Geocompostos

➢ Geocélulas

➢ Produtos para controle de erosão (p. ex. Geomantas)

➢ Outros geomateriais:
• Geofibras
• Geofoam
• Geotubos
• Barreiras verticais HDPE
Funções dos Geossintéticos

➢ Separação

➢ Reforço

➢ Filtração

➢ Drenagem

➢ Barreira

➢ Proteção
PRINCIPAIS COMPONENTES

POLÍMERO
ADITIVOS
ENCHIMENTO
PLASTIFICANTE

POLIMERIZAÇÃO

MONÔMERO POLÍMERO TERMOPLÁSTICOS

POLIETILENO
POLIAMIDA
ADITIVOS QUÍMICOS POLIÉSTER
POLIPROPILENO
PRINCIPAIS POLIMEROS
Poliester - PET
Polietileno - PE

Polipropileno - PP
Acetato de polivinila - PVA

Policloreto de vinila - PVC


Poliaramida - AR
Geotêxtil
Material têxtil plano, permeável e a base de polímero
natural ou sintético.
(ASTM D4439 /NBR ISO 10318).

Geotêxteis são formados por lâminas contínuas cujas


fibras podem ser tecidas, não tecidas ou tricotadas.
As lâminas de geotêxtil são flexíveis, permeáveis e
têm, geralmente, a aparência de um tecido.

13
Fonte: Palmeira, 2018
Geotêxtil Não-tecido

agulhado
termoligado
resinado

Gardoni, 2000
Geotêxtil tecido

Laminetes

Fios

Urdume
Trama

monofilamentos

Bhatia, 2007
GEOGRELHA - GGR
Tecidas

Estrutura planar constituída por


uma malha aberta e regular de Extrudadas
elementos resistentes à tração
com aberturas maiores que os
elementos constituintes.
(NBR ISO 10318-1)

Geogrelhas são distinguidas por sua


malha regular constituída por elementos
resistentes à tração que formam Soldadas
aberturas com tamanho suficiente para
se intertravar com o solo ao seu entorno.

Fonte: International Geosynthetics Society (IGS)


Barreiras Geossintéticas - Poliméricas

Estrutura constituída de material polimérico produzida


industrialmente em forma de lâmina, também conhecida
como geomembrana. (ASTM D4439/ NBR ISO 10318)

PEAD São formadas por lâminas contínuas e


PEAD Lisa
texturada flexíveis usadas como barreira para
fluidos, gases e vapores

PEAD
Função: Contenção de Líquidos
ranhurada
Permeabilidade: ± 10-12 cm/s
Tipo: Balão e Plana
PVC

Fonte: International Geosynthetics Society (IGS)


Barreiras Geossintéticas – Argilosa

Estrutura constituída de materiais geossintéticos e


bentonita, produzida industrialmente em forma de
lâmina, também conhecida como GCL.
(NBR ISO 10318)

Função: Contenção de Líquidos


Permeabilidade: ± 10-10 cm/s
Tipo: barreira hidráulica ( (bentonita
sódica ligada à dois geotexteis.

1
1

5-10 mm
2
3
2
Geotêxtil Geotêxtil
Superior Núcleo inferior 3
bentonítico
Fonte: International Geosynthetics Society (IGS)
GEORREDE - GNT

Conjuntos de elementos paralelos superpostos e


completamente conectados a outros elementos similares em
vários ângulos para drenagem planar de líquidos e gases.
(US: ASTM D4439, BR: NBR ISO 10318)

Fonte: Zornberg, J. 2016


GEOCOMPOSTO - GCO
Material industrializado formado pela superposição ou associação
de materiais, sendo que pelo menos um deles é um produto
geossintético. (NBR ISO 10318-1)

geogrid
geogrelha geotextile
geotêxtil

geotextile
geotêxtil geomembrane
geomembrana

Fonte: Palmeira, 2018 Drenos verticais

GEOESPAÇADOR - GSP
GEOCÉLULA - GCE
Estrutura tridimensional, permeável, em forma de casa de abelha
ou similar, produzida a partir de tiras de geossintéticos ligadas
entre si”. (NBR ISO 10318-1)

As tiras de geossintéticos são ligadas entre si para


formar células interconectadas que podem ser
preenchidas com solo ou, às vezes, com concreto.
Brita

Solo
GEOMANTA/BIOMANTA - GMA

Estrutura tridimensional permeável, constituída de monofilamentos


ou outros elementos interligados por meio mecânico, térmico,
químico ou outros”. (NBR ISO 10318-1)

São Geossintéticos usados para controle de erosão e minimizam o efeito nocivo


causado ao solo pelo impacto da chuva e da drenagem superficial.

Fibras
de coco

BIOMANTA GEOMANTA
OUTROS TIPOS DE GEOSSINTÉTICOS
Geoblocos

Jardim, 2017

Geotubos

Barreira
vertical

Fonte: Zornberg, J. 2016


MATÉRIA-PRIMA

Fibras naturais Fibras de poliéster


POLIETILENO
POLIAMIDA
POLIÉSTER
POLIPROPILENO
PROCESSO DE FABRICAÇÃO

Agulhado

NÃO-TECIDO Termoligado

Fibras Fibras
Resinado
GEOTÊXTIL
longas curtas

Trama
TECIDO
Urdume
PROPRIEDADES

Propriedade do produto em ensaio


ÍNDICE padrão - não considera condições da
obra

Propriedade do produto sob as


FUNCIONAL condições e solicitações de campo

Propriedade calculada ou adotada


REQUERIDA no projeto
26
FUNÇÕES E APLICAÇÕES

Os geossintéricos exercem diversas


funções em várias aplicações da
engenharia geotécnica e ambiental
(NBR ISO 10318-2:2017)

Proteção

Separação
Reforço

FUNÇÕES
Drenagem Filtração

Barreira de Alívio de tensões


fluxo
(NBR ISO 10318-2:2017)
Fundações e
Contenções Rodovias
Barragens e
Reservatórios

Ferrovias

Canais

APLICAÇÕES Túneis

Sistemas
drenantes Disposição de Sistema anti erosão
resíduos
FUNÇÕES

As aplicações dos Geossintéticos podem ser


classificadas de acordo com suas funções
primárias.

Os Geossintéticos podem também


desempenhar uma ou mais funções
secundárias.
De forma geral
➢ Geossintéticos são materiais de construção muito úteis para aplicações em
obras de engenharia,
➢ Geossintéticos são materiais produzidos para serem utilizados em projetos
de engenharia e, como tal, necessitam de propriedades técnicas de
engenharia para sua correta utilização;
➢ As propriedades dos Geossintéticos são selecionadas de acordo com suas
funções.
➢ A escolha do geossintético requer a elaboração de projeto e só poderá ser
feita por engenheiros especializados.
➢ Os ensaios para a determinação dos parâmetros de projeto devem, na
medida do possível, simular as condições de cada obra,
➢ Os parâmetros contidos nos catálogos dos fabricantes dos produtos
servem como uma primeira estimativa para projeto mas, não são
representativos de cada obra.
GEOSSINTÉTICOS EM RODOVIAS:
Funções e uso
Objetivos de Aprendizagem
Explicar como os geossintéticos podem contribuir
com soluções sustentáveis nas aplicações em
rodovias

Separação e reforço sob camadas compactadas


Reduz necessidade de troca de solo
Reduz espessura das camadas de material natural

Alívio de tensões em camadas asfálticas


Aumenta vida de serviço

Barreira de fluxo em pavimentos de baixo


custo
Permite utilizar solo local e reduz custos
Objetivos de Aprendizagem
Explicar as funções que os geossintéticos podem
desempenhar em cada caso e os cuidados que
envolvem a concepção de projeto e especificação

Produtos disponíveis e funções

Propriedades requeridas dos geossintéticos

Solicitações hidráulicas, mecanicas e ambientais

Controle de qualidade e cuidados construtivos


Objetivos de Aprendizagem
Entender os principais aspectos relacionados ao
dimensionamento dos geossintéticos aplicados
em rodovias

Mecanismos

Dimensionamento por recomendação x


dimensionamento por cálculo

Métodos semi-empíricos
GSY em rodovias
Aplicações dos geossintéticos na estrutura
submetida às cargas de tráfego, exceto os
sistemas filtro-drenantes

PRINCIPAIS FUNÇÕES E USOS


Separação em aterros de conquista
Separação de base/sub-base
Reforço de base/sub-base
Alívio de tensões em camada asfáltica
Barreira de fluxo em pavimentos de baixo custo
GSY em rodovias
Separação e reforço

Geossintético como separador


• evita o bombeamento de finos
• impede penetração do material de base no
solo do sub-leito
• mantém as propriedades do material de base

Geossintético como reforço


• melhora a capacidade de carga das camadas inferiores
• permite a adequada compactação do material da base
GSY em rodovias
Requisitos: IGSBrasil 002-1
Item 4.7
trafegáveis Rodovias
(exceto ferrovias eecamadas
outrasasfálticas)
áreas–trafegáveis
Tabela 4.7 Produtos geotêxteis e correlatos usados na construção de rodovias e outras áreas
funções, características relacionadas e métodos
de ensaio a serem empregados.
Funções
Características Método de ensaio
F S R
Resistência à tração na ruptura NBR ISO10319 C C C
Deformação à tração na ruptura NBR ISO10319 C C C
Rigidez a 2%,5% e 10% NBR ISO 10319 -- -- B
Resistência à tração de emendas NBR ISO10321 E E E
Resistência ao puncionamento estáticoa NBR ISO12236 C C C
Resistência à perfuração dinâmica a NBR ISO 13433 C C C
Características de atrito NBR ISO12957-1 e 2 E E B
Fluência à tração ISO 13431 ou NBR 15226 -- -- B
Danos de instalação NBR ISO 10722 B B B
Abertura de filtração característica NBR ISO12956 C C --
Velocidade índice a NBR ISO 11058 C C E
Durabilidade De acordo com item 6 C C C
Relevância da característica: “C” controle obrigatório, “B” relevante para todas as condições de
uso, “E” relevante para condições de uso específicas (ver 4.3) e “—“ não relevante para a função
a
Deve ser considerado que este ensaio pode não ser aplicável a alguns tipos de produto (ex
geogrelhas).
GSY em rodovias

SEPARAÇÃO EM ATERROS DE CONQUISTA

NA
REFORÇO DE SUBLEITO

Solo mole

Camada Resistente
REFORÇO DE SUBLEITO

Solo mole

Camada Resistente
GSY em rodovias
SEPARAÇÃO EM ATERROS DE CONQUISTA
geotêxtil tecido ou não tecido

Obra sobre solos


moles com
dificuldade de acesso
dos equipamentos

Geosoluções
Em geral retirada
apenas da vegetação
de médio e grande
SEPARAÇÃO porte

FILTRAÇÃO e/ou REFORÇO


GSY em rodovias
SEPARAÇÃO EM ATERROS DE CONQUISTA
Dimensionamento por recomendação
Propriedades
Tabela 2 Propriedadesmínimas requeridas
mínimas requeridas - IGSBrasil
para geotêxteis 005:2018
atuando como separador em aterros de
conquista
material de aterro
característicaa. norma unid dmax < 60mm dmax > 60mm
Resistência à tração b NBR ISO 10319 kN/m 15 18
Resistência a tração x deformação na rupturab NBR ISO 10319 %kN/m 450 540
Resistência ao puncionamento estático NBR ISO 12236 kN 2,0 2,2
c
Resistência à perfuração dinâmica NBR ISO 13433 mm
Velocidade índice NBR ISO 11058 m/s 0,005
Abertura de filtração característica NBR ISO 12956 mm (VN-VT) ≥ 0,05 e (VN+VT) ≤ 0,25
a
valor com 95% de confiança (VN-/+VT)
b
valores na direção de menor resistência
c
valor a ser controlado e empregado na comparação entre produtos, sem indicação de limite máximo
GSY em rodovias
SEPARAÇÃO EM ATERROS DE CONQUISTA
IGSBrasil 005:2018
Cuidados construtivos
O geotêxtil deve ser colocado na direção do tráfego e o mais esticado
possível

Emenda dos painéis por sobreposição de no mínimo 1m ou por


costura (resistência da emenda maior ou igual a mínima aceitável)

Colocação da primeira camada de material de aterro com espessura


maior ou igual a 40cm na direção da sobreposição

Caso algum dano seja identificado o solo deve ser retirado e um


pedaço do mesmo geotêxtil colocado mantendo a sobreposição de
1m em torno do dano

Os equipamentos não devem fazer manobras de mudança de direção


sobre o geotêxtil
GSY em rodovias

SEPARAÇÃO E REFORÇO DE SUBLEITO


Sem reforço

Solo Mole
Sem reforço

Solo Mole
Com reforço

Solo Mole

Solo granular Geosintético


Com reforço

Solo Mole

Solo granular
REFORÇO DE SUBLEITO
Adaptado de:
Giroud and Noiray, 1981
Espinoza, 1994

Solo Mole

Solo granular

T T
EFEITO MEMBRANA
GSY em rodovias
SEPARAÇÃO DO SUBLEITO
geotêxtil tecido ou não tecido

(cedida por Paulo Aguiar – avenida em


(Fonyo et al 2014) Jacareí SP)

Evitar o bombeamento de finos do subleito


Evitar a perda do material de base e sub-base por
agulhamento no subleito

Separação sempre associada


a filtração ou reforço
GSY em rodovias
SEPARAÇÃO DO SUBLEITO
Dimensionamento por recomendação (obras convencionais)

Características recomendadas em função do

- Capacidade de suporte do subleito (CBR ou Su)


- Tipo de material de aterro
- Intensidade da compactação/ tráfego
GSY em rodovias SEPARAÇÃO DO SUBLEITO
IGSBrasil 005:2018 (obras convencionais)
material da camada compactada
Compactação/tráfego Compactação/tráfego
Tipo de Sub- Característica a. norma unid leve1 pesado1
leito
d<60mm d>60mm d<60mm d>60mm
CBR<3 Resistência à traçãob NBR ISO 10319 kN/m 12 15 15 18
Camada Resistência a tração x deformação na
compactada rupturab NBR ISO 10319 %kN/m 360 450 450 540
>0,4m Puncionamento estático NBR ISO 12236 kN 1,5 2,0 2,0 2,2
3<CBR<6 Resistência à tração máximab NBR ISO 10319 kN/m 10 14 14 16
Camada Resistência a tração x deformação na
rupturab NBR ISO 10319 %kN/m 300 420 420 480
compactada
>0,3m Puncionamento estático NBR ISO 12236 kN 1,3 1,8 1,8 2,0
CBR>6 Resistência à tração máximab NBR ISO 10319 kN/m 8 10 10 12
Camada Resistência a tração x deformação na
rupturab
NBR ISO 10319 %kN/m 260 300 300 360
compactada
>0,2m Puncionamento estático NBR ISO 12236 kN 1,2 1,3 1,3 1,5
Perfuração dinâmica NBR ISO 14333 mm C
todos Velocidade índice NBR ISO 11058 m/s 0,005
Abertura de filtração característica NBR ISO 12956 mm 0,05≤(VN-VT) e (VN+VT)≤0,25
1
compactação leve é a geralmente empregada em áreas para as quais está previsto um baixo volume de tráfego,
geralmente associada à uma energia normal, enquanto que a pesada, utilizada em áreas com grande volume de tráfego
previsto está geralmente associada à energia intermediária.
a
valor com 95% de confiança (VN-/+VT)
b
valores na direção de menor resistência
c
valor a ser controlado e empregado na comparação entre produtos, sem indicação de limite máximo
GSY em rodovias
SEPARAÇÃO DO SUB-LEITO
Cuidados construtivos IGSBrasil 005:2018
Preparação do subleito com retirada da vegetação e nivelamento
O geotêxtil deve ser colocado na direção do tráfego o mais esticado
possível
Emenda dos painéis por sobreposição com largura mínima função da
capacidade de suporte do subleito
Colocação do material de base/sub-base com espessura mínima em
função da capacidade de suporte do subleito e sempre na direção da
sobreposição
Caso algum dano seja identificado o solo deve ser retirado e um
pedaço do mesmo geotêxtil colocado mantendo a sobreposição
indicada em torno do dano
Os equipamentos não devem fazer manobras de mudança de direção
sobre o geotêxtil
GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Geogrelha ou geotêxtil tecido

(fixsolo)
(geosoluções)
Mecanismos

Estradas e áreas não pavimentadas Estradas e áreas pavimentadas


GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Dimensionamento Estradas e áreas não pavimentadas

Vários métodos propostos na


literatura, p.ex:

Giroud e Noray (1981)


Palmeira (1998)
Giroud e Han (2004 a,b)
Cuelho e Perkins (2017)
FATORES DE INFLUENCIA
Distribuição de tensões, propriedades do material da base,
interação base/reforço, rigidez do geossintético, volume de tráfego,
trem tipo, resistência do sub-leito, profundidade aceitável para os
trilhos de roda

Em geral dimensionamento por métodos semi-empíricos


GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Dimensionamento Estradas não pavimentadas
Método de Giroud e Han (2004a,b)
m

h/r
J módulo de estabilidade da abertura da Nc fator de capacidade de carga
geogrelha (ASTM D 7864) Cu coesão não drenada do subleito
r raio da área carregada E módulo resiliente (bc base, sg subleito)
h espessura da base m Fator de mobilização da capacidade de
N número de passagens carga
P carga s afundamento trilho de roda
GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Dimensionamento Estradas não pavimentadas
Método de Cuelho e Perkins (2017)

r raio da área carregada

k’
h espessura da base
N numero de passagens
P carga
Nc fator de capacidade de carga
Cu coesão não drenada do subleito
E módulo resiliente (bc base, sg subleito) Rigidez do nó (MN/m/m) (ASTM D7737)
s afundamento em trilho de roda
fs = 0,75mm
GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Dimensionamento Estradas e áreas pavimentadas
O reforço
• reduz as solicitações cisalhantes sobre a camada
inferior
• Aumenta o confinamento na camada reforçada
• Aumenta o espraiamento reduzindo a intensidade
da carga normal
• Melhora a compactação da camada reforçada

Método de dimensionamento convencional (AASHTO ou NBR)


adaptado para reforço com geossintéticos por coeficientes
específicos

Duas propostas diferentes principais


• TBR – corrige o número de passadas do eixo padrão
• LCR – altera o número estrutural SN Ferreira e Vidal (2010)
GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Dimensionamento Estradas e áreas pavimentadas
Método da AASHTO modificado - TRB
Estima a melhoria do desempenho do pavimento reforçado com
geossintético por meio do indicador TBR (Trichês e Bernucci 2004, Perkins
2001):

Ngeo número de repetições de um eixo padrão que produz um


determinado ATR* no pavimento com geossintético e

N o número de repetições do eixo padrão que produz o mesmo ATR no


pavimento sem geossintético.

* ATR afundamento em trilho de roda


GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Dimensionamento Estradas e áreas pavimentadas
Método da AASHTO modificado - TRB
O valor de TBR é inserido na equação básica da AASHTO :

W18 número de passagens do eixo padrão de 80 kN


SN número estrutural
ZR desvio padrão normal correspondendo à probabilidade do pavimento resistir em
condições aceitáveis durante toda a sua vida útil de projeto
So erro padrão combinado que define a variabilidade do tráfego e do desempenho
do pavimento
DPSI diferença entre o índice de serventia inicial e o final (0 a 5 pior para melhor)
MR modulo resiliente do subleito (em psi)
GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Dimensionamento Estradas e áreas pavimentadas
Método da AASHTO modificado – LCR
(Zhao e Foxworthy 1999, p.ex.)

O dimensionamento é realizado aumentando o número estrutural da


camada reforçada inserindo o parâmetro LCR na equação da AASHTO:

sendo ai o coeficiente estrutural , Di a espessura e mi o coeficiente


de drenagem do material da camada i.
GSY em rodovias
REFORÇO DO SUBLEITO
Dimensionamento Estradas e áreas pavimentadas
Método da AASHTO modificado – LCR
Zhao e Foxworthy (1999) mostram como exemplo resultados
LCR x CBR do subleito obtidos a partir de ensaios de
laboratório com geogrelha biaxial extrudada com resistência à
tração de 13,5 kN/m(MD) e 20,5 kN/m(CMD)
GSY em rodovias
REFORÇO DE BASE/SUB-BASE
Cuidados construtivos
Aplicação como reforço
• Posicionamento do geossintético sem dobras ou rugas (pré-
estirado se possível)
• Cuidados com sobreposição e emendas
• largura de sobreposição calculada em função da
solicitação em tração
• emenda – realizar ensaio de tração
• Colocação do solo
• atender espessura mínima recomendada pelo projetista
• direcionado para provocar estiramento do reforço
• Sempre na face superior da sobreposição
GSY em rodovias
CONFINAMENTO COM GEOCÉLULAS

obras em Israel

geosoluções
GSY em rodovias

ALÍVIO DE TENSÕES NA CAMADA ASFÁLTICA


GSY em rodovias
Restauração de
ALIVIO DE TENSÕES NApavimentos
CAMADA ASFÁLTICA
GSY em rodovias
ALIVIO DE TENSÕES NA CAMADA ASFÁLTICA (CBUQ)

Reflexão de trincas
Problema grave em se tratando de tráfego pesado
Queda do Nível de Serventia
Recapeamento simples => temporário e ineficaz => não resiste
à movimentação das camadas inferiores
# Tráfego - deflexões diferenciais
# Temperatura - expansão e retração do subleito e do CBUQ
==> geram tensões de tração e cisalhamento
maiores que as admissíveis

“Quando é colocada uma nova camada de revestimento em


CBUQ sobre a camada fissurada, as solicitações do tráfego e
das variações de temperatura levam a uma rápida propagação
das trincas existentes no pavimento antigo..”
GSY em rodovias
Restauração
ALIVIO DE TENSÕESde pavimentos
NA CAMADA ASFÁLTICA
Mecanismos

Trinca intertravada – desvio da Trinca mais severas –


direção de propagação pode ser reforço da camada
suficiente – geotêxtil não tecido asfáltica com geogrelha
impregnado

A aplicação não é solução para problemas de deformabilidade


excessiva ou baixa capacidade de suporte das camadas inferiores
GSY em rodovias
Restauração
ALIVIO DE TENSÕESde pavimentos
NA CAMADA ASFÁLTICA
Geotêxtil não tecido Conceitos básicos
Geotêxtil não tecido impregnado com asfalto entre a camada trincada
e a camada de restauração desvia e retarda a propagação das trincas
com intertravamento suficiente (movimento vertical desprezível no
modo cisalhante)
Após o aparecimento da trinca o geotêxtil impregnado atua
impedindo a passagem da água e o bombeamento de finos

Sem geotêxtil com geotêxtil

NG>>NSG

(Montestruque 1996)
GSY em rodovias
Restauração
ALIVIO DE TENSÕESde pavimentos
NA CAMADA ASFÁLTICA

Geotêxtil não tecido Escolha dos componentes e propriedades

Impregnante
Tabela 6 Propriedades
Requisitos mínimosmínimas requeridas
(IGSBrasil para geotêxtil não tecido atuando na função alívio de
005:2018)
tensões em pavimentos.
Propriedade Método de ensaio unidade

Resistência. à tração NBR ISO 10318 kN/m 7

Alongamento na ruptura NBR ISO 10318 % 50

Massa por unidade de área NBR ISO 9862 g/m2 130 ≤ (VN-VT) ≤ 180
o
Ponto de fusão ASTM D276 C 150

Retenção de asfalto ASTM D6140 L/m2 Ver nota 2

NOTA 1: Os valores indicados correspondem a valores com 95% de confiança determinados na direção de
menor resistência, ou seja para avaliar se um produto atende estas condições devem ser considerados os
valores nominais reduzidos do valor de tolerancia (VN-VT).

NOTA 2: Quantidade de asfalto necessária para a saturação do geotextil, devendo para a aplicação ser
considerada também a quantidade necessária para impregnar a superfície sobre a qual o geotêxtil será
instalado ver 7.3.3.2 e 7.3.3.3)
GSY em rodovias
Restauração
ALIVIO DE TENSÕESde pavimentos
NA CAMADA ASFÁLTICA
Geogrelha Conceitos básicos

Geogrelhas utilizados na base da


camada nova ou entre a camada
trincada e o recapeamento atuam
como
•camada anti-reflexão de trincas
e juntas com movimento vertical
de baixa amplitude (modo
cisalhante)
•camada redutora de
deformações plásticas (Montestruque 2002)
NR>>>NSR
GSY em rodovias
Restauração
ALIVIO DE TENSÕESde pavimentos
NA CAMADA ASFÁLTICA
Geogrelha Conceitos básicos

Escolha dos componentes e propriedades


resistência à tração e rigidez
ponto de amolecimento
resistência à fadiga
abertura da malha
aderência ao asfalto

• a impregnação tem a finalidade apenas de aderência sem criar uma


barreira de fluxo

• ensaios até um nível elevado de ciclos de carga apresentaram


micro fissuras não comunicantes
(Montestruque 2002)
GSY em rodovias
ALIVIO DE TENSÕES NA CAMADA ASFÁLTICA
- Camadas intermediárias só terão eficácia se
mantiverem a aderência entre a camada de
revestimento nova e a anterior pois situações
de frenagem, curvas e declives impõem
solicitações que exigem esta condição

- O sucesso da aplicação é inteiramente


dependente da qualidade da instalação
GSY em rodovias
ALIVIO DE TENSÕES NA CAMADA ASFÁLTICA

Como a impregnação e a camada de


revestimento devem geralmente ser aplicadas
sob temperaturas elevadas verificar:
- a temperatura admissível para o polímero
empregado no geossintético
- se o GSY resiste à temperatura de
aplicação do concreto asfáltico e às
solicitações mecânicas de instalação sem
perder excessivamente suas características
GSY em rodovias
ALIVIO DE TENSÕES NA CAMADA ASFÁLTICA
Cuidados construtivos
Preparação
- limpeza
- reparos
- selagem das trincas

Fresagem reduz
severidade
GSY em rodovias
ALIVIO DE TENSÕES NA CAMADA ASFÁLTICA
Cuidados construtivos Geotêxtil não tecido

Processo construtivo
•Preparação criteriosa da camada inferior – eliminar todo material
solto
•Dosagem do asfalto em função da capacidade de retenção do
geotêxtil
•Aplicação homogênea do asfalto em camada única
•Colocação do geotêxtil sem rugas
•Salgamento e passagem do compactador para impregnação
invertida
•Aplicação do CBUQ
GSY em rodovias
ALIVIO DE TENSÕES NA CAMADA ASFÁLTICA
Cuidados construtivos
Geogrelhas

•Preparação criteriosa da camada inferior – eliminar todo material


solto
•Aplicação homogênea do asfalto ligante
•Colocação da geogrelha sem dobras ou rugas
•Aplicação do CBUQ

Emendas e Recortes
GSY em rodovias

BARREIRAS DE FLUXO EM
PAVIMENTOS DE BAIXO CUSTO
GSY em rodovias
BARREIRA DE FLUXO EM PAVIMENTOS DE
BAIXO CUSTO

Conceitos básicos
Utilização de geomembranas e geotêxteis não tecidos
impregnados com asfalto, para manter as propriedades
de um solo compactado com boa capacidade de suporte
quando não saturado, atuando como material de base
ou sub-base
GSY em rodovias
BARREIRA DE FLUXO EM PAVIMENTOS DE
Pavimento de baixo custo
BAIXO CUSTO
Conceitos
O geossintético deve revestir toda interface através da
qual possa ocorrer penetração de água
Quando a penetração for apenas de água de chuva um
geotêxtil impregnado com asfalto deve recobrir tanto a
camada sujeita ao tráfego como o acostamento, para
reduzir possibilidade de fluxo pela lateral
Barreira de fluxo apenas no topo Barreira de fluxo em toda interface
GSY em rodovias
vantagens
BARREIRA DE FLUXO EM PAVIMENTOS DE
Pavimento de baixo custo
BAIXO CUSTO
Vantagens
•· Evita infiltração de água e mantem um teor de umidade mais estável na
estrutura
• · Eventuais trincas de retração da base têm reflexão retardada, por meio de
um efeito de alívio das tensões e deformações induzidas no revestimento
pelas trincas
•· Mantem a função barreira de fluxo mesmo que surjam trincas no
revestimento em decorrência de afundamento aceitável em trilho de roda ou
fadiga do concreto asfáltico
•· A vida de fadiga associada aos ciclos térmicos e à repetição das cargas do
tráfego, será aumentada
GSY em rodovias
BARREIRA DE FLUXO
Pavimento de baixo custo EM PAVIMENTOS DE
BAIXO CUSTO
Cuidados construtivos barreira sob o revestimento

Compactar o solo de base com umidade de 0,5% a 1%


abaixo da umidade ótima

Cobrir imediatamente o solo compactado para evitar


a formação de fissuras de retração

Considerar quantidade de asfalto para impregnar o


geotêxtil não tecido e para impregnar o solo em que
será colocado

Atender aos cuidados recomendados para a aplicação


como alivio de tensões
GSY em rodovias
BARREIRA DE FLUXO
Pavimento de baixo custo EM PAVIMENTOS DE
BAIXO CUSTO
Cuidados construtivos barreira sob a base

A barreira em geotêxtil impregnado deve atender aos


cuidados recomendados para a aplicação como alivio de
tensões
Barreiras geossintéticas poliméricas (geomembranas
poliméricas) devem ter resistência à tração e alongamento na
ruptura avaliados e receber proteção (p.ex.com geotêxtil)
Barreiras geossintéticas betuminosas devem ter resistência à
tração e alongamento na ruptura avaliados
Atenção às emendas/soldas – nenhuma passagem de água
pode ser permitida
GSY em rodovias

Após 5 anos
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AASHTO: American Association of State Highways and Transportation Officials. AASHTO M 288-15. Geotextile
Specification for Highway Applications. 2015. 20 p.
ASTM D7864 - 15 Standard Test Method for Determining the Aperture Stability Modulus of Geogrids. 2015.
ASTM Standard D7737. Standard test method for individual geogrid junction strength. PA: ASTM International;2011.
Cuelho, E.V., Perkins, S.W. Geosynthetic subgrade stabilization – Field testing and design method calibration.
Transportation Geotechnics 10 (2017) 22–34
Ferreira, C. J.; Vidal, D. M.. Geosynthetics applied to base reinforcement - TBR and LCR Parameters Determination
and Evaluation to a Real Field Condition Experiment. In: IX International Conference on Geosynthetics, 2010,
Guarujá. IX International Conference on Geosynthetics, 2010.
Fonyo, B., Tholl, N., Wehrly, E. SN 670 241 – Die neue Geotextilnorm für Trennen und Filtern. Route et Trafic No 7-8,
Juillet/Août 2014
Giroud, J. P., Han, J. Design Method for Geogrid-Reinforced Unpaved Roads - I. Development of Design Method. J.
Geotech. Geoenviron. Eng., 2004a, 130(8): 775-786.
Giroud, J. P., Han, J. Design Method for Geogrid-Reinforced Unpaved Roads - II. Calibrations and applications. J.
Geotech. Geoenviron. Eng., 2004b, 130(8): 787-797.
Giroud, J. P., and Noiray, L. Geotextile-reinforced unpaved road design. J. Geotech. Eng., 107(9), 1981, 1233–1254.
IGSBrasil 002-1 Caracteristicas requeridas para o emprego de geossintéticos Parte 1 – Geotêxteis e produtos
correlatos. Associação Brasileira de Geossintéticos. 2014. disponível em www.igsbrasil.org.br
IGSBrasil 002-2 Caracteristicas requeridas para o emprego de geossintéticos Parte 2 – Barreiras geossintéticas.
Associação Brasileira de Geossintéticos. 2014. disponível em www.igsbrasil.org.br
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

IGSBrasil 005 (projeto em discussão) Aplicação de geotêxteis em rodovias e áreas trafegáveis.


Associação Brasileira de Geossintéticos. 2017. disponível sob demanda em www.igsbrasil.org.br
Monstestruque G. Estudo de sistemas anti-reflexão de trincas na restauração de pavimentos asfálticos.
Dissertação de mestrado. ITA .1996
Montestruque, G. Contribuição para a Elaboração de Método de Projeto de Restauração de Pavimentos
Asfálticos Utilizando Geossintéticos em Sistemas Anti-Reflexão de Trincas. Tese de doutorado. ITA.2002
Palmeira, E.M. Geosynthetic Reinforced Unpaved Roads on Very Soft Soils: Construction and Maintenance
Effects. In INTERNATIONAL CONFERENCE ON GEOSYNTHETICS, VI, 1998, pp. 885-890.
Perkins, S. W. Mechanistic – empirical modeling and design model development of geosynthetic reinforced
flexible pavements, Final Report, Department of Civil Engineering, Montana State University, Montana, 2001,
171p
SN 670241 Géotextiles - Exigences pour les fonctions de séparation et de filtration. 2014. Suisse
Normalisation.
Trichês, G.E. e Bernucci, L.B. Reforço de Base de Pavimentos Livro: Manual Brasileiro de Geossintéticos, 2004
Zhao, A.; Foxworthy, P.T. “Geogrid Reinforcement in Flexible Pavements: A Practical Perspective", Geotechnical
Fabrics Report, May, pp.28-34, 1999
Soluções com
Geossintéticos

Strictly confidential 90
GEOSSINTÉTICOS EM PAVIMENTOS
ONDE PODEMOS UTILIZA-LOS?
Geossintéticos para reforço
de capa asfáltica

Geossintéticos
para drenagem

Geossintéticos para reforço da


Geossintéticos para aumento de capacidade de
estrutura do pavimento
suporte e separação do subleito

GEOSSINTÉTICOS NO PAVIMENTO
Geossintéticos para reforço de capa asfáltica
A principal função desse geossintético é de retardar a reflexão de trincas provenientes de camadas inferiores do pavimento.
Os geossintéticos mais utilizados neste caso são os geotêxteis não tecidos e os geocompostos, constituídos por um
elemento de reforço (geogrelha) e um elemento para melhoramento de aderência (geotêxtil ultra leve).
Geogrelhas MacGrid AR

• Sistema anti reflexão de trincas


• Aumento de vida útil
• Melhor distribuição de cargas para as camadas adjacentes

94
Geogrelhas MacGrid AR

• Sistema anti reflexão de trincas


• Aumento de vida útil
• Melhor distribuição de cargas para as camadas adjacentes
Geocomposto MacGrid ®AR
MacGrid AR - Reforço de capa asfáltica

• MacGrid AR 5G.2
Constituído por estruturas planas de fios de
poliéster de alta tenacidade dispostos em
forma de grelha revestida por polímero
compatível com betume.

• MacGrid AR 12G.7
São estruturas planas constituídas de fios
de fibra de vidro dispostos numa forma de
grelha com malha quadrada revestida de
polímero compatível com betume.

97
Mapeamento e elaboração de relatório técnico

98
Mapeamento das trincas e
Orientação para Instalação da
MacGrid AR
Preparação e Ligante Asfático

O Swiss Geotextile Manual apresenta em detalhe os aspectos construtivos a serem observados na


instalação do geocomposto no campo. Algumas das indicações estão descritas conforme a seguir:

Geocomposto diretamente sobre as trincas do Geocomposto diretamente sobre as trincas do


pavimento antigo. Não recomendado. Fonte: pavimento antigo. Recomendado. Fonte: DNIT,
DNIT, 2006. 2006.
Camada Resistente
Segundo DNIT, a taxa de aplicação da pintura de ligação é um fator crítico no desempenho da
intercamada. Quando em excesso permite o deslizamento do reforço, quando escassa dificulta sua
aderência.
BR 101 – Pernambuco e Paraíba –
Aplicação em 2012
CASO DE OBRA
BR 101 – Pernambuco e Paraíba - 2012
BR 101 – Pernambuco e Paraíba - 2012
BR 101 – Pernambuco e Paraíba - 2012
BR 101 – Pernambuco e Paraíba
Situação atual
Geossintéticos para reforço da estrutura do pavimento
Esses geossintéticos tem a principal função de incrementar a resistência em uma camadas estrutural do
pavimento, melhorando a distribuição das tensões para as camadas inferiores e incrementando o módulo
de resistência de onde o reforço está inserido, isso devido a alta tenacidade e elevada resistência a tração
desses geossintéticos.
Geogrelha
BR 101 – Contorno de Florianópolis
Geossintéticos para aumento de capacidade e separação do subleito
Esses geossintéticos tem a principal função de criar um elemento separador entre o subleito de menor qualidade e a estrutura do
pavimento. Pode ter a função, também, como material para aumento de capacidade de suporte do subleito e/ou elemento de
confinamento para material nobre.
DRENAGEM
Geossintéticos para drenagem
Esses geossintéticos tem a principal função de ser parte e/ou ser o sistema de drenagem subterrâneo.
O que é
Drenagem?
“Conjunto de operações e instalações
destinadas a remover os excessos de água”

Porque Drenar?
O pavimento quando saturado, perde resiliência, aumentando a
pressão interna, causando a fissuração / trincamento / deformações.
TIPOS DE DRENAGEM
Drenagem subsuperficial e profunda
Strictly confidential 119
Critério de Chen et al (1981)

𝐷85 20 𝐷50 8 𝐷35 4


𝐷50 > →8> → 8 > 4 ∴ 𝑂𝐾! 𝐷35 > → 4 > → 4 > 1,6 ∴ 𝑂𝐾! 𝐷15 > → 0,9 > → 0,9 > 0,8 ∴ 𝑂𝐾!
5 5 5 5 5 5
Drenos de Brita + Geotêxtil não tecido
Brita + Geotêxtil
MEIO FILTRANTE (Geotextil não tecido)

MEIO DRENANTE (Brita 30 a 35% de vazios)

MEIO CONDUTOR (Tubo Perfurado e corrugado)


Drenos com Geocomposto Drenante
MacDrain® TD
MEIO FILTRANTE (Geotextil não tecido)

MEIO DRENANTE (Geomanta de Polipropileno


com 90% de vazios)

MEIO CONDUTOR (Tubo Perfurado e corrugado)


MEIO CONDUTOR
(Tubo Perfurado e corrugado)

MEIO FILTRANTE
(Geotextil não tecido)

Geocomposto
MEIO DRENANTE (Geomanta
de Polipropileno com 90% de
MacDrain® TD
vazios)
COMPARANDO DIRETAMENTE
COMO FLUI A ÁGUA NAS TRINCHERAS?

BRITA+GEOTÊXTIL
MACDRAIN
COMPARATIVO DE CUSTOS – SICRO

R$ 171,50m R$ 87,67/m

Economia de 48,88%
CRITÉRIOS DE
DIMENSIONAMENTO
Drenagem profunda e subsuperficial de pavimento

Objetivos:

Drenos de Pavimento - Interceptar o fluxo d´água que possa


atingir o subleito e/ou aliviar
pressões hidrostáticas internas no
pavimento;

- Efetuar o rebaixamento de lençóis


freáticos;

- Manter a umidade em equilíbrio


compatível com as condições de
tráfego seguro e desempenho do
pavimento;
Drenos Profundos
- Garantir a estabilização de áreas
geotécnicas.

130
DRENOS
SUBSUPERFICIAIS
ALBUM DE PROJETOS - DNIT

DRENOS SUB SUPERFICIAIS DE PAVIMENTO


PROJETO PADRÃO DER-SP
INFILTRAÇÃO DA ÁGUA PELA SUPERFÍCIE

Método racional:
Escoamento superficial = 90%, portanto, Infiltração = 10%

Recomendações de Cedergren – 1974


Pavimentos Asfálticos – 33% a 50% (1/3 a 1/2)
Pavimentos de concreto – 50% a 67% (1/2 a 2/3)

Recomendações de Moulton – AASHTO – Ridgeway – 1980


0,22 m3 / dia / m = 2,4 pes3 / dia / pés de trinca

SUZUKI, C.Y., AZEVEDO, A.M., KABBACH JR., F.I. Drenagem Subsuperficial de


Pavimentos – Conceitos e Dimensionamento. Oficina de Textos, 2013
DRENOS DE PAVIMENTO
Exemplo:
Método Racional

Coeficientes de escoamento superficial, DNIT, 2006 (Tabela 39)

𝐶𝑥𝑖𝑥𝐴
𝑄=
3,6𝑥106

136
DRENOS PROFUNDOS
ALBUM DE PROJETOS - DNIT
DRENOS PROFUNDOS
DRENOS PROFUNDOS
DRENOS PROFUNDOS

Dreno Dreno
Seção ilustrativa

Dreno Dreno
DRENOS PROFUNDOS

Método McClelland
Para o dimensionamento, segue-se os seguintes passos:
O primeiro passo para a realização do dimensionamento é estimar os dados
geométricos relacionados ao posicionamento das trincheiras dentro do sistema em
elaboração para este exemplo foram adotados os valores abaixo:

D=1 → Diferença de cotas entre o lençol freático, antes da drenagem, e o N.A. máximo nos
drenos (m);

L=7 → Distância entre os drenos (m);

d = 0,7 → Rebaixamento mínimo do nível freático (m);

k = 10-3 → Coeficiente de permeabilidade do solo, para um material arenoso (m/s) - Tabela 40


—DNIT 2006;

y = 0,04 → Relação entre volume de água livre e volume de solo, que pode variar de 0,05
(areias) a 0,02 (argilas).
d 0,7
A seguir, calcula-se a seguinte relação: = = 0,7
D 1

O valor obtido pela relação d/D = 0,7 é o dado de entrada para o


ábaco de MacClelland

Para utilizá-lo é necessário...


1) Traçar uma linha horizontal a partir do eixo das ordenadas esquerdas d/D (valor 0,7),
até a linha vermelha tracejada (Linha 1 - Ponto A);
2) A partir do ponto A traçar uma linha vertical até o eixo das abcissas t.k.D/y.L2
obtendo-se o valor 0,06 (Linha 2);
3) A partir do ponto B traçar uma linha horizontal até o eixo das ordenadas direitas
q/k.D obtendo o valor de 0,3 (Linha 3);
Para o exemplo proposto, os passos 3 e 4 resultam nos seguintes
valores:

tkD 0,06 . yL2 0,06 .(0,04 .7 2 ) t = 118s t = 2 min


2
 0,06 → t = = −3
= →
yL kD 10 .1

q
 0,3 → q = 0,3  10−3  1 = 3  10−4 ( m 3 / s ) / m
kD

q = 0,3 l / s  m
Família MacDrain®
𝑃 = 𝛾 ⋅ ℎ ⋅ 𝐾𝑎
𝑃 = 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑑𝑜 𝑠𝑜𝑙𝑜
𝛾 = peso específico do solo

ℎ = 𝑝𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑐𝑟í𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑎 𝑡𝑟𝑖𝑛𝑐ℎ𝑒𝑖𝑟𝑎


𝐾𝑎 = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑎𝑡𝑖𝑣𝑎

𝑃 = 𝛾 ⋅ ℎ ⋅ 𝐾𝑎 = 18 ⋅ 1,5 ⋅ 0,33 = 8,91𝑘𝑃𝑎


Maccaferri Matriz – Jundiaí - SP
INSTALAÇÃO
ETAPA 1

• A escavação da vala, onde o dispositivo de drenagem


será implantado, deve ser feito na altura e largura
necessária para a inserção do dreno.

• A escavação pode ser feita manual ou mecanicamente.


Os métodos mecânicos mais usuais são com valetadeira
de disco ou de faca e máquinas comuns de terraplanagem
adaptadas para esse tipo de trabalho.

• Se o material escavado for reutilizado para o


preenchimento da vala, deve-se atentar pela integridade
desse material.
ETAPA 2
• Retire completamente o MacDrain
TD da embalagem e desenrole
próximo a vala escavada.

• Para melhor praticidade, deixe o


lado com a bolsa mais próximo da
vala escavada
ETAPA 3, 4 e 5
• As etapas 3 e 4 são referente a união de duas bobinas de MacDrain
TD, quando houver.

• Essas etapas consistem no corte de apenas 5cm,


aproximadamente, somente do núcleo de um dos painéis.

• Unem-se os núcleos dos painéis e o


cordão guia de passagem do tubo. O
geotêxtil sobressalente deve ser
sobreposto no outro painel.

• Na etapa 5, realiza-se uma costura


simples para garantir que os painéis
não se desprendam
ETAPA 6
• Realizar a amarração do tubo com o cordão guia e puxa-se na outra
extremidade do painel para inserir o tubo na bolsa do MacDrain TD
ETAPA 7 e 8
• Posicionar os materiais para colocar na vala

• Se o tubo dimensionado for maior que a abertura da bolsa do


MacDrain TD, pode-se descolar o geotêxtil do núcleo do geocomposto
ETAPA 9

• Coloque os materiais na vala escavada,


com a bolsa e tubo na parte de inferior
da vala.

• Com o MacDrain TD apoiado no fundo


da vala, prenda o geocomposto na parte
superior da vala para que não dobre
durante o reaterro.
ETAPA 10

• Proceder com o reaterro da vala, compactando


o solo

• Dependendo do material escavado, pode-se


utilizar o mesmo material para o reaterro.

• Em caso de reaterro com areia proceder com


adensamento hidráulico.
A compactação é realizada com equipamentos
convencionais, tais como o “sapo” ou de forma
manual com soquete.
• Pode-se utilizar dispositivos metálicos ou
de madeira no reaterro da vala. Esses
dispositivos garantirão a integridade do
geocomposto MacDrain TD na
compactação do solo de aterro.
ETAPA 11
• A finalização do processo dá-se pelo acabamento final com o lançamento de material
asfáltico com regularização, a fim de não permitir a entrada de finos no sistema drenante.

• É necessário realizar a regularização do


material lançado para que fique com aparência
equivalente com a do local em casos de
restauração.
Exemplo Bocas de Saída. Fonte: DNIT.
MICRODRENO
1. Abertura das valas
• Para a abertura das valas são
utilizadas as chamadas “máquinas
cortadoras de pavimento”.
• O diâmetro do disco de corte varia
de acordo com a profundidade que
se deseja atingir no pavimento,
para a determinação dos mesmos
recomenda-se um contato incial
com o fabricante.
• A profundidade do corte varia de
40 a 56 cm. É definida de acordo
com a estrutura do pavimento e as
características dos materiais que o
compõem.
1. Abertura das valas

184
1. Abertura das valas A Espessura da vala varia de 16 a 20mm

185
5. Introdução do MacDrain TD
dentro das valas
6. Preenchimento dos vazios com areia e
adensamento com água
7. Fechamento da vala, distribuição da
massa e compactação
Obrigado!

Cleber de Freitas Floriano

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