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Física – IME 1999

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PROVA DE FÍSICA

1. (IME-99) Uma gota de chuva cai verticalmente com


velocidade constante igual a v. Um tubo retilíneo está Resolução:

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animado de translação horizontal com velocidade constante Dados:
n = 1mol
v 3 . Determine o ângulo è, de modo que a gota de chuva
T1 = 300K
percorra o eixo do tubo.
T2 = 400K
V1 T
Transformação isobárica ⇒ = 1
V2 T2
V1 300 4
= ⇒ V2 = V1
V2 400 3

Gráfico P x V

P(atm)
Resolução: Seja o sistema de referência xOy em repouso.
Sejam:
r r
Vc = −v. j , a velocidade da chuva.
r r
Vt = v 3 .i , a velocidade do tubo.
r P
Vct = a velocidade da chuva, relativa a um observador na
extremidade inferior do tubo. V(L)
4/3V

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V
Da figura é fácil perceber que para que a chuva percorra o
eixo do tubo, sem colidir em suas paredes, devemos ter
r r r
Vct = Vc − Vt Cálculo do trabalho realizado pelo gás:
4  PV
y W = P.∆V = P V − V  =
3  3

r Da equação de Clayperon, temos:


Vct r r
PV = nRT = 1 x 0,082 x 300 = 24,6atm.l
Vc j
Transformando para unidades do Sistema Internacional
x obtemos:
θ r PV = 24,6 x 105 x 10 -3 = 2460J
r O i
Vt Com isso:

r PV 2460
W = = = 820 J
Vc

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v 3 3 3
Assim: tgθ = r = = ⇒ θ = 30 º
Vt v 3 3

3. (IME-99)
2. (IME-99) Um cilindro com um êmbolo móvel contém 1 a. Um recipiente cilíndrico de paredes opacas está posicionado
mol de um gás ideal que é aquecido isobaricamente de 300 K de tal forma que o observador só tenha visada até a
até 400 K. Ilustre o processo em um diagrama pressão versus profundidade indicada pelo ponto E sobre a geratriz oposta ao
volume e determine o trabalho realizado pelo gás, em joules. observador, como mostra a figura. Colocando-se um
determinado líquido no recipiente até a borda, o observador,
na mesma posição, passa a ter seu limite de visada na
Dados: interseção do fundo com a mesma geratriz (ponto D).
• constante universal dos gases ideais: 0,082 (atm.l)/(mol.K); Determine o índice de refração do líquido.
• 1 atm = 105 Pa.
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cilíndrico com 6 cm de diâmetro e 30 cm de altura, sabendo


que a vazão do líquido é de 30 cm3 /s. Suponha que a
velocidade do som no ar no interior do recipiente seja 340m/s.

Resolução:
a) Uma vez que o espaço (sem água) do recipiente reduz-se
com a entrada da água o comprimento de onda do som
igualmente vai se reduzindo. Como a velocidade do som no
ar é constante e pela relação: V = λf nota-se que a
freqüência deve aumentar. Com o aumento da freqüência o
som vai se tornando mais agudo.

b)
λ
4

H = 30cm

X
b. Uma máquina fotográfica obtém, em tamanho natural, a
fotografia de um objeto quando sua lente está a 10 cm do
filme.
Determine a separação que deve existir entre a lente e o filme
para que se obtenha a fotografia nítida de um coqueiro que se
encontre a uma grande distância.
Resolução: D = 6cm

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a) Observando a figura, temos:
Pela Lei de Snell: Vazão do líquido: 30cm3 /s
sen θi n Velocidade do som no ar: 340m/s
= r Cálculo da Variação do Nível de Água em Função do
sen θr ni Tempo:
l 4 l 1 Em 1s a coluna de água aumenta de:
sen θi = = sen θi = =
5 Em 1s a coluna de água aumenta de:
9 2
l + l2 l2 + l2 2
16 D 2π 2 120
× ∆x = 30 cm ⇒ ∆x = cm
4 36 π
Logo a altura x em função do T pode ser calculada por:
Sendo ni = 1 e ∆x - 1s
4 x-t
sen θi nr 5 = n r ≈ 1. 1
= ⇒ 120
sen θr ni 1 1 ⇒ x= ×t
2 36 π
b) Visto que no instante t = 0 o recipiente estava vazio.
No primeiro caso: Sabendo que trata-se de um tubo aberto, a fórmula geral da
freqüência é:
p'
O objeto em tamanho natural é invertido: A = − ; nv
p fn =
4L
A = -1 ⇒ p' = p = 10cm Onde L = H - x
1 1 1 Como queremos a freqüência fundamental, n = 1
= + ⇒ f = 5cm
f p p' v
⇒ fl =
4( H − x )

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No segundo caso: Substituindo os valores dados e utilizando a expressão de x:
p = ∞ 340
 fl =
 p' = ? => p’= 5 cm  120 t  −2
 f = 5 cm 4 30 −  × 10
  36 π 
Logo a distância filme - lente = 5cm O que confirma a resposta no item a. Ou seja, com o passar
do tempo a freqüência aumenta tornando o som mais agudo.

4. (IME-99) Ao encher-se um recipiente com água, o som


produzido fica mais agudo com o passar do tempo. 5. (IME-99) Uma partícula de massa m e carga q viaja a uma
a. Explique por que isto ocorre; velocidade v até atingir perpendicularmente uma região sujeita
b. Determine uma expressão para a freqüência fundamental do a um campo magnético uniforme B.
som em função do tempo, para o caso de um recipiente
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Desprezando o efeito gravitacional e levando em conta apenas 6. (IME-99) Uma escada de 4,0 m de comprimento está
a força magnética, determine a faixa de valores de B para que apoiada contra uma parede vertical com a sua extremidade
a partícula se choque com o anteparo de comprimento h inferior a 2,4 m da parede, como mostra a figura. A escada
localizado a uma distância d do ponto onde a partícula pesa 20 kgf e seu centro de gravidade está localizado no ponto
começou a sofrer o efeito do campo magnético. médio. Sabendo que os coeficientes de atrito estático entre a
escada e o solo e entre a escada e a parede são,
respectivamente, 0,5 e 0,2, calcule:

a. a altura máxima, em relação ao solo, a que um homem de


90 kgf de peso pode subir, sem provocar o escorregamento da
escada;
b. a distância máxima da parede a que se pode apoiar a parte
Resolução: Ao ingressar na região onde há campo inferior da escada vazia, sem provocar escorregamento.
magnético, a partícula descreverá um MCU onde a força
magnética assume o papel de força centrípeta:
mv 2 m.V
FMAG. = FCP ⇒ B q V = ⇒B=
R q .R
As duas situações limites, ainda com colisão, são ilustradas
abaixo:
x x x x x x x x x x x
x x x x
x
h
R1

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0 Resolução:
R1 = d/2
d a)
Fat N1
d ≥h
x x x x x x x x x x x
x x x x
90k
x gf
h y
R2
P
N2
0
d Fat
Como R 1 < R 2 , B 1 > B 2 x

2 2 2 d 2 + h2 I) Da condição de equilíbrio de forças resulta:


d = R2 − l + R ⇒ R2 = Fatl + N2 = P + 90 ⇒ Fat2 + N2 = 110 (I)
2d
Assim: N1 = F at2 (II) Fat1 = µ1 N1 = 0,2N1 (III)
m.V .2 d m .V .2 Fat2 = µ2 N2 = 0,5N1 (IV)
≤B≤
(
q. d + h
2 2
) q .d

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Substituindo (III) e (IV) em (I) e (II) obtemos:
x x x x x x x x x x x  0, 2 N 1 + N 2 = 110

x x x x  N1 = 0 ,5 N 2
Resolvendo o sistema acima encontramos:
N1 = 100kgf e N2 = 50kgf
R2 h
II) Da condição de equilíbrio de momentos resulta:
0 ∑M c
= ZERO
d 90x + 20.1,2 + F at2 .3,2 - 2,4N2 = 0 (V)
2 2d 2 + h2 Mas, conforme obtido do equilíbrio de forças temos:
R2 = − h + d ⇒ R2 =
R2
2d Fat2 = N1 = 50kgf e N2 = 100kgf
e a solução continua válida. Substituindo os valores acima em (V) obtemos
28
x= m
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Por semelhança de triângulos vem: Q1= + 40 µ C;


x 2, 4 Q2= - 40 µ C.
= ⇒ y = 2, 4 m
3, 2 − y 3,2
Portanto, a máxima altura que o homem pode estar sobre a
escala, sem que haja escorregamento, é de 2,4m em relação
ao solo.

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b) Cálculo da máxima distância a partir da parede que a
Resolução: No equilíbrio F E = F H
escada pode estar apoiada sem que haja escorregamento.
K E q1 q 2
= 0, 2 K m l 0
Fat1 N1 (5, 2 − 1,2l 0 )
Isolando K m
9 × 10 6 × 16 × 10 −1 72
Km = = (1)
0, 2l 0 (5, 2 − 1, 2 l 0 ) l 0 (5, 2 − 1, 2l 0 )
2 2

Sabendo-se que a força de atração entre as cargas é 0,9N, da


Lei de Coulomb temos:
y
9 × 10 6 × 16 × 10 −1
= 9 × 10 −1
P
N2
(5, 2 − 1, 2l 0 )2

Resolvendo temos:
l 0 = 1m ou
Fat2 l 0 = 7,67m (Solução não é válida pois a mola se alonga)
x Usando (2) em (1), temos:

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I) Da condição de equilíbrio de forças resulta: Km = 4,5 N/m
Fat1 + N2 = 20kgf Fat2 = N1
Na segunda situação, em equilíbrio, temos: (120%)
Mas, F at1 = 0,2N1 e F at2 = 0,5N2 , logo: 9 × 10 6 × 16 × 10 −1 q 2
Km =
 0, 2 N1 + N 2 = 20 1, 2l 0 (5, 2 − 2 ,2 l 0 )
2

 N1 = 0 ,5 N 2 |q2| = 13,5 x 10-5 C; q2 < 0, portanto
Resolvendo o sistema acima obtemos: q 2 = -13,5 x 10 -5 C
N1 = 100/11 kgf e N2 = 200/11 kgf Ajustando os algarismos significativos, temos:
II) Da condição de equilíbrio de momentos resulta: q 2 = -135 x 10 -6 C

∑ M c = ZERO
x 8. (IME-99) Uma esfera A de massa mA é lançada
20 + Fat 2 .y − N 2 .x = 0 (IV )
2 horizontalmente com velocidade vA , colidindo com uma esfera
B de massa mB . A esfera B, inicialmente em repouso, é
mas F at2 = N1 = 100/11kgf, N2 = 200/11kgf e y = 16 − x 2 suspensa por um fio ideal de comprimento L fixo no ponto P
Substituindo os valores acima em (VI), obtemos x = 3,0cm. e, após a colisão, atinge a altura máxima hB conforme mostra
Logo, a escada poderá ficar apoiada até uma distância a figura.
máxima x = 3,0m da parede, sem que haja escorregamento. Sabendo que toda a energia perdida com o choque foi
convertida em calor, que as esferas A e B são de mesmo
material e que, imediatamente após o choque, a esfera A sofre
7. (IME-99) No extremo de uma mola feita de material uma variação de temperatura de 0,025 ° C, enquanto que a
isolante elétrico está presa uma pequena esfera metálica com esfera B sofre uma variação de temperatura de 0,010 ° C,

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carga Q1. O outro extremo da mola está preso no anteparo determine o calor específico do material que compõe as
AB. esferas.
Fixa-se uma outra esfera idêntica com carga Q2, à distância de Dados: 1 cal = 4 J;
5,2 m do anteparo, conforme a figura abaixo, estando ambas mA = 2,0 kg; vA = 4,0 m/s;
as esferas e a mola colocadas sobre um plano de material mB = 5,0 kg; L = 40 cm;
dielétrico, perfeitamente liso. Em conseqüência, a mola g = 10 m/s 2
alonga-se 20% em relação ao seu comprimento original,
surgindo entre as esferas uma força de 0,9 N.

Determine qual deve ser o valor de Q2 para que a mola se


alongue 120% em relação ao seu comprimento original.

Dados: constante eletrostática do ar ≅ 9x109 (unidades do


S.I.);
.
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Resolução:
Da conservação da energia para a esfera B depois do Y
choque:

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mb .vb 2 /2 = mb .g.hb ⇒ vb = 2m/s F1 F2
a
No choque a quantidade de movimento do sistema se P B
conserva. Então: ’
ma.v = ma .va + mb .vb ⇒ va = -1m/s (o sinal negativo denota
apenas o sentido do movimento) Q
Energia Final – Energia Inicial = Energia perdida no
choque (1) a X P
Energia Final = Energia Potencial de B + Energia Cinética E N
de A = (mb .g.hb + ma .vz 2 /2) (2) M
h
Energia Inicial = Energia Cinética de A (3)
A x
Energia Perdida no Choque = Energia Térmica de A + ’
Energia Térmica de B = (b) Ponto de aplicação do empuxo ≡ baricentro do ∆A’NO:
∆ta + mb c∆
= ma .c∆ ∆tb (4) XM = h/3; YM = h – h/3 = 2h/3 ⇒ M(h/3;2h/3)
Ponto de aplicação do peso ≡ baricentro do ∆A’B’P:
Substituindo (2), (3) e (4) na expressão (1) e utilizando os XQ = a/3; YQ = a – a/3 = 2a/3 ⇒ Q(a/3;2a/3)
r

dados da questão chegamos ao calor específico das esferas: 2
( c) Fy = 0 ⇒ F1 + F2 + µg h2 a = mg
C = 1,25.10-2 cal/gºC r r

2
M A ' F = 0 ⇒ µg h2 a. h3 + F2 .a = µ g a3 ⇒
9. (IME-99) Um objeto de massa m é construído ao
seccionar-se ao meio um cubo de aresta a pelo plano que ⇒ F2 =
mg h g
(
× µg × = 2 m − µ h 3 )

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passa pelos seus vértices ABCD, como mostrado nas figuras 3 6 6

( )
abaixo. O objeto é parcialmente imerso em água, mas mantido
em equilíbrio por duas forças F1 e F2 . Determine: ⇒ F1 = 2 .
mg µ gh 3 µgh 3 a g
3
+
6

2
= 4 m − ih 3 − 3ih 2 a
6
a. o módulo do empuxo que age sobre o objeto; r r
F1 é aplicado em P e F2 é aplicado em B’
b. os pontos de aplicação do empuxo e do peso que agem
sobre o objeto; TODAS AS FORÇAS PERTENCEM A UM PLANO α QUE
c. os módulos e os pontos de aplicação das forças verticais F1 PASSA PELOS PONTOS MÉDIOS DOS SEGMENTOS AD
e F2 capazes de equilibrar o objeto. (A’) E BC (B’), SENDO α PERPENDICULAR A AMBOS
Dados: OS SEGMENTOS.
- aceleração da gravidade ( g ) ;
- massa específica da água (µ );
- profundidade de imersão ( h ); 10. (IME-99) Uma bolinha de 50 g é largada da altura de 20
- a massa m é uniformemente distribuída pelo volume do m. O vento está soprando e, além da aceleração da gravidade,
objeto. a bolinha fica sujeita a uma aceleração horizontal, variável
com o tempo, dada por ax = 2t m/s 2 .

a. Faça o gráfico da componente horizontal da aceleração,


desde o instante inicial até o instante em que a bolinha atinge
o chão;

• Determine:
b.1. o vetor velocidade da bolinha, no instante em que ela
atinge o chão;
b.2. a variação da energia total da bolinha entre o momento
em que ela é largada e o momento em que atinge o chão.

Dado: aceleração da gravidade = 10 m/s 2 .

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Resolução: Resolução:
VCUBO = a 3 ⇒ VOBJETO = a 3 /2 a) Cálculo do tempo de queda:
∆A’B’P ~ ∆A’NO H = ½ gt2 ⇒ 10 = ½.10.t 2
X = a VIMERSO = a.h2 /2
Empuxo = E = µ.g.ah2 /2 (a) ⇒ t = 2s (tempo de queda do projétil)
Seja o sistema de eixos xA’y.
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Gráfico da aceleração horizontal

ax (m/s 2 )

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4

0 2 t(s)

b1) Velocidade vertical: V y = gt = 10.2 = 20m/s

Velocidade horizontal:
2. 4
Do gráfico obtemos ∆VNum = Área (0s a 2s) =
2
Vx = 4m/s
r r r
Velocidade Resultante: V = Vx + V y

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V = Vx2 + Vy2 = 16 + 400 = 416 = 20 ,4 m / s
b2) A variação da energia do corpo pode ser calculada
como:
1 2 1 −3 2
∆ E = Wvento = mV x = . 50 .10 . 4 = 0 ,4 J
2 2

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