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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

1. (Unesp 2020) Para montar a fachada de seu restaurante, o proprietário considera duas
maneiras diferentes de prender uma placa na entrada, conforme as figuras 1 e 2. Nas duas
maneiras, uma mesma placa de 4 m de comprimento e massa de 30 kg será presa a uma
haste rígida de massa desprezível e de 6 m de comprimento, que será mantida em equilíbrio,
na posição horizontal. Na situação da figura 1, a haste é presa a uma parede vertical por uma
articulação A, de dimensões desprezíveis, e por um fio ideal vertical, fixo em uma marquise
horizontal, no ponto B. Na situação da figura 2, a haste é presa à parede vertical pela mesma
articulação A e por um fio ideal, preso no ponto C dessa parede.

Considerando g = 10 m s2 ,

a) represente as forças que atuam na haste e calcule a intensidade, em N, da força de tração


no fio que prende a haste à marquise, na situação da figura 1.
b) calcule a intensidade, em N, da força aplicada pela articulação sobre a haste, na situação da
figura 2.

Resposta:

a) Para a haste na situação da figura 1, temos:

Equilíbrio rotacional em torno do ponto A :


T1  6 = 300  4
 T1 = 200 N

b) Para a haste na situação da figura 2, temos:

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Equilíbrio rotacional em torno do ponto A :


T2y  6 = 300  4  T2y = 200 N

Mas:
T2y = T2 sen30
1
200 = T2   T2 = 400 N
2
T2x = T2 cos30
3
T2x = 400   T2x = 200 3 N
2

Equilíbrio translacional:
N2x = T2x = 200 3 N
N2y + T2y = 300  N2y + 200 = 300  N2y = 100 N

Logo:

( 200 3 )
2
N2 = N2x 2 + N2y 2 = + 1002

 N2 = 100 13 N

2. (Unesp 2020) Uma placa retangular de espessura desprezível e de vértices PQRS é


posicionada, em repouso, sobre o eixo principal de um espelho esférico gaussiano de vértice
V, foco principal F e centro de curvatura C, de modo que a posição do vértice R da placa
coincida com a posição do ponto C, conforme figura. O raio de curvatura desse espelho mede
160 cm e o comprimento da placa é 40 cm.

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a) Na figura apresentada a seguir, construa, traçando raios de luz, a imagem P'S' do lado PS
dessa placa. Identifique, nessa figura, os pontos P ' e S' e classifique essa imagem como
real ou virtual, justificando sua resposta.

b) Calcule, em cm, a distância entre a imagem P'S', do lado PS, e a imagem Q'R', do lado
QR.

Resposta:

a) Traçando os raios de luz a partir de P, obtemos:

Portanto, a imagem é real, pois é formada pela convergência dos raios refletidos em frente
ao espelho.

b) Pela equação de Gauss, a posição da imagem P'S' será dada por:

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1 1 1 1 1 1
= +  = + 
f pP'S' p'P'S' 160 / 2 160 − 40 p'P'S'
1 1 1 1 3−2
 = +  =
80 120 p'P'S' p'P'S' 240
 p'P'S' = 240 cm

Como QR está sobre o centro de curvatura do espelho, a sua imagem Q 'R ' será formada
sobre esse mesmo ponto, sendo apenas invertida em relação a QR. Portanto:
d = p'P'S' − p'Q'R' = 240 − 160
 d = 80 cm

3. (Unesp 2020) O Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) tem o objetivo de orientar o


consumidor quanto ao consumo e à eficiência energética dos principais eletrodomésticos
nacionais. A figura 1 ilustra a etiqueta de um chuveiro elétrico, apresentando a tensão nominal
de funcionamento e as potências nominal e econômica (potência máxima e mínima do
chuveiro). Em um banheiro, foram instalados esse chuveiro (C) e duas lâmpadas idênticas
(L), de valores nominais (110 V − 60 W) cada, conforme a figura 2.

a) Calcule a intensidade da corrente elétrica, em ampères, que atravessa o chuveiro e


determine a resistência elétrica, em Ω, desse chuveiro quando ele opera com sua potência
econômica.
b) Considere que as duas lâmpadas desse banheiro fiquem acesas simultaneamente por 30
minutos e que, nesse intervalo de tempo, o chuveiro permaneça ligado por 20 minutos,
operando com sua potência nominal. Admitindo que 1 kWh de energia elétrica custe
R$ 0,50, calcule o gasto, em reais, gerado nos 30 minutos desse banho, devido ao
funcionamento do chuveiro e das lâmpadas.

Resposta:

a) Com o chuveiro operando em potência econômica, temos:

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PE = U  iE
2200 = 200  iE
 iE = 10 A
U2
PE =
RE
2202
2200 =
RE
 RE = 22 Ω

b) Energia gasta pelas lâmpadas:


EL = 2PL  ΔtL = 2  60  0,5  EL = 60 Wh

Energia gasta pelo chuveiro:


1
EC = PC  ΔtC = 6000   EC = 2000 Wh
3

Energia total gasta:


ET = 2060 Wh = 2,06 kWh

Portanto, o custo total será de:


C = 2,06  0,5
 C = R$ 1,03

4. (Unesp 2019) Um caminhão de brinquedo move-se em linha reta sobre uma superfície
plana e horizontal com velocidade constante. Ele leva consigo uma pequena esfera de massa
m = 600 g presa por um fio ideal vertical de comprimento L = 40 cm a um suporte fixo em sua
carroceria.

Em um determinado momento, o caminhão colide inelasticamente com um obstáculo fixo no


solo, e a esfera passa a oscilar atingindo o ponto mais alto de sua trajetória quando o fio forma
um ângulo θ = 60 em relação à vertical.

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1
Adotando g = 10 m s2 , cos 60 = sen 30 = e desprezando a resistência do ar, calcule:
2

a) a intensidade da tração no fio, em N, no instante em que a esfera para no ponto mais alto de
sua trajetória.
b) a velocidade escalar do caminhão, em m s, no instante em que ele se choca contra o
obstáculo.

Resposta:

a) No ponto mais alto da trajetória, temos as forças:

1
T = Pcos 60 = 0,6  10 
2
T = 3 N

b) Sendo v a velocidade procurada, por conservação de energia entre os instantes inicial e


final, temos:

Onde,
h = L − L cos60 = L − L 2  h = 0,2 m

Einicial = Efinal
mv 2 v2
= mgh  = 10  0,2  v 2 = 4
2 2
v = 2 m s

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5. (Unesp 2019) Em um equipamento utilizado para separar partículas eletrizadas atuam dois
campos independentes, um elétrico, E, e um magnético, B, perpendiculares entre si. Uma
partícula de massa m = 4  10−15 kg e carga q = 8  10−6 C parte do repouso no ponto P, é
acelerada pelo campo elétrico e penetra, pelo ponto Q, na região onde atua o campo
magnético, passando a descrever uma trajetória circular de raio R, conforme a figura.

Sabendo que entre os pontos P e Q existe uma diferença de potencial de 40 V, que a


intensidade do campo magnético é B = 10−3 T e desprezando ações gravitacionais sobre a
partícula eletrizada, calcule:

a) a intensidade do campo elétrico E, em N C.


b) o raio R, em m, da trajetória circular percorrida pela partícula na região em que atua o
campo magnético B.

Resposta:

a) Para o campo elétrico uniforme, temos:


V = Ed
40 = E  0,2
 E = 200 N C

b) Aplicando o teorema da energia cinética para determinar a velocidade da partícula, vem:


τPQ = Ec Q − EcP
mv Q2 mvP2
qV = −
2 2
4  10−15  v Q2
8  10−6  40 = −0
2
v Q = 4  105 m s

Na região do campo magnético, temos que:

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Fmg = Fcp

mv Q2
B q vQ =
R
mv Q 4  10−15  4  105
R= =
Bq 10−3  8  10−6
 R = 0,2 m

6. (Unesp 2019) Uma corda elástica, de densidade linear constante μ = 0,125 kg m, tem uma
de suas extremidades presa a um vibrador que oscila com frequência constante. Essa corda
passa por uma polia, cujo ponto superior do sulco alinha-se horizontalmente com o vibrador, e,
na outra extremidade, suspende uma esfera de massa 1,8 kg, em repouso. A configuração da
oscilação da corda é mostrada pela figura 1.

Em seguida, mantendo-se a mesma frequência de oscilação constante no vibrador, a esfera é


totalmente imersa em um recipiente contendo água, e a configuração da oscilação na corda se
altera, conforme figura 2.

Adotando g = 10 m s2 e sabendo que a velocidade de propagação de uma onda em uma


T
corda de densidade linear μ, submetida a uma tração T, é dada por v = , calcule:
μ

a) a frequência de oscilação, em Hz, do vibrador.


b) a intensidade do empuxo, em N, exercido pela água sobre a esfera, na situação da figura 2.

Resposta:

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a) Pela figura 1:
λ1 = 2,4 m
T1 = mg = 1,8  10  T1 = 18 N

Pela equação da velocidade dada, temos:


T 18
v1 = 1 =  v1 = 12 m / s
μ 0,125

Portanto, pela equação fundamental, chegamos a:


v1 = λ1  f  12 = 2,4  f
 f = 5 Hz

b) Para a situação 2, temos:


2,4 m
λ2 = = 0,8 m
3
v 2 = λ 2  f = 0,8  5  v 2 = 4 m s

Mas:
T2 + E = mg  T2 = mg − E

Logo:
T2 1,8  10 − E
v2 = 4=  16  0,125 = 18 − E
μ 0,125
 E = 16 N

7. (Unesp 2018) Uma esfera de massa 50 g está totalmente submersa na água contida em
um tanque e presa ao fundo por um fio, como mostra a figura 1. Em dado instante, o fio se
rompe e a esfera move-se, a partir do repouso, para a superfície da água, onde chega 0,60 s
após o rompimento do fio, como mostra a figura 2.

a) Considerando que, enquanto a esfera está se movendo no interior da água, a força


resultante sobre ela é constante, tem intensidade 0,30 N, direção vertical e sentido para
cima, calcule, em m s, a velocidade com que a esfera chega à superfície da água.
b) Considerando que apenas as forças peso e empuxo atuam sobre a esfera quando
submersa, que a aceleração gravitacional seja 10 m s2 e que a massa específica da água
seja 1,0  103 kg m3 , calcule a densidade da esfera, em kg m3 .

Resposta:

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Dados: m = 50 g = 0,05 kg; Δt = 0,6 s; R = 0,3 N; ρa = 1 103 kg m3 ; g = 10m s2; v 0 = 0.

a) Pelo teorema do impulso:


0,18 18
R Δt = m ( v − v 0 )  0,3  0,6 = 0,05 ( v − 0 )  v = =  v = 3,6 m s.
0,05 5

b) Calculando a aceleração:
Δv v − v 0 3,6 − 0
a= = =  a = 6m s2 .
Δt Δt 0,6

Como a esfera sobe após o fio ser rompido, a resultante mencionada é para cima, ou seja, a
intensidade do empuxo é maior que a do peso. Então, aplicando o princípio fundamental da
dinâmica, vem:
ρa g 103  10 104
E − P = m a  ρa V g − ρ V g = ρ V a  ρa g = ρ ( a + g )  ρ = = = 
a+g 6 + 10 16

ρ = 625 kg m3 .

8. (Unesp 2018) A radiação solar incide sobre o painel coletor de um aquecedor solar de área
igual a 2,0 m2 na razão de 600 W m2 , em média.

a) Considerando que em 5,0 minutos a quantidade da radiação incidente no painel


transformada em calor é de 1,8  105 J, calcule o rendimento desse processo.
b) Considerando que o calor específico da água é igual a 4,0  103 J (kg  C) e que 90% do
calor transferido para a água são efetivamente utilizados no seu aquecimento, calcule qual
deve ser a quantidade de calor transferido para 250 kg de água contida no reservatório do
aquecedor para aquecê-la de 20 C até 38 C.

Resposta:

a) Potência total da radiação incidente:


Pt = 2 m2  600 W m2 = 1200 W

Potência útil (transformada em calor):


1,8  105 J
Pu = = 600 W
5  60 s

Sendo assim, o rendimento é de:


600 W
η= = 0,5
1200 W
 η = 50%

b) Pela equação da calorimetria, temos:

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Q = m  c  Δθ
0,9Qt = 250  4  103  ( 38 − 20 )
0,9Qt = 18  106
 Qt = 2  107 J

9. (Unesp 2018) A figura mostra uma máquina térmica em que a caldeira funciona como a
fonte quente e o condensador como a fonte fria.

a) Considerando que, a cada minuto, a caldeira fornece, por meio do vapor, uma quantidade de
calor igual a 1,6  109 J e que o condensador recebe uma quantidade de calor igual a
1,2  109 J, calcule o rendimento dessa máquina térmica.
b) Considerando que 6,0  103 kg de água de refrigeração fluem pelo condensador a cada
minuto, que essa água sai do condensador com temperatura 20 C acima da temperatura
de entrada e que o calor específico da água é igual a 4,0  103 J (kg  C), calcule a razão
entre a quantidade de calor retirada pela água de refrigeração e a quantidade de calor
recebida pelo condensador.

Resposta:

a) Dados: Qq = 1,6  109 J; Qf = −1,2  109 J.


O trabalho ( W ) realizado é a diferença entre a quantidade de calor recebida da fonte
quente e a rejeitada para a fonte fria.
W Qq − Q f (1,6 − 1,2 )  109
η= = =  η = 0,25 = 25%.
Qq Qq 1,6  109

b) Dados: m = 6  103 J; Δθ = 20 C; c = 4  103J kg  C.


A quantidade de calor absorvida pela água que passa pelo condensador é:
Qa = m c Δθ = 6  103  4  103  20  Qa = 4,8  108 J.

Fazendo a razão pedida:

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Qa 4,8  108 Qa
=  = 0,4.
Qf 1,2  109 Qf

10. (Unesp 2018) Uma bateria de smartphone de 4.000 mA  h e 5,0 V pode fornecer uma
corrente elétrica média de 4.000 mA durante uma hora até que se descarregue.

a) Calcule a quantidade de carga elétrica, em coulombs, que essa bateria pode fornecer ao
circuito.
b) Considerando que, em funcionamento contínuo, a bateria desse smartphone se descarregue
em 8,0 horas, calcule a potência média do aparelho, em watts.

Resposta:

a) Q = i  Δt
Q = 4000 mA  h = 4 A  3600 s
 Q = 14400 C

b) Corrente da bateria:
Q 14400
i= =
Δt 8  3600
i = 0,5 A

Logo, a sua potência será:


P = i  U = 0,5  5
 P = 2,5 W

11. (Unesp 2018) Em uma sala estão ligados um aparelho de ar-condicionado, um televisor e
duas lâmpadas idênticas, como mostra a figura. A tabela informa a potência e a diferença de
potencial de funcionamento desses dispositivos.

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Dispositivo Potência (W ) DDP (V)

Ar-condicionado 1.100 110

Televisor 44 110

Lâmpada 22 110

a) Considerando o custo de 1 kWh igual a R$ 0,30 e os dados da tabela, calcule, em reais, o


custo total da energia elétrica consumida pelos quatro dispositivos em um período de 5,0
horas.
b) Considerando que os dispositivos estejam associados em paralelo e funcionando conforme
as especificações da tabela, calcule a intensidade da corrente elétrica total para esse
conjunto, em ampères.

Resposta:

a) A energia consumida nesse intervalo de tempo é:


E = (PAC + PTV + 2 PL ) Δt = (1.100 + 44 + 44 ) 5 = 1.188  5 = 5.940 Wh  E = 5,94 kWh.

Calculando o custo (C) :

C = 5,94  0,30 = 1,782  C  R$ 1,78.

b) Usando a expressão que relaciona tensão, corrente e potência:


P + PTV + 2 PL 1.188
i = AC =  i = 10,8 A.
U 110

12. (Unesp 2017) Pedrinho e Carlinhos são garotos de massas iguais a 48 kg cada um e
estão inicialmente sentados, em repouso, sobre uma gangorra constituída de uma tábua
homogênea articulada em seu ponto médio, no ponto O. Próxima a Carlinhos, há uma pedra
de massa M que mantém a gangorra em equilíbrio na horizontal, como representado na figura
1.

Quando Carlinhos empurra a pedra para o chão, a gangorra gira e permanece em equilíbrio na
posição final, representada na figura 2, com as crianças em repouso nas mesmas posições em
que estavam inicialmente.

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Calcule o valor da relação VP VC , sendo VP e VC os módulos das velocidades escalares


médias de Pedrinho e de Carlinhos, respectivamente, em seus movimentos entre as posições
inicial e final. Em seguida, calcule o valor da massa M, em kg.

Resposta:

- Relação entre as velocidades lineares:


A figura mostra que os dois garotos sofreram o mesmo deslocamento angular (θ), em relação
a posição inicial, e mostra também os raios de giro.

Como esses deslocamentos se deram no mesmo tempo, as velocidades angulares médias


são iguais. Assim:
V V V R VP 3
ωP = ωC  P = C  P = P  = = 1,5.
RP R C VC R C VC 2

- Calculando a massa da pedra (M):


A figura mostra as forças agindo na gangorra na situação inicial de equilíbrio.

A condição de equilíbrio de rotação, exige que, na gangorra, o somatório dos momentos


horários seja igual ao somatório dos momentos anti-horários.
Assim, adotando o ponto O como polo têm-se:

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3m − 2m 48
  Manti −hor  M g (1,2 ) + m g ( 2 ) = m g ( 3 )  M =
O O
Mhor = = 
1,2 1,2

M = 40kg.

13. (Unesp 2017) A figura 1 mostra um cilindro reto de base circular provido de um pistão, que
desliza sem atrito. O cilindro contém um gás ideal à temperatura de 300 K, que inicialmente
ocupa um volume de 6,0  10−3 m3 e está a uma pressão de 2,0  105 Pa.

O gás é aquecido, expandindo-se isobaricamente, e o êmbolo desloca-se 10 cm até atingir a


posição de máximo volume, quando é travado, conforme indica a figura 2.

Considerando a área interna da base do cilindro igual a 2,0  10−2 m2 , determine a


temperatura do gás, em kelvin, na situação da figura 2. Supondo que nesse processo a energia
interna do gás aumentou de 600 J, calcule a quantidade de calor, em joules, recebida pelo
gás. Apresente os cálculos.

Resposta:

Dados:
p = 2  105 N m2; T1 = 300K; V1 = 6  10−3 m3; d = 10cm = 0,1 m; A = 2  10 −2 m2; ΔU = 600J.
Temperatura na situação da figura 2:
Δ V = A d = 2  10−2  0,1  ΔV = 2  10−3 m3

V2 = V1 + ΔV = 6  10−3 + 2  10−3  V2 = 8  10−3 m3 .

Aplicando a equação geral dos gases para uma transformação isobárica:


V1 V2 6  10−3 8  10 −3
=  =  T2 = 400K.
T1 T2 300 T2

Cálculo do trabalho (W) realizado pela força de pressão do gás na expansão:


W = p ΔV = p Ad = 2  105  2  10−2  0,1  W = 400J.

Aplicando a primeira lei da termodinâmica:

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Q = ΔU + W = 600 + 400  Q = 1 000J.

Observação: para o cálculo do calor trocado, se o enunciado não desse a variação da energia
interna e especificasse que o gás é monoatômico, uma segunda solução, dada a seguir, seria
possível.

Quantidade de calor recebida pelo gás:


Aplicando a 1ª Lei da Termodinâmica: Q = ΔU + W
 W = p ΔV
 3 5 5
 3 Q = ΔU + W = p ΔV + p ΔV  Q = p ΔV =  2  105  2  10 −3 
ΔU = 2 p ΔV 2 2 2

Q = 1.000 J.

14. (Unesp 2017) Um bloco de gelo de massa 200 g, inicialmente à temperatura de –10 C,
foi mergulhado em um recipiente de capacidade térmica 200 cal C contendo água líquida a
24 C. Após determinado intervalo de tempo, esse sistema entrou em equilíbrio térmico à
temperatura de 4 C.

O gráfico mostra como variou a temperatura apenas do gelo, desde sua imersão no recipiente
até ser atingido o equilíbrio térmico.

calor específico da água líquida 1 cal g  C

calor específico do gelo 0,5 cal g  C

calor latente de fusão do gelo 80 cal g

Considerando as informações contidas no gráfico e na tabela, que o experimento foi realizado


ao nível do mar e desprezando as perdas de calor para o ambiente, calcule a quantidade de
calor absorvido pelo bloco de gelo, em calorias, desde que foi imerso na água até ser atingido
o equilíbrio térmico, e calcule a massa de água líquida contida no recipiente, em gramas, antes
da imersão do bloco gelo.

Resposta:

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- Quantidade de calor recebido pela massa correspondente ao bloco de gelo, até que a água
proveniente desse bloco atinja o equilíbrio térmico:
Qgelo = (mc Δθ ) bloco + (mL )fusão + (mc Δθ )água =
degelo do gelo

200  0,5  10 + 200  80 + 200  1 4  Qgelo = 17.800 cal.

- Calculando a massa de água (M):


Considerando que o sistema seja termicamente isolado, e que a água e o recipiente estejam à
mesma temperatura inicial de 24C, têm-se:
Qágua + Qrec + Qgelo = 0  (Mc Δθ)água + (C Δθ)rec + 17.800 = 0 
17.800 − 4.000
M  1 ( 4 − 24 ) + 200 ( 4 − 24 ) + 17.800 = 0  M = 
20

M = 690g.

15. (Unesp 2017) O mecanismo de formação das nuvens de tempestade provoca a separação
de cargas elétricas no interior da nuvem, criando uma diferença de potencial elétrico U entre a
base da nuvem e o solo. Ao se atingir certo valor de potencial elétrico, ocorre uma descarga
elétrica, o raio.

Suponha que, quando a diferença de potencial entre a nuvem e o solo atingiu o valor de
1,8  108 V, ocorreu um raio que transferiu uma carga elétrica de 30 C, em módulo, da nuvem
para o solo, no intervalo de 200 ms. Calcule a intensidade média da corrente elétrica, em
ampères, estabelecida pelo raio. Considerando que uma bateria de capacidade 50 A  h
acumula energia para fornecer uma corrente de 50 A durante uma hora, calcule quantas
baterias de 10 V e capacidade 50 A  h poderiam ser totalmente carregadas supondo que toda
a quantidade de energia desse raio pudesse ser transferida a elas. Apresente os cálculos.

Resposta:

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- Intensidade média da corrente elétrica.


Dados: Q = 30C; Δt = 200ms = 0,2s.
Da definição de corrente elétrica:
Q 30
im = =  im = 150 A.
Δt 0,2

- Quantidade de baterias que podem ser carregadas.

Nota 1: O enunciado especifica: "Suponha que, quando a diferença de potencial entre a nuvem
e o solo atingiu o valor de 1,8  108 V, ocorreu...". Isso sugere que durante o processo de carga
do sistema solo-nuvem a tensão aumenta. Conclui-se, então, que durante a descarga do raio a
tensão entre a nuvem e o solo não é mantida constante, caindo de 1,8  108 V a 0 V. Essas
informações sobre tensões constantes ou variáveis deveriam estar no enunciado para melhor
direcionar a resolução da questão.
Trabalhando com valores médios, como sugeriu o examinador no cálculo da corrente elétrica, a
energia potencial elétrica armazenada no sistema solo-nuvem é semelhante à de um capacitor
de placas paralelas.
Q  U 30  1,8  108
Epot = =  Epot = 2,7  109 J.
2 2

A carga acumulada em cada bateria é:


q = 50 A  h = 50 A  3.600s  q = 1,8  105 C.

A energia potencial elétrica armazenada por cada bateria é:


E1 = q  U1 = 1,8  105  10  E1 = 1,8  106 J.

Quantidade (n ) de baterias que podem ser carregadas com a energia do raio:


Epot 2,7  109
nE1 = Epot  n = =  n = 1.500.
E1 1,8  106

Nota 2: caso seja considerada constante a tensão durante a descarga do raio, o número de

baterias passa a ser o dobro ou seja: n = 3.000.

16. (Unesp 2017) O circuito representado é constituído por quatro resistores ôhmicos, um
gerador ideal, uma chave Ch de resistência elétrica desprezível e duas lâmpadas idênticas, L1
e L 2 , que apresentam valores nominais de tensão e potência iguais a 40 V e 80 W cada. A
chave pode ser ligada no ponto A ou no ponto B, fazendo funcionar apenas uma parte do
circuito de cada vez.

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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

Considerando desprezíveis as resistências elétricas dos fios de ligação e de todas as conexões


utilizadas, calcule as potências dissipadas pelas lâmpadas L1 e L 2 , quando a chave é ligada
no ponto A. Em seguida, calcule as potências dissipadas pelas lâmpadas L1 e L 2 , quando a
chave é ligada no ponto B.

Resposta:

A resistência de cada lâmpada vale:


U2 U2 402 1.600
P=  R= = = = 20 Ω.
R P 80 90

- Chave em A.
Com a chave nessa posição, a lâmpada L1 e os dois resistores da esquerda ficam em curto-
circuito, como mostra o esquema abaixo.

A corrente no circuito pode ser calculada pela lei de Ohm-Pouillet:


40
ε = Req iA  40 = ( 20 + 10 + 20 ) iA  iA =  i A = 0,8 A.
50

Assim as potências dissipadas nas lâmpadas são:


40
ε = Req iA  40 = ( 20 + 10 + 20 ) iA  iA =  i A = 0,8 A.
50

 P1A = 0 ( curto-circuito )

P = R i2 = 20 ( 0,8 )2  P = 12,8 W.
 2A 2 A 2A

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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

- Chave em B.
Com a chave nessa posição, a lâmpada L 2 e os dois resistores da direita ficam em curto-
circuito, como mostra o esquema abaixo.

Os terminais de L1 estão ligados diretamente aos terminais da bateria. Portanto, a tensão em


L1 é U1 = 40 V, que é a tensão nominal. Assim, ela dissipada a tensão nominal.
Então as novas potências dissipadas nas lâmpadas são:
 P = 0 curto − circuito .
 2B ( )

 P1B = 80 W ( tensão nominal) .

17. (Unesp 2016) Um rapaz de 50 kg está inicialmente parado sobre a extremidade esquerda
da plataforma plana de um carrinho em repouso, em relação ao solo plano e horizontal. A
extremidade direita da plataforma do carrinho está ligada a uma parede rígida, por meio de
uma mola ideal, de massa desprezível e de constante elástica 25 N m, inicialmente relaxada.

O rapaz começa a caminhar para a direita, no sentido da parede, e o carrinho move-se para a
esquerda, distendendo a mola. Para manter a mola distendida de 20 cm e o carrinho em
repouso, sem deslizar sobre o solo, o rapaz mantém-se em movimento uniformemente
acelerado.

Considerando o referencial de energia na situação da mola relaxada, determine o valor da


energia potencial elástica armazenada na mola distendida de 20 cm e o módulo da aceleração

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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

do rapaz nessa situação.

Resposta:

Dados: m = 50kg; k = 25N/m; x = 20cm = 2  10−1 m.

Energia potencial elástica (EP )

( )
2
−1
k x2 25 2  10 25  4  10−2
EP = = =  EP = 0,5 J.
2 2 2

Aceleração (a)
A intensidade da força elástica que a mola exerce no carrinho é dada pela lei de Hooke.

Fel = k x = 25  2  10−1  Fel = 5N.

Como o carrinho está em repouso, a força elástica exercida pela mola para a direita tem a
mesma intensidade da força aplicada pelos pés do rapaz para a esquerda.
Assim:

Frap = Fel = 5N.

Pelo Princípio da Ação-Reação, o rapaz recebe do carrinho uma força de mesma intensidade
para a direita, possibilitando que ele acelere.
Pelo Princípio Fundamental da Dinâmica

Frap = ma  5 = 50a  a = 0,1 m/s2.

18. (Unesp 2016) Durante a análise de uma lente delgada para a fabricação de uma lupa, foi
construído um gráfico que relaciona a coordenada de um objeto colocado diante da lente (p)
com a coordenada da imagem conjugada desse objeto por essa lente (p’). A figura 1
representa a lente, o objeto e a imagem. A figura 2 apresenta parte do gráfico construído.

Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss para essa lente, calcule a que
distância se formará a imagem conjugada por ela, quando o objeto for colocado a 60 cm de

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seu centro óptico. Suponha que a lente seja utilizada como lupa para observar um pequeno
objeto de 8 mm de altura, colocado a 2 cm da lente. Com que altura será vista a imagem
desse objeto?

Resposta:

1
- Analisando o gráfico dado, nota-se que: p → 10 cm  p' →   → 0. Aplicando esses
p'
resultados na equação dos pontos conjugados:
1 1 1 1 1
= +  = + 0  f = 10 cm.
f p p' f 10

Para p = 60cm :
1 1 1 pf 60  10
= +  p' = =  p' = 12cm.
f p p' p−f 50

- Para p = 2cm :
pf 2  10
p' = =  p' = − 2,5 cm.
p−f −8

Aplicando a equação do aumento linear transversal:


h' −p' h' − ( −2,5 ) 20
A= =  =  h' =  h' = 10mm.
h p 8 2 2

19. (Unesp 2016) Três lâmpadas idênticas (L1, L2 e L3 ), de resistências elétricas constantes
e valores nominais de tensão e potência iguais a 12 V e 6 W, compõem um circuito conectado
a uma bateria de 12 V. Devido à forma como foram ligadas, as lâmpadas L 2 e L 3 não brilham
com a potência para a qual foram projetadas.

Considerando desprezíveis as resistências elétricas das conexões e dos fios de ligação


utilizados nessa montagem, calcule a resistência equivalente, em ohms, do circuito formado
pelas três lâmpadas e a potência dissipada, em watts, pela lâmpada L 2 .

Resposta:

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- Resistência de cada lâmpada:


P = 6 W U2 U 2 12  12
  P=  R= =  R = 24 Ω .
U = 12 V R P 6

Resistência equivalente:

2R  R 2R 2 ( 24 )
Req = = =  R = 16 Ω .
2R + R 3 3

- As lâmpadas L 2 e L 3 são idênticas. Então as tensões se dividem como indicado na figura.

U2 6  6
P2 = 2 =  P2 = 1,5 W.
R 24

20. (Unesp 2015) Uma esfera de borracha de tamanho desprezível é abandonada, de


determinada altura, no instante t = 0, cai verticalmente e, depois de 2 s, choca-se contra o
solo, plano e horizontal. Após a colisão, volta a subir verticalmente, parando novamente, no
instante T, em uma posição mais baixa do que aquela de onde partiu. O gráfico representa a
velocidade da esfera em função do tempo, considerando desprezível o tempo de contato entre
a esfera e o solo.

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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

Desprezando a resistência do ar e adotando g = 10 m / s2 , calcule a perda percentual de


energia mecânica, em J, ocorrida nessa colisão e a distância total percorrida pela esfera, em
m, desde o instante t = 0 até o instante T.

Resposta:

- Perda percentual de energia mecânica.


Como a resistência do ar é desprezível, só há perda de energia mecânica na colisão com o
solo. Do gráfico, vemos que os módulos das velocidades antes e depois da colisão são,
respectivamente, v1 = 20 m/s e v 2 = 18 m/s.
A perda percentual (E% ) é:

E% =
antes
Emec depois
− Emec
 100 = 2
(
m 2
)
v1 − v 22
 100 
antes m 2
Emec v1
2
v 2 − v 22 202 − 182 400 − 324
E% = 1  100 =  100 =  100 
2 2 400
v1 20

E% = 19%.

Observação: no enunciado foi cometido um deslize ao se pedir a perda percentual de energia


mecânica em J, pois a perda percentual é adimensional.

- Distância total percorrida.


Os triângulos destacados na figura são semelhantes.

Então:

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T−2 2
=  T − 2 = 1,8.
18 20

A distância total percorrida (D) é numericamente igual à soma das áreas dos triângulos
destacados.
2  20 ( T − 2 )  18
D= + = 20 + 1,8  9 
2 2

D = 36,2 m.

21. (Unesp 2015) O assento horizontal de uma banqueta tem sua altura ajustada pelo giro de
um parafuso que o liga à base da banqueta. Se girar em determinado sentido, o assento sobe
3 cm na vertical a cada volta completa e, no sentido oposto, desce 3 cm. Uma pessoa apoia
sobre o assento uma lata de refrigerante de 360 g a uma distância de 15 cm de seu eixo de
rotação e o fará girar com velocidade angular constante de 2 rad s.

Se a pessoa girar o assento da banqueta por 12s, sempre no mesmo sentido, e adotando
g = 10m s2 e π = 3, calcule o módulo da força de atrito, em newtons, que atua sobre a lata
enquanto o assento gira com velocidade angular constante, e o módulo da variação de energia
potencial gravitacional da lata, em joules.

Resposta:

Dados: m = 360 g = 0,36 kg; ω = 2 rad/s; r = 15 cm = 0,15 m; g = 10 m/s2; π = 3.

a) Na situação descrita, a força de atrito age como resultante centrípeta.


Fat = Rcent = m ω2 r = 0,36  4  0,15  Fat = 0,216 N.

b) O ângulo descrito em 12 s é:
Δθ = ω Δt = 2  12 = 24 rad.
Por proporção direta:
1 volta → 2π rad 24 12
  n= =  n = 4 voltas.
n voltas → 24 rad 2π 3

Calculando a variação da altura.

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1 volta → 3 cm
  Δh = 12 cm = 0,12 m.
 4 voltas → Δh

A variação da energia potencial é:

ΔEp = m g Δh = 0,36  10  0,12  ΔEp = 0,432 J.

22. (Unesp 2015) Uma pessoa de 1,8 m de altura está parada diante de um espelho plano
apoiado no solo e preso em uma parede vertical. Como o espelho está mal posicionado, a
pessoa não consegue ver a imagem de seu corpo inteiro, apesar de o espelho ser maior do
que o mínimo necessário para isso. De seu corpo, ela enxerga apenas a imagem da parte
compreendida entre seus pés e um detalhe de sua roupa, que está a 1,5 m do chão. Atrás
dessa pessoa, há uma parede vertical AB, a 2,5 m do espelho.

Sabendo que a distância entre os olhos da pessoa e a imagem da parede AB refletida no


espelho é 3,3 m e que seus olhos, o detalhe em sua roupa e seus pés estão sobre uma
mesma vertical, calcule a distância d entre a pessoa e o espelho e a menor distância que o
espelho deve ser movido verticalmente para cima, de modo que ela possa ver sua imagem
refletida por inteiro no espelho.

Resposta:

- A imagem da parede (A'B') é simétrica em relação ao plano espelho e de mesmo tamanho,


como mostra a figura.

Então:

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d + 2,5 = 3,3  d = 3,3 − 2,5 = 0,8 m 

d = 80 cm.

- Menor distância que o espelho deve ser movido verticalmente.


Sejam os pontos:
C e C' → topo da cabeça da pessoa e respectiva imagem;
G e G' → globo ocular e respectiva imagem;
D e D' → detalhe na roupa e respectiva imagem;
P e P' → pé da pessoa e respectiva imagem;
M → para onde deve ser movida a extremidade superior do espelho;
N → extremidade superior do espelho;
Q → onde incide o raio que determina a imagem do pé da pessoa.

Usando semelhança de triângulos, calculamos a altura útil (z) do espelho para a pessoa
possa ver sua imagem por inteiro.
z H 1,8
GMQ  GC'P'  =  z=  z = 0,9 m.
d 2d 2

Calculando a altura (y) da parte do espelho para a pessoa ver da imagem de seu pé (P') até a
imagem do detalhe (D'), também por semelhança de triângulos:
y h 1,5
GNQ  GD'P'  =  y=  y = 0,75 m.
d 2d 2

A menor distância (x) que se deve mover o espelho para cima para que a pessoa possa ver
sua imagem por inteiro é:
x + y = z  x = z − y = 0,90 − 0,75 = 0,15 m 

x = 15 cm.

23. (Unesp 2015) Em muitos experimentos envolvendo cargas elétricas, é conveniente que
elas mantenham sua velocidade vetorial constante. Isso pode ser conseguido fazendo a carga
movimentar-se em uma região onde atuam um campo elétrico E e um campo magnético B,
ambos uniformes e perpendiculares entre si. Quando as magnitudes desses campos são
ajustadas convenientemente, a carga atravessa a região em movimento retilíneo e uniforme.
A figura representa um dispositivo cuja finalidade é fazer com que uma partícula eletrizada com
carga elétrica q  0 atravesse uma região entre duas placas paralelas P1 e P2 , eletrizadas
com cargas de sinais opostos, seguindo a trajetória indicada pela linha tracejada. O símbolo 
representa um campo magnético uniforme B = 0,004 T, com direção horizontal, perpendicular
ao plano que contém a figura e com sentido para dentro dele. As linhas verticais, ainda não

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orientadas e paralelas entre si, representam as linhas de força de um campo elétrico uniforme
de módulo E = 20N C.

Desconsiderando a ação do campo gravitacional sobre a partícula e considerando que os


módulos de B e E sejam ajustados para que a carga não desvie quando atravessar o
dispositivo, determine, justificando, se as linhas de força do campo elétrico devem ser
orientadas no sentido da placa P1 ou da placa P2 e calcule o módulo da velocidade v da
carga, em m s.

Resposta:

Aplicando as regras práticas (da mão direita ou da esquerda) do eletromagnetismo, conclui-se


que a força magnética é vertical e para cima. Para que a partícula eletrizada não sofra desvio a
resultante das forças deve ser nula. Assim a força elétrica tem direção vertical e para baixo.
Como a carga é positiva, a força elétrica tem o mesmo sentido das linhas de força do campo
elétrica, ou seja, as linhas de força do campo elétrico dever sem orientadas no sentido da
placa P2 , como indicado na figura.

−3
Dados: E = 20 N/C; B = 0,004 T = 4  10 T.

Combinando as expressões das forças elétrica e magnética, calculamos o módulo da


velocidade da partícula.
E 20
qvB = qE  v= =  v = 5  103 m/s.
B 4  10−3

24. (Unesp 2015) Dois fios longos e retilíneos, 1 e 2, săo dispostos no vácuo, fixos e paralelos
um ao outro, em uma direçăo perpendicular ao plano da folha. Os fios săo percorridos por
correntes elétricas constantes, de mesmo sentido, saindo do plano da folha e apontando para o
leitor, representadas, na figura, pelo símbolo . Pelo fio 1 circula uma corrente elétrica de
intensidade i1 = 9 A e, pelo fio 2, uma corrente de intensidade i2 = 16 A. A circunferência

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tracejada, de centro C, passa pelos pontos de intersecçăo entre os fios e o plano que contém a
figura.

T m
Considerando μ0 = 4  π  10−7 , calcule o módulo do vetor induçăo magnética resultante,
A
em tesla, no centro C da circunferência e no ponto P sobre ela, definido pelas medidas
expressas na figura, devido aos efeitos simultâneos das correntes i1 e i2 .

Resposta:

As figuras 1 e 2 mostram os vetores indução magnética nos pontos citados.

Como todo triângulo inscrito numa semicircunferência é retângulo, aplicando Pitágoras na


figura 1, calculamos o diâmetro da circunferência que passa pelos fios 1 e 2.
d 2 = 0,3 2 + 0,4 2 = 0,25  d = 0,5 m.

Aplicando a regra da mão direita, descobrimos os sentidos dos vetores indução magnética de
cada fio em cada um dos pontos.
A expressão da intensidade do vetor indução magnética à distância d de um fio percorrido por
corrente elétrica de intensidade i é dada por:
μ
B = 0 i.
2π d

- No ponto C.
Como se observa na figura 1, trata-se de vetores de sentidos opostos. A intensidade do vetor
indução magnética resultante nesse ponto C é:

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μ0 4 π  10−7
BC = B2C − B1C = (i2 − i1 ) = (16 − 9 ) 
2π d 2  π  0,25

BC = 5,6  10−6 T.

- No ponto P.
Na figura 2, temos vetores de direções perpendiculares entre si. Então, reaplicando a
expressão do item anterior:
2 2
2 2 2
 4π  10−7  16   4 π  10−7  9 
BP = B2P + B1P  BP =   +  
 2π  0,4   2π  0,3 
  

BP = 1 10−5 T.

25. (Unesp 2015) Em ambientes sem claridade, os morcegos utilizam a ecolocalização para
caçar insetos ou localizar obstáculos. Eles emitem ondas de ultrassom que, ao atingirem um
objeto, são refletidas de volta e permitem estimar as dimensões desse objeto e a que distância
se encontra. Um morcego pode detectar corpos muito pequenos, cujo tamanho seja próximo ao
do comprimento de onda do ultrassom emitido.

Suponha que um morcego, parado na entrada de uma caverna, emita ondas de ultrassom na
frequência de 60 kHz, que se propagam para o interior desse ambiente com velocidade de
340 m s. Estime o comprimento, em mm, do menor inseto que esse morcego pode detectar e,
em seguida, calcule o comprimento dessa caverna, em metros, sabendo que as ondas
refletidas na parede do fundo do salão da caverna são detectadas pelo morcego 0,2s depois
de sua emissão.

Resposta:

3
Dados: v = 340 m/s; f = 60 kHz = 60  10 Hz; Δt = 2 s.

O comprimento do inseto (L) é próximo ao comprimento de onda ( λ ).


v 340
Lλ= =  L  5,7  10−3 m  L  5,7 mm.
f 60  103

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O comprimento (d) da caverna é igual à metade da distância percorrida pela onda em 0,2 s.
v Δt 340  0,2
d= =  d = 34 m.
2 2

26. (Unesp 2014) Um garoto de 50 kg está parado dentro de um barco de 150 kg nas
proximidades da plataforma de um ancoradouro. Nessa situação, o barco flutua em repouso,
conforme a figura 1. Em um determinado instante, o garoto salta para o ancoradouro, de modo
que, quando abandona o barco, a componente horizontal de sua velocidade tem módulo igual a
0,9 m/s em relação às águas paradas, de acordo com a figura 2.

Sabendo que a densidade da água é igual a 103 kg/m3, adotando g = 10 m/s2 e desprezando a
resistência da água ao movimento do barco, calcule o volume de água, em m 3, que a parte
submersa do barco desloca quando o garoto está em repouso dentro dele, antes de saltar para
o ancoradouro, e o módulo da velocidade horizontal de recuo (VREC) do barco em relação às
águas, em m/s, imediatamente depois que o garoto salta para sair dele.

Resposta:

Dados: mg = 50 kg; mb = 150 kg; da = 103 kg/m3 ; Vg = 0,9 m/s; g = 10 m/s2.

– Volume de água deslocado ( Vdesloc ) .


Para a situação de equilíbrio, a intensidade do empuxo é igual à do peso.
E = P  da Vdesloc g = mg + mb g  ( )
mg + mb 200
Vdesloc = = = 200  10−3 
da 3
10

Vdesloc = 0,2 m3 .

– Módulo da velocidade de recuo do barco VRec . ( )


Desprezando o atrito do barco com a água, pela conservação da quantidade de movimento,
temos:
Q = Q  mb Vrec = mg Vg 
barco garoto

mg Vg 50  0,9
V = = = 200  10−3 
mb 150

VRec = 0,3 m/s.

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27. (Unesp 2014) Para testar os conhecimentos de termofísica de seus alunos, o professor
propõe um exercício de calorimetria no qual são misturados 100 g de água líquida a 20 °C com
200 g de uma liga metálica a 75 °C. O professor informa que o calor específico da água líquida
é 1 cal / ( g  C) e o da liga é 0,1 cal / ( g  X ), onde X é uma escala arbitrária de temperatura,
cuja relação com a escala Celsius está representada no gráfico.

Obtenha uma equação de conversão entre as escalas X e Celsius e, considerando que a


mistura seja feita dentro de um calorímetro ideal, calcule a temperatura final da mistura, na
escala Celsius, depois de atingido o equilíbrio térmico.

Resposta:

Dados: mA = 100 g; mL = 200 g; c A = 1 cal / g  C; kg / m3 ; cL = 0,1 cal / g  X = 0,6 cal / g  C.

– Equação de conversão entre as escalas.


Com os valores do gráfico:
 X − 25 θC − 0  X − 25 C
=  = 
85 − 25 10 − 0 60 10

 X = 6 C + 25 .

– Temperatura de Equilíbrio ()


Ainda do gráfico:
ΔX ΔC
=  ΔX = 6 ΔC .
60 10

Enquanto a marca do mercúrio sobe 1 grau na escala Celsius, sobe 6 graus na escala X,
conforme ilustra a figura.

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Então o calor específico da liga é seis vezes maior quando expresso usando a escala
Celsius. Assim:
cL = 6  (0,1 cal / g  C) = 0,6 cal / g  C

Fazendo o somatório dos calores trocados para um sistema termicamente isolado:


Qágua + Q Liga = 0  ( m c Δθ ) Água + ( m c Δθ )Liga = 0 

100 (1)( θ − 20 ) + 200 ( 0,6 )( θ − 75 ) = 0 


θ − 20 + 1,2 θ − 90 = 0  2,2 θ = 110 

θ = 50 °C.

28. (Unesp 2014) A figura representa um cilindro contendo um gás ideal em três estados, 1, 2
e 3, respectivamente.

No estado 1, o gás está submetido à pressão P1 = 1,2  105 Pa e ocupa um volume V1 = 0,008
m3 à temperatura T1. Acende-se uma chama de potência constante sob o cilindro, de maneira
que ao receber 500 J de calor o gás sofre uma expansão lenta e isobárica até o estado 2,
quando o êmbolo atinge o topo do cilindro e é impedido de continuar a se mover. Nesse
estado, o gás passa a ocupar um volume V2 = 0,012 m3 à temperatura T2.
Nesse momento, o êmbolo é travado de maneira que não possa mais descer e a chama é
apagada. O gás é, então, resfriado até o estado 3, quando a temperatura volta ao valor inicial
T1 e o gás fica submetido a uma nova pressão P3.
Considerando que o cilindro tenha capacidade térmica desprezível, calcule a variação de
energia interna sofrida pelo gás quando ele é levado do estado 1 ao estado 2 e o valor da
pressão final P3.

Resposta:

- Variação da Energia Interna ( V1,2 ) na transformação 1 → 2.


Dados:
P1 = P2 = 1,2  105 Pa; V1 = 0,008 m3 = 8  10 −3 m3 ; V2 = 0,012 m3 = 1,2  10−3 m3 ; Q12
, = 500 J.

Como a transformação é isobárica, o trabalho realizado na transformação 1 → 2 é:


W1,2 = P1 V1,2 = 1,2  105 (12 − 8 )10−3  W1,2 = 480 J.

Aplicando a Primeira Lei da Termodinâmica:

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U1,2 = Q1,2 − W1,2  U1,2 = 500 − 480 


U1,2 = 20 J.

Comentário: a banca examinadora cometeu um deslize ao ar arbitrar em 500 J a quantidade


de calor absorvida pelo gás na transformação isobárica 1 → 2. Calculemos o valor correto,
supondo gás monoatômico.

 3
U1,2 = n R T1,2 3
 2 Q1,2 = U1,2 + W1,2 = n R T1,2 + n R T1,2 
 W = P V = n R T = 480 J 2
 1,2 1,2 1,2
5 5 5
Q1,2 = n R T1,2  Q1,2 = W1,2 = ( 480 )  Q1,2 = 1 200 J.
2 2 2

- Valor da pressão final (P3).


Dados:
P1 = 1,2  105 Pa; V1 = 0,008 m3 = 8  10−3 m3 ; V3 = 0,012 m3 = 1,2  10−3 m3 ; T1 = T3 .

Aplicando a equação geral dos gases:


P1 V1 P3 V3 P1 V1 1,2  105  8  10−3
=  P3 = = 
T1 T3 V3 12  10−3
P3 = 8  104 Pa.

29. (Unesp 2014) O circuito representado na figura é utilizado para obter diferentes
intensidades luminosas com a mesma lâmpada L. A chave Ch pode ser ligada ao ponto A ou
ao ponto B do circuito. Quando ligada em B, a lâmpada L dissipa uma potência de 60 W e o
amperímetro ideal indica uma corrente elétrica de intensidade 2 A.

Considerando que o gerador tenha força eletromotriz constante E = 100 V e resistência interna
desprezível, que os resistores e a lâmpada tenham resistências constantes e que os fios de
ligação e as conexões sejam ideais, calcule o valor da resistência R L da lâmpada, em ohms, e
a energia dissipada pelo circuito, em joules, se ele permanecer ligado durante dois minutos
com a chave na posição A.

Resposta:

Nota: a questão apresenta inconsistência de dados, como mostra a resolução. Para que os
dados ficassem coerentes, a potência da lâmpada deveria ser 120 W.

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Dados: E = 100 V; R1 = 20Ω; R2 = 45Ω; PL = 60W; i1 = 2 A; Δt = 2 min = 120 s.


– Resistência da lâmpada (RL).
Usando os dados da lâmpada:
P 60
PL = RL i12  RL = L = 
2
i1 22

RL = 15 Ω.

Usando a leitura do amperímetro e aplicando a lei de Ohm-Pouillet:


E = Req i1  E = (R1 + RL ) i1  100 = ( 20 + RL )  2
20 + RL = 50  RL = 50 − 20

RL = 30 Ω.

Isso mostra que os dados estão inconsistentes.

– Energia dissipada (W).


Com a chave em A, o circuito equivalente é o da figura abaixo.

Para RL = 15 Ω :
Como o circuito é estritamente resistivo, temos:
E2 E2
W = P Δt = Δt  W = Δt 
Req RL + R1 + R2

1002 10.000
W=  120 =  120 
15 + 20 + 45 80

W = 15.000 J.

Para RL = 30 Ω :
Aplicando a lei de Ohm-Pouillet:
E = Req i  E = (RL + R1 + R2 ) i 
100 20
100 = ( 30 + 20 + 45 ) i  i =  i= A.
95 19
2
 20 
W = Req i2 Δt = 95     120
 19 

W  12.630 J.

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30. (Unesp 2013) Dois automóveis estão parados em um semáforo para pedestres localizado
em uma rua plana e retilínea. Considere o eixo x paralelo à rua e orientado para direita, que os
pontos A e B da figura representam esses automóveis e que as coordenadas x A(0) = 0 e xB(0) =
3, em metros, indicam as posições iniciais dos automóveis.

Os carros partem simultaneamente em sentidos opostos e suas velocidades escalares variam


em função do tempo, conforme representado no gráfico.

Considerando que os automóveis se mantenham em trajetórias retilíneas e paralelas, calcule o


módulo do deslocamento sofrido pelo carro A entre os instantes 0 e 15 s e o instante t, em
segundos, em que a diferença entre as coordenadas x A e xB, dos pontos A e B, será igual a 332
m.

Resposta:

Calculando o deslocamento ( Δx A ) do móvel A até o instante t = 15 s.

Da propriedade do gráfico v  t.
15 + 10
x A = "área" =  10  x A = 25  5 
2

x A = 125 m.

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Calculando o instante em que a distância entre os móveis é igual a 332 m, usando novamente
a propriedade anterior:

t + ( t − 5)
Δx A =  10 = ( 2 t − 5 ) 5  Δx A = 10 t − 25.
2

Sendo x0A = 0, temos:


x A = x0A + Δx A = 0 + 10 t − 25  x A = 10 t − 25 .
 t + ( t − 8) 
ΔxB = −    10 = − ( 2 t − 8 ) 5  ΔxB = −10 t + 40.
 2 

Sendo x0B = 3 m, temos:


xB = x0B + Δx A = 3 − 10 t + 40  xB = −10 t + 43.

No instante t a distância entre os móveis (DAB ) deve ser 332 m.


D AB = x A − xB  332 = 10 t − 25 − ( −10 t + 43 )  332 = 20 t − 68  20 t = 400 

t = 20 s.

31. (Unesp 2013) Determinada massa de gás ideal sofre a transformação cíclica ABCDA
mostrada no gráfico. As transformações AB e CD são isobáricas, BC é isotérmica e DA é
adiabática. Considere que, na transformação AB, 400kJ de calor tenham sidos fornecidos ao
gás e que, na transformação CD, ele tenha perdido 440kJ de calor para o meio externo.

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Calcule o trabalho realizado pelas forças de pressão do gás na expansão AB e a variação de


energia interna sofrida pelo gás na transformação adiabática DA.

Resposta:

Calculando o trabalho realizado na expansão AB (WAB):


Como a transformação é isobárica (pressão constante), o trabalho pode ser obtido pelo produto
da pressão pela variação do volume. Assim:
WAB = pAB ΔVAB = 4  105 (1 − 0,3 ) = 4  105  0,7 = 2,8  105 = 280  103 J 
WAB = 280 kJ.

Respondendo à segunda pergunta do enunciado, que é a variação da energia interna na


transformação DA.

1ª Solução:
Dados: pA = 4  105 N / m2 ; pD = 2  105 N / m2 ; N/m2; VA = 0,3 m3; VD = 0,5 m3

Para um gás monoatômico, ideal, a energia interna é dada por:


 3
3 3 UA = 2 p A VA 3
U= n R T= pV  ( − )  UA − UD = (p A VA − pD VD ) 
2 2 U = 3 p V 2
 D 2 D D

ΔUDA =
3
2
( ) (3
4  105  0,3 − 2  105  0,5 = 1,2  105 − 1 105
2
) 
3
2
(0,2  105 ) 

ΔUDA = 30 kJ.

2ª Solução:
Usando a primeira lei da termodinâmica, que parece ser a sugestão do enunciado.

Dados: QAB = +400 kJ (calor recebido); QCD = –440 kJ (calor cedido)

– Da resposta da pergunta anterior, WAB = 280 kJ.


– O trabalho na transformação CD é:
WCD = pCD ( ΔVCD ) = 2  105 ( 0,5 − 2 ) = −3  105 
WCD = −300 kJ (compressão).

 AB : UB − UA = QAB − WAB

ΔU = Q − W BC : UC − UB = 0 (isotérmica)   UD − UA = Q AB − WAB + QCD − WCD 
CD: U − U = Q − W
 D C CD CD

UA − UD = −QAB + WAB − QCD + WCD


UA − UD = −400 + 280 − ( −440 ) + ( −300 ) = 20 kJ 
ΔUDA = 20 kJ.

Comentário: “Estranhamente” as duas soluções não chegaram ao mesmo valor. Isso ocorreu
porque o examinador simplesmente “chutou” os valores dos calores trocados nas
transformações AB e CD, respectivamente, 400 kJ e –440 kJ. Os dados estão incoerentes.
Vamos corrigir os valores e tornar a questão coerente.

Aplicando a equação geral nas diversas transformações:

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 p A VA pB VB 0,3 1 T 10
A → B : =  =  TB = A  TB = TA (I) .
 TA TB TA TB 0,3 3
 10 TA
B → C : TC = TB = (isotérmica ) (II).
 3
 pC VC pD VD 2 0,5 0,5 TC 1
C → D : =  =  TD =  TD = TC (III).
 TC TD TC TD 2 4

Combinando (I) e (III):


1  10  10 5
TD =  TA  = TA  TD = TA .
4 3  12 6
Usando a equação do calor sensível, calculamos a relação entre os calores trocados nas
transformações AB e CD:
  10  7
Q AB = m c  3 TA − TA   Q AB = m c 3 TA
  
Q = m c ΔT  ( ) 
Q 5 10   -15 
= m c T −
6 A 3 A  T  Q = m c  6  A T
 CD  
CD
 

7
Q AB Q AB 7  6  Q AB 14
= 3  = − -   =- 
QCD -15 QCD 3  15  QCD 15
6
14
Q AB = - QCD .
15

Para que as duas soluções cheguem ao mesmo resultado, retomemos a expressão da


variação da energia interna da 1ª solução, lembrando que a resposta correta é 30 kJ.
UA − UD = −Q AB + WAB − QCD + WCD  30 = −Q AB + 280 − QCD − 300 
30 = −Q AB − QCD − 20  30 + 20 = −Q AB − QCD 
Q AB + QCD = −50.

Montando o sistema:
QAB + QCD = −50
 14 1
 14 - QCD + QCD = -50  QCD = -50 
Q
 AB = - Q CD . 15 15
 15

QCD = -750 kJ.


14
QAD = - ( -750 )  Q AD = 700 kJ.
15

Portanto, a questão fica correta com o enunciado abaixo, com os valores corrigidos
destacados:
“Determinada massa de gás monoatômico ideal sofre a transformação cíclica ABCDA mostrada
no gráfico. As transformações AB e CD são isobáricas, BC é isotérmica e DA é adiabática.
Considere que, na transformação AB, 700 kJ de calor tenham sidos fornecidos ao gás e que,
na transformação CD, ele tenha perdido 750 kJ de calor para o meio externo.”

32. (Unesp 2013) Determinada substância pura encontra-se inicialmente, quando t = 0 s, no


estado sólido, a 20 °C, e recebe calor a uma taxa constante. O gráfico representa apenas parte
da curva de aquecimento dessa substância, pois, devido a um defeito de impressão, ele foi

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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

interrompido no instante 40 s, durante a fusão da substância, e voltou a ser desenhado a partir


de certo instante posterior ao término da fusão, quando a substância encontrava-se totalmente
no estado líquido.

Sabendo-se que a massa da substância é de 100 g e que seu calor específico na fase sólida é
igual a 0,03 cal/(g.°C), calcule a quantidade de calor necessária para aquecê-la desde 20 °C
até a temperatura em que se inicia sua fusão, e determine o instante em que se encerra a
fusão da substância.

Resposta:

Aplicando a expressão do calor sensível para a fase sólida:


QS = m c s Δθ  QS = 100  0,03 ( 320 − 20 ) = 3  300 

QS = 900 cal.

Como a potência da fonte é constante e a substância é pura, o gráfico completo (também fora
de escala) é o apresentado abaixo.

Usando semelhança de triângulos:


AC BE 128 − t 148 − 128
ΔABC  ΔBDE  =  = 
BC DE 480 − 320 800 − 480
128 − t 20
=  128 − t = 10 
160 320

t = 118 s.

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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

33. (Unesp 2013) Em um jogo de perguntas e respostas, em que cada jogador deve responder
a quatro perguntas (P1, P2, P3 e P4), os acertos de cada participante são indicados por um
painel luminoso constituído por quatro lâmpadas coloridas. Se uma pergunta for respondida
corretamente, a lâmpada associada a ela acende. Se for respondida de forma errada, a
lâmpada permanece apagada. A figura abaixo representa, de forma esquemática, o circuito
que controla o painel. Se uma pergunta é respondida corretamente, a chave numerada
associada a ela é fechada, e a lâmpada correspondente acende no painel, indicando o acerto.
Se as quatro perguntas forem respondidas erradamente, a chave C será fechada no final, e o
jogador totalizará zero ponto.

Cada lâmpada tem resistência elétrica constante de 60Ω e, junto com as chaves, estão
conectadas ao ramo AB do circuito, mostrado na figura, onde estão ligados um resistor ôhmico
de resistência R = 20Ω , um gerador ideal de f.e.m. E = 120 V e um amperímetro A de
resistência desprezível, que monitora a corrente no circuito. Todas as chaves e fios de ligação
têm resistências desprezíveis.

Calcule as indicações do amperímetro quando um participante for eliminado com zero acerto, e
quando um participante errar apenas a P2.

Resposta:

Para um participante com zero acerto, apenas a chave C é fechada e o circuito equivalente é o
mostrado a seguir.

A indicação do amperímetro é a intensidade da corrente i que passa por ele.


Aplicando a lei de Ohm-Pouillet:

E 120
E=R i  i= = 
R 20

i = 6 A.

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Se um participante errar apenas P2, as chaves C e 1 ficarão abertas, acendendo apenas as


lâmpadas P1, P3 e P4 resultando no circuito a seguir.

A resistência equivalente é:
60
Req = 20 +  Req = 40 Ω.
3

Aplicando novamente a lei de Ohm-Pouillet:


E 120
E = Req i  i = = 
Req 40

i = 3 A.

34. (Unesp 2013) Um feixe é formado por íons de massa m1 e íons de massa m2, com cargas
elétricas q1 e q2, respectivamente, de mesmo módulo e de sinais opostos. O feixe penetra com
velocidade V, por uma fenda F, em uma região onde atua um campo magnético uniforme B,
cujas linhas de campo emergem na vertical perpendicularmente ao plano que contém a figura e
com sentido para fora. Depois de atravessarem a região por trajetórias tracejadas circulares de
raios R1 e R2 = 2  R1, desviados pelas forças magnéticas que atuam sobre eles, os íons de
massa m1 atingem a chapa fotográfica C1 e os de massa m2 a chapa C2.

Considere que a intensidade da força magnética que atua sobre uma partícula de carga q,
movendo-se com velocidade v, perpendicularmente a um campo magnético uniforme de
módulo B, é dada por FMAG = q  v  B.
Indique e justifique sobre qual chapa, C1 ou C2, incidiram os íons de carga positiva e os de
carga negativa.

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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

m1
Calcule a relação entre as massas desses íons.
m2

Resposta:

Pela regra da mão esquerda, íons de carga positiva sofrem, inicialmente, forma magnética para
a direita, atingindo a placa C1; os íons de carga negativa sofrem, inicialmente, força magnética
para a esquerda, atingindo a placa C2.

A força magnética age como resultante centrípeta:


m v2 m v
FMAG = Fcent  |q| v B =  R= .
R |q| B
 m1 v
R1 =
 | q1 | B R1 m1 R1 m
  =  = 1 
 m2 v R2 m2 2 R1 m2
R2 = | q | B
 2

m1 1
= .
m2 2

35. (Unesp 2012) Observe o adesivo plástico apresentado no espelho côncavo de raio de
curvatura igual a 1,0 m, na figura 1. Essa informação indica que o espelho produz imagens
nítidas com dimensões até cinco vezes maiores do que as de um objeto colocado diante dele.

Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss para esse espelho, calcule o aumento
linear conseguido quando o lápis estiver a 10 cm do vértice do espelho, perpendicularmente ao
seu eixo principal, e a distância em que o lápis deveria estar do vértice do espelho, para que
sua imagem fosse direita e ampliada cinco vezes.

Resposta:

Dados: R = 1 m; p1 = 10 cm; A2 = 5.

A distância focal desse espelho é:


R 1
f = = = 0,5 m  f = 50 cm.
2 2

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REVISÃO UNESP 2º FASE - FÍSICA

Para o objeto a 10 cm do espelho, o aumento (A1) pode ser calculado pela equação do
aumento linear transversal:
f 50 50
A1 = = =  A1 = 1,25.
f − p1 50 − 10 40

Para que a imagem fosse direita e ampliada cinco vezes o aumento seria A2 = +5. Para tal, a
distância do objeto ao espelho seria p2.
Aplicando novamente a expressão do aumento:
f 50
A2 =  5= = 50 − p2 = 10  p2 = 40 cm.
f − p2 50 − p2

36. (Unesp 2011) A quantidade de energia informada na embalagem de uma barra de


chocolate é igual a 200 kcal. Após o consumo dessa barra, uma pessoa decide eliminar a
energia adquirida praticando uma corrida, em percurso plano e retilíneo, com velocidade
constante de 1,5 m/s, o que resulta em uma taxa de dissipação de energia de 500 W.
Considerando 1 kcal = 4200 J , quantos quilômetros, aproximadamente, a pessoa precisará
correr para dissipar a mesma quantidade de calorias ingeridas ao comer o chocolate?

Resposta:

W 200x4200 84x104
P= → 500 = → Δt = = 1680s
Δt Δt 500

ΔS ΔS
V= → 1,5 = → ΔS = 2,52km .
Δt 1680

37. (Unesp 2011) A montagem de um experimento utiliza uma pequena rampa AB para
estudar colisões entre corpos. Na primeira etapa da experiência, a bolinha I é solta do ponto A,
descrevendo a trajetória AB, escorregando sem sofrer atrito e com velocidade vertical nula no
ponto B (figura 1).
Com o auxílio de uma folha carbono, é possível marcar o ponto exato C onde a bolinha I tocou
o chão e com isto, conhecer a distância horizontal por ela percorrida (do ponto B’ até o ponto C
de queda no chão), finalizando a trajetória ABC.

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Na segunda etapa da experiência, a bolinha I é solta da mesma forma que na primeira etapa e
colide com a bolinha II, idêntica e de mesma massa, em repouso no ponto B da rampa (figura
2).

Admita que as bolinhas I e II chegam ao solo nos pontos C1 e C2, percorrendo distâncias
horizontais de mesmo valor (d1 = d2), conforme a figura 3.
Sabendo que H = 1 m; h = 0,6 m e g = 10 m/s2, determine as velocidades horizontais da
bolinha I ao chegar ao chão na primeira e na segunda etapa da experiência.

Resposta:

Dados: H = 1 m; h = 0,6 m; g = 10 m/s2.

– 1ª Experiência

Pela conservação da energia mecânica:


m vI2
A
EMec = EMec
B
 m g H = m gh +  vI = 2g (H − h ) = 2 (10 )(1 − 0,6 ) = 8 
2
vI = 2 2 m/s  2,8 m/s.

Após abandonar a rampa, a resultante das forças horizontais sobre a bolinha I é nula, portanto
sua velocidade horizontal mantém-se constante, em módulo.
Assim, ao atingir o solo em C, a velocidade horizontal da bolinha I tem módulo:
vIx = vI = 2 2 m/s  2,8 m/s.

– 2ª Experiência

Analogamente à 1ª experiência, a velocidade da bolinha I ao chegar em B, antes do choque, é


vI = 2 2 m/s.
Na colisão, ocorre conservação da quantidade de movimento do sistema (sistema
mecanicamente isolado) formado pelas duas bolinhas. Como os ângulos, assim como as
distâncias, indicados na figura são iguais, concluímos que as velocidades ( vI' e v II' ) após a
colisão também têm mesmo módulo ( v I' = v II' = v ' ) .
A figura a seguir ilustra a colisão em dois momentos: imediatamente antes e imediatamente
depois.

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Aplicando o teorema de sistema mecanicamente isolado:


Qantes
sist = Qdepois
sist  m vI = m v I' cos  + m v II' cos   v I = 2 v ' cos  
vI 2 2
v' = =  v ' = 2 sec  m/s.
2 cos  2 cos 

Como já explicitado na 1ª experiência, após abandonar a rampa as velocidades horizontais não


sofrem alteração em seus módulos.
Assim, ao atingir o solo, as componentes horizontais das velocidades das bolinhas I e II são:
vIx' = vIIx
'
= 2 sec  m/s.

Observação:
A questão ficaria bem mais interessante se o examinador especificasse no enunciado tratar-se
de uma colisão perfeitamente elástica. Teríamos, então, conservação da energia cinética.
m vI2 m vI' 2 m vII' 2
Eantes
Cin = Ecin
depois
 = +  vI2 = vI' 2 + vII' 2 .
2 2 2
Ora, essa expressão nada mais é que o teorema de Pitágoras aplicado a dois vetores
perpendiculares entre si. Isso significa, que quando ocorre uma colisão perfeitamente elástica e
oblíqua entre dois corpos de massas iguais, depois da colisão, suas velocidades são
perpendiculares entre si.

Teríamos, então, na figura 3 do enunciado:


2  = 90°   = 45°.
A resposta seria:
'
v1x = v'2x = 2 sec 45 = 2 2  v1x '
= v '2x = 2 m/s.

38. (Unesp 2011) Considere um objeto luminoso pontual, fixo no ponto P, inicialmente alinhado
com o centro de um espelho plano E. O espelho gira, da posição E1 para a posição E2, em
torno da aresta cujo eixo passa pelo ponto O, perpendicularmente ao plano da figura, com um
deslocamento angular de 30°, como indicado:

Em sua resolução, copie o ponto P, o espelho em E1 e em E2 e desenhe a imagem do ponto P


quando o espelho está em E1 (P1’) e quando o espelho está em E2 (P2’). Considerando um raio
de luz perpendicular a E1, emitido pelo objeto luminoso em P, determine os ângulos de reflexão
desse raio quando o espelho está em E1 (  1’) e quando o espelho está em E2 (  2’).

Resposta:

A figura a seguir mostra as construções nos dois casos pedidos. Essas construções foram
baseadas:

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– Na segunda lei da reflexão: os ângulos de incidência e de reflexão são congruentes. No 1º


caso a incidência é normal, portanto o ângulo de incidência é 1 = 0°  1' = 0. No 2º caso,
2 = 30°  '2 = 30.

– Na propriedade da simetria: no espelho plano objeto e imagem são sempre simétricos em


relação ao plano do espelho. Isto significa que as distâncias objeto-espelho e espelho-imagem
são iguais e que o segmento de reta que liga o objeto e a respectiva imagem é perpendicular
ao plano do espelho.

39. (Unesp 2011) Uma esfera condutora descarregada (potencial elétrico nulo), de raio
R1 = 5,0 cm , isolada, encontra-se distante de outra esfera condutora, de raio R2 = 10,0 cm ,
carregada com carga elétrica Q = 3,0μC (potencial elétrico não nulo), também isolada.

Em seguida, liga-se uma esfera à outra, por meio de um fio condutor longo, até que se
estabeleça o equilíbrio eletrostático entre elas. Nesse processo, a carga elétrica total é
conservada e o potencial elétrico em cada condutor esférico isolado descrito pela equação
q
V =k , onde k é a constante de Coulomb, q é a sua carga elétrica e r o seu raio.
r

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Supondo que nenhuma carga elétrica se acumule no fio condutor, determine a carga elétrica
final em cada uma das esferas.

Resposta:

Após o contato, as esferas terão o mesmo potencial elétrico.


kQ kQ2 Q R 5 1
V1 = V2 → 1 = → 1 = 1 = = → Q2 = 2Q1 (01)
R1 R2 Q2 R2 10 2

A carga total não muda, portanto: Q1 + Q2 = 3 (02)

Q1 = 1μC
Substituindo 01 em 02, vem: Q1 + 2Q1 = 3 → 3Q1 = 3 → 
Q2 = 2μC

40. (Unesp 2011) Um gerador eletromagnético é constituído por uma espira com seção reta e
área S, que gira com velocidade angular ω no interior de um campo magnético uniforme de
intensidade B. À medida que a espira gira, o fluxo magnético Φ que a atravessa varia
segundo a expressão Φ(t) = B S cos ωt onde t é o tempo, produzindo uma força eletromotriz
nos terminais do gerador eletromagnético, cujo sentido inverte-se em função do giro da espira.
Assim, a corrente no resistor R, cujo sentido inverte a cada meia volta, é denominada corrente
alternada.

Considere a espira com seção reta de 10 cm2 , girando à razão de 20 voltas por segundo, no
interior de um campo magnético de intensidade igual a 2  10−5 T.

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Trace o gráfico do fluxo magnético Φ(t) que atravessa a espira em função do tempo, durante
T T 3T
um período (T) indicando os valores do fluxo magnético nos instantes , , e T.
4 2 4

Resposta:

Dados: S = 10 cm2 = 10−3 m2 ; B = 2  10−5 T;f = 20 Hz.

O período do movimento é:
1 1
T= = s  T = 5  10−2 s.
f 20

Calculando a velocidade angular:


ω = 2π f = 2π(20) = 40 π rad s.

Substituindo esses valores na função dada,


Φ = B  S  cos ωt, vem:
Φ = (2  10−5 )(10−3 )cos 40π t  Φ = 2  10−8 cos 40 πt.

Para t = 0 o fluxo é máximo e vale:


Φmáx = 2  10−8 cos0  Φmáx = 2  10−8 Wb.

T
Para t = o fluxo é mínimo e vale:
2
Φmín = −2  10−8 Wb.

Construindo o gráfico:

41. (Unesp 2010) Algumas montanhas-russas possuem inversões, sendo uma delas
denominada loop, na qual o carro, após uma descida íngreme, faz uma volta completa na
vertical. Nesses brinquedos, os carros são erguidos e soltos no topo da montanha mais alta
para adquirirem velocidade. Parte da energia potencial se transforma em energia cinética,
permitindo que os carros completem o percurso, ou parte dele. Parte da energia cinética é
novamente transformada em energia potencial enquanto o carro se move novamente para o
segundo pico e assim sucessivamente.

Numa montanha-russa hipotética, cujo perfil é apresentado, o carro (com os passageiros), com
massa total de 1 000 kg, é solto de uma altura H = 30 m (topo da montanha mais alta) acima da
base de um loop circular com diâmetro d = 20 m. Supondo que o atrito entre o carro e os trilhos

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é desprezível, determine a aceleração do carro e a força vertical que o trilho exerce sobre o
carro quando este passa pelo ponto mais alto do loop. Considere g = 10 m/s2.

Resposta:

Dados: v0 = 0; m = 1.000 kg; H = 30 m; d = 20 m  r = 10 m.

Pela conservação Energia Mecânica, calculamos a velocidade no ponto B:


m v2
A
EMec = EMec
B
 m g H = m g d+  v 2 = 2g(H − d)  v2 = 20(30 – 20)  v2 = 200.
2

No ponto B, a resultante das forças que agem sobre o carro são radiais, portanto a aceleração
é centrípeta.

v 2 200
a = ac = =  a = 20 m/s2.
r 10

No ponto B, a resultante é centrípeta e a força vertical que o trilho exerce no carro é a normal
(N) .
Rc = N + P  m a = N + m g  N = m(a – g)  N = 1.000(20 – 10) 
N = 10.000 N.

42. (Unesp 2010) O Skycoaster é uma atração existente em grandes parques de diversão,
representado nas figuras a seguir. Considere que em um desses brinquedos, três aventureiros
são presos a cabos de aço e içados a grande altura. Os jovens, que se movem juntos no
brinquedo, têm massas iguais a 50 kg cada um. Depois de solto um dos cabos, passam a
oscilar tal como um pêndulo simples, atingindo uma altura máxima de 60 metros e chegando a
uma altura mínima do chão de apenas 2 metros. Nessas condições e desprezando a ação de
forças de resistências, qual é, aproximadamente, a máxima velocidade, em m/s, dos
participantes durante essa oscilação e qual o valor da maior energia cinética, em kJ, a que eles
ficam submetidos?

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Resposta:

A figura abaixo ilustra os pontos de velocidade nula (A) e de velocidade máxima (B).

Dados: m = 50 kg; hA = 60 m; hB = 2 m.

Pela conservação da energia mecânica:


3mv 2
A
Emec = EBmec  3m g hA = 3m g hB + 
2
v2
g(hA – hB) =  v2 = 2g (hA − hB ) = 20(60 − 2)  v2 = 1.160  v = 1.160 
2
v  34 m/s.

A energia cinética máxima a que eles ficam submetidos é a energia cinética do sistema
formado pelos três jovens, no ponto de velocidade máxima (B).

3mv 2 3(50)(1.160)
ECin = = = 87.000 J 
2 3
ECin = 87 kJ.

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43. (Unesp 2010) Considere o gráfico da Pressão em função do Volume de certa massa de
gás perfeito que sofre uma transformação do estado A para o estado B. Admitindo que não
haja variação da massa do gás durante a transformação, determine a razão entre as energias
internas do gás nos estados A e B.

Resposta:

A energia interna (U) de um gás perfeito é diretamente proporcional à sua temperatura absoluta
(T).
3
U = nRT
2
A equação de Clapeyron nos dá:
PV = n R T.
Combinando essas duas expressões, concluímos que:

3
U= PV .
2

Colocando nessa expressão os valores dados no gráfico e fazendo a razão entre os dois
estados:

3
PV
UA 2 A A 4PV
= = 
UB 3 3PV
PB VB
2
UA 4
= .
UB 3

44. (Unesp 2010) O fenômeno de retrorreflexão pode ser descrito como o fato de um raio de
luz emergente, após reflexão em dois espelhos planos dispostos convenientemente, retornar
paralelo ao raio incidente. Esse fenômeno tem muitas aplicações práticas.
No conjunto de dois espelhos planos mostrado na figura, o raio emergente intersecta o raio
incidente em um ângulo β. Da forma que os espelhos estão dispostos, esse conjunto não
constitui um retrorrefletor. Determine o ângulo β, em função do ângulo θ, para a situação
apresentada na figura e o valor que o ângulo θ deve assumir, em radianos, para que o conjunto
de espelhos constitua um retrorrefletor.

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Resposta:

No triângulo ACE:
 +  +  = 180°   +  = 180° –  (I)

No triângulo OAC:
 +  +  = 180° (II)

Na semirreta OB:
180 − 
2 +  = 180°   = (III)
2
Na semirreta OD:
180 − 
2 +  = 180°   = (IV)
2

Substituindo (III) e (IV) em (II):


180 −  180 − 
+ + = 180° (M.M.C = 2)
2 2
2  + 180° –  + 180° –  = 180°  2  – ( + ) = 180° (V)

Substituindo (I) em (V):


2  – (180° – ) = 180°  2  = 360° – . Dividindo membro a membro por 2:


 = 180 − .
2

Para que haja uma retrorreflexão,  = 180°. Então:

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180
 = 180° –   = 90°  os espelhos devem estar perpendiculares entre si para que haja
2
retrorreflexão, conforme ilustra a figura abaixo.

No triângulo OAB:
 +  + 90° = 180°   = 90° –  (I)
Na semirreta AO:
x +  = 90° (II)
(I) em (II):

x + 90° –  = 90°  x =   retrorreflexão: o raio emergente é paralelo ao incidente.

45. (Unesp 2010) Um espectrômetro de massa é um aparelho que separa íons de acordo com
a razão carga elétrica/massa de cada íon. A figura mostra uma das versões possíveis de um
espectrômetro de massa. Os íons emergentes do seletor de velocidades entram no
espectrômetro com uma velocidade v . No interior do espectrômetro existe um campo
magnético uniforme (na figura é representado por Be e aponta para dentro da página  ) que
deflete os íons em uma trajetória circular. Íons com diferentes razões carga elétrica/massa
descrevem trajetórias com raios R diferentes e, consequentemente, atingem pontos diferentes
(ponto P) no painel detector. Para selecionar uma velocidade v desejada e para que o íon
percorra uma trajetória retilínea no seletor de velocidades, sem ser desviado pelo campo
magnético do seletor (na figura é representado por e aponta para dentro da página  ), é
necessário também um campo elétrico ( Es ), que não está mostrado na figura. O ajuste dos
sentidos e módulos dos campos elétrico e magnético no seletor de velocidades permite não só
manter o íon em trajetória retilínea no seletor, como também escolher o módulo da velocidade
v . De acordo com a figura e os dados a seguir, qual o sentido do campo elétrico no seletor e o
módulo da velocidade v do íon indicado?

Dados: • Es = 2 500 V/m


• Bs = 5,0 x 10–2 T

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Resposta:

Se ao entrar no espectrômetro o íon é desviado para cima, aplicando a regra da mão direita,
concluímos tratar-se de um íon positivo.

No Seletor esse íon tem trajetória retilínea. Assim, a força magnética, que é para cima, deve
ser equilibrada pela força elétrica, que, então, é dirigida para baixo.

Se o íon é positivo a força elétrica tem o mesmo sentido do campo elétrico.

Conclusão: o campo elétrico E s é para baixo, conforme indicado na figura.


Calculando v:

Dados: Es = 2.500 V/m; Bs = 5  10–2 T.


E 2.500
Fmag = Felet  | q | v B =| q | E  v = =  v = 5  104 m/s.
B 5  10−2

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