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Resistência dos Materiais, 5ª ed.

6 – Flexão

R.C. Hibbeler

©2004 by Pearson Education 6-1


6.1 – Diagramas de Força Cortante e
Momento Fletor
• Vigas: elementos lineares que suportam
cargas aplicadas perpendicularmente ao seu
eixo longitudinal.
• Exemplos: eixo de automóvel, apoio para asa
de avião, lança de guindaste.
• Vigas desenvolvem força cortante e momento
fletor.
Tipos de vigas isostáticas
Determinação da força cortante e
momento fletor máximos
• Determinar valores a uma distância arbitrária.
• Comum localizar a origem na esquerda da viga
• Funções devem ser determinadas para cada
região da viga entre duas descontinuidades da
carga.
Convenção de sinais
Exemplo 6.1 – Traçar os diagramas de
cortante e momento fletor para a viga
6.2 – Método Gráfico para Construir os
Diagramas de Cortante e Momento Fletor
• Regiões de carga distribuída:
M o  0  Vx  M  wx xk x 
 M  M   0
M  Vx  wx k x 
2

   Fy  0 V  wx x
 V  V   0
V   w x x
Dividindo por Δx e calculando o limite quando
Δx→0

  wx 
dV
dx
• Declive do diagrama de cortante em cada
ponto = -intensidade da carga distribuída em
cada ponto.
dM
V
dx

• Declive do diagrama de momento em cada


ponto = cortante em cada ponto.
Relação entre carga-cortante-
momento fletor

• Carga distribuída positiva


→ curva do diagrama de
cortante com declive
negativo
• Declive do diagrama de
momento fletor é igual à
força cortante
Relação entre carga-cortante-
momento fletor

V    wx dx
Mudança de força cortante =
-área sob a carga distribuída

M   V x dx
Mudança de momento fletor
= área sob diagrama de força
cortante
Regiões de Força e Momento Fletor
Concentrados
   Fy  0 V  F  (V  V )  0
V   F
• Quando F atua de cima
para baixo, ΔV é
negativo e a força
cortante “salta” para
baixo.
• Se F atua de baixo para
cima, o “salto” será
para cima.
Regiões de Força e Momento Fletor
Concentrados
M o  0  M  M  M o  Vx  M  0
M  M o
• Quando Mo atua no
sentido horário, ΔM é
positivo, e o diagrama
de momento “salta”
para cima.
• Se M atua no sentido
anti-horário, o “salto”
será para baixo.
Exemplo 6.9 – Desenhar diagramas de
cortante e momento fletor para a viga
6.3 – Deformação por Flexão de um
Membro Reto
• Considerações:
– Viga prismática de material homogêneo
– Vigas com área de seção transversal simétrica com
relação a um eixo.
– Momento fletor
aplicado em torno
de um eixo
perpendicular ao
eixo de simetria
Superfície neutra
• O comportamento de qualquer barra
deformável sujeita a momento fletor faz o
material da parte inferior alongar-se e o da
parte superior comprimir-se.
• Superfície neutra: superfície na qual as fibras
longitudinais do material não sofrem
alteração no comprimento.
Hipóteses – como a tensão deforma o
material
• Eixo longitudinal que fica na superfície neutra
não sofre mudança de comprimento.
• Todas as seções transversais da viga
permanecem planas e perpendiculares ao eixo
longitudinal durante a deformação.
• Qualquer deformação da seção transversal em
seu próprio plano será desprezada.
s  s
  lim
s 0 s
x  s   
s    y  

  lim
  y    
 0   y
 

Distribuição da deformação normal
• A deformação normal
longitudinal varia
linearmente com y a partir
do eixo neutro.
• As fibras acima do eixo
neutro se contraem
• As fibras abaixo do eixo c
neutro se alongam.  máx  y

• A deformação máxima  

ocorre na fibra mais externa.  máx c

Suposições adicionais
• Aplicando somente um momento à viga:
– o momento provoca tensão normal apenas na
direção longitudinal
– Todos os outros componentes de tensão normal
ou cisalhamento são nulos.

x  E x
 y    x
 z    x
6.4 – Fórmula da Flexão
• Equação que relaciona a distribuição da
tensão longitudinal de uma viga ao momento
fletor resultante interno que atua na seção
transversal dessa viga.
• Suposição:
– Material comporta-se de maneira elástica-linear.
c
 máx 

 y
    máx
c

  E

 y
    máx
c
observações
• Se M for positivo (atuando na direção positiva
de z), valores positivos de y resultam em
valores negativos para a tensão normal, ou
tensão de compressão.
• Se M for positivo, valores negativos de y
resultam em valores positivos para a tensão
normal, ou tensão de tração.
Variação da tensão normal na flexão
Localização do eixo neutro
FR   Fx  0  0   dF    dA
A A

 y   máx
0       máxdA   y dA
A c c A

 y dA  0
A

Primeiro momento da
área da seção
transversal deve ser
nulo
dF   dA
Momento interno resultante deve ser igual ao
momento produzido pela distribuição de tensão
em torno do eixo neutro
M R z   M z  M   y dF   y  dA
A A

y 
M   y   máx  dA
A  
c
 máx
M y
2
dA
c A

Momento de inércia dM  y dF
Fórmula da Flexão
• Usada para determinar a tensão normal em um
membro reto com seção transversal simétrica em
relação a um eixo e no qual o momento seja aplicado
no sentido perpendicular a este eixo.

Mc  máx 
 máx  
I c y

My
 
I
Exemplo 6.15 – Determinar tensão máxima absoluta e
desenhar distribuição de tensão na seção de máximo.
6.9 – Concentrações de Tensão
Mc
 máx K
I
A tensão normal máxima em
cada uma das descontinuidades
ocorre na seção de menor área
de seção transversal.

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