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4 - Flexão pura •1- 1

Flexão Pura
Flexão Pura: Elementos
prismáticos submetidos a
momentos fletores M e M’
iguais e opostos atuando
num mesmo plano
longitudinal.
Outros tipos de carregamento
• Carregamento excêntrico: A linha da carga
axial não passa pelo centróide da seção e produz
esforços internos que são equivalentes a uma
força de tração axial e um momento.

• Carregamento transversal: carga transversal


concentrada ou distribuída produz forças
internas equivalentes a uma força de
cisalhamento e um momento.

• Princípio da Superposição: combinação entre a


tensão normal devido à flexão pura, a tensão
normal devido à carga axial e a tensão de
cisalhamento devido a força de cisalhamento.
Barra simétrica em flexão pura
• Forças internas em qualquer seção transversal são
equivalentes ao conjugado M (b). Esforços
internos em seção transversal são equivalentes ao
conjugado.
• De estática, um momento fletor M é composto de
duas forças iguais e opostas.
• A soma das componentes das forças em qualquer
direção é zero.
• O momento fletor é o mesmo em relação à
qualquer eixo perpendicular a seu plano e é zero
em relação a qualquer eixo contido naquele
plano.
Fx    x dA  0
• Expressamos que o sistema das forças
elementares atuantes internas é equivalente ao
M y   z x dA  0
momento fletor M. A distribuição real de tensões
M z    y x dA  M é estaticamente indeterminada e pode ser obtida
apenas pela análise de deformações.
Deformações em flexão pura
Deformações de elemento prismático com um
plano de simetria em flexão pura:
• elemento permanece simétrico
• a linha AB ao longo da qual a face superior da barra
intercepta o plano dos momentos fletores terá curvatura
constante.
• qualquer seção transversal perpendicular ao eixo da barra
permanece plana e o plano da seção passa pelo centro C.

• quando M > 0 a linha AB diminui o comprimento


enquanto A’B’ aumenta o comprimento.
• a superfície neutra mantém o comprimento inalterado e é
paralela às superfícies superior e inferior.

• tensões e deformações são negativas (compressão) acima


do plano neutro e positivas (tração) abaixo.
Deformação devido à flexão
Considere um segmento de barra prismática de
comprimento L.

Após a deformação, o comprimento da


superfície neutra permanece L. Em outras
seções,
L     y 
  L  L     y      y
 y y
x     (deformação varia linearmente)
L  
c c
m  ou ρ 
 m
y
 x   m
c
Tensões e deformações no regime elástico
• Para um material linear
elástico,

y y
 x  E x   E m    m (tensão varia linearmente)
c c

• Para o equilíbrio estático, • Para o equilíbrio estático,


y
 y 
Fx  0    x dA     m dA M     y x dA     y     m  dA
c  c 
m   I
0  y dA M  m  y 2 dA  m
c c c
Momento estático da seção transversal m 
Mc M

em relação à linha neutra é zero, I S
portanto, a superfície neutra deve passar y
Substituindo  x    m
pelo centro geométrico ou centroide da c
seção. My
x  
I
Propriedades das seções de vigas
• A tensão normal máxima ocorre devido à flexão,
Mc M
m  
I W
I  momento de inércia
I
W   módulo de resistência
c
Quanto maior o módulo de resistência menor é a tensão normal
solicitante.
• Considere uma viga de seção retangular,
1 3
I 12 bh 3
W    16 bh  16 Ah
c h 2
Considerando duas vigas com mesma área A de seção transversal,
a que tiver altura h maior terá um módulo de resistência maior e,
portanto, terá maior capacidade para resistir à flexão.
• Os projetos de vigas de aço estrutural propor-cionam valores
altos de I e consequentemente de W.
Propriedades dos perfis de padrão ameriacano
Deformações em uma seção transversal
• Deformação devido ao momento fletor M é quantificado pela
curvatura da superfície neutra

1   1 Mc M
 m  m  
 c Ec Ec I EI

• A seção transversal de uma viga em flexão pura permanece


plana, não excluindo a possibilidade de deformações dentro
do plano da seção.
y y
 y   x   z   x 
 
• Expansão acima da superfície neutra e contração abaixo
dela causa uma curvatura no plano,
1 
  curvatura da superfície neutra
 
Problema resolvido 4.2
SOLUÇÃO:
• Baseado na geometria da seção
transversal, calcular a localização do
centroide e momento de inércia.
Y 
 yA
A

I x   I  A d 2 
• Aplicar a fórmula da flexão elástica
para encontrar as tensões máximas de
tração e compressão.
A peça de máquina de ferro fundido é Mc
atendida por um momento M = 3 kN m. m 
I
Sabendo-se que o módulo de elasticidade E
= 165 GPa e desprezando os efeitos dos • Calcular a curvatura
adoçamentos, determine (a) as tensões 1 M

máximas de tração e compressão, (b) o raio  EI
de curvatura.
Problema resolvido 4.2
SOLUÇÃO:
Baseado na geometria da seção transversal,
calcular a localização do centróide e momento
de inércia.
Area, mm2 y , mm yA, mm3
1 20  90  1800 50 90 103
2 40  30  1200 20 24 103
3
 A  3000  yA  114 10
3
 yA 114  10
Y    38 mm
 A 3000

 
I x   I  A d 2   121 bh3  A d 2 
 12
1 90  203  1800  122    1 30  403  1200  182 
12
I  868  103 mm 4  868  10-9 m 4
Problema resolvido 4.2
• Aplicar a fórmula da flexão elástica para
encontrar as tensões máximas de tração e
compressão.
Mc
m 
I
M c A 3 kN  m  0.022 m  A  76.0 MPa
A  
I 868  109 m 4
M cB 3 kN  m  0.038 m  B  131.3 MPa
B   
I 868  109 m 4
• Calcular a curvatura
1 M

 EI
3 kN  m 1
 20.95 103 m -1
165 GPa  868 10-9 m 4 


  47.7 m
Flexão de Barras Constituidas de Vários Materiais
• Considere uma barra composta por dois
materiais E1 e E2.
• Deformação normal varia linearmente.
y
x  

• Tensões normais variam linearmente
E1 y E2 y
 1  E1 x    2  E2 x  
 
• Eixo neutro não passa pelo centroide da sessão
composta.
• As forças que atuam no elemento são:
Ey E y
dF1   1dA   1 dA dF2   2 dA   2 dA
 
My
x   • Definir uma seção transformada de tal forma que:
I
1   x  2  n x dF2  
 nE1  y dA   E1 y  n dA E
n 2
  E1
Problema Resolvido 4.3
SOLUÇÃO:
• Transformar a barra em uma seção
equivalente feita inteiramente de latão.

• Avaliar as propriedades da seção


transversal da barra transformada.

• Calcular a tensão máxima na seção


transformada. Esta é a tensão máxima
correta para a parte de latão da barra.
Uma barra feita da união de duas peças
de aço (Eaço = 203GPa) e latão (Elatão = • Determine a tensão máxima na parte de
105 GPa). Determinar a tensão aço do barra, multiplicando a tensão
máxima no aço e no latão, quando um máxima para a seção transformada pela
momento M= 4,5 KN.m estiver razão entre os módulos de elasticidade.
aplicado.
Problema Resolvido 4.3
SOLUÇÃO:
• Transformar a barra em uma seção equivalente
feita inteiramente de latão.
Eaço 203 GPa
n   1.933
Elatão 105 GPa
bT  19 mm .(1.933)  36,7 mm

• Calcular o momento de inércia da seção


trasformada.
I  121 bT h 3  121  0,567 m  0,076 m   2.10 6 m 4
3

• Calcular as tensões máximas


Mc  4,5 KN  0,038 m 
m   -6 4
 85,5 MPa
I 2.10 m
 latão  max   m  latão  max  85,5 MPa
 aço  max  n m  1,933  85,5 MPa  aço  max  (1,933)(85,5 MPa)
Vigas de Concreto Armado
• Vigas de concreto submetida a momentos fletores são reforçadas
por barras de aço.
• As barras de aço resistem à carga de tração abaixo da superfície
neutra. A parte superior da viga de concreto resiste à carga de
compressão.
• Na seção transformada, a área transversal do aço, As, passa a ter a
área equivalente nAs onde n = Es/Ec.
• Para determinar a localização do eixo neutro,
 bx  x  n As  d  x   0
2
1 b x2  n As x  n As d  0
2

• As tensão normais no concreto e no aço


My
x  
I
c   x  s  n x
Problema resolvido 4.4
SOLUÇÃO:
• Transformar em uma seção feita
inteiramente de concreto.

• Avaliar as propriedades geométricas


da seção transformada.

• Calcular as tensões máximas no


concreto e no aço.

•A laje de piso de concreto é reforçada com barras de aço 16 mm de diâmetro. O


módulo de elasticidade é de 205 GPa para o aço e 25 GPa para o concreto. Com um
momento fletor aplicado de 4,5 KN.m a cada 300mm de largura da laje, determinar a
tensão máxima no concreto e no aço.
Problema resolvido 4.4
SOLUÇÃO:
• Transformar em uma seção feita inteiramente de
concreto. E s 205 GPa
n   8,2
Ec 25 GPa
2 2
nA s  8,2.(402 mm )  3296 mm
• Avaliar as propriedades geométricas da seção transformada.
x
300 x   3296 100  x   0 x  37,1 mm
2
I  13  300 37,1  3296 100  37,1  18,15.10 mm
3 2 6 4

• Calcular as tensões máximas.


Mc1 4500KN .m  37,1mm
c  
6 4 s c =9, 2 MPa
I 18,15  10 mm
Mc2 ( 4500 KN .m )(62,9 mm )
s  n  8, 2 6 4
s s =127, 9 MPa
I 18,15  10 mm
Concentração de Tensão

Concentrações de tensão pode ocorrer :


• nas proximidades dos pontos onde as
cargas são aplicadas Mc
m  K
I
• nas proximidades de mudanças
abruptas na seção transversal
Deformações Plásticas
• Para qualquer elemento submetido à flexão pura a tensão
varia linearmente com a deformação:
y
x   m
c
• Se o elemento é feito de um material elástico linear, a linha
neutra passa pelo centroide da seção e
My
x  
I
• Para um material com uma curva de tensão-deformação
não-linear, a localização da linha neutra é encontrada através
da expressão:
Fx    x dA  0 M    y x dA

• No caso de elemento que possui planos de simetria vertical e


horizontal, composto de material caracterizado pela mesma
relação tensão-deformação em tração e em compressão a linha
neutra coincidirá com a linha de simetria horizontal da seção.
Deformações Plásticas
• O valor máximo do momento fletor, Ml, provoca falha do
elemento. Esse valor pode ser determinado quando a
tensão máxima é igual à resistência última do material.

• O módulo de ruptura em flexão, RB , é encontrado a partir


de um valor determinado experimentalmente de Ml
considerando uma distribuição linear fictícia de tensões.
Mlc
RB =
I

• RB pode ser usado para determinar o limite de momento


fletor, Ml, de qualquer elemento feito do mesmo material e
com uma seção transversal da mesma forma, mas com
dimensões diferentes.
Barras Constituídas de Material Elastoplástico
• Barra retangular em flexão feita de um material elastoplástico
Mc
x  E m 
I
I
m  E ME   Y  momento elástico máximo
c
• A medida que o momento fletor M aumenta, as zonas
plásticas expandem-se até que, no limite, a deformação é
totalmente plástica.
 2 
y
M 3 M
2 E
 1  1 E  y  metade da espessura do núcleo elástico
3 2  E
 c 
• A medida que yE se aproxima de zero, o momento fletor se
aproxima do valor limite.
Mp  3
2 M E  momento plástico
Mp
k   fator de forma (depende apenas da forma da seção)
ME
Deformações plásticas de barras com único plano de
simetria
• Deformação totalmente plástica de uma viga com apenas
um plano vertical de simetria.
• A linha neutra não pode ser considerada coincidente com
o eixo que passa pelo centroide da seção transversal
quando ela não é simétrica em relação aquele eixo.

• As resultantes R1 e R2 das forças elementares de


compressão e de tração formam um binário.
R1  R2
A1 E  A2 E

A linha neutra divide a seção transversal em partes de


áreas iguais.
• O momento plástico para o elemento é:
Mp  1 
2 A E d 
Tensões Residuais
• Zonas plásticas poderão ser desenvolvidas em uma
barra constituída de material elastoplástico se o
momento fletor for suficientemente grande.
• Como a relação linear entre tensão e deformação
se aplica em todas os pontos na fase de
descarregamento, esta fase pode ser tratada
considerando-se que a seção esteja totalmente no
regime elástico.
• Tensões residuais são obtidas aplicando-se o
princípio da superposição para combinar as tensões
devidas à carga com um momento M (deformação
elastoplástica) e descarga com um momento M’
(deformação elástica).
• O valor final da tensão em um ponto não será, em
geral, igual a zero.
Exemplos 4.05 e 4.06
• Uma barra de seção transversal retangular uniforme é
submetida a um momento fletor M = 36,8 kN.m. A
barra é feita de um material elastoplástico com uma
resistência ao escoamento de 240 MPa e um módulo de
elasticidade de 200 GPa.

• Determine (a) a espessura do núcleo elástico, (b) o raio


de curvatura da superfície neutra.

• Após o carregamento ser reduzido a zero, determine (c)


a distribuição de tensões residuais, (d) o raio de
curvatura.
Exemplos 4.05 e 4.06

• Momento elástico máximo:


I
c
 2
3 bc
2
 3 
2 50  10 3 m 60  10 3 m   2

6 3
 120  10 m

ME 
I
c

 E  120  10
6
m
3
 240MPa 
 28.8 kN  m
Exemplos 4.05 e 4.06

• Espessura do núcleo elástico: • Raio de curvatura:


 2  6
y E 240  10 Pa
M  32 M E  1  13 E  E  
 2  9
 c  E 200  10 Pa

 2  3
y  1.2  10
36.8kN  m  3
2  28.8kN  m   1  1 E
 3 c2 
  E 
yE
yE yE 
  0.666
c 60mm 3
yE 40  10 m
  
3
E 1.2  10
2 y E  80mm
  33.3 m

•4- 28
Exemplos 4.05 e 4.06

• M=0
• M = 36.8 kN.m • M = -36.8 kN.m No limite do núcleo elástico,
Mc 36.8kN  m
y E  40mm  m  
6 3 x
6
 35.5  10 Pa
I 120  10 m x  
 E  240MPa 9
E 200  10 Pa
 306.7MPa  2 E
6
 177.5  10
3
yE 40  10 m
  6
x 177.5  10
  225 m
Carregamento axial excêntrico em um plano de
simetria
• A distribuição de tensões na seção transversal de
uma viga sob carregamento axial pode ser
considerada uniforme somente quando a linha de
ação das cargas passa pelo centróide da seção
transversal
P My
 x    x  centrada    x  flexão  
A I
• Os resultados obtidos são válidos somente quando
• Carregamento excêntrico satisfeitas as condições de aplicabilidade da
FP superposição, ou seja, as tensões envolvidas não
M  Pd devem ultrapassar o limite de proporcionalidade
do material e a seção transversal onde as tensões
são calculadas não devem ser próximas aos pontos
D ou E.
Exemplo 4.07
SOLUÇÃO:
• Encontrar a carga centrada e o
momento fletor equivalentes.

• Sobrepor a tensão uniforme devido à


carga centrada e a tensão linear devido
ao momento fletor.
• Avaliar as tensões máximas de tração e
de compressão da distribuição de
Uma corrente de elos abertos é obtida tensões superpostas nas bordas interna
dobrando-se barras de aço de baixo teor de e externa, respectivamente.
carbono na forma mostrada. Sabendo-se
que a corrente suporta 750 N de carga, • Encontrar o eixo neutro, determinando
determine (a) as tensões máximas de tração o local onde a tensão normal é zero.
e compressão, (b) distância entre o
centróide e a linha neutra da seção.
Exemplo 4.07

• Carga centrada e momento


fletor equivalente.
P  750N
M  Pd   750N  0,016m 
 12N .m
Exemplo 4.07
• Tensão normal devido a uma carga centrada

2

A  c   6  10
3 2
  1,131  10
4 2
m
P 750N
0    4 2  6,63MPa
A 1,131  10 m

• Tensão normal devido ao momento fletor

1 4 1
 3 4
 9 4
I  4 c  4  6  10 m  1,018  10 m

m  

Mc  12N  m  6  10 m
3

70,73 MPa
 9 4
I 1,018  10 m
•4- 33
Exemplo 4.07

• Tensões máximas de tração e de • Localização do eixo neutro


compressão P My0
0 
t  0  m A I
s t =77,36 MPa 9 4
 6,63  70,73 y0 
P I
AM
 6
 6,63  10 N / m  1,018  10
12N  m
m

s c =- 64,10 MPa
c  0  m
y0 =0, 56 mm
 6,63  70,73
Problema resolvido 4.8
As maiores tensões admissíveis para a peça
de ferro fundido são de 30 MPa na tração e
120 Mpa na compressão. Determinar a
maior força P que pode ser aplicada na peça.

SOLUÇÃO:
• Determinar a carga centrada e o momento
fletor equivalente.
• Sobrepor as tensões devido a uma
carga centrada e devido ao momento
fletor.
• Avaliar as cargas críticas para a tração e
Para o problema resolvido para a compressão.
4.2,A  3  10 3 m 2
Y  0.038 m
• A maior carga permitida é a menor das
9 4 duas cargas críticas.
I  868  10 m
Problema resolvido 4.8
• Determinar a carga centrada equivalente e o
momento fletor. d  0.038  0.010  0.028m

P carga centrada
M  Pd  0.028P  momento fletor
• Sobrepor tensões devido a cargas centrada e
momento fletor
A  
P Mc A
 
P

 0.028 P  0.022  377 P
A I 3 103 868 109
P Mc A
B    
P

 0.028 P  0.022  1559 P
A I 3 103 868  109
• Avaliar as cargas críticas de tensões admissíveis.
 A  377 P  30 MPa P  79.6 kN
 B  1559 P  120 MPa P  77.0 kN

• A maior carga admissível P  77.0 kN


Flexão assimétrica
• Análise da flexão pura tem sido limitada a
barras submetidas a momentos fletores
atuando em um plano de simetria.

• Barras permanecem simétricas em relação ao


plano de simetria e flexionadas naquele plano.

• A linha neutra coincide com o vetor do


momento.
• Vamos agora considerar que os momentos
fletores não atuam em um plano de simetria
da barra.

• Não se pode considerar que a barra será


flexionada no plano dos momentos.
• Em geral, o eixo neutro da seção não coincide
com a direção do momento.
Flexão assimétrica
•  y 
0  Fx    x dA      m  dA ou 0   ydA
 c 
eixo neutro passa através do centróide
 y 
M  M z    y   m  dA
A proposta é determinar as condições sob  c 
as quais a linha neutra de uma seção m I
Ou M  I  I z momentodeinércia
transversal de forma arbitrária coincida c
com a direção do momento M
representando os esforços que atuam definir a distribuição de tensões
 y 
naquela seção. 0  M y   z x dA   z    m  dA
 c 
• As forças internas elementares ou0   yzdA  I yz  produto deinércia
formadoras do sistema equivalente
ao momento M, devem satisfazer: o vetor momento fletor M deve
estar direcionado ao longo de um dos eixos
Fx  0  M y M z  M  momentoaplicado
principais da seção transversal.
Flexão assimétrica
• O Princípio da superposição pode ser usado
para determinar tensões no caso mais geral de
flexão assimétrica.
• Decompondo o vetor momento em relação aos
eixos principais, temos:
M z  M cos  M y  Msen
• A distribuição das tensões provocada pelo
momento M original é obtida pela superposição
das distrinuições de tensão: Mzy Myy
x   
Iz Iy
• Ao longo do eixo neutro,
x  0  
Mzy Myy
 
 M cos  y   Msen  y
Iz Iy Iz Iy
y Iz
tan    tan 
z Iy
Exemplo 4.08
SOLUÇÃO:
• Decompor o vetor momento em
componentes ao longo dos eixos
principais e calcular as tensões
máximas correspondentes.
M z  M cos M y  Msen
• Determinar a máxima tensão de
tração provocada pela carga
combinada. M y M z
z y
x  
Um momento de 180 N.m é aplicado a uma Iz Iy
viga de madeira retangular em um plano
• Determine o ângulo da superfície
que forma um ângulo de 30 graus com a
neutra com o plano horizontal.
vertical. Determine (a) atensão máxima na
viga, (b) o ângulo que o eixo neutro forma y I
tan    z tan 
com o plano horizontal. z Iy
Exemplo 4.08
• Decompor o vetor momento e calcular as tensões
máximas correspondentes aos componentes.
M z  180N  m  cos 30  156N  m
M y  180N  m  s e n 30  90N  m
I z  121  0,038m  0,090m   2,31.10 6 m 4
3

I y  121  0,090m  0,038m   0,41.10 6 m 4


3

A maior tensão de tração provocada por M z ocorre ao longo de AB :


M z y 156N  m  0,045m 
1   6 4
 3,0MPa
Iz 2,31.10 m
A maior tensão de tração provocada por M y ocorre ao longo de AD :

2 
M yz

 90N  m  0,019m   4,2MPa
Iy 0,41.10 6 m 4

• A maior tensão de tração provocada pela carga


combinada ocorre em A.
s max =7, 2 MPa
s max =s 1 + s 2 =3, 0 + 4, 2
Exemplo 4.08
• Determine o ângulo do eixo neutro.

Iz 2,31.10 - 6 m 4
tan j = tan q = -6 4
tan30 o
Iy 0, 41.10 m
=3, 25

j =72.9 o
Caso geral de carregamento axial excêntrico
• Considere um elemento reto AB submetido a
forças axiais centradas iguais e opostas.
• A força excêntrica é equivalente ao sistema de
uma força centrada e dois momentos.
P  força centrada

M y  Pa M z  Pb
• Pelo princípio da superposição, a tensão
provocada pelo carregamento é:
P Mzy M yz
x   
A Iz Iy

• Se o eixo neutro se encontra na seção, ele


pode ser encontrado a partir de:
Mz My P
y z
Iz Iy A

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