UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

CAMPUS MINISTRO PETRÔNIO PORTELLA

DEPARTAMENTO DE ESTRUTURAS

Resistência dos Materiais I EC :

Tensões em vigas – Teoria Elástica de Flexão
INTRODUÇÃO

𝑘𝑁
𝑞
𝑚

𝐵
𝐴

𝑞𝐿/2 𝐷𝐹𝐶

− 𝑞𝐿/2

𝐷𝑀𝐹
𝑞𝐿2
8
INTRODUÇÃO
Vigas são assumidas como simétricas em relação ao plano xy;
As cargas devem atuar no plano xy (plano de flexão);
A deflexão é uma curva plana contida no plano de flexão.

Flexão em uma viga engastada (a) viga com carregamento

e (b) curva de deflexão (Gere e Goodno, 2009).
TIPOS DE FLEXÃO

C D

Pa

Viga com região central em flexão pura e extremidades

em flexão simples (Gere e Goodno, 2009).
TIPOS DE FLEXÃO
Flexão Pura: Uma seção está submetida a flexão pura quando ocorre apenas momento
fletor – TRECHO CD.
s
Ms = Pa

Vs = 0
Ms

Flexão Simples: Uma seção está submetida a flexão simples quando ocorre momento fletor
e força cortante – TRECHO AC ou DB.
s
Ms = Px

Vs = P
Ms

Vs
CURVATURA DE UMA VIGA
Linha elástica: é a configuração geométrica de deslocamento vertical do eixo longitudinal da viga.
A curvatura: é uma medida de quão intensamente a viga é flexionada.

O’ – Centro de curvatura;
m1O’ – Raio de curvatura.

Curvatura da viga fletida (a) viga com

carregamento e (b) curva de deflexão (Gere e
Goodno, 2009).
CURVATURA DE UMA VIGA
Linha elástica: é a configuração geométrica de deslocamento vertical do eixo longitudinal da viga.
A curvatura: é uma medida de quão intensamente a viga é flexionada. É a taxa de variação do
ângulo θ com relação ao arco ds medido sobre a linha elástica.
O’ – Centro de curvatura;
m1O’ – Raio de curvatura.
1

ds d
1 d d
ds dx

Curvatura da viga fletida (a) viga com

carregamento e (b) curva de deflexão (Gere e
Goodno, 2009).
CURVATURA DE UMA VIGA
A curvatura: é uma medida de quão intensamente a viga é flexionada.
Linha elástica: é a configuração geométrica de deslocamento vertical do eixo longitudinal da
viga.
O’ – Centro de curvatura;
m1O’ – Raio de curvatura.
1
Curvatura
positiva

ds d
1 d d
ds dx
Curvatura
negativa

Convenção de sinal para curvatura (Gere e

Goodno, 2009).
DEFORMAÇÕES LONGITUDINAIS EM VIGAS

Antes da deformação

Após a deformação

Deformações em uma viga em flexão pura: (a) visão lateral

da viga, (b) seção transversal da viga e (c) viga deformada
(Gere e Goodno, 2009).
DEFORMAÇÕES LONGITUDINAIS EM VIGAS

•Constatações:
-Linhas verticais continuam retas: seções
transversais permanecem planas e
perpendiculares ao eixo deformado (Navier).
-Existem linhas horizontais que aumentam e
outras que diminuem de comprimento, isso
implica que há uma linha cujo comprimento
não se altera.
-Variação de comprimento das linhas:
deformação axial.

Deformações em uma viga em flexão pura: (a) visão lateral

da viga, (b) seção transversal da viga e (c) viga deformada
(Gere e Goodno, 2009).
DEFORMAÇÕES LONGITUDINAIS EM VIGAS

Superfície neutra da viga: Linhas

longitudinais não mudam de
comprimento (Linha ss).

Linha Neutra: Interseção da

superfície neutra com qualquer
seção transversal (eixo z).

Deformações em uma viga em flexão pura: (a) visão lateral

da viga, (b) seção transversal da viga e (c) viga deformada
(Gere e Goodno, 2009).
DEFORMAÇÕES LONGITUDINAIS EM VIGAS

dx d

Lef ( y )d
dx
Lef ( y)
y
Lef dx dx

y
dx
ef
x
L dx
y
x y

Deformações em uma viga em flexão pura: (a) visão lateral

da viga, (b) seção transversal da viga e (c) viga deformada
(Gere e Goodno, 2009).
DEFORMAÇÕES LONGITUDINAIS EM VIGAS
Deformações em uma viga em flexão pura variam linearmente com a distância em relação à
superfície neutra, independentemente da forma da curva de tensão-deformação do material.

x 0 → Alongamento

x 0 → Encurtamento
TENSÃO NORMAL EM VIGAS
x E x

x E y

s c
x
x

x
x
Ms

t
x
LOCALIZAÇÃO DA LINHA NEUTRA
dFx x dA
Fx x dA
x A

x
Fx 0 x dA 0
A
E ydA 0
A
ydA 0
x
A
ydA
A
y yA ydA yA 0 y 0
dA A
A
A linha neutra passa através do centroide da área da seção transversal.
RELAÇÃO MOMENTO-CURVATURA
y dM s x ydA
Ms x ydA
s c
A
x Ms ( Ey )ydA
A
Ms Ey 2dA
Ms A
Ms E y 2dA Iz y 2dA
t A A

Ms EI
1 Ms
Equação momento-curvatura
EI z

EI z Rigidez de flexão da viga

RELAÇÃO MOMENTO-CURVATURA
Momento
fletor
positivo

Curvatura
positiva

Momento
fletor
negativo

Curvatura
negativa

Relações entre sinais de momentos fletores e sinais de

curvatura (Gere e Goodno, 2009).
EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DA TEORIA ELÁSTICA DA
FLEXÃO
y y

s 1 c s 1 t

+Ms: momento -Ms: momento

c1 fletor positivo c1 fletor negativo

O O

c2 +Ms c2 -Ms

2 t 2 c

Ms EI x Ey
1 Ms x
EI z Ey
x Ms Ms
x y Fórmula de flexão
Ey EI z Iz
MÓDULO DE RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
y

s 1 c

+Ms: momento x
c1 fletor positivo

O
c2 +Ms

2 t
x
Ms Ms
Para y = c1 → x c1 Para y = - c2 → x ( c2 )
Iz Iz
Módulo de Ms Ms Módulo de
resistência x x
da seção Z1 Z 2 resistência
Iz Iz da seção
com relação
Z1 Z2 com relação
à c1 c2 à tração
compressão
MÓDULO DE RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
y

s 1 t

-Ms: momento x
c1 fletor negativo

c2 -Ms

2 c
x
( Ms ) ( Ms )
Para y = c1 → x c1 Para y = - c2 → x ( c2 )
Iz Iz
Módulo de Ms Ms Módulo de
x x resistência
resistência Z1 Z 2 da seção
da seção
Iz Iz com relação
com relação Z1 Z2 à
à tração c1 c2
compressão
MÓDULO DE RESISTÊNCIA DA SEÇÃO
FORMAS DUPLAMENTE SIMÉTRICAS
I – Módulo de resistência da seção retangular
bh 3
Iz
12
bh 3
Iz 12 bh 2
Z Z
c h 6
2
II – Módulo de resistência da seção circular
d4
Iz
64
d4
Iz 64 d3
Z Z
c d 32
2 Formas da seção transversal
duplamente simétricas
(Gere e Goodno, 2009).
EXEMPLO 1
5.1-9 (TIMOSHENKO) Determinar a tensão normal máxima devido à flexão para a viga
simples, mostrada na figura, sendo P = 5kN e a seção reta tendo as dimensões dadas no
desenho.
EXEMPLO 2
5.1-2 (TIMOSHENKO) Uma régua de aço fina (E = 210 GPa) cujas dimensões da seção reta
são 0,75 mm x 25 mm e comprimento L = 250 mm é curvada por momentos aplicados nas
extremidades formando um arco circular com ângulo central de 60°. Qual é a tensão máxima
na régua?
REFERÊNCIAS
MASCARENHAS, F. J. de S. Notas de Aula do curso de Resistência dos Materiais I EC.

TIMOSHENKO, S. P. et GERE, J. E. Mecânica dos Sólidos – Vol. I.

GERE, J. M. & GOODNO, B. J. Mecânica dos Materiais, 7ª Edição, 2009.