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EME 311

MECÂNICA DOS SÓLIDOS

Capítulo

4
Capítulo

10 FLEXÃO PURA
EME 311 - MECÂNICA DOS SÓLIDOS
Introdução
Neste capítulo analisaremos as
deformações e tensões em membros
Capítulo prismáticos sujeitos a dois
“conjugados” ou “momentos” iguais e

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de sentidos opostos.

Cada membro é então dito estar sob


flexão pura, conforme figura ao lado.
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Flexão Pura

Capítulo

4
Flexão Pura:
Uma barra sujeita à ação de dois
conjugados iguais e de sentidos
contrários, atuando no mesmo
plano, é chamado de flexão pura.
Bending moment elastic case

Capítulo

4
https://
www.youtube.com/watch?v=asBW0Ojc0bY
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Membro simétrico em Flexão Pura
• As forças internas na seção transversal são
equivalentes a dois conjugados iguais e de
sentidos contrários. O momento M desses
Capítulo conjugados é chamado de momento fletor.

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• Da estática, o binário M resulta de duas forças
iguais e sentidos contrários.
• O somatório das forças em qualquer direção é
zero.
• O momento é o mesmo em relação a qualquer
eixo perpendicular ao seu plano.

• Fazendo o somatório das forças e dos


momentos internos em um elemento qualquer
da seção, tem-se:

Fx    x dA  0
M y   z x dA  0
M z    y x dA  M
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Flexão Pura
• Flexão pura numa barra simétrica com
plano de simetria

Capítulo • A barra flete uniformemente formando um arco

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circular. Para a figura ao lado, o comprimento
da superfície superior diminui e o da superfície
inferior aumenta. As tensões e deformações são
negativas (compressão) acima da superfície
neutra, e positivas (tração) abaixo da superfície
neutra

• Deve-se existir uma superfície paralela a face


superior e a face inferior onde  x e  x se
tornam nulas. Essa superfície é chamada de
SUPERFÍCIE NEUTRA (SN) e está
localizada no CENTRÓIDE da seção
transversal.
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Deformações em barras simétricas na flexão pura
Considere o segmento de viga de
comprimento L.
Capítulo
Após a flexão, o comprimento da

4 superfície neutra mantém o comprimento L.


Em outras superfícies,

L      y 
  L  L     y      y
 y y
x    (deformacao varia linearmente
L  
c c
 max   m  ou ρ 
 m
y
 x   m
c
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Tensão devido à flexão
• Para um material elástico,

y y
 x  E  x   E m    m
Capítulo c c

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(tensao varia linearmente com y)
• No equilíbrio estático,
 y 
 
M   y x dA   y    m  dA
 c 
A tensão normal varia linearmente
com a distância à superfície neutra.
m 2 mIz
M
c 
y dA 
c
m
Mc M
m  
Iz S
x 
Substituindo  m
y c x
My
x  
Iz
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Propriedades da seção transversal da viga

• Máxima tensão devido à flexão


Capítulo

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Mc M
m  
Iz W
I z  momento de inercia da secao
transversal em relacao a linha neutra
Iz
W   modulo de resistencia
c
OBS.:
- O módulo de resistência da peça só depende
da geometria da sua seção transversal.
- Uma seção transversal com maior módulo de
resistência terá uma tensão máxima mais baixa.
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Propriedades da seção transversal da viga

Capítulo • Módulo de resistência para uma viga de

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seção retangular,

1 bh3
Iz 2
12
W   6 bh  16 Ah
1
c h2

OBS:

- Entre duas barras com a mesma área da


seção transversal, a barra com maior altura
será mais resistente à flexão.

- A vigas estruturais são projetadas para


terem um elevado módulo resistente.
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Curvatura da superfície neutra
• Deformação devido ao momento fletor M é
quantificado pela curvatura da superfície neutra.

Capítulo  m  E m
c

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m 

1 m m 1 Mc
  
 c Ec Ec I z
1 M

 EI z
Linha Neutra da
seção transv.
Onde:

1
Curvatura da superfície neutra

EI z Módulo de rigidez à flexão
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Exercício 1
Uma barra de aço  e  250 MPa tem seção transversal retangular de 20 X 60mm
e está sob a ação de dois conjugados iguais e de sentidos contrários que agem em um
plano vertical de simetria da barra. Determine valor do momento fletor que provoca
Capítulo
o escoamento no material da barra

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Exercício 1
Solução

Capítulo

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Exercício 2
Uma barra de alumínio com E=70 GPa tem seção transversal em forma de semi-
circulo, A barra é flexionada até atingir um arco de raio de curvatura igual a 2,5m.
Capítulo
Sabendo-se que a face curva da barra fica voltada pra o centro do arco, determinar

4
a máxima tensão de tração e de compressão na barra.
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Exercício 3
Considere um tubo engastado com seção transversal retangular de uma liga de
alumínio para a qual  e  150 MPa,  U  300 MPa e E  70 GPa . Adotando
Capítulo
C.S.=3,0 . Determine: a) o maior momento fletor possível; b) o raio de curvatura

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correspondente.
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Exercício 3
SOLUÇÃO

Capítulo

4
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Exercício resolvido 4
Uma peça de máquina de ferro fundido de seção transversal em forma de T fica
submetido a um conjugado M de 3 kN-m. Sabendo que E = 165 Gpa, determinar:
Capítulo
(a) a máxima tensão de tração e de compressão;

4
(b) o raio de curvatura da peça fletida.
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Exercício 4
Solução:
* Cálculo do centroide:
Capítulo
Area, mm2 y , mm yA, mm3

4 1 20  90  1800
2 40  30  1200
 A  3000

 yA 114 10
50
20

3
90  103
24  103
 yA  114  10
3

Y    38 mm
 A 3000

* Cálculo do momento de inércia da figura


composta:
  
I x   I  A d 2   12
1 bh3  A d 2 
 
1 90  203  1800 122  1 30  403  1200 182
 12 12

I  868103 mm  86810-9 m 4
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Exercício 4
(a)Cálculo das tensões de tração e compressão.

Capítulo m 
Mc

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I
M c A 3 kN  m  0.022 m  A  76.0 MPa
A  
I 868109 mm4
M cB 3 kN  m  0.038 m
B     B  131.3 MPa
I 868 109 mm4

(b) Cálculo do raio de curvatura da S.N.

1 M

 EI 1
 20.95  103 m -1
3 kN  m 

165 GPa 86810-9 m 4    47.7 m
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ANEXOS
Capítulo

4
Tab1: Posição (x ,y) do Centroide e momento de inércia

Capítulo

4
Tab1: Posição (x ,y) do Centroide e momento de inércia

Capítulo

4
Tab1: Posição (x ,y) do Centroide e momento de inércia

Capítulo

4
Capítulo

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