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DOS
MATERIAIS II
ENGENHARIA CIVIL
Profª Daniele
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REVISÃO ISOSTÁTICA
Calcular os diagramas (momento fletor, esforço cortante e esforço normal). Calcular o
momento máximo da viga.
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REVISÃO RM1
Calcular os momentos de inércia em relação aos eixos baricentrais.
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CAPÍTULO 1 – FLEXÃO PURA NORMAL E OBLÍQUA
1.1- INTRODUÇÃO
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Serão consideradas três premissas:
1ª) O eixo longitudinal que se encontra no interior da superfície neutra não sofre
qualquer mudança de comprimento;
2ª) Todas as seções transversais da viga, inicialmente planas, permanecem
planas após a deformação por flexão.
3ª) Qualquer deformação da seção transversal dentro de seu próprio plano será
desprezada.
Em particular, o eixo z, que se encontra no plano da seção transversal e em torno
do qual a seção transversal gira, é denominado eixo neutro, ou linha neutra.
M eixo principal de inércia
1 Mz
curvatura
E.I z
Onde: = raio de curvatura
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RENDIMENTO GEOMÉTRICO ( )
M .y
Segundo a equação de Navier x z as tensões normais máximas de
Iz
tração e de compressão atuam nos pontos mais distantes da linha neutra, na parte
inferior e na parte superior da seção transversal. Na região próxima à linha neutra as
tensões normais são muito pequenas.
Portanto, a forma ideal da seção transversal sujeita à flexão pura será aquela
onde a maior parte da área está situada nas extremidades superior e inferior onde as
tensões normais são máximas e o mínimo de material na região próxima à linha neutra.
A seção ótima portanto, é aquela que possui o maior módulo de resistência em relação
ao eixo de flexão conforme equação abaixo:
M .y M
x , máx z máx z
Iz Wz
I
Onde: W z z (módulo de resistência à flexão)
y máx
Por isso que a seção I é muito utilizada: tem maior material nas regiões de tração
e compressão e material necessário perto e na linha neutra.
Módulos de resistência à flexão para casos particulares:
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EXERCÍCIOS
1) A viga simplesmente apoiada tem a área de seção transversal mostrada na
figura. Determine a tensão de flexão máxima absoluta na viga. (12,7MPa)
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2) Determine a tensão máxima de compressão e a tensão máxima de tração (MPa).
(591,65MPa; -942,32MPa)
Seção (cm)
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3) Uma viga de madeira, com seção transversal de 30 x 40 cm, pesa 75 kgf/m e suporta
uma carga concentrada de 2000 kgf aplicada na extremidade com sentido de baixo para
cima. Determinar as máximas tensões de flexão numa seção a 2 m da extremidade livre.
(48,125kgf/cm²)
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5) Verificar a viga abaixo. O material é dúctil com tensão de escoamento de 4000
Kgf/cm². O peso próprio do perfil duplo T é 26,3 kgf/m. (887,41kgf/cm² - é estável)
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7) A viga da figura tem área de seção transversal em forma de um canal. Determine a
tensão de flexão máxima que ocorre na seção a-a. (16,2MPa)
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SEÇÕES COMPOSTAS POR MAIS DE UM MATERIAL
Quando uma viga é construída com seção transversal feita de dois materiais
diferentes (com módulos de elasticidade E1 e E2), se um momento fletor for aplicado a
essa viga, então, como ocorre com uma viga de material homogêneo, a área total da
seção permanecerá plana após a flexão e as deformações normais variarão de zero no
eixo neutro a máxima no material mais afastado desse eixo. Desde que o material
apresente um comportamento elástico linear (Lei de Hooke) verifica-se com a
distribuição da tensão em cada material que na junção dos mesmos apesar da
deformação ser a mesma as tensões mudam repentinamente, pois mudam-se também os
módulos de elasticidade. Pode-se, então, aplicar o método da seção transformada que
consiste em “transformar a viga em outra feita de um único material”, aplicando no
material de maior módulo o fator de transformação “n”. Esse fator indica que a seção
transversal com largura b na viga original dever ser aumentada na largura para b 2=nb na
região onde o material 1 está sendo transformado no material 2
E
n 1
E2
onde: E1 = maior módulo de elasticidade.
E 2 = menor módulo de elasticidade.
então:
M .y
x z (para o material de menor módulo)
Iz
M .y
x n. z (para o material de maior módulo)
Iz
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Vigas de concreto armado
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1) Determine a tensão máxima de compressão no concreto e a tensão máxima de tração
no aço (MPa). Dados: Ea=210GPa, Ec=25GPa. (-2,61MPa; 58,19MPa)
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2) Para a seção transversal de uma viga de concreto armado abaixo, submetido a um
momento positivo de 40KNm, determinar as tensões normais máximas no concreto e na
armadura (em MPa). Considerar: a) seção não fissurada. b) seção fissurada. Dados:
Ec=24GPa, Ea=210GPa. (a)-11,52MPa; 78,36MPa; b) -16,88MPa; 323,51MPa)
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3) Para a viga abaixo com seção transversal abaixo, determinar os diagramas de
esforços cortantes e momentos fletores e as tensões normais (em MPa) máxima no perfil
metálico e máxima de compressão no concreto. (71,08MPa; -3,67MPa)
OBS: - Desprezar o concreto à tração.
- Considerar no concreto seção não fissurada
- A carga passa no centro e normal à seção.
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4) Para a viga mista concreto-aço abaixo, determinar as tensões normais máximas de
tração e compressão (MPa). (34,64MPa; -2,20MPa)
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5) A viga de concreto armado é feita com duas hastes de reforço de aço. Se a tensão de
tração admissível para o aço for (σaço,adm=280MPa) e a tensão de compressão admissível
para o concreto for (σconcr,adm=21MPa), determine o momento máximo M que pode ser
aplicado à seção (considerando a seção fissurada). Considere que o concreto não pode
suportar uma tensão de tração. E aço=200GPa, Econcr=26,5GPa. (127,98 kN.m)
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1.3 – FLEXÃO PURA OBLÍQUA/ FLEXÃO ASSIMÉTRICA
(* Quando M não coincide com os eixos principais de inércia)
Às vezes, um elemento pode ser carregado de tal modo que o momento interno
resultante não esteja em torno d um dos eixos principais de inércia da seção transversal.
Quando isso ocorre, o momento deve ser decomposto em componentes dirigidas ao
longo dos eixos principais. Então, a fórmula da flexão pode ser usada para determinar a
tensão normal provocada por cada componente do momento. Por fim, a tensão normal
resultante pode ser determinada usando o princípio da superposição.
No exemplo da figura é considerada uma viga de seção transversal retangular e
está sujeita a um momento M que forma um ângulo θ com o eixo principal z.
Consideraremos que θ é positivo quando estiver direcionado do eixo +z para o eixo +y,
conforme mostra a figura e o eixo x será sempre direcionado saindo da seção. Em (a),
(b) e (c) é demonstrada a decomposição do Momento M. E em (d), (e) e (f) são
demonstrados os efeitos das tensões de cada caso acima.
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Equação geral
M z . y M y .z
x
Iz Iy
CONVENÇÃO POSITIVA
PARA: M z , M y , e para os
eixos y e z
Iz
Linha neutra: tg .tg
Iy
OBS: A linha neutra passa por G e se situa entre M e o eixo de menor inércia
da seção transversal.
EXERCÍCIOS
c t
1) Para a viga abaixo determinar a linha neutra, máx , máx (MPa).
(31,5MPa; -31,5MPa)
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2) Uma viga inclinada, simplesmente apoiada, com seção transversal indicada
abaixo, deve vencer um vão de 4m e resistir à uma carga uniformemente distribuída de
10KN/m, incluindo seu peso próprio, aplicada como mostra a figura. Determinar as
tensões máximas normais de tração e de compressão (em MPa) que atuam na viga.
(53,64MPa; -53,64MPa)
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3) Uma viga inclinada, simplesmente apoiada, com seção transversal indicada abaixo,
deve vencer um vão de 5m e resistir a uma carga uniformemente distribuída de 2KN/m,
incluindo seu peso próprio, aplicada como mostra a figura. Determinar a linha neutra e
as tensões máximas normais de tração e de compressão (em MPa) que atuam na viga.
(97,76MPa; -116,32MPa)
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4) A seção transversal retangular da figura está sujeita a um momento fletor
M=12KN.m. Determine a tensão normal desenvolvida em cada canto da seção e
especifique a orientação do eixo neutro.
(2,25MPa; -4,95MPa; -2,25MPa; 4,95MPa; -79,4º)
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5) Uma viga T está sujeita a um momento fletor de 15KN.m, como mostra a figura.
Determine a tensão normal máxima na viga e a orientação do eixo neutro.
(-90,3MPa; 68,6º)
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CAPÍTULO 2 – DESLOCAMENTOS VERTICAIS EM VIGAS ISOSTÁTICAS
d ². y( x)
EI M ( x)
dx
EXEMPLO
a)
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b)
P
y( x ) (3l ² x 4 x ³) para 0 x L/2
48.E.I LN
c)
M
y( x) (l ² x x ³) para 0 x L
6.E.I LN .l
EXERCÍCIOS
1) Para a viga abaixo determinar y A (mm). E 210GPa
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2.2 – ANALOGIAS DE MOHR
a)
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b)
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c)
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d)
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e)
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EXERCÍCIOS
1) Para a viga abaixo, determinar o deslocamento vertical em A e B, utilizando:
a)Equação diferencial de linha elástica;
b)As analogias de Mohr.
OBS: E=210GPa. (5,236cm; 13,091cm)
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2) Para a viga abaixo, determinar o deslocamento vertical em B, utilizando:
a)Equação diferencial de linha elástica;
b)As analogias de Mohr.
Resp: (PL³/(3EI))+(qL4/(8EI))
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3) Para a viga mista concreto-aço abaixo, determinar a flecha no centro da viga (cm), e
as tensões normais máximas no aço e no concreto. (0,74cm; 75,96MPa; -4,83MPa)
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CAPÍTULO 3 – FLEXÃO COMPOSTA (N+M)
N
Nx x
A
Mz Mz M
x . y y .z
My Iz Iy
Nx M z My
x .y .z
A Iz Iy
No G (z=0 e y=0)
N
xG na flexão composta a linha
A
neutra não passa por G.
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EXERCÍCIOS
1) Determinar as tensões máximas de tração e compressão para a seção dada.
(2,624MPa; -4,124MPa)
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2) Determinar o ponto de aplicação da força axial resultante excêntrica P, de
tração, que provoque uma linha neutra conforme se observa na seção transversal do
pilar abaixo. (1,384cm; 9,004cm)
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3) Determinar as tensões máximas de tração e compressão que ocorrem na seção
transversal do pilar abaixo. Resposta em MPa. Determinar a posição da linha neutra.
(-35MPa; 25MPa)
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4) O bloco retangular de peso desprezível mostrado na figura está sujeito a uma força
vertical de 40 kN aplicada em seu canto. Determine a distribuição da tensão normal que
age sobre uma seção que passa por ABCD (tensões causadas pelo esforço normal e
momentos individuais e ação conjunta em cada ponto).
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3.3 – NÚCLEO CENTRAL DE INÉRCIA
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EXERCÍCIOS
1)Determinar a máxima altura da água h para que haja estabilidade da barragem
de gravidade abaixo:
solo solo
DADOS: concr 2,5tf / m³ ; água 1, 0tf / m ³ ; t 0 ; c 4 Kgf / cm²
(8,29m)
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2) Para a barragem de gravidade abaixo, determinar:
a) as tensões máximas de tração e compressão (Kgf/cm²) que atuam na base,
mantendo a altura da barragem de 10m. (8,61kgf/cm²; -13,6kgf/cm²)
b) a altura máxima que a água deve atingir para que não haja tensão de tração
entre a base da barragem e o solo. (6,08m)
água 1tf / m³
Adotar: e concreto 2,5tf / m ³
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3) Qual deve ser a máxima altura de água “h” da barragem de gravidade, cuja
seção transversal está representada abaixo, de forma que não haja tensão normal de
tração entre a base da barragem e o solo. Adotar γágua=10KN/m3 , γsolo=15KN/m3 e
γconc.=25KN/m3. (13,74m)
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CAPÍTULO 4- CISALHAMENTO
V
A
Deformação no cisalhamento
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Sabendo-se que: E.
E
Por analogia: , ou ainda: G
G
Distorções angulares ( )
xy xz yz
xy ; xz ; yz
G G G
Onde:
E
G = módulo de elasticidade transversal
2(1 )
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4.1.2.2– Ligação com uma placa de cobertura
Cada rebite proporciona uma seção resistente.
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4.1.3.2 – Compressão nas paredes dos furos
Para que não ocorra ruptura, a tensão de compressão nas paredes dos furos deve
ser inferior à tensão admissível à compressão (σc ≤ σadm,c). A compressão exercida pelo
rebite na parede tem distribuição não uniforme e atua num semicírculo de altura “e” e
diâmetro “d”. A tensão de compressão nas paredes dos furos é dada por:
P
C
n. A
Onde:
n = o número de rebites;
A = a área resistente à compressão; Para ficar a favor da segurança, normas
recomendam que se adote A = d.e, sendo “e” a espessura da chapa em condições mais
desfavoráveis.
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P
t
A
Onde:
A representa a área da seção transversal da chapa descontadas as áreas dos furos.
EXERCÍCIOS
1) Um bloco retangular é feito de material que tem módulo de elasticidade transversal
de 600 MPa. O bloco é colado a duas placas horizontais rígidas. A placa inferior é fixa e
a superior é submetida à uma força P. Sabendo-se que a placa superior se move 0,8 mm
sob a ação da força, determine: (a) a deformação de cisalhamento no material, (b) a
força P que atua na placa superior. (R: 0,02; 96000N)
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2) Determinar o diâmetro do parafuso da ligação representada na figura e seus
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6) Verifique se a ligação rebitada abaixo foi projetada corretamente.
Dados:
τadm = 100 MPa
σadm,c = 180 MPa
σadm,t = 150 MPa
P = 40 kN
drebites = 1,27 cm
(R: Sim)
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4.2 – CISALHAMENTO EM VIGAS (M+V)
4.2.1 – Introdução
Uma seção transversal está sujeita ao cisalhamento, quando sobre ela atua um
esforço cortante, que é a força resultante das forças que atuam na direção paralela a
seção transversal da estrutura.
O esforço cortante provoca no interior da estrutura tensões do tipo tangenciais
ou de cisalhamento, de tal forma que cumpra a seguinte equação:
V .dA
A
Esta equação deve ser expressa utilizando a direção dos eixos principais de
inércia da seção transversal onde atua o esforço cortante, dando origem então às
seguintes equações:
V y xy .dA
Vz xz .dA
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4.2.2 – Teoria elementar do cisalhamento
Supõe-se uma viga sujeita à flexão simples, ou seja, com esforços combinados
de momento fletor e força cortante.
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4.3.1 – FLUXO DE CISALHAMENTO (q)
VS
q
I
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Onde:
q = fluxo de cisalhamento
V = força cortante
S = momento estático
I = momento de inércia
q VS
med med
b Ib
V y .S zA*
xy
I z .l AB
l AB comprimento de material da seção transversal relativa a fibra paralela a
LN.
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S zA* momento estático da menor área acima ou abaixo a fibra AB em relação
V z . S yA *
xz
I y .l AB
4.4 – LIGAÇÕES
Na prática da engenharia, às vezes são construídas estruturas compostas por
várias partes para se obter maior resistência às cargas. Se as cargas provocarem flexão
nas partes componentes, pode ser necessário utilizar elementos de fixação como pregos,
parafusos, materiais de soldagem ou cola para evitar o deslizamento relativo dessas
partes.
As ligações executadas em elementos estruturais submetidos a cisalhamento
podem ser divididas em dois tipos:
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Utilizando a fórmula do cisalhamento esta solda é calculada da seguinte forma:
V y .S zA*
lig lig
I z .l AB
VS
q fluxo de cisalhamento
I
V y .S zA* .L
F
Iz
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L
esp espaçamento entre os pregos
n lig
Recordar que uma seção sujeita ao momento fletor, as tensões normais ( ) são
máximas nas extremidades superiores e inferiores, e mínimas na linha neutra.
DETERMINAÇÃO DE Flig :
circ 4 F lig
MÁX . lig
3 A
3. A. lig
F lig
4
* SEÇÕES PARTICULARES
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EXERCÍCIOS
1) Para a viga de madeira abaixo determinar:
a) a tensão tangencial máxima que atua na madeira (MPa).
b) a tensão tangencial máxima que atua na ligação colada (MPa).
c) o consumo e espaçamento entre os pregos no trecho BC da viga, sabendo-se
que o diâmetro do prego ( P ) é igual a 2,5mm e 70 MPa .
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2) Para a viga de madeira abaixo:
a) Projetar a ligação pregada. Vadm, prego 0,5 KN
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3) Calcular as tensões de cisalhamento nas posições indicadas na seção transversal para
uma força cortante de 10 tf, sendo a seção constante ao longo da peça. Resposta em
kgf/cm². (0; 1,82kgf/cm²; 3,125kgf/cm²; 3,91kgf/cm²; 4,167kgf/cm²)
4) Sabendo-se que as peças da viga de madeira abaixo são unidas por pregos espaçados
a cada 2,5 cm e que a viga está submetida a uma força cortante de 500 N, determine a
força cortante em cada prego. (46,3N)
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5) Sabendo-se que na seção transversal dada abaixo atua uma força cortante de 3 kN e
que a mesa é unida à alma através de pregos que suportam 700 N (carga admissível ao
cisalhamento), pede-se o espaçamento entre os pregos. (4,3cm)
6) Sabendo-se que os parafusos usados na viga abaixo apresentam uma força admissível
ao cisalhamento de 2250 N, pede-se o espaçamento entre os parafusos. (8,4cm)
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CAPÍTULO 5 – TORÇÃO
Torque é um momento que tende a torcer um elemento em torno do seu eixo
longitudinal.
Considere-se uma barra engastada numa extremidade e solicitada na outra, por
um binário (de momento) de forças situadas no plano da seção transversal. Diz-se que
essa barra está submetida à torção.
Efeitos de torção:
- Produzir um deslocamento angular de uma seção transversal em relação à
outra;
- Originar tensões de cisalhamento nas seções transversais da barra.
T .L
ângulo de deformação por torção
G. I t
Obedece a Lei de Hooke
G módulo de elasticidade transversal
Considerações adicionais:
As seções transversais nas extremidades do eixo continuam planas;
As linhas radiais nessas extremidades do eixo continuam retas durante a
deformação;
Devido as observações anteriores, podemos considerar que, se o ângulo de
rotação for pequeno, o comprimento e o raio do eixo permanecerão inalterados.
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5.1 - SEÇÃO CIRCULAR
Onde:
.R 4 .D 4
It momento de inércia à torção
2 32
T .L
ângulo de deformação por torção
G. I t
E
G módulo de elasticidade transversal
2(1 )
ba
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Valores de , , em função de b
a
b 1,0 1,2 1,5 1,75 2,0 4,0 8,0 20,0
a
0,208 0,219 0,231 0,239 0,246 0,282 0,307 0,333 0,333
0,141 0,166 0,196 0,214 0,229 0,281 0,307 0,333 0,333
1,00 0,932 0,859 0,820 0,795 0,745 0,742 0,742 0,742
T .Re
1
It
T .Ri
2
It
T .L
G. I t
.Re 4 .Ri 4 4 4
Onde: I t I t ( Re Ri )
2 2 2
T .L
G.I t
1 n
Onde: I t bi .ai ³
3 i 1
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5.5 – SEÇÃO FECHADA DE PAREDE FINA (PERFIS METÁLICOS)
T .L 4.( A*)²
Onde: I t
G. I t dS
S t S
E=210GPa
T=5KNm
0,3
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2) Seção fechada
3) Seção retangular
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5) Seção circular vazada – De =30cm e área de material igual a área da seção
circular cheia do exercício 4.
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9) Qual é o maior momento de torção que pode ser aplicado ao eixo circular vazado
abaixo para que as tensões de cisalhamento não excedam a 120 MPa? Qual o
valor mínimo da tensão de cisalhamento para este caso? (4,08kNm; 80MPa)
11) Entre as seções transversais abaixo, (a) e (b), qual delas seria a solução mais
econômica quando solicitada à torção pura? Justifique.
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12) Para a seção abaixo, determine a tensão tangencial nas hastes da célula.
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14) O eixo é composto por três tubos concêntricos, todos do mesmo material, e cada
um com os raios internos e externos mostrados na figura. Se for aplicados um
torque T=800Nm ao disco rígido preso à sua extremidade, determine a tensão de
cisalhamento máxima no eixo. (11,9MPa)
15) O conjunto é composto por duas seções de tubo de aço galvanizado interligadas
por uma redução em B. O tubo menor tem diâmetro externo de 18,75mm e
diâmetro interno de 17mm, enquanto o tubo maior tem diâmetro externo de
25mm e diâmetro interno de 21,5mm. Se o tubo estiver firmemente preso à
parede em C, determine a tensão de cisalhamento máxima desenvolvida em cada
seção do tubo quando o conjugado mostrado na figura for aplicado ao cabo da
chave. (62,55MPa; 18,89MPa)
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16) O eixo maciço tem diâmetro de 50mm e tensão de cisalhamento admissível
τadm=6MPa. Determine o maior torque T1 que pode ser aplicado ao eixo se ele
também estiver sujeito a outros carregamentos de torção. Exige-se que T1 aja na
direção mostrada. Determine também a tensão de cisalhamento máxima no
interior das regiões CD e DE. (215Nm; 4MPa; 2,58MPa)
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CAPÍTULO 6 – SOLICITAÇÕES MÚLTIPLAS
6.1 – INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão estudadas as tensões resultantes, normais e tangenciais, que
atuam em um ponto qualquer da estrutura que está sujeita a todos os esforços internos
possíveis, que são:
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2) Para a estrutura abaixo, determinar as tensões principais ( máx e min ) e máxima de
cisalhamento ( MÁX ) nos pontos A,B e G (em MPa).
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3) Para a estrutura abaixo, determinar as tensões principais ( máx e min ) e máxima de
cisalhamento ( MÁX ) nos pontos A, B, C e G (em MPa) da seção transversal da base do
pilar.
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BIBLIOGRAFIA E REFERÊNCIAS
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