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Resistência do Materiais

Flexão, tensão e flambagem

Flexão pura reta - Flexão pura refere-se à flexão na viga submetida


a um momento fletor constante. Portanto, a flexão pura ocorre
apenas em regiões da viga em que a força de cisalhamento é zero.

M1 M1
Flexão pura reta e Flexão oblíqua

Viga AB biapoiada submetida a dois momentos M1 com a mesma


magnitude, mas em direções opostas. Essas cargas produzem um
momento fletor constante ao longo da viga. Observe que a força
de cisalhamento é nula em todas as seções transversais da viga.
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Flexão, tensão e flambagem

Por sua vez, a flexão pura reta ocorre quando o Plano de


Solicitações (PS) contém um dos eixos principais centrais de inércia
da seção.

M1 M1
Flexão pura reta e Flexão oblíqua

Viga engastada submetida a um momento M na extremidade livre.


Não existem forças de cisalhamento nessa viga, e o momento
fletor M é constante ao longo de seu comprimento.
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Flexão, tensão e flambagem

Flexão composta reta - quando existe, além do momento fletor,


uma força normal (de tração ou compressão) atuando em uma
peça, pode-se escrever a tensão normal total (s) na seção
transversal, considerando-se o princípio da superposição dos
efeitos, com a seguinte equação:

𝑁 𝑀
𝜎= + 𝑦
𝐴 𝐼
Em que:
s é a tensão normal atuante na seção transversal
A é a área da seção transversal
N é o esforço normal atuante
M é o momento fletor aplicado
I é o momento da inércia
y é a ordenada medida em relação ao centroide da seção
Resistência dos Materiais
URCA 2018 Prefeitura de Mauriti Um material elástico é empregado para confeccionar uma viga
de largura 12cm e seu carregamento segue indicado na figura a seguir. Considerando que o material
apresenta tensão admissível de 12Mpa, a altura mínima para essa viga é, aproximadamente, em cm:
A) 25
B) 39
C) 45
D) 49
E) 55
Resistência dos Materiais
URCA 2018 Prefeitura de Mauriti Um material elástico é empregado para confeccionar uma viga
de largura 12cm e seu carregamento segue indicado na figura a seguir. Considerando que o material
apresenta tensão admissível de 12Mpa, a altura mínima para essa viga é, aproximadamente, em cm:
A) 25
B) 39 C!
C) 45
D) 49
E) 55
𝑀
𝜎= 𝑦
𝐼
37,5
12 𝑥 106 = 3
(ℎ/2)
0,12 ℎ /12
ℎ = 39 𝑐𝑚
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Flexão, tensão e flambagem

Flexão composta: Atuação conjunta da força normal e do momento Compressão simples = N


fletor na seção, podendo receber as denominações flexocompressão ou Flexão Composta Plana = M +N
flexotração. Flexão Obliqua = Mx+ My
Flexão composta normal, reta ou plana: quando as excentricidades
forem iguais a zero ou desprezíveis: a resultante dos momentos na
seção tem componentes apenas em reação a um dos eixos principais.
Flexão composta oblíqua: A resultante dos momentos fletores na seção
tem componentes segundo os dois eixos principais;
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Flexão, tensão e flambagem

Isostática - Esforços solicitantes

Os esforços solicitantes são as forças e os momentos que aparecem


nas seções de corpos rígidos em equilíbrio. Os esforços internos
solicitantes ou efeitos internos são classificados em:

1. Força normal (N), perpendicular à seção;


2. Força cortante (V), no plano da seção;
3. Momento fletor (M), no plano perpendicular à seção;
4. Momento torsor (T), no plano da seção.
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Flexão, tensão e flambagem

Esforços solicitantes

Esforço normal (N) - É a componente da força que age perpendicular


à seção transversal. Se for dirigida para fora do corpo, provocando
alongamento no sentido da aplicação da força, produz esforços de
tração. Se for dirigida para dentro do corpo, provocando encurtamento
no sentido de aplicação da força, produz esforços de compressão. As
forças normais são equilibradas por esforços internos resistentes e se
manifestam sob a forma de tensões normais (força por unidade de
área).
O esforço normal tende a afastar (tração – positivo) ou aproximar
(compressão – negativo) as partes do corpo na direção perpendicular à
superfície de corte.
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Flexão, tensão e flambagem

Esforço cortante (V) - É componente da força, contida no plano da


seção transversal que tende a deslizar uma porção do corpo em
relação à outra, provocando corte (deslizamento da seção em seu
plano). As tensões desenvolvidas internamente que opõem
resistência às forças cortantes são denominadas tensões de
cisalhamento ou tensões tangenciais (força por unidade de área).

O esforço cortante tende a deslizar relativamente às partes do corpo


numa direção paralela à superfície virtual de corte. É positivo
quando tenta girar a peça no sentido horário e negativo quando tende
a girar a peça no sentido anti-horário.
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Flexão, tensão e flambagem

Momento fletor (M) - Um corpo é submetido a esforços de flexão


quando solicitado por forças que tendem a dobrá-lo, fleti-lo ou mudar
sua curvatura. O momento fletor age no plano que contém o eixo
longitudinal, ou seja, perpendicular à seção transversal.
O momento fletor tende a girar relativamente as partes do corpo em
torno de um eixo paralelo à superfície virtual de corte. É positivo quando
traciona as fibras inferiores e é negativo quando traciona as fibras
superiores.
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Flexão, tensão e flambagem

Momento torsor (T) - A componente do binário de forças que tende


a girar a seção transversal em torno do eixo longitudinal é chamada
momento de torção.
O torsor tende a girar relativamente às partes do corpo em torno da
direção perpendicular à superfície virtual de corte. O torsor é
considerado positivo quando sai da seção e é negativo em caso
contrário.
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Flexão, tensão e flambagem

RESUMO DAS CONVENÇÕES DE SINAIS


Esforços
Sinal positivo (1) Sinal negativo (2)
solicitantes
Força normal
Traciona a barra Comprime a barra
(N)
Gira o trecho de barra em
Força cortante Gira o trecho de barra em que atua
que atua no sentido anti-
(V) no sentido horário
horário
Momento Traciona as fibras inferiores da Traciona as fibras
fletor (M) barra superiores da barra
Quando o vetor T entra
Quando o vetor T sai da seção
Torsor (T) na seção transversal de
transversal de corte
corte
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Esforços Solicitantes

Roteiro para cálculo de esforços solicitantes em determinada seção de


uma estrutura plana

1. Cálculo das reações de apoio.


2. Cortar a estrutura, na seção, onde se deseja encontrar os esforços
solicitantes, colocando os esforços solicitantes, isto é, as incógnitas, com seu
sentido positivo.
3. Escolher uma das partes da estrutura, para os cálculos e, se necessário,
concentrar os carregamentos uniformemente distribuídos no centro dos
trechos carregados e/ou decompor cargas inclinadas.

Aplicar, na parte escolhida, as três equações de equilíbrio:

Σ Fh = 0
Σ Fv = 0
Σ Mo = 0

Obtendo da solução do sistema de equações resultantes os esforços


solicitantes nesta seção.
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Diagrama de esforços solicitantes

❑ Diagrama de esforços solicitantes são diagramas que representam a variação


dos esforços solicitantes ao longo da estrutura.

❑ Esses diagramas são construídos sobre o eixo da estrutura, representando suas


abscissas, tendo em cada seção, representado nas ordenadas, o valor do esforço
solicitante considerado.

Diagrama de momento fletor

𝑞𝑙 𝑞𝑥 2
𝑀= 𝑥 −
2 2
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Diagrama de esforços solicitantes

❑ Diagrama de esforços solicitantes são diagramas que representam a variação


dos esforços solicitantes ao longo da estrutura.

❑ Esses diagramas são construídos sobre o eixo da estrutura, representando suas


abscissas, tendo em cada seção, representado nas ordenadas, o valor do esforço
solicitante considerado.

Diagrama de força cortante

𝑞𝑙
𝑉 = − 𝑞𝑥
2
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Diagrama de esforços solicitantes

❑ Diagrama de esforços solicitantes são diagramas que representam a variação


dos esforços solicitantes ao longo da estrutura.

❑ Esses diagramas são construídos sobre o eixo da estrutura, representando suas


abscissas, tendo em cada seção, representado nas ordenadas, o valor do esforço
solicitante considerado.

Diagrama do esforço normal

𝑁=0
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Flexão, tensão e flambagem

Tipos de apoios ou vínculos


As estruturas, de forma geral, podem apresentar três tipos de
apoios ou
vínculos: apoio móvel, apoio fixo e engastamento.
Apoio Móvel
Apoio Móvel
✓ Impede movimento na direção normal (perpendicular) ao
plano
✓ do apoio;
✓ Permite movimento na direção paralela ao plano do apoio;
✓ Permite rotação.
Apoio fixo
Apoio fixo - Impede movimento na direção normal ao plano
do apoio.

Engastamento
✓ Impede movimento na direção normal ao plano do apoio;
✓ Impede movimento na direção paralela ao plano do apoio;
✓ Impede rotação.
Engaste
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Classificação das estruturas

Estruturas hipostáticas - Estruturas hipostáticas são aquelas cujo número de reações


de apoio ou vínculos é inferior ao número de equações fornecidas pelas condições de
equilíbrio da estática.
A figura a seguir ilustra um tipo de estrutura hipostática. São duas as incógnitas:
RA e RB. Esta estrutura não possui restrição a movimentos horizontais.
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Classificação das estruturas

Estruturas isostáticas - Estruturas isostáticas são aquelas cujo número de reações


de apoio ou vínculos é igual ao número de equações fornecidas pelas condições de
equilíbrio da estática.
No exemplo da estrutura da figura, as incógnitas são três: RA, RB e HA.
Esta estrutura está fixa; suas incógnitas podem ser resolvidas somente pelas
equações fundamentais da estática.
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Classificação das estruturas

Estruturas hiperestáticas - Estruturas hiperestáticas são aquelas cujo número de reações de


apoio ou vínculos é superior ao número de equações fornecidas pelas condições de equilíbrio da
estática.

Um tipo de estrutura hiperestática está ilustrado na figura a seguir. As incógnitas são quatro:
RA, RB, HA e MA.

✓ As equações fundamentais da estática não são suficientes para resolver as equações de


equilíbrio.
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Classificação das estruturas

Estruturas isostáticas e hiperestáticas - Momentos de Engastamento Perfeito


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VUNESP 2021 Eng CODEN A viga biapoiada da figura está submetida a uma carga
uniformemente distribuída de 10 kN/m, conforme ilustra a figura. O momento fletor máximo,
em kNm, é:
a) 45.
b) 65.
c) 85.
d) 95.
e) 105.
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VUNESP 2021 Eng CODEN A viga biapoiada da figura está submetida a uma carga
uniformemente distribuída de 10 kN/m, conforme ilustra a figura. O momento fletor máximo,
em kNm, é:
a) 45.
b) 65.
c) 85.
d) 95. C
e) 105. C! RA RB

Equilíbrio de forças na vertical:

RA+RB=10⋅6

RA=RB=30 kN

SMC=30⋅5 − 10⋅3⋅1,5=105 kN
Resistência do Materiais
VUNESP 2021 Eng CODEN De acordo com a figura, para o projeto de uma ponte com 27 m de
vão considerou-se uma carga móvel composta por 3 cargas concentradas iguais de P = 200 kN e
uma carga permanente uniformemente distribuída de 40 kN/m. O momento fletor no ponto C,
em kNm, é:
a) 5 980.
b) 6 540.
c) 7 270.
d) 7 690.
e) 8 120.
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VUNESP 2021 Eng CODEN De acordo com a figura, para o projeto de uma ponte com 27 m de
vão considerou-se uma carga móvel composta por 3 cargas concentradas iguais de P = 200 kN e
uma carga permanente uniformemente distribuída de 40 kN/m. O momento fletor no ponto C,
em kNm, é:
a) 5 980.
b) 6 540. C!
c) 7 270.
d) 7 690.
e) 8 120.

SMA=Vb x 27 - 40 x 27 x13,5 − 200 (16,5+18+19,5) = 0

Vb = 940 Kn

SMC = 940 x 9 -40 x 9 x 4,5 – 200 x 1,5 = 6540 kN


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Flambagem e Carga crítica de Euler

Elementos estruturais compridos e esbeltos, sujeitos a uma


força de compressão axial são denominados colunas.

Uma coluna ideal é uma coluna perfeitamente reta antes da


carga. A carga é aplicada no centroide da seção transversal.
A deflexão lateral que ocorre é denominada flambagem.

A carga axial máxima que uma coluna pode suportar


quando está na iminência de sofrer flambagem é
denominada carga crítica, Pcr.

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