Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apresentação
Nesta Unidade de Aprendizagem veremos o que são vigas, como é o seu comportamento e como
são traçados os diagramas referentes ao esforço normal, esforço cortante e momento fletor.
Bons estudos.
Boa leitura.
TEORIA DAS
ESTRUTURAS
Introdução
Neste capítulo, você vai ver como identificar e projetar uma viga para
que ela possa resistir aos esforços solicitantes provocados pelas cargas
aplicadas perpendicularmente ao seu eixo longitudinal. Por meio da
resolução das equações de equilíbrio, você pode desenvolver o projeto
de uma viga prismática e construir os diagramas dos esforços solicitantes
internos.
Conceito de vigas
Vigas são elementos estruturais constituídos de uma barra horizontal, na qual
a dimensão longitudinal predomina sobre as demais dimensões, como você
pode ver na Figura 1.
78 Vigas I
Figura 1. Viga.
Esforços solicitantes
O projeto de uma viga tem o objetivo de determinar uma seção transversal
que atenda às condições de resistência aos esforços internos provocados pelas
cargas aplicadas. Também é necessário haver inércia suficiente para vencer
os vãos entre os apoios.
Os esforços internos solicitantes, ou somente esforços solicitantes, são
esforços que surgem na seção transversal de uma viga. Eles são provocados
pelas cargas aplicadas, pelo comprimento dos vãos entre os apoios e pela
inércia, para limitar as deformações.
80 Vigas I
Para determinar o valor dos esforços internos nas vigas, você deve utilizar
as equações de equilíbrio da estática para as vigas isostáticas, ou seja, vigas
que possuem o número de reações de apoio igual ao número de equações.
Devido à aplicação das cargas, a viga sofre deformação. Você pode observar
que os esforços externos (cargas e reações de apoio) estão atuando apenas
em algumas seções da viga, porém todas as suas infinitas seções sofrem
deformação. Como as deformações ocorrem ao longo de toda a viga, você
pode concluir que os esforços internos são responsáveis pelas deformações.
Os esforços internos recebem a denominação de esforços solicitantes e são
divididos em quatro categorias. Duas das categorias são em forma de força e
outras duas em forma de momentos, todas atuantes nos centros de gravidade
das seções transversais da viga.
A análise dos esforços internos é feita considerando-se que ambas as faces de uma
mesma seção transversal possuem esforços positivos e negativos, garantindo dessa
forma o equilíbrio da seção transversal.
A maior atenção deve ser dada à convenção de sinais adotada. Assim, a somatória
das forças pode ser feita de forma correta e é possível a determinação do valor correto
dos esforços.
82 Vigas I
+ → ΣFx = 0
-N+P=0
N=+P
Convenção de sinais:
+ N = Tração
- N = Compressão
84 Vigas I
+ ↑ ΣFy=0
VA – P = 0
VA = + P
+ ↑ ΣFy = 0
– V + VA = 0
V = + VA
+ ↑ ΣFy = 0
V–P=0
V=+P
Convenção de sinais:
A força cortante é positiva na face direita da seção transversal e negativa
na face esquerda da seção transversal, como você pode ver na Figura 10.
– MA – M = 0
M = – MA
Face à direita da seção S:
+↑ ΣMs = 0
M – P.(L – x) = 0
M = P.(L – x)
Convenção de sinais:
O momento fletor é positivo quando tende a tracionar as fibras inferiores
da barra e negativo quando tende a tracionar as fibras superiores da barra.
Observe a Figura 12.
Neste exemplo, você vai analisar e determinar os esforços internos da viga a seguir,
submetida à ação de uma carga uniformemente distribuída.
No DCL, você pode observar as reações de apoio, as cargas e a seção escolhida para
análise dos esforços internos.
Reações de apoio:
+ → ΣFx = 0
HA = 0
+ ↑ ΣFy = 0
VA + VB – (15.5) = 0
VA + VB = 75 kN
+ ↑ ΣMA = 0
VB = 37,50 kN
VA + 37,50 = 75 kN
VA = 37,50 kN
+ → ΣFx = 0
HA – H1 = 0
HA = H1
H1 = 0
+↑ ΣFy = 0
90 Vigas I
M1 = – 7,5x12 + 37,5x1
H1 = 0
V1 = – 15x1 + 37,50
M1 = – 7,5x12 + 37,5x1
Para x1 = 0
V1 = – 15 * 0 + 37,50
V1 = 37,50 kN
M1 = – 7,5 * 02 + 37,5 * 0 = 0
M1 = 0 kN.m
Para x1 = 2,5 m
Para x1 = 5,0 m
V1 = – 15 * 5,0 + 37,50
V1 = – 37,50 kN
M1 = – 7,5 * 5,02 + 37,5 * 5,0 = 0
M1=0 kN.m
Vigas I 91
A seguir, você pode ver os diagramas de esforços solicitantes referentes aos cálculos
apresentados no final da seção anterior.
DEN
DEC
DMF
https://goo.gl/GqEsVH
Vigas I 94
BEER, F. P. et al. Estática e mecânica dos materiais. Porto Alegre: AMGH, 2013.
BEER, F. P. et al. Mecânica dos materiais. 7. edição. Porto Alegre: AMGH, 2015.
LEET, K. M.; UANG, C.; GILBERT, A. M. Fundamentos da análise estrutural. 3. ed. Porto
Alegre: AMGH, 2010.
LOGÍSTICA eficaz. Arquitetura & Aço, Rio de Janeiro, n. 50, nov. 2017. Disponível em:
<http://www.cbca-acobrasil.org.br/site/noticias-detalhes.php?cod=7476&bsc=&ori
g=noticias>. Acesso em: 17 fev.2018.
Leituras recomendadas
HIBBELER, R. C. Análise das estruturas. 8. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013.
ILKIU, A. M. Teoria das estruturas: parte I. [S.l.]: [s.n.], 1998. Notas de aula.
TIMOSHENKO, S. P.; GERE, J. E. Mecânica dos sólidos: volume I. Rio de Janeiro: LTC, 1983.
Dica do professor
Vamos assistir no vídeo a seguir o cálculo de uma viga. Confira:
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
Na prática
As vigas são um dos elementos mais utilizados nas estruturas. Estes elementos recebem,
predominantemente, cargas de forma perpendicular ao seu eixo, tendo como principal função
resistir aos esforços de flexão.
As vigas de uma determinada edificação, por exemplo, têm função de receber os esforços das lajes
e distribuir estas cargas para os pontos de apoio (pilares). Podemos encontrar elementos de viga em
prédios comerciais e residenciais, em estruturas industriais, na construção de portos, aeroportos,
subestações de energia.
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: