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CAPÍTULO III
Manuela Gonçalves
Maria Idália Gomes 1/13
INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE LISBOA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - MECÂNICA APLICADA
As forças reactivas dependem das forças activas e todas em conjunto determinam as forças de
ligação entre as diversas partículas que constituem a estrutura.
B G A Figura 1
S
Considerando uma qualquer secção S que separa o corpo em duas partes A e B, as acções
moleculares exercidas pela parte A sobre a parte B equilibram as forças externas que actuam na
parte B.
Mz
Rz
Rx
B x
Ry Mt Figura 2
My
y
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Apenas com sentidos opostos obtinha-se a redução do sistema de forças interiores sobre a outra
G
parte. Assim, a força R que actua na parte esquerda é a resultante das forças exteriores que
G
fcam à direita e reciprocamente. O momento M que actua na parte esquerda é o momento
resultante das forças exteriores que ficam à direita, e reciprocamente.
O conjunto de forças estaticamente equivalente à acção de uma parte do corpo sobre a outra,
através da secção qua as separa, é o esforço na secção.
JG G G G JG G G G
R = Rx i + Ry j + Rz k ⇔ R = Ni + Vy j + Vz k
sendo:
N ⇒ Esforço normal ou axial
Vy ⇒ Esforço transverso segundo y
Vz ⇒ Esforço transverso segundo z
JJG G G G JJG G G G
e M = M xi + M y j + M z k ⇔ M = Mt i + M y j + M z k
sendo:
Mt ⇒ Momento torsor ou momento de torsão
My ⇒ Momento flector segundo y
Mz ⇒ Momento flector segundo z
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Quando as estruturas admitem um plano de simetria e as forças estão todas nesse plano a
análise dos esforços elementares ou simples é feita nesse plano (Figura 3 e 4).
Figura 3
Figura 4
Figura 5
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Compressão
Sinal ( - )
Ocorre quando há duas forças, na mesma
Exemplo:
Tracção
Sinal ( + )
Ocorre quando há duas forças, na mesma
Exemplo:
O jogo da corda
Esforço normal é a soma algébrica das projecções sobre a normal à secção das forças exteriores
situadas de um mesmo lado da secção.
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A componente V é designada por esforço transverso e tende a fazer com que a secção deslize
sobre a secção imediatamente a seguir.
Corte
Sinal ( + )
Exemplo:
Esforço transverso é a soma algébrica das projecções sobre o plano da secção das forças
exteriores situadas de um mesmo lado da secção.
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A componente M é designada por momento flector e tende a fazer com que a secção gire em
torno de um eixo localizado no seu próprio plano.
Flexão
Sinal ( + )
entre os apoios
Sinal ( - )
Exemplo:
Momento flector é a soma vectorial das projecções sobre o plano da secção dos momentos das
forças, situadas de um mesmo lado da secção, em relação ao seu centro de gravidade.
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Torção
em direcções opostas.
Exemplo:
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Podem-se conhecer os valores dos esforços elementares em qualquer secção de uma peça
linear, pela via analítica – leis dos esforços elementares – ou pela via gráfica – diagrama dos
esforços elementares.
Para tal, adoptam-se para eixos de referência o eixo da peça (x) e o que lhe é perpendicular (y),
sendo xy o plano das cargas. Define-se a posição da secção genérica pela sua abcissa x e
exprime-se cada esforço elementar em função dessa abcissa.
O diagrama dos momentos flectores é sempre representado do lado das fibras traccionadas,
pelo que, de acordo com a convenção de sinais adoptada, os valores positivos ficam marcados
do lado de baixo do eixo da peça e os negativos do lado de cima desse mesmo eixo.
Os restantes esforços elementares são marcados do lado de acima do eixo os valores positivos e
do lado abaixo do eixo da peça os valores negativos.
Para se fazer o traçado dos diagramas é conveniente conhecer as relações que existem entre a
carga, esforço transverso e momento flector.
Vamos supor que uma carga distribuída de ordenada p actua uma dada secção S sujeita ao
esforço transverso V e ao momento flector M, ambos positivos.
M V V + dV M + dM
S
dx
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Para a secção infinitamente próxima verifica-se uma variação infinitésimal daqueles esforços
de
dV = −q dx e dM = Vdx
dV
9 A partir da equação diferencial − p = pode concluir-se:
dx
- entre as secções A e B não existem cargas concentradas aplicadas e a lei das cargas
distribuídas (equação da curva que limita o diagrama de cargas ) é p(x), então, se entre as
secções A e B:
VB xB xB
- dV = − p( x)dx ⇒ ∫ dV = − ∫ p( x)dx ⇒ VB − VA = − ∫ p( x)dx
VA xA xA
e porque se
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dM
9 A partir da equação diferencial V = pode concluir-se:
dx
MB xB xB
- dM = V ( x)dx ⇒ ∫
MA
dM = ∫ V ( x)dx ⇒ M B − M A = ∫ V ( x)dx , porque se caminha
xA xA
d 2 M ( x)
9 Porque se verifica p = − , pode concluir-se:
dx 2
- para cargas positivas, p(x) > 0, a curva que limita o diagrama dos M é côncava (∪)
p p(x) > 0
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e para cargas negativas, p(x) < 0, a curva que limita o diagrama dos M é convexa (∩).
p(x) < 0
o grau de V(x) é n + 1 e
o grau de M(x) é n + 2.
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Exercício de Aplicação
Enunciado
Exercício de Aplicação
Enunciado Figura
p = 25 kN/m e
B
q = 60 kN/m: p
3,0 m
C
b) escreva as leis de
40 kN
variação daqueles esforços A
na barra ACE
c) faça o diagrama de
Corpo Livre da barra DE.
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