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ESTRUTURAS ISOSTÁTICAS: INTRODUÇÃO

•Estruturas são sistemas físicos capazes de receber e transmitir esforços.

•Segundo Soriano e Lima (2006), um dos principais objetivos da análise de


estruturas é relacionar as ações externas atuantes com os resultados de suas
atuações na estrutura (deslocamentos, reações de apoio, esforço normal,
momento fletor, força cortante).

•Inicialmente serão estudadas as vigas bi apoiadas, pórticos e vigas do tipo Gerber.


Serão apresentadas as ferramentas necessárias para a determinação dos esforços
solicitantes e das reações de apoio.

GRANDEZAS FUNDAMENTAIS

1) Grandezas Fundamentais

Para qualquer estudo estrutural, há que se valer de dois elementos vetoriais que
são a FORÇA e o MOMENTO.

1.a)Força

Em termos gerais, força é toda ação exercida sobre um corpo capaz de modificar
tanto seu estado de repouso como o de movimento.
Segundo Süssekind (1975), a noção de força é uma das mais intuitivas
possíveis: realizada através de esforço muscular sobre um corpo; uma locomotiva
exerce força sobre os vagões que são rebocados; uma mola exerce força quando
está fixa em uma extremidade e é esticada. Em todos os casos, tem-se contato, mas
também podem ocorrer forças de ação à distância, como de gravitação (peso
próprio), magnéticas, elétricas. É comum denominar forças que atuam em uma
estrutura de cargas.
1.b)Momento

Para se calcular o momento de uma força faz-se o produto desta força pela
distância perpendicularaté o ponto considerado.

M=Fxd

CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO

2) Condições de Equilíbrio

Parte-se do princípio que um corpo livre está submetido à ação de várias forças e
momentos. Determinadas forças que provocariam o movimento desse corpo são
neutralizadas pela ação de outras forças, resultando em um efeito nulo com relação
ao movimento. Considera-se, assim, que esse corpo está em equilíbrio.

2.1)Equações de Equilíbrio da Estática

As estruturas planas estão em equilíbrio quando o somatório de forças nas


direções x e y é igual a zero, assim como os momentos fletores em torno do eixo z.

∑Fx = 0
∑Fy = 0
∑Mz = 0

VINCULAÇÕES EXTERNAS OU APOIOS

3) Vínculos Externos

Os vínculos de uma estrutura impedem os movimentos de translação e rotação,


originando reações nas direções dos movimentos impedidos. Os vínculos
diferenciam-se pelo número de movimentos que impedem.
3.1)Vínculo do 1° gênero:

É o que impede apenas um movimento, sendo também denominado apoio


móvel.

Reação de apoio = 1
3.2)Vínculo do 2° gênero:

É o que impede dois movimentos, sendo também denominado apoio fixo.

Reações de apoio = 2
3.3)Vínculo do 3° gênero:

É o que impede três movimentos, sendo também denominado engaste.

Reações de apoio = 3
ESFORÇOS SOLICITANTES

4) Esforços Solicitantes

Quando uma estrutura é solicitada por carregamentos externos, surgem reações


nos pontos de apoio de modo que essa estrutura permaneça em equilíbrio.

4.1)Momento Fletor:

O momento fletor em uma barra tende a deformá-la por flexão, de modo a curvar
o seu eixo longitudinal.
A convenção do momento fletor está relacionada à região do elemento estrutural
que sofre tração. Considerando uma viga cujo carregamento produz tração em sua
região inferior, considera-se o momento positivo. Se ocorrer tração na região
superior, diz-se que o momento é negativo.

4.2)Força Cortante:

A força cortante em uma barra tende a cortar a barra nessa seção, de modo que
uma seção deslize em relação à outra.
A convenção da força cortante está relacionada à posição em que esta força se
encontra em relação ao restante do elemento seccionado. Esforço cortante é
positivo quando a força à esquerda de uma seção transversal for no sentido para
cima. Também será positivo quando a força à direita de uma seção transversal for
no sentido para baixo.
TIPOS DE CARREGAMENTOS

5.1)Carregamento Concentrado ou Carga Pontual:

Considerando:

P = 12 kN; a = 2 m; b = 3 m; L = 5 m

Os diagramas de momento fletor e esforço cortante são:


5.2)Carregamento Uniformemente Distribuído:

Os diagramas de momento fletor e esforço cortante são:


5.3)Carregamento Linearmente Distribuído:

5.3.1) Situação A

Os diagramas de momento fletor e esforço cortante são:


5.3.2) Situação B

Os diagramas de momento fletor e esforço cortante são:

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