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ESTRUTURAS ISOSTATICAS

ISO

ESTÁTICA
Introdução às Estruturas

Ano Letivo 2018/1


Manoel Junior
REVISÃO DE MECÂNICA GERAL

CONCEITOS BÁSICOS

 FORÇA
Força é toda a grandeza capaz de provocar movimento, alterar o
estado de movimento ou provocar deformação em um corpo. É uma
grandeza vetorial cuja intensidade pode ser obtida pela expressão
da física:
F = m.a
onde:
F = força
m = massa do corpo
a = aceleração provocada

Sendo força um elemento vetorial se caracteriza por:


Direção; sentido; módulo ou intensidade e ponto de aplicação

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 Exemplo 1 :
efeito: movimento
F=m.a

 Exemplo 2 : PESO DOS CORPOS

 O peso é uma força oriunda


da ação da aceleração da gravidade,
tendo características definidas:
 direção - vertical
 sentido - de cima para baixo
 módulo - P = m.g (onde (g) representa a aceleração da
gravidade)
 ponto de aplicação - centro de gravidade do corpo 3
 UNIDADES

N - Newton kN -kiloNewton kgf -kilograma força

1 kgf = 10 N 1 kN = 10³ N 1 kN = 10² kgf

1 kN = 10³ N = 10² kgf

 PRINCÍPIO DA AÇÃO E REAÇÃO

 A toda a ação corresponde uma reação igual e contrária (3ª


lei de Newton).

Podemos observar que as duas forças dos exemplos tem pontos


de aplicação diferentes e portanto causam efeitos diferentes,
cada uma atuando no seu ponto de aplicação.
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 CLASSIFICAÇÃO DAS FORÇAS

 As forças são classificadas em forças de contato (ex: locomotivas,


musculares, etc..) e de ação à distância (ex: elétricas, gravitacionais,
magnéticas, etc...).

Em análise estrutural as forças são divididas conforme esquema abaixo:

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 FORÇAS EXTERNAS: atuam externamente em uma estrutura e
podem ser:

 ações : São forças independentes que podem atuar em qualquer


ponto de uma estrutura . Correspondem às cargas as quais
estaremos submetendo a estrutura, normalmente conhecidas ou
avaliadas. Ex: peso do pedestre em uma passarela, peso próprio
das estruturas, etc...

 reações : São forças que surgem em determinados pontos de uma


estrutura (vínculos ou apoios), sendo consequência das ações
portanto não são independentes, devendo ser calculadas para se
equivalerem as ações.

 FORÇAS INTERNAS : são aquelas que mantém unidos os pontos


materiais que formam o corpo rígido (solicitações internas). Se o corpo
rígido é estruturalmente composto de diversas partes, as forças que
mantém estas partes unidas também são chamadas de forças internas
(forças desenvolvidas em rótulas).
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 DECOMPOSIÇÃO DE FORÇAS

 Qualquer força no espaço pode ser decomposta segundo três direções .

 Normalmente usamos como referência três direções ortogonais entre si,


escolhidas de acordo com o problema.

 Qualquer força em um plano pode ser decomposta segundo duas


direções. Normalmente nos interessam duas direções
perpendiculares entre si, também escolhidas de acordo com o
problema.

 Vamos nos ater ao caso plano que é o mais usual

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 Exemplo:

(F) - força a ser decomposta


(x,y) - direções ortogonais escolhidas como referência
(a) - ângulo formado por F em relação ao eixo x.
(Fx, Fy)- componentes da força nas direções dos eixos x e y
 Por trigonometria:

Fx = F . cos a Fy = F . sen a Fy/Fx = tg a

A força F decomposta também pode ser chamada de resultante da soma


vetorial de suas componentes Fx e Fy .
 Atenção: Observe que soma vetorial ou geométrica não corresponde a
soma algébrica. 8
 MOMENTO DE UMA FORÇA
 MOMENTO POLAR (momento de uma força em relação à um
ponto)

 Definição : Chama-se momento de uma força F em relação à um ponto "0",


o produto vetorial do vetor OA pela força F ,sendo "A" um ponto qualquer
situado sobre a reta suporte da força F . Logo também é um vetor, e para
a sua caracterização precisamos determinar o seu módulo, direção e
sentido.

O efeito do vetor momento é o de provocar um giro com determinado


sentido em relação ao ponto considerado. O vetor momento apresenta as
seguintes características:
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 Direção : perpendicular ao plano formado pela força e pelo vetor AO.

 Sentido : regra da mão direita.

 Módulo: produto do módulo da força F pela menor distancia do ponto "0" a


reta suporte da força.

 Ponto de aplicação : ponto "O" em relação ao qual se calculou o momento.

|Mo|=|F| .|AO|.senα

Regra da mão direita:

OBS 1 : posiciona-se os dedos da mão direita no


sentido da rotação da força em torno do ponto O e
o polegar indica o sentido do momento.

OBS 2:. a distância d que representa o módulo do vetor OA é


também chamada de braço de alavanca. Ela é a menor
distância entre a reta suporte da força e o ponto em relação ao 10
qual se calcula o momento , isto é, pode ser obtida pela
perpendicular à reta que passa pelo ponto.
OBS 3 : Podemos representar o sentido do momento no plano usando convenções
simples Podemos

 Podemos também convencionar sinais + ou - para cada um dos sentidos,


de acordo com a nossa escolha.

 MOMENTO AXIAL ( momento de uma força em relação a um eixo)

 DEFINIÇÃO:

 É o valor algébrico da projeção ortogonal sobre o eixo do momento polar


produzido pela força em relação a um ponto qualquer do eixo. Pode ser
representado por uma grandeza escalar quando se adota uma convenção
para a orientação do eixo.

 É o momento polar produzido pela projeção ortogonal da força sobre


uma reta perpendicular ao plano do eixo, em relação a este eixo 11
Exemplo 1: Força perpendicular ao plano do eixo

Exemplo 2 : Força inclinada em relação ao plano do eixo

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Exemplo 3 : Força no espaço (direção qualquer)

OBSERVAÇÃO:
O momento de uma força em relação à um eixo é nulo sempre que a
força e o eixo forem coplanares (concorrentes ou paralelos).

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 UNIDADE DE MOMENTO

 Sendo o momento produto de uma força por uma distancia, a unidade desta
grandeza é o produto de uma unidade de força por uma unidade de
distancia.

Exemplos: kgf.m , kN.m , N.m , kN.cm , etc

 SISTEMA DE FORÇAS
 É o conjunto de forças que atuam simultaneamente em um corpo rígido ou
em um ponto material.

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 PRINCÍPIO DA TRANSMISSIBILIDADE OU FORÇAS EQUIVALENTES:

 Este princípio estabelece que as condições de equilíbrio ou de movimento de


um corpo rígido permanecem inalteradas se uma força F , que atua em um
dado ponto do corpo rígido é substituída por uma força F ' de mesmo
módulo, direção e sentido, mas que atua em um ponto diferente, desde que
as duas tenham a mesma linha de ação (mesma reta suporte).
 As forças citadas tem o mesmo efeito sobre o corpo e são chamadas de
equivalentes.

Exemplo:

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 RESULTANTE DE VÁRIAS FORÇAS CONCORRENTES:

 A resultante de várias forças que concorrem em um ponto é a soma


geométrica à partir do ponto de forças equipolentes as que constituem o
sistema, formando um polígono.
Obs: Forças equipolentes são aquelas que tem mesmo módulo, mesma
direção e mesmo sentido.

 Resultante: Origem no ponto escolhido como referência e extremidade com


a última força.
Lembrando que uma força pode ser decomposta segundo eixos de
referência, podemos determinar a resultante de uma forma mais simples,
obtendo-se cada componente pela soma algébrica das projeções
de todas as forças sobre este eixo.

 Exemplo 1: Soma geométrica

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 Exemplo 2: Soma geométrica

 OBSERVAÇÃO: Se o polígono formado pelas forças for fechado a


resultante é nula.

 Exemplo 3 : Forças concorrentes em um ponto de um plano

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A resultante de forças concorrentes em um ponto de um plano pode ser
calculada através da decomposição destas forças em relação à duas direções
ortogonais escolhidas.

 PRINCÍPIO DA SUPERPOSIÇÃO DE EFEITOS


" O efeito produzido por um conjunto de forças atuando
simultaneamente em um corpo é igual a soma do efeito produzido
por cada uma das forças atuando isolada"

A partir deste princípio podemos dizer que:

1. O momento polar resultante de um sistema de forças é a soma algébrica


dos momentos polares, produzidos em relação ao mesmo ponto, por cada
uma das forças atuando isolada.

2. O momento axial produzido por um sistema de forças atuando


simultaneamente em um corpo é igual a soma algébrica dos momentos
axiais, produzidos em relação ao mesmo eixo, de cada uma das forças
atuando isolada. 18
 BINÁRIO OU PAR DE FORÇAS

CONCEITO
Denomina-se binário a um sistema constituído por um par de forças
paralelas de módulos iguais e sentidos opostos. A resultante em termo de
forças é nula, entretanto há um momento polar resultante de módulo igual
ao produto da força pela distância entre as duas direções paralelas.

CONCLUSÃO: O binário é um vetor livre pois seu efeito


independe do ponto de aplicação, sendo que para qualquer
ponto do plano o binário tem o mesmo valor.

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 EQUIVALENCIA DE BINÁRIOS

 Dois binários são equivalentes quando tem o mesmo momento polar


resultante

Exemplo 1: convenção (sentido antihorário positivo)

Superposição de efeitos:

 Se quizermos o efeito de dois binários atuando simultaneamente:

M = M1 + M2 = 240 kN.m
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 REDUÇÃO DE UM SISTEMA DE FORÇAS À UM PONTO
Qualquer sistema de forças pode ser reduzido à um sistema vetor-par , onde
o vetor é a resultante das forças , localizada à partir de um ponto
arbitrariamente escolhido e o par é o momento polar resultante do sistema
em relação ao mesmo ponto.

Exemplo 1: Reduzir o sistema de forças da figura ao ponto B indicado.

Exemplo 2 : Reduzir o sistema acima ao ponto A.

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 EQUILÍBRIO ESTÁTICO DOS CORPOS RÍGIDOS

Existem diversas possibilidades de movimento em um corpo livre no espaço.

Se tomarmos 3 eixos ortogonais como referencia de espaço, e isto se faz


necessário por uma questão de classificação e organização de método,
podemos dizer que um corpo no espaço tem 6 possibilidades de movimento:

 Translação segundo as três direções de referência.


 Rotação em torno das três direções de referência.

Dizemos que um corpo está em equilíbrio estático quando as forças


atuantes formam entre si um sistema equivalente a zero, isto é, sua
resultante e o seu momento polar em relação a qualquer ponto é nulo.

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Como costuma-se trabalhar com as forças e momentos referenciadas a um
sistema tri-ortogonal de eixos, desta maneira o equilíbrio se verifica se as 6
equações abaixo são satisfeitas:

EQUAÇÕES FUNDAMENTAIS DA ESTÁTICA

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O que é uma Estrutura?
 Estrutura: é a parte ou o
conjunto das partes de uma
construção destinada a
resistir aos carregamentos
atuantes.

NBR 6118/2003
 “o objetivo da análise
estrutural é determinar os
efeitos das ações em uma
estrutura, com a finalidade
de efetuar verificações de
estados limites últimos
(ELU) e de serviço (ELS).”
24
Classificação dos Elementos Estruturais

 Elementos Lineares
São elementos estruturais que
apresentam uma de suas dimensões
predominando sobre as outras duas.

25
Classificação dos Elementos Estruturais
 Elementos de Superfície ou Laminares
São elementos estruturais que
apresentam duas de suas dimensões
predominando sobre a terceira.

26
Classificação dos Elementos Estruturais
Elementos de Volume
São elementos estruturais que
apresentam as três dimensões na
mesma ordem de grandeza.

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 Forças que Atuam nas Estruturas

 Cargas Permanentes: determinadas com boa


precisão
 Peso próprio da estrutura
 Peso dos revestimentos
 Peso das paredes

 Cargas Variáveis: estimadas por normas


 Peso de ocupação das pessoas
 Peso dos mobiliários
 Peso de veículos
 Força do vento

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 Comportamento dos materiais estruturais

Em Estática admite-se que um corpo/estrutura tenha sempre um comportamento


perfeitamente elástico.

29
3
0
31
32
33
34
35
Graus de Liberdade de um Corpo

 Graus de liberdade de um corpo: é o número de parâmetros


necessários e suficientes para determinar a sua posição no espaço.

Obs: um corpo no espaço tem 6 graus de liberdade - 3 rotações e 3 translações -


que são os parâmetros necessários para definir a sua posição relativamente a um
sistema de eixos ortogonais.

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Na prática, o caso mais comum é a totalidade das forças actuarem num mesmo
plano, por exemplo o plano XZ.

O número de graus de liberdade é de 3, sendo 2 translacções nas


direcções dos eixos dos XX e dos ZZ e 1 rotação em torno do eixo dos
YY.

Qualquer outra tendência de translacção ou rotação obrigaria o corpo a sair do plano que
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contém as forças, o que não é de considerar por implicar a existência de solicitações fora do
referido plano.
VINCULAÇÃO ESTRUTURAL

 Articulação entre Chapas


 São as ligações
internas que
unem as chapas.

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Articulação entre Barras

 São as ligações internas através das


quais são unidas as barras;
ligações

Apoios

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 Tipos de Apoios
 Apoio Móvel (ou Apoio Simples, ou Apoio sobre Rolamentos)
é composto essencialmente por uma base superior que pode rodar
em relação a base inferior através de uma rótula cilíndrica. Este
conjunto pode por sua vez deslocar-se como um todo ao longo da
base (solo), graças aos rolamentos colocados entre esta superfície e
a base inferior.

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 Apoio Fixo (ou Apoio Duplo)
Difere do apoio móvel pelo fato da base inferior ser fixa ao solo.

 Apoio Encastrado (ou Encastramento)


Suprime os três graus de liberdade do corpo possíveis no plano XZ.

Para que a primeira representação esquemática seja correta, é necessário que a


distância l0, indicada na figura, seja muito pequena de modo que o elemento
estrutural naquela distância possa ser considerado como perfeitamente rígido. 41
 Apoio de 1º Gênero

42
 Apoio de 2º Gênero

43
 Apoio de 3º Gênero

44
Exemplo Prático

 uma ponte, onde é utilizado uma placa de neoprene na 45


junção entre o pilar e a ponte.
Exemplo Prático

 uma ponte, onde é utilizado uma placa de neoprene na 46


junção entre o pilar e a ponte.
Exemplo Prático

 uma ponte, onde é utilizado uma placa de neoprene na 47


junção entre o pilar e a ponte.
Exemplo Prático

 uma ponte de Portugal, onde é utilizado uma placa de 48


neoprene na junção entre o pilar e a ponte.
Exemplo Prático

 Rolete sustentando uma viga de 49


concreto.
Exemplo Prático

 Sistema articulado sustentando 50


uma viga de concreto.
Exemplo Prático

 Apoio fixo de um viga num pilar de


encaixe. 51
Exemplo Prático

 Apoio fixo de um viga num pilar de


encaixe. 52
Exemplo Prático

 Apoio fixo de uma estrutura pré-fabricada


53
de concreto. Console.
Exemplo Prático

 Engaste em uma estrutura metálica, este


tipo de apoio não permite translação e 54

rotação.
Exemplo Prático

 Engaste em uma estrutura de concreto. 55


 Vigas
 Quando dispomos de um elemento estrutural projetado para
suportar diversas cargas em sua extensão, este elemento recebe o
nome de viga.
 Estas vigas são normalmente sujeitas a cargas dispostas
verticalmente, o que resultará em esforços de cisalhamento e
flexão.
 Quando cargas não verticais são aplicadas a estrutura,
surgirão forças axiais, o que tornará mais complexa a análise
estrutural.
 Vigas normalmente são barras retas e prismáticas, o que ocasiona
maior resistência ao cisalhamento e flexão.
 Quando se efetua o dimensionamento de uma viga, seja ela de
qualquer material como aço, madeira, concreto, duas fases são
definidas distintamente.
 A primeira fase é o cálculo dos esforços da estrutura, ou seja,
o cálculo de momentos fletores e forças cortantes, ao qual a
viga esta submetida aos vários tipos de carregamento.
 A segunda fase é o dimensionamento da peça propriamente 56
dito, onde é verificada qual as dimensões necessárias da peça
estrutural, que irá resistir aos esforços solicitados.
Tipos de Carregamento
Uma viga pode estar submetida a cargas concentradas, a cargas
distribuídas ou combinação de ambas. Quando se trabalha com cargas
distribuídas, pode-se substituí-la por uma carga concentrada, e assim
facilitar bastante os demais cálculos.

 Carga Concentrada

Este carregamento corresponde a aplicação de uma carga em


um único ponto sobre a estrutura, sendo geralmente
representado em kilograma-força(kgf) ou Newton(N).

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 Carga Distribuída

Este carregamento corresponde a aplicação de uma carga por


unidade de comprimento, geralmente representado em kilograma
força por metro (kgf/m) ou Newton por centímetro (N/cm). Quando
a carga por unidade de comprimento possui valor constante, é
atribuído o nome de carga uniformemente distribuída.

Exemplo de Carga Uniformemente Distruibuída.


58
 Tipos de Vigas
 Viga Bi-apoiada

Consiste de uma viga apoiada em dois apoios articulados, sendo um fixo e o outro
móvel.

 Viga em balanço
Consiste de uma viga que possui um apoio engastado, não sendo livre a sua rotação.

 Viga com extremidade em balanço


Consiste de uma viga com extremidade em balanço, sendo articulada em um apoio
fixo e um apoio móvel.

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EQUAÇÕES DE EQUILÍBRIO DOS SISTEMAS
ESTRUTURAIS PLANOS ISOSTÁTICOS

 Estruturas isostáticas

 Estruturas com vínculos externos em número


necessário e suficiente para sua determinação
geométrica, ou seja, com as equações de
equilíbrio é possível a determinação das forças
externas incógnitas (reativas) .

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Tipos de cargas externas
Cargas distribuídas: carregamento distribuído ao
longo do comprimento de uma barra, na direção ou
perpendicularmente ao seu eixo axial.

Cargas concentradas: carregamento distribuído em


um comprimento considerado pequeno em relação ao
comprimento de uma barra, podendo ser considerado
como praticamente concentrado em um ponto.

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Exemplo: parede de tijolo apoiada sobre viga,
ao longo de seu comprimento
Peso próprio da viga
Carregamento da viga =
comprimento da viga

 concreto .h.b.L 25.0,30.0,10.5,0


g viga    0,75kN / m
Lviga 5,0
Peso próprio da parede
Carregamento da parede =
comprimento da viga

 tijolo .H .e.L 13.2,0.0,10.5,0


g parede    2,6kN / m
Lviga 5,0 62
Tipos de reações de apoio
Apoio contínuo ou distribuído: caso de barras
apoiadas em meio contínuo, como vigas de
fundação ou sapata corrida, apoiadas sobre o
solo ao longo do seu comprimento e com reação
na direção perpendicular ao seu eixo axial.

Apoios discretos ou pontuais: elemento de apoio


cuja dimensão de contato com a barra tem um
comprimento considerado pequeno em relação
ao comprimento desta barra, podendo ser
considerado como praticamente concentrado em
um ponto (barra de vínculo).
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Equações de equilíbrio no plano

Definição: Um sistema estrutural, submetido a


carregamentos conhecidos, mantém-se em
equilíbrio devido às reações (incógnitas)
correspondentes aos vínculos externos que
restringem os graus de liberdade (movimentos)
deste sistema.

Reações de apoio: Dado o corpo rígido (chapa)


qualquer contido no plano Oxy, sujeito a
carregamento externo conhecido, para o seu
equilíbrio deve-se ter:

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Estrutura de chapa isostática
x

Número de vínculos externos: z y

bext = 3.c = 3.1 = 3

3 reações de apoio incógnitas

Equações de equilíbrio

 Fx  0

 Fy  0

 M z  0 65
5. Esforços solicitantes em estruturas
planas isostáticas
5.1- Definição e convenção de sinais
Definição: Em uma estrutura em equilíbrio, os esforços
solicitantes em uma seção transversal genérica são as
forças que equilibram as ações externas que atuam à
esquerda ou à direita desta seção. Os esforços solicitantes
formam pares (ação e reação entre corpos) de mesma
direção e intensidade, porém de sentidos contrários, nas
duas seções transversais.

66
Estas forças atuantes na seção transversal podem
ser reduzidas a uma força resultante aplicada em
um ponto (centro de gravidade da seção) e a um
momento (binário) resultante.

Para facilitar os cálculos destes esforços


solicitantes, obtêm-se as componentes destas
resultantes nas direções do eixo longitudinal e dos
eixos ortogonais a este, que contêm a seção
transversal da barra.
67
N - força normal ou
axial
V - força cortante
M - momento fletor
T - momento torçor

As componentes destas forças, considerando-


se estrutura plana e carregamento contidos
no plano xy, são os esforços solicitantes
esforço axial N, momento fletor Mz e esforço
cortante Vy.

68
Convenção de sinais: sentidos positivos dos
esforços
E D

+ +
Esforço normal (axial): N

+ +
Esforço cortante: V

+ +
Momento fletor: M

Momento torçor: T + +
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Determinação dos esforços solicitantes

As equações de equilíbrio determinam as


condições da estrutura, ou de parte dela, à
esquerda ou à direita da seção transversal
estudada.
Exemplo
x
5,0 kN/m
8,0 kN y
A
B C
4,0 m 1,5 m

5,0 kN/m

RHA 8,0 kN
70
RVA RVB
4,00 m 1,50m
Reações de apoio
x
4,0 m 1,5 +
27,5 kN y
HA 8,0 kN

RA RB

Carga distribuída transformada


em força concentrada fictícia,
Fq = (5,0).(5,5) = 27,5 kN
Equações de equilíbrio
F x  0  RH A  8,0  0  RH A  8,0kN
F y  0   RVA  RVB  5.5,5  0   RVA  RVB  27,5kN
 5,5 
 zA
M  0  27 ,5 .
 2 
  RVB .4  0  RVB  18,9kN
71
RA  27,5  RC  27,5  18,9  8,6kN
Esforços solicitantes
x
2,0
y
10,0 MB
kN
HA
NB

RA
VB

Seção transversal B (distante 2 metros do apoio A)

equações de equilíbrio

F x  0 : H A  N B  0  N B  8,0kN
F y  0 : RA  VB  5,0.2,0  0  8,6  VB  10,0kN  VB  1,4kN
2,0
M zB  0 : RA .2,0  5,0.2,0.
2
 M B  0  M B  7,2kN.m 72
 Determinação de cargas atuantes em vigas

Considerando o modelo arquitetônico, o exercício tem


por objetivo determinar a ação das cargas ativas e
reativas atuantes nas vigas, apresentando os resultados
em diagramas de corpos livre.

O modelo arquitetônico apresentado é um módulo


integrante de um Edifício composto por quatro
módulos. Para fins didático será analisado
individualmente.
73
74
 Características construtivas

 Sistema estrutural de massa composto por pilares , vigas e lajes


executados em concreto armado.

 As paredes externas são de tijolo maciço, e as internas de tijolo furado.

 Método de resolução do exercício

1º Passo: Analisar o modelo arquitetônico

 Verificar a função dos espaços, ou seja , verificar qual é o uso do espaço


arquitetônico, pois, em função do uso do espaço é que se determina
a carga acidental;
75
 Verificar as características dos elementos estruturais;

 Verificar a dimensão dos elementos;

 Verificar os materiais de construção dos elementos.

Obs: É em função dessas características que se determina a carga


permanente do elemento

2º Passo: Traçar o modelo estrutural

 Ele consiste na identificação dos elementos estruturais e dos


vínculos de ligação entre os elementos, ou entre o elemento e o solo,
solicita-se;
 Desenhar a planta de formas: pré-dimensionar os elementos,
pilares, vigas e lajes;
 Montar os modelos estruturais das vigas

76
Atenção!

 Não esqueça de que um elemento estrutural isostático necessita


somente de três, e não mais de três, restrições para que seja
considerado um elemento isostático. Assim, para elementos
biapoiados é necessário um vinculo de 1ª espécie em um dos
apoios, e um vínculo de 2ª espécie no outro. Para elementos em
balanço é necessário apenas um vinculo de 3ª espécie.

3º Passo: determinar as cargas atuantes nas lajes

 Para verificar a condição de carregamento das lajes é necessário


determinar o peso próprio dos elementos ( cargas permanentes) e
os pesos decorrentes da utilização do espaço (cargas acidentais)

4º Passo: determinar as cargas atuantes nas vigas

 Para verificar a condição de carregamento das vigas é necessário


77
determinar o peso próprio dos elementos ( cargas permanentes) e
os pesos decorrentes da utilização do espaço (cargas distribuídas)
5º Passo: traçar o diagrama de corpo livre das vigas
 O resultado final será um diagrama no qual será representado o
somatório das cargas distribuídas e das cargas concentradas em cada
trecho de continuidade (cargas ativas), e as reações vinculares ( cargas
reativas)

6º Passo: determinar as reações de apoio na viga.

1. Identificar e destacar do sistema os elementos estruturais que serão


analisados.
2. Desenhar o modelo estrutural (ME);

3. Traçar o diagrama de corpo livre (DCL) do elemento a ser analisado;

4. Determinar um sistema de referencia (SR) para a analise;

5. Estabelecer as equações de equilíbrio da estática (EE);

6. Calcular as reações do sistema (estrutura);

7. Traçar o diagrama de corpo livre real (DCLR) do elemento analisado. 78


 Modelo estrutural de viga

79
 Diagrama de corpo livre

80
 Sistema de referencia

Negativo Positivo

y y

x x

81
Fim!

82

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