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CONCEITOS BÁSICOS
I . FORÇA
A. Conceito:
Força é toda a grandeza capaz de provocar movimento, alterar o estado de movimento ou provocar
deformação em um corpo. É uma grandeza vetorial cuja intensidade pode ser obtida pela expressão da
física:
F= m.a
onde:
F = força
m = massa do corpo
a = aceleração provocada
Exemplo 1 :
efeito: movimento
P=m.g
O peso é uma força oriunda da ação da aceleração da gravidade, tendo características definidas:
direção - vertical
sentido - de cima para baixo
módulo - P = m.g (onde g representa a aceleração da gravidade)
ponto de aplicação - centro de gravidade do corpo
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Elaboração e Desenvolvimento – Prof.ª Maria Regina Leggerini e Prof.ª Silvia Kalil
Na maioria das estruturas serão com cargas peso que trabalharemos.
B. UNIDADES
A toda a ação corresponde uma reação igual e contrária (3ª lei de Newton).
Podemos observar que estas duas forças tem pontos de aplicação diferentes e portanto causam efeitos
diferentes, cada uma atuando no seu ponto de aplicação.
As forças são classificadas em forças de contato (ex: locomotivas, musculares, etc..) e de ação à
distância (ex: elétricas, gravitacionais, magnéticas, etc...)
ações : São forças independentes que podem atuar em qualquer ponto de uma estrutura . Correspondem
às cargas as quais estaremos submetendo a estrutura, normalmente conhecidas ou avaliadas. Ex: peso
do pedestre em uma passarela, peso próprio das estruturas, etc...
reações : São forças que surgem em determinados pontos de uma estrutura (vínculos ou apoios), sendo
consequência das ações portanto não são independentes, devendo ser calculadas para se equivalerem as
ações.
FORÇAS INTERNAS : são aquelas que mantém unidos os pontos materiais que formam o corpo
rígido (solicitações internas). Se o corpo rígido é estruturalmente composto de diversas partes, as forças
que mantém estas partes unidas também são chamadas de forças internas (forças desenvolvidas em
rótulas).
E. DECOMPOSIÇÃO DE FORÇAS
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Qualquer força no espaço pode ser decomposta segundo três direções . Normalmente usamos como
referência três direções ortogonais entre si, escolhidas de acordo com o problema.
Qualquer força em um plano pode ser decomposta segundo duas direções. Normalmente nos interessam
duas direções perpendiculares entre si,também escolhidas de acordo com o problema.
Exemplo:
F - força a ser decomposta
por trigonometria
A força F decomposta também pode ser chamada de resultante da soma vetorial de suas componentes
Fx e Fy . Observe que soma vetorial ou geométrica não correspode a soma algébrica.
A. DEFINIÇÕES:
DEFINIÇÃO : Chama-se momento de uma força F em relação à um ponto "0", o produto vetorial do
vetor OA pela força F ,sendo "A" um ponto qualquer situado sobre a reta suporte da força F . Logo
também é um vetor, e para a sua caracterização precisamos determinar o seu módulo,direção e sentido.
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Mo = F ∧ OA
O efeito do vetor momento é o de provocar um giro com determinado sentido em relação ao ponto
considerado. O vetor momento apresenta as seguintes características:
Mo = F . OA .sen α ou Mo = F . d
OBS 1 : posiciona-se os dedos da mão direita no sentido da rotação da força em torno do ponto O e o
polegar indica o sentido do momento.
OBS 2:. a distância d que representa o módulo do vetor OA é também chamada de braço de alavanca.
Ela é a menor distância entre a reta suporte da força e o ponto em relação ao qual se calcula o
momento , isto é, pode ser obtida pela perpendicular à reta que passa pelo ponto.
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Podemos também convencionar sinais + ou - para cada um dos sentidos, de acordo com a nossa
escolha.
Exemplo 1 : Determine o peso que devemos colocar na extremidade direita da gangorra a fim de que
ela permaneça em equilíbrio estático.
P1 = 30 kN
a= 2m
b= 4m
P= ?
Exemplo 2 : Determine a força desenvolvida no tirante da estrutura, a fim de que ela permaneça em
equilíbrio, sabendo-se que a barra pesa 5 kN. A barra é presa a uma parede por meio de um pino O.
G = 10 kN
L=3m
= 15º
T= ?
DEFINIÇÃO:
- É o valor algébrico da projeção ortogonal sobre o eixo do momento polar produzido pela força em
relação a um ponto qualquer do eixo. Pode ser representado por uma grandeza escalar quando se adota
uma convenção para a orientação do eixo.
- É o momento polar produzido pela projeção ortogonal da força sobre uma reta perpendicular ao plano
do eixo, em relação a este eixo
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Mx = F . d
Mx = Fz . d
Fz = F . sen
F=F1+F2+F3
Mx = 0
F1 My =.0
Mz = -4 . F 1
Mx = 0
F2 My=0
Mz = - 1 . F 2
Mx = + 4 . F 3
F3 My = - 1 . F 3
Mz = 0
OBSERVAÇÃO:
O momento de uma força em relação à um eixo é nulo sempre que a força e o eixo forem coplanares
(concorrentes ou paralelos).
C. UNIDADE DE MOMENTO
Sendo o momento produto de uma força por uma distancia,a unidade desta grandeza é o produto de
uma unidade de força por uma unidade de distancia.
Exemplos: kgf.m , kN.m , N.m , kN.cm , etc
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III . SISTEMA DE FORÇAS
A. DEFINIÇÃO :
É o conjunto de forças que atuam simultaneamente em um corpo rígido ou em um ponto material.
Exemplo:
Obs: Forças equipolentes são aquelas que tem mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido.
RESULTANTE:
Origem no ponto escolhido como referência e extremidade com a última força.
Lembrando que uma força pode ser decomposta segundo eixos de referência, podemos determinar a
resultante de uma forma mais simples,obtendo-se cada componente pela soma algébrica das projeções
de todas as forças sobre este eixo.
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R ≠ 0
Exemplo 2 :
R = 0
F1x = F1 . cos
F1y = F1 . sen
F2x = F2 . cos β
F2y = F2 . sen β
Fx = F1x + F2x
Fy = F1y + F2y
R = Σ ( Fx ) 2 + Σ ( Fy ) 2
PITÁGORAS
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" O efeito produzido por um conjunto de forças atuando simultaneamente em um corpo é igual a
soma do efeito produzido por cada uma das forças atuando isolada"
- O momento polar resultante de um sistema de forças é a soma algébrica dos momentos polares,
produzidos em relação ao mesmo ponto, por cada uma das forças atuando isolada.
- O momento axial produzido por um sistema de forças atuando simultaneamente em um corpo é igual
a soma algébrica dos momentos axiais,produzidos em relação ao mesmo eixo, de cada uma das forças
atuando isolada.
A. CONCEITO
Denomina-se binário a um sistema constituido por um par de forças paralelas de módulos iguais e
sentidos opostos. A resultante em termo de forças é nula, entretanto há um momento polar resultante de
módulo igual ao produto da força pela distância entre as duas direções paralelas.
Exemplo 1:
F=
a=
b=
c=
d=
MA =
MD =
ME =
CONCLUSÃO: O binário é um vetor livre pois seu efeito independe do ponto de aplicação, sendo
que para qualquer ponto do plano o binário tem o mesmo valor.
B . SITUAÇÕES REPRESENTATIVAS
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C. EQUIVALENCIA DE BINÁRIOS
Dois binários são equivalentes quando tem o mesmo momento polar resultante
M1 = 60 kN . 2m = 120 kN.m
M2 = 30 kN . 4m = 120 kN.m
Superposição de efeitos:
M = M1 + M2 = 240 kN.m
MA =
MB =
Obs: Veja que podemos transformar a soma vetorial de binários em uma soma algébrica a partir da
adoção de uma convenção.
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Supomos
M1 = - 60 kN . 2m = - 120 kN.m
M2 = + 30 kN . 4m = + 120 kN.m
M = M 1 + M2 = 0
CONCLUSÃO : Os dois binários não são equivalentes pois tem sentidos contrários . Observe-se
que em qualquer ponto do plano a superposição dos binários deve ser nula.
MA = 0 MB = 0
VI . TRANSLAÇÃO DE FORÇAS
Transladar uma força (como artifício de cálculo) é transportá-la de sua direção para outra direção
paralela. Isto implica no acréscimo de um momento devido à translação, cujo módulo é igual ao
produto da força pela distância de translação.
Qualquer sistema de forças pode ser reduzido à um sistema vetor-par , onde o vetor é a resultante das
forças , localizada à partir de um ponto arbitrariamente escolhido e o par é o momento polar resultante
do sistema em relação ao mesmo ponto.
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Exemplo 2 : Reduzir o sistema acima ao ponto A.
R:
Dois sistemas de forças são equivalentes quando tem resultantes iguais e momentos polares em relação
ao mesmo ponto também iguais.
Exemplo:
F=
Fx =
Fy =
a=
α=
b=
F - sistema inicial
Fx , Fy - sistema equivalente
MA (sistema inicial) =
MA (sistema equivalente) =
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VIII . EQUILÍBRIO ESTÁTICO DOS CORPOS RÍGIDOS
Se tomarmos 3 eixos ortogonais como referencia de espaço, e isto se faz necessário por uma questão de
classificação e organização de método, podemos dizer que um corpo no espaço tem 6 possibilidades de
movimento:
- translação segundo as tres direções de referência
- rotação em torno das tres direcões de referência
Dizemos que um corpo está em equilíbrio estático quando as forças atuantes formam entre si um
sistema equivalente a zero, isto é, sua resultante e o seu momento polar em relação a qualquer ponto é
nulo.
R =0 Mp = 0
Fx = 0 Mx = 0
Fy = 0 My = 0
Fz = 0 Mz = 0
EXERCÍCIOS:
1. Suponha um plano formado pelos eixos x e y, conforme desenho, onde atuam as cargas F1 e F2.
Calcule:
a. Momentos desenvolvidos por F1 em relação aos pontos A , B e C.
b. Momentos desenvolvidos por F2 em relação aos pontos A , B e C.
c. Momentoda resultante do sistema em relação aos pontos A , B e C .
d. Resultante do sistema na direção x
e. Resultante do sistema na dieção y
Convencione o giro no sentido horário positivo.
F1 = 20 kN
F2 = 30 kN
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R: a) M1A = 0 M1B = 69,28 kN.m M1C = 109,28 kN.m
b) M2A = 120 kN.m M2B= 120 kN.m M2C = 0
c) MA = 120 kN.m MB = 189,28 kN.m MC = 109,28 kN.m
d) Fx = + 17,32 kN e) Fy = - 20 kN
2. Suponha no espaço as forças F1 e F2. Calcule:
a. Momentos da força F1 em relação aos eixos x,y,e,z,.
b. Momento da força F2 em relação aos eixos x,y e z .
c. Momento da resultante em relação aos eixos x , y, e z .
F1 = 10 kN
F2 = 15 kN
R: a) + 20 kn.m
b) + 20 kN.m
c)sim
d) M1A = M1B=M1E = + 20 kN.m
e) M2B=M2D=M2E = + 20 kN.m
f) MA = MB = .....=ME = + 40 kN.m
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R: a)- 60 kN.m b) + 60 kN.m
c) não
d) M1A=M1C=M1E = - 60 kN.m
e) M2B=M2D=M2E = + 60 kN.m
f) MA =MB = .....= ME = 0
R: ponto B : Fy = 20 kN
Mz = - 20 kN.m
ponto D : Fy = 20 kN
Mz = - 20 kN.m
Mx = + 80 kN.m
6. Qual a força horizontal que atua nos parafusos 1 e 2 da ligação abaixo, considerando o momento
provocado pelo peso na ponta da haste
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R : P1 = 100 kgf P2 = 100 kgf
a.
R: Σ Fx = 25,98 kN Σ Fy = 65 kN
ΣMA = 138,04 kN.m
ΣMB = 70 kN.m
ΣMC = 330 kN.m
b.
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8. Reduzir no ponto A o sistema de forças da figura:
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CAPÍTULO II
A. Caso espacial
Estruturas submetidas a forças em todas as direções do espaço. Estas forças podem ser reduzidas a
três direções ortogonais entre si (x,,y,z), escolhidas como referência. Neste caso o corpo possui 6
graus de liberdade pois pode apresentar 3 translações (na direção dos 3 eixos) e 3 rotações (em torno
dos 3 eixos).
Exemplo:
B. CASO PLANO
Estruturas submetidas a forças atuantes em um só plano, por exemplo x,y . Neste caso possuem 3
graus de liberdade pois podem apresentar 2 translações (na direção dos dois eixos) e 1 rotação(em
torno do eixo perpendicular ao plano que contém as forças externas).
Exemplo:
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II. VÍNCULOS
A. DEFINIÇÃO:
É todo o elemento de ligação entre as partes de uma estrutura ou entre a estrutura e o meio externo,
cuja finalidade é restringir um ou mais graus de liberdade de um corpo.
A fim de que um vínculo possa cumprir esta função, surgem, no mesmo, reações exclusivamente na
direção do movimento impedido.
OBS 1: Um vínculo não precisa restringir todos os graus de liberdade de uma estrutura, quem o fará
será o conjunto de vínculos.
OBS 2 : As reações desenvolvidas pelos vínculos formam o sistema de cargas externas reativas.
OBS 3 : Somente haverá reação se houver ação , sendo as cargas externas reativas dependentes das
ativas, devendo ser calculadas.
B. CLASSIFICAÇÃO
Os vínculos podem ligar elementos de uma estrutura entre si ou ligar a estrutura ao meio externo
e,portanto, se classificam em vínculos internos e externos.
B.1. VÍNCULOS EXTERNOS: São vínculos que unem os elementos de uma estrutura ao meio
externo e se classificam quanto ao número de graus de liberdade restringidos..
Nestes casos o vínculo pode restringir até 3 graus de liberdade (GL) e,portanto se classificam em 3
espécies.
São aquelas que atuam em áreas muito reduzidas em relação às dimensões da estrutura. Neste caso
ela é considerada concentrada no centro de gravidade da área de atuação.
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Ex: apoio de uma viga em outra viga
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A2. CARGAS MOMENTO OU CARGAS CONJUGADAS
São aquelas que atuam em uma área com dimensões na mesma ordem de grandeza da estrutura.
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CAPÍTULO III
I . GENERALIDADES
Sabemos que um corpo está em equilíbrio quando a resultante de todas as forças que nele atuam é
nula.Com isso a força resultante F e o momento resultante M devem se anular, resultando nas seguintes
equações de equilíbrio:
Fx = 0 Mx = 0
Fy = 0 My = 0
Fz = 0 Mz = 0
Fx = 0 Fy = 0 Mz = 0
A correta aplicação das equações de equilíbrio necessita da completa especificação de todas as forças
externas atuantes sobre o corpo.
Reações externas ou vinculares são os esforços que os vínculos devem desenvolver para manter em
equilíbrio estático uma estrutura.
Os vínculos são classificados de acordo com o número de graus de liberdade restringidos e só podemos
restringir 1 GL mediante a aplicação de um esfôrço (força ou momento) na direção deste movimento.
A determinação das reações de apoio de uma estrutura é feita por intermédio de um sistema de equações
algébricas, que estabelece as condições de equilíbrio da estrutura, supondo-se rígidas todas as barras.
No caso espacial (cargas em todas as direções) a estrutura possui 6 GL (translação na direção dos 3 eixos e
rotação em torno dos 3 eixos) e portanto para que ela esteja em equilíbrio devemos satisfazer 6 equações:
Fx = 0 Mx = 0
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Fy = 0 My = 0
Fz = 0 Mz = 0
No caso plano (cargas atuantes em 1 único plano, por exemplo x,y) a estrutura possui 3 GL ( translação nas
direções x e y e rotação em torno do eixo z), portanto o número de equações a serem satisfeitas são 3:
Fx = 0 Fy = 0 Mz = 0
Convém salientar que vamos nos ater ao caso mais comum (carregamento plano) onde os vínculos podem
ser de 3 espécies:
Transforma-se a estrutura dada num corpo livre , substituindo-se todos os vínculos externos pelas reações
vinculares que o mesmo pode desenvolver, arbitrando-se um sentido para cada esforço.
Para que o corpo mantenha-se em equilíbrio estático é necessário que as 3 equações da estática sejam
satisfeitas.
Σ Fx = 0 Σ Fy = 0 ΣMz = 0
OBS 1 : As cargas distribuidas devem ser substituidas por suas respectivas resultantes (este artifício é
válido sómente para o cálculo das reações externas).
OBS 2 : Como escolhemos direções de referência (x e y) as cargas que não estiverem nestas direções
devem ser decompostas nestas direções, ou seja, substituidas por um sistema equivalente.
OBS 3 : Resolvido o sistema de equações, as reações que resultarem negativas devem ter o seu sentido
invertido.
Exemplo 1 :
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CAPÍTULO IV
I. INTRODUÇÃO
Vimos até aqui que quando existe um sistema de cargas ativas atuando em um corpo são desenvolvidas
cargas externas reativas, capazes de manter o equilíbrio do corpo, que calculamos com a aplicação das
equações fundamentais da estática.
ΣFx = 0 ΣFy = 0 Σ Mz = 0
1. O equilíbrio não leva em conta o modo como o corpo transmite as cargas para os apoios.
2. O corpo quando recebe carregamento vai gradativamente deformando-se até atingir o equilíbrio ,
onde as deformações param de aumentar(são impedidas internamente), gerando solicitações internas.
3. O equilíbrio ocorre na configuração deformada, que admitimos ser bem próxima da inicial (campo
das pequenas deformações).
Pretendemos analisar quais os efeito que a transmissão deste sistema de cargas externas aos apoios
provoca nas diversas seções que constituem o corpo em equilíbrio.
Para tanto, suponhamos o corpo em equilíbrio, sob efeito de um carregamento qualquer. Se cortarmos
este corpo por um plano qualquer (π), rompemos o equilíbrio pois destruimos sua cadeia molecular, na
seção "S" de interseção do plano com o corpo.
Para que as partes isoladas pelo corte permaneçam em equilíbrio, deve-se aplicar , por exemplo, sobre a
parte da esquerda, a ação que a parte da direita exercia sobre ela ou seja, resultante de força ( R ) e
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resultante de momento ( M ). O mesmo deve ser feito com a parte da esquerda cujas resultantes estão
também representadas.
As resultantes nas seções de corte de ambos os lados devem ser tais que reproduzam a situação original
quando as duas partes forem ligadas novamente, ou seja, pelo princípio da ação e reação devem ser ser
de mesmo módulo, mesma direção e sentidos opostos.
R e M são as resultantes das solicitações internas referidas ao centro de gravidade da seção de corte da
barra.
Quando queremos saber o que acontece em uma seção S de uma peça, devemos cortar a peça na
seção desejada, isolar um dos lados do corte (qualquer um ) e podemos dizer que no centro de
gravidade esta seção devem aparecer esforços internos (resultante de força e de momento) que
mantém o corpo isolado em equilíbrio.
Estes esforços representam a ação da parte retirada do corpo. Em isostática a seção de referência
adotada será a seção transversal das peças em estudo.
Os esforços estão associados às deformações que provocam e se classificam de acordo com elas.
Sabemos também que um vetor no espaço pode ser decomposto segundo 3 direções que escolhermos e
adotaremos 3 direções perpendiculares entre si no espaço (x,y,z).
Vamos decompor os vetores resultantes R e M segundo estas tres direções escolhidas e teremos:
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Observe que escolhemos 3 direções perpendiculares entre si com a seguinte característica: 2 direções
contidas pela seção de corte e a terceira perpendicular à seção de corte.
N - Esforço Normal
Q - Esforço Cortante
M - Momento Fletor
Mt - Momento Torsor
Podemos definir esforço normal em uma seção de corte como sendo a soma algébrica das componentes
de todas as forças externas na direção perpendicular à referida seção (seção transversal),ou seja, todas
as forças de um dos lados isolado pelo corte na direção do eixo x.
N = Σ Fx ext .
Representando duas seções infinitamente próximas entre si, o efeito do esforço normal será de
provocar uma variação da distancia que separa as seções, que permanecem planas e paralelas.
As fibras longitudinais que constituem estas seções também permanecem paralelas entre si, porém com
seus comprimentos alterados (sofrem alongamentos ou encurtamentos)
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O esforço normal será considerado positivo quando alonga a fibra longitdinal e negativo no caso de
encurtamento.
Podemos definir esforço cortante em uma seção de referência como a soma vetorial das componentes
do sistema de forças de um dos lados do corte (referência), sobre o plano da seção considerada.
Não é usual entretanto, trabalharmos com a soma vetorial e sim com suas componentes segundo dois
eixos de referência contidos pela seção, podendo resultar em 2 esforços (Qy e Qz) obtidos pela soma
algébrica das componentes das forças do sistema nestas direções.
Qy = Σ Fyext Qz = ΣFzext
Os esforços cortantes (Qy,Qz) serão positivos, quando calculados pelo somatório das forças situadas à
esquerda seguem o sentido arbitrado para os eixos e quando calculados pelo somatório das forças à
direita forem contrários aos eixos.
Podemos definir momento fletor em uma seção de referência como a soma vetorial dos momentos
provocados pelas forças externas de um dos lados da referência em relação aos eixos contidos pela
seção de referência (eixos y e z).
Não é usual entretanto trabalharmos com a soma vetorial optando-se pelo cálculo separado dos
momentos em relação aos eixos y e z, tranformando a soma em algébrica.
My = Σmyext Mz = Σ mzext
O efeito do momento fletor é provocar o giro a seção tranversal em torno de um eixo contido pela
própria seção.
As fibras de uma extremidade são tracionadas enquanto que na outra são comprimidas (as seções giram
em torno do eixo na qual se desenvolve o momento, mas permanecem planas).
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Momento Torsor :
Podemos definir momento torsor em uma seção de referência como a soma algébrica das componentes
dos momentos das forças externas de um dos lados da referência em relação ao eixo longitudinal da
peça (eixo x).
Mt = Σ mxext
A convenção de sinais adotadas para o momento torsor é análoga à do esforço normal, ou seja, o
momento torsor é considerado positivo quando sua seta representativa está saindo da seção de
referência (regra da mão direita).
Cargas contidas em um único plano, por ex: plano x , y (caso mais comum)
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Esforços desenvolvidos:
A. CONVENÇÕES:
Conforme já vimos, se cortarmos uma estrutura por uma seção, nesta seção devem aparecer esforços
que equilibrem o sistema isolado (solicitações internas).
Vamos tratar de estruturas sujeitas à carregamento plano onde os esforços desenvolvidos são o esforço
normal N (ΣFx), o esforço cortante Qy (ΣFy) ou simplesmente Q e o momento fletor Mz ou
simplesmente M. Com o fim de uniformizarmos a nossa representação vamos representar graficamene
as convenções para o sentido positivo destas solicitações.
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Se desejarmos calcular a solicitação desenvolvida em uma seção qualquer de uma peça carregada,
usamos o método das seções:
Cortamos a peça na seção desejada e isolamos um dos lados do corte (qualquer um).
Na seção cortada devems ser desenvolvidas solicitações que mantém o sistema isolado em equilíbrio.
Exemplo:
Calcule as solicitações desenvolvidas na seção intermediária da viga abaixo.
q. l
VA = VB =
2
Cortando e isolando um dos lados do corte:
q. l q. l
Σ Fy = 0 ∴ Q− + =0 ∴ Q=0
2 2
q. l l q. l l
Σ MS = 0 ∴ M+ . − . =0
2 4 2 2
q. l 2
Ms =
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Ao efetuarmos esta sucessão de cortes, observamos que as equações de equilíbrio formadas são as
mesmas, com mudança apenas na distancia da seção cortada a referência.
Poderíamos generalizar este procedimento,criando uma variável, por exemplo "x", que representasse
esta distancia de uma forma genérica.
onde 0 ≤ x ≤ l
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Então:
Σ Fx = 0 N=0
q. l q. l
Σ Fy = 0 Q− + q. x = 0 ∴ Q = − q. x +
2 2
x q. l q. l q. x 2
Σ MS = 0 M + q. x . − .x M= .x − x
2 2 2 2
C. PONTOS DE TRANSIÇÃO
Vamos iniciar com um exemplo, calculando as solicitações desenvolvidas nas seções S1 e S2 da viga
abaixo:
VA = Pb/l VB = Pa/l
S1: 0 ≤ x1 ≤ a
Σ Fx = 0 N=0
Σ Fy = 0 Q-Pb/l = 0 Q = Pb/l
S2 : a ≤ x2 ≤ l
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Σ Fx = 0 N=0
Σ Fy = 0 Q + P - Pb/l = 0 Q = Pb/l - P
M = Pb/l . x2 - P(x2 - a)
Constatamos que x1e x2 nunca podem se sobrepor, pois dão origem a equações diferentes (na 2ª não
entra a carga P) e então podemos chama-los genericamente de x e distinguir os trechos de validade dos
mesmos.
1o trecho 2o trecho
0≤x≤a a≤x≤l
equações válidas para o primeiro trecho equações válidas para o segundo trecho
Q(x) = Pb/l Q(x) = Pb/l - P = -Pa/l
M(x) = Pb/l.x M(x) = Pb/l.x - P(x-a)
No exemplo acima intuitivamente nós identificamos um ponto de transição, que seria o ponto de
aplicação da carga P, a partir do qual há a mudança na equação.
Conforme foi visto há a necessidade de analizarmos um trecho antes e outro depois deste ponto
de transição.
Podemos generalizar o acima dizemos que sempre que houver um ponto de transição devemos proceder
desta maneira.
Podemos definir ponto de transição, de maneira análoga, como todo o ponto em que há alteração no
carregamento:
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De acôrdo com o que foi visto, podemos calcular as solicitações como funções da variável x, com
trecho de validade pré-estabelecido, obtendo assim equações gerais para as mesmas, com validade nos
diversos trechos vistos.
Quando quisermos o valor da solicitação em uma seção em especial , de ordenada x conhecida, basta
substituirmos nas equações o valor de x pela ordenada numérica desejada.
Em geral nos interessa o valor das solicitações em toda a estrutura e não apenas em pontos específicos
da mesma, e estas são representadas por suas equações.
Este procedimento de cálculo poderia ser sintetizado em um roteiro simples. Dado o esquema estrutural
da peça (vínculos,cargas ativas e vãos):
3. Usar o método de corte de seções em cada um destes trechos, adotando como posição genérica desta
seção a variável x, que valerá dentro dos limites dos trechos.
4. Supomos em cada seção cortada o aparecimento das solicitações previstas, que devem ser arbitradas
com o sentido convencionado positivo.
5. Aplicam-se as equações de equilíbrio estático em cada um dos cortes, obtendo-se então as equações
desejadas.
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34
OBS: As cargas distribuidas não mais podem ser substituidas por suas resultantes totais, mas sim por
resultantes parciais nos trechos considerados.
D. RELAÇÕES DIFERENCIAIS
Suponhamos uma estrutura sujeita à um carregamento que varia com a função q(x) e consideremos
duas seções infinitamente próximas (S1 e S2)
Em cada uma das seções estarão representados os efeitos da parte da estrutura retirada.
O cortante Q em S1 será a soma de todas as forças verticais até a seção, e na seção S2 será Q+dQ pois
dQ representa o acréscimo de cargas verticais que atuam em dx.
dQ
-q(x) =
dx
Analogamente:
Daí resulta:
dM = Q.dx ou ainda
dM
Q=
dx
Q(x) = − q( x ). dx
M(x) = Q( x ). dx = − q( x ). dx
QUADRO RESUMIDO
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36
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37
CAPÍTULO V
I. INTRODUÇÃO
É claro que podemos entender que a capacidade que um material tem de resistir
as solicitações que lhe são impostas é limitada, isto é, pode ocorrer a ruptura do
corpo quando o carregamento for excessivo, portanto é necessário conhecer esta
capacidade para que possamos projetar com segurança.
II. TENSÕES
ou graficamente:
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38
Como a tensão é um elemento vetorial ela pode, como qualquer vetor, ser
decomposta no espaço segundo 3 direções ortogonais que queiramos, e, portanto
escolheremos como referência de costume 2 direções contidas pelo plano da seção
de referência "S" (x,y) e a terceira perpendicular à este plano (n).
sendo:
N N → Esforço Normal desenvolvido
σ =
A A→ Área da seção transversal
ΣFy = 0 ∴ Q=0
Σ Ms = 0 ∴ M=0
Σ Fx = 0 ∴ N-F=0
N=F
Deformação específica longitudinal (εε)
Seja:
li → comprimento inicial da barra
lf → comprimento final da barra
∆l →deformação total
∆l = l f - l i
∆l
ε =
li
Neste exemplo ∆ l 0
portanto ε 0
b. sinal:
(+) - alongamento→ Corresponde à uma tensão de tração que também será positiva
(-) - encurtamento → Corresponde à uma tensão de compressão que também será
negativa
c. Unidade:
- adimensional quando tomarmos para ∆l a mesma unidade que para li
-Taxa milésima (o/oo) - Nestes casos medimos ∆l em mm e li em m(metros).
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41
Isolando:
Aplicando as equações de equilíbrio:
Σ Fx = 0
Q-P=0 ∴ Q=P
Σ MS = 0
t
M - P.t/2 =0 ∴ M = P.
2
Como teríamos apenas uma área sujeita à uma força contida em seu plano e
passando pelo seu centro de gravidade, para o cálculo das tensões desenvolvidas
adotaríamos a da distribuição uniforme, dividindo o valor da força atuante pela área
de atuação da mesma, área esta denominada de ÁREA RESISTENTE, que deveria
então ser o objeto da nossa análise.
A distribuição uniforme nos diz que em cada ponto desta área a tensão
tangencial teria o mesmo valor dada por:
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42
Q
τ =
Aresist
Distorção Específica ( γ )
Medida de deformação de corpos submetidos a tensões tangenciais.
Vamos supor um bloco com arestas A, B, C e D, submetido a tensões
tangenciais em suas faces. Para melhor visualizarmos a deformação vamos
considerar fixa a face compreendida pelas arestas A e B.
CC' DD'
tg γ = =
CA DB
CC' DD'
γ ≅ =
CA DB
a. Conceito:
Distorção específica é a relação entre o deslocamento observado e a
distância respectiva, medida perpendicular ao deslocamento. Representa
fisicamente a variação que sofre o ângulo reto de um corpo submetido a tensões de
cisalhamento.
b. Unidade:
As observações quanto a unidade da distorção seguem as da deformação específica
longitudinal: adimensional ou taxa milésima, ressalvando-se que quando
adimensional representa um arco expresso em radianos.
Robert Hooke em 1678 enunciou a lei que leva o seu nome e que é a base de
funcionamento dos corpos em regime elástico.
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43
Expressões analíticas:
σ
= E(mod. de elasticidade longitudinal)
ε
τ
= G( mod. de elasticidade transversal)
γ
Estes módulos de elasticidade são constantes elásticas de um material, e são
determinados experimentalmente.
Conceito:
Deformação específica transversal é a relação entre a deformação
apresentada e o seu comprimento respectivo, ambos medidos em direção
perpendicular à da tensão.
∆D
εt =
D
Os estudos de Poisson sobre a deformação transversal nos levam as
seguintes conclusões:
1. ε e εt tem sempre sinais contrários
2. As deformações específicas longitudinais e transversais são proporcionais em
um mesmo material
εt
= −µ
ε
O coeficiente de Poisson é a terceira constante elástica de um material, também
determinada experimentalmente.
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44
∆ a ∆b
= = ε t = cons tan te
a b
E
G=
2( 1 + µ )
reta AB - Indica a
proporcionalidade entre
σ x ε , portanto o período em
que o material trabalha em
regime elástico (lei de
Hooke). Deformações
reversíveis.
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45
σp - Tensão de proporcionalidade
Representa o limite do regime elástico.
σe - Tensão de escoamento
Quando é atingida a tensão de escoamento o material se desorganiza internamente
(a nível molecular) e sem que se aumente a tensão ao qual ele é submetido,
aumenta grandemente a deformação que ele apresenta.
B. MATERIAIS FRÁGEIS
EXERCÍCIOS :
1. Uma barra de latão de seção circular de diâmetro 3 cm está tracionada com uma
força axial de 50 kN. Determinar a diminuição de seu diâmetro. São dados do
material o módulo de elasticidade longitudinal de 1,08 . 104 kN/cm2 e o seu
coeficiente de Poisson 0,3.
R: 5,89 . 10-4 cm
R: 0,000133
R: 625,212 cm3
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47
4. Uma barra de alumínio de seção circular de diâmetro 1. 1/4" está sujeita à uma
força de tração de 5.000 kgf. Determine:
a. Tensão normal (a) 651,89 kgf/cm2
b. Deformação específica longitudinal (b) 0,000815
c. Alongamento em 8" (c) 0,163 mm
d. Variação do diâmetro (d) - 0,006 mm
e. Variação da área da seção (e) ≅ -0,3 mm2
f. Variação de volume em um comprimento de 200 mm (f)≅ 65 mm3
R : P ≅ 1.900 kN
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48
R: 6,32 cm
8. Aplica-se à extremidade C da barra de aço ABC uma carga de 66,7 kN. Sabe-se
que Eaço é de 2,1.104 kN/cm2. Determinar o diâmetro "d" da parte BC para a
qual o deslocamento do ponto C seja de 1,3 mm.
R: 21,8 mm
R: P ≅ 84 kN
10. O fio de aço CD de 2 mm de diâmetro tem seu comprimento ajustado para que
sem nenhum carregamento exista uma distancia média de 1,5 mm entre a
extremidade B da viga rígida ABC e o ponto de contato E. Pede-se determinar
em que ponto deve ser colocado o bloco de 20 kgf sobre a viga de modo a
causar contato entre B e E.
Dados do aço: E = 2 . 104 kN/cm2.
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49
R: x = 10 cm
11. Uma barra de aço tem seção transversal de 10 cm2 e está solicitada pelas
forças axiais indicadas. Determinar as tensões desenvolvidas nos diversos
trechos da barra.
12. Uma barra de aço colocada na horizontal mede 5 m. Calcular o seu alongamento
quando suspensa verticalmente por uma extremidade. Dados do aço:
E = 2,1 . 104 kN/cm2 γ = 80 kN/m3
R: 0,004763 mm
13.Uma guilhotina para cortes de chapas tem mesa com 2 metros de largura de
corte e 450 kN de capacidade. Determinar as espessuras máximas de corte em toda
a largura para as chapas :
a. Aço ( τ = 220 MPa ) R: (a) 0.10 cm
b. Cobre ( τ = 130 MPa ) (b) 0.17 cm
c. Alumínio ( τ = 70 MPa ) (c) 0.32 cm
14.As chapas soldadas abaixo na figura tem espessura de 5/8". Qual o valor de 'P'
se na solda usada a tensão admissível ao cisalhamento é de 8 kN/cm2. Determine
também o menor trespasse possível adotando-se todas as possibilidades de solda.
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50
R: P ≤ 356.16 kN
g ≥ 14 cm
R: 1.528 Kgf/cm2
16.De acôrdo com a figura, a força P tende a fazer com que a peça superior (1)
deslize sobre a inferior (2). Sendo P = 4.000 Kgf, qual a tensão desenvolvida no
plano de contato entre as duas peças?
R: 4,71 kN/cm2
R: 231,91 kN
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51
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52
CAPÍTULO VI
MOMENTOS ESTÁTICOS, BARICENTROS E MOMENTOS DE INÉRCIA
I.MOMENTOS ESTÁTICOS
sx = y. dA sy = x. dA
Sx = y. dA Sy = x. dA
A A
Seja:
G - baricentro da superfície com coordenadas à determinar (xG; yG)
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53
por definição:
Sx = y. dA
A
Sx
Sx = yG . A ∴ yG = ou
A
como A (área total) pode ser calculado pela soma dos elementos de área que a
constituem:
A = dA então :
A
y. dA
yG = A
dA
A
analogamente:
x. dA
xG = A
dA
A
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54
jx = y2 . dA jy = x2 . dA
Momento de inércia de uma superfície em relação a um eixo é a soma dos
momentos de inércia em relação ao mesmo eixo dos elementos de área que a
constituem.
2
y . dA
2
Jx = ou Jy = x . dA
A A
Jx = JxG + A.dy2
Jy = JyG + A.dx2
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55
V. DECOMPOSIÇÃO DE SUPERFÍCIES
VI.RAIO DE GIRAÇÃO
i= J/A
-Se a área A apresentar somente 1(um) eixo de simetria este eixo é um EIXO
PRINCIPAL CENTAL DE INÉRCIA o outro eixo é perpendicular a ele passando pelo
baricentro.
EXERCÍCIOS:
1. Determinar a posição do centro de gravidade das figuras abaixo (medidas em
cm):
a. b.
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56
R: XG = 5,00 R: XG = 6,00
YG = 9,66 YG = 9,17
c. d.
R: YG = 2,60 R: YG = 27
XG = 6,57 XG = 25
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57
c. d.
TABELAS:
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58
b. h 3 h. b 3
Jx = Jy =
3 3
b. h 3 h. b 3
J xG = JyG =
12 12
b. h 3 h. b 3
Jx = Jy =
12 12
b. h 3 h. b 3
J xG = JyG =
36 36
b. h 3
Jx =
12
b. h 3 h. b 3
J xG = JyG =
36 48
π. R 4
Jx = Jy =
4
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59
CAPÍTULO VII
FLEXÃO PURA
I . ELEMENTOS DE VIGA
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60
Mecânica dos Sólidos E- Notas de aula – Profas Silvia Kalil / Maria Regina Leggerini
61
É o caso mais simples e o mais comum de flexão. Podemos ainda dizer que
na flexão o natural é o Plano de Solicitações vertical pois é o plano que contém as
cargas peso.
Vamos iniciar o nosso estudo por um caso simples de uma viga de seção
transversal retangular, e sujeita a cargas peso, conf. abaixo:
Conclusões:
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62
linha não existe tensão normal. Chamamos esta linha de LINHA NEUTRA (LN) e
neste exemplo ela coincide com o eixo x , que é principal central de inércia da
seção transversal retangular.
notações e convenções:
σ - Tensões Normais : (+) tração (-) compressão
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63
Mx
σy = .y
Jx
Observando esta expressão, podemos notar que a tensão desenvolvida
depende diretamente do momento fletor que atua na seção (responsável pela
tendência de giro), e é inversamente proporcional ao momento de inércia da
seção, o que se explica, pois o momento de inércia representa fisicamente
resistência ao giro.
A tensão também é diretamente proporcional a ordenada y, que representa
a distância da fibra em que se deseja calcular a tensão até a linha neutra, ficando
de acordo com a lei de Hooke (proporcionalidade entre tensão e deformação), pois
as deformações crescem com a distancia à Linha Neutra .
OBS:
1. Esta expressão nos permite calcular a tensão normal desenvolvida devido ao
momento fletor em qualquer ponto de qualquer seção da viga considerada.
Mx Mx
σmáxT = . ymáxT σmáxC = . ymáxC
Jx Jx
σmáxT = |σmáxC|
Nestes casos
|ymáxc | ≠ ymáxt
então:
σmáxT ≠ |σmáxC|
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65
OBS: Nas seções não simétricas as convenções devem ser observadas com
cuidado pois a simples inversão de qualquer sentido ou sinal torna os
resultados diferentes dos observados na prática.
Jx
Wx =
ymáx
Mx
σ máx =
Wx
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66
Ex 1: Qual a forma mais conveniente para ser utilizada em uma viga sujeita à
flexão, optando-se entre uma seção quadrada e outra circular, ambas de mesma
área?
EXERCÍCIOS:
2. Projetar uma peça com seção retangular com altura igual ao dobro da base
para servir como viga conforme a figura abaixo.. A viga será construída com
material dúctil que apresenta tensão de escoamento de 400 MPa. Despreze o
esforço cortante e adote segurança 2,5.
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67
20kN/m
20kN/m
5. A viga da figura deve ser construída com material dúctil que apresenta tensão
de escoamento de 300 MPa. A seção transversal deve ser uma coroa circular
de Re = 2.Ri. Dimensione-a com segurança 3.
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68
6. Determinar o máximo valor possível para a carga "q" à fim de que a peça
abaixo de seção retangular 20 x 40 cm resista ao carregamento indicado com
segurança 3.
Dados: σT = 30 MPa | σC | = 120 MPa s=3
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CAPÍTULO III
TORÇÃO SIMPLES
I.INTRODUÇÂO
II. HIPÓTESES
b)Se em uma face da peça existir uma tensão tangencial, então, na face
perpendicular à ela, também existirá uma tensão de mesmo módulo e sentido
oposto a primeira.
σ
= E (mod . de elasticidade longitudinal)
ε
τ
= G (mod .de elasticidade transversal)
γ
=tag.
= = AB / L = r / L
= /L
r r
Mt = τ .ρ. dS = ρ.ρ.dS
0 0
τ = a.ρ
Mas:
r
Jt = ρ 2 .dS
0
Assim:
Mt
a=
Jt
Mt
τ= .ρ
Jt
Para uma peça de seção circular teremos:
Mt
τ= .r
Jt
r = 0 (centro da circunferência) τ =0
Mt
τmáx = .R Jt =
π
R4
r = R(contorno da seção Jt 2
Mt
τmáx = . Re
Jt
π
Jt =
2
(R e
4
- Ri 4 )
r.θ M t. .r τ M t r / Jt M t l
γ = τ= G= = . = ..
l Jt γ r.θ / l Jt θ
M t. l
θ= .
G Jt
EXERCÌCIOS:
R:
N - potência do motor em CV
n - frequência do motor em r.p.m
N
Mt = 716, 2
n
R: 842,2 CV
R: 2,14 kN/cm2
7.O eixo de seção variável, como se indica na figura, é de aço com módulo de
elasticidade transversal 0,84 . 104 kN/cm2 . Na extremidade inferior do eixo é
aplicado um torsor de 6 kN.m e na seção B um torsor de 9 kN.m, com os
sentidos indicados. Determine a tensão de cisalhamento máxima nos dois
trechos de seção constante e o deslocamento angular de B e C.
4.
8. Considere dois eixos maciços ligados por duas engrenagens de 10" e 2", tal
como se indica. Os eixos são apoiados por mancais de forma que não sofrem
flexão. Determine o deslocamento angular de D em relação a A, produzido pelo
torsor de 30 Kgf.m aplicado em D. O eixo da esquerda é de aço (G = 0,84 . 104
kN/cm2) e o da direita de latão (G = 0,35 . 104 kN/cm2 ).
R : 0,1584 rad
11. Um eixo maciço de aço com seção circular é envolvido por um tubo de cobre,
rigidamente ligado ao aço. O conjunto está solicitado a torção. Sabendo-se que
o cobre absorve 1,5 vezes o torsor do aço, pede-se determinar a relação entre
os diâmetros interno e externo do tubo de cobre. Dados:
Gaço = 0,84 . 104 kN/cm2 GCu = 0,42 . 104 kN/cm2
R: De = 2 . Di
R: a. 70,7 MPa
b. 35,4 MPa
c. 6,25 %
R: a. 8,34
kN/cm2
b. 8,15 kN/cm2
15. Dois eixos maciços são ligados por engrenagens como mostra a figura. Sabe-
se que o material de cada eixo tem G = 0,8.104 kN/cm2 e tensão de
cisalhamento admissível de 55 MPa. Determine:
a. Maior torque To que se pode aplicar a extremidade A do eixo.
b. Ângulo de rotação da extremidade A correspondente a To..
c. Ângulo de rotação da extremidade B.
R: 62,3 mm
R: VA = VB 27,5 KN
HA = 25,98 KN
2.
R: VA = - 5 kN
VB = 95 kN
HA = 0
3.
R: VA = 0,59 kN
VB = 51,05 kN
HB = 14 kN (← )
4.
R: VA = 98,4 kN
VB = 16,6 kN
HA = 0
5.
Estruturas Isostáticas – DECivil . PUCRS- Profas: Maria Regina Costa Leggerini / Sílvia Baptista Kalil
2
R: VA = - 8,75 kN
VB = 8,75 kN
HA = 0
6.
R: VA = 60 kN
VB = 0
HA = 0
7.
R: VA = 27,5 kN
VB = 62,5 kN
HB = 0
8.
R : VA = 40 kM
HA = 0
MA = 75 kN.M (anti horário)
9.
R: VA = 70 kN
HA = 0
MA = 140 kN.m (anti hor)
10.
Estruturas Isostáticas – DECivil . PUCRS- Profas: Maria Regina Costa Leggerini / Sílvia Baptista Kalil
3
R: VA = 73,4 kN
HA = 25 kN (←)
MA = 68,3 kN (anti hor)
Estruturas Isostáticas – DECivil . PUCRS- Profas: Maria Regina Costa Leggerini / Sílvia Baptista Kalil