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CIMENTO PORTLAND

Como o é fabricado?
A fabricação do cimento Portland baseia-se em três etapas
fundamentais:

1. Moagem e mistura da matéria-prima (90% calcário e 10% argila)

2. Produção do clínquer (forno rotativo a 1450ºC + arrefecimento


rápido)
Arrefecimento
substantivo masculino
1.
perda de calor, queda de temperatura; esfriamento, resfriamento.

3. Moagem do clínquer, mistura com gesso e aditivos (pozolana, escória)


CIMENTO PORTLAND

Todo cimento tem a adição de gesso. O gesso tem a função


de retardar a pega do cimento para que ele não endureça
rapidamente, ou seja, aumenta o tempo de aplicação do
cimento.
CP I, II, III, IV, V – entenda a classificação do cimento Portland.
Matéria base das nossas construções, o cimento Portland é um fino pó
que – misturado à água – se solidifica de forma permanente. Seu
sobrenome faz referência às rochas da ilha de Portland, utilizadas nas
antigas construções inglesas.

Após processos de moagem, altas temperaturas e


resfriamento, o clínquer vira pó.
• Com outras matérias-primas, o cimento transforma-se em concreto e argamassa
para a construção de casas, prédios, pontes. Em sua composição há o clínquer,
gesso e adições que formam diversos tipos de cimento Portland.
• O clínquer é composto por calcário e argila, extraídos de jazidas próximas às
fábricas de cimento do país. Após processos de moagem, altas temperaturas e
resfriamento, transforma-se em pó. Esse processo provê ao clínquer a qualidade
de ligante hidráulico que, ao entrar em contato com a água, torna-se pastoso e
endurece.

Tintas que pigmentam o cimento branco para projetos


arquitetônicos.
Ao clínquer juntam-se adições que só fazem aumentar a qualidade do cimento.

Entre elas estão o gesso, escórias de alto-forno, materiais pozolânicos e carbonáticos. Mesmo em
pequena porcentagem, o gesso é presença obrigatória no cimento.
As outras adições dão ao cimento uma qualidade a mais.

A função do gesso é a de retardar o tempo de pega.


As escórias de alto-forno também possuem a propriedade de ligante hidráulico e aumentam a
resistência e a durabilidade de cimentos e argamassas.
Os materiais pozolânicos conferem maior impermeabilidade enquanto os materiais carbonáticos
aumentam a trabalhabilidade.
Os cimentos são diferentes nas regiões brasileiras. Sendo um material perecível,
ele deve provir de fábricas próximas à obra.

Enquanto a escória é utilizada no Sudeste, cimentos com adições de pozolana são


aplicados em construções do Nordeste.

Os cimentos não são todos iguais. Existe no mercado vários tipos de cimentos cada
um com uma característica.
Conheça agora cada um deles para escolher o melhor
para a sua obra.
CIMENTO PORTLAND

Tipo de Cimento Adições Sigla

CP I-S 32
Cimento Portland Comum Escória, pozolana ou fíler (até 5%)
CP I-S 40

CP II-E 32
Escória (6-34%)
CP II-E 40

Cimento Portland Composto Pozolana (6-14%) CP II-Z 32

CP II-F 32
Fíler (6-10%)
CP II-F 40

CP III 32
Cimento Portland de Alto-Forno Escória (35-70%)
CP III 40

Cimento Portland Pozolânico Pozolana (15-50%) CP IV 32

Cimento Portland de Alta


Materiais carbonáticos (até 5%) CP V-ARI
Resistência Inicial

Cimento Portland Resistente aos Estes cimentos são designados pela sigla RS. Ex.: CP III-40 RS, CP V-ARI
Sulfatos RS

Informações da ABCP.
Confira, a seguir, possíveis aplicações e as normas brasileiras
relacionadas a cada tipo de cimento:

• CIMENTO PORTLAND COMUM CP I E CP I-S


• NBR 5732

• CP I
• É o cimento sem nenhuma adição, além do gesso. Indicado para todas as construções de concreto que não
exijam propriedades especiais e não tenham contato com sulfatos do solo ou águas subterrâneas.
• CP I-S
• Indicado para as mesmas aplicações do cimento comum, porém possui adições (escória, pozolana ou fíler).
• CIMENTO PORTLAND COMPOSTO
• NBR 11578
Por gerar calor em menor velocidade, é indicado para
lançamentos maciços de concreto, quando o volume
de concreto e sua superfície pequena não possibilitam
o resfriamento da massa. Os cimentos compostos têm
resistência quando expostos a sulfatos.
• CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-E
• (com adição de escória granulada de alto-forno)
Indicado para estruturas que requerem desprendimento lento de calor e
que estão expostas a sulfatos.

• CIMENTO PORTLAND CP II-Z
• (com adição de material pozolânico)
Cimento que apresenta maior impermeabilidade e, assim, durabilidade.
Indicado para construções no geral, subterrâneas, marítimas e
industriais.
CIMENTO PORTLAND COMPOSTO CP II-F
(com adição de material carbonático – fíler)
Indicado para construções em geral no preparo de concreto simples, armado,
elementos pré-moldados, argamassas de revestimento, assentamento, entre
outros.

CIMENTO PORTLAND DE ALTO-FORNO CP III


NBR 5735
Com maior impermeabilidade, baixo calor de hidratação, alta resistência à
expansão e resistência a sulfatos. É aplicado em construções de concreto-
massa: ambientes agressivos, peças de grandes dimensões, concretos com
agregados reativos, obras submersas.
CIMENTO PORTLAND POZOLÂNICO CP IV
NBR 5736
Possui baixo calor de hidratação e é indicado em construções expostas
à água ou agressividades.

CIMENTO PORTLAND DE ALTA RESISTÊNCIA INICIAL CP V ARI


NBR 5733
Seus valores de resistência à compressão superam os valores
normativos. É indicado para concreto e argamassa em construções que
demandem resistência inicial elevada e rápida desenforma.
CIMENTO PORTLAND RESISTENTE A SULFATOS CP (RS)
NBR 5737
Cimento com resistência em ambientes agressivos sulfatados
(alguns solos, água do mar, rede de esgoto e de produtos
químicos).

CIMENTO PORTLAND DE BAIXO CALOR DE HIDRATAÇÃO (BC)


NBR 13116
Cimentos “BC”, de baixo calor, retardam o desprendimento do
calor em peças com grande volume de concreto o que evita o
aparecimento de fissuras.
CIMENTO PORTLAND BRANCO (CPB)
NBR 12989
Seu diferencial está na cor, por ser branco pode ser colorido
através de pigmentação. O CPB é utilizado para aplicações
estruturais arquitetônicas e não estruturais.

Texto baseado em informações da Associação Brasileira de


Cimento Portland – ABCP.

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