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Montes Claros – MG
AGRADECIMENTO
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Apostila de Materiais de Construção II – Profª Nara Miranda de Oliveira Cangussu
SUMÁRIO
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Apostila de Materiais de Construção II – Profª Nara Miranda de Oliveira Cangussu
CIMENTO PORTLAND
São materiais pulverulentos que quando misturados com água formam uma pasta
resistente capaz de aglutinar os agregados, originando os concretos e argamassas.
Características
• Aglomerante hidráulico;
• Denominação devido à semelhança com as pedras calcárias de Portland, uma
ilha situada ao sul da Inglaterra;
• Endurece sob a ação da água;
• Após endurecido, ainda que seja submetido à ação da água novamente, não se
decompõe mais;
• Material mais ativo, do ponto de vista químico, nos concretos;
• Constituído de silicatos e aluminatos de cálcio.
Nota: o gesso é uma adição presente em todos os tipos de cimento, pois sem sua adição à
moagem do clínquer, ao entrar em contato com a água, o cimento endureceria quase que
instantaneamente.
Etapas de produção:
Calcário
Onde,
CaCO3= Carbonato de Cálcio
CaO = Óxido de Cálcio
CO2 = Dióxido de Carbono
Argila
O CaO do calcário reage com Al2O3, Fe2O3 eSiO2 da argila (temperatura até 1450°C)
formando os constituintes do clínquer.
Onde,
Areia
Minério de Ferro
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Gesso
Pozolanas
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Materiais carbonáticos
Minerais carbonáticos moídos quando presentes no cimento são conhecidos como fíler
calcário e servem para tornar os concretos e argamassas mais trabalháveis,
funcionando como um verdadeiro lubrificante.
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Tipos de cimento Portland
Em menor escala são consumidos, seja pela menor oferta, seja pelas características
especiais de aplicação, os seguintes tipos de cimento:
Comum CP I 100 0
Comum com adição CP I - S 99 – 95 1-5
Composto com Escória CP II - E 89 – 56 11 - 34 0 0 - 10
Composto com Pozolana CP II - Z 89 – 70 0 11 - 20 0 - 10
Composto com Fíler CP II - F 94 - 90 0 0 6 - 10
Alto Forno CP III 62 - 25 35 - 70 0 0-5
Pozolânico CP IV 79 - 50 0 21 - 45 0-5
Alta Resistência Inicial CPV - ARI 100 - 95 0 0 0-5
Resistente a Sulfatos RS - - - -
Baixo Calor de Hidratação BC - - - -
Branco Estrutural CPB 100 - 75 - - 0 - 25
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Descrição no saco de cimento
Influências ativas
Finura:
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Método por peneiramento (peneira 75mm) – NBR 15579
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de cimentos contendo materiais ultrafinos o ensaio pode não fornecer resultados
significativos.
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Expansibilidade
Fabricação do clínquer:
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Tempo de pega
Definições:
Agulha de Vicat
Calor de Hidratação
Efeitos atenuantes:
Onde,
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Cimentos ricos em C3A oferecem pega rápida podendo ser feita sua correção com
gesso.
Cura
Deve ser iniciada após o fim de pega impedindo a evaporação da água por ação do
vento e do calor durante um tempo mínimo de 07 dias.
Falsa pega
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Ocorre quando a pasta, argamassa ou concreto perde a plasticidade com menor tempo
previsto, e com nova remistura sua plasticidade é recuperada. Quando a temperatura
de moagem do cimento é acima de 128°C, ela desencadeia a dissociação do sulfato de
cálcio do gesso, que modifica os tempos de pega. O gesso não bloqueia o C3A.
Frasco de Le Chatelier
Endurecimento
C3S = Silicato tricálcio – resistência nas primeiras idades – Escória básica (Aço);
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C2S = Silicato bicálcio – resistência em longo prazo – Escória ácida (Ferro).
Resistência a
Nota: a cada 10% de água a mais, perde-se 03 MPa de resistência.
NBR - 5737
CP de Alta
Sulfatos
2600
AGREGADOS
6,5
10
20
15
*
*
*
4
1
São materiais sem forma ou volume definidos, de dimensões e propriedades
adequadas às obras de engenharia, em particular à produção de argamassas e
CP de Moderada
2600
320
Resistência a
6,5
15
10
20
32
NBR - 5737
concretos de cimento Portland.
*
4
1
Ex.: pedra britada, cascalho e areias naturais ou obtidas por moagem de rocha.
2600
250
6,5
15
15
25
*
*
4
8
2900
CP Pozolânico
320
12
10
18
32
40
*
6
4
(EB-758)
2500
250
12
15
25
32
*
6
4
7
CP de Alto Forno
2800
320
10
10
20
32
40
NBR - 5735
*
*
4
(EB-5735)
2600
250
10
15
25
32
*
*
4
8
Resistência Inicial
NBR - 5733
CP de Alta
(EB-2)
3000
6,5
11
22
31
*
*
4
6
1
2600
400
6,5
15
14
24
40
*
*
4
NBR - 5132
CP Comum
(EB-1)
2600
320
6,5
15
10
20
32
*
*
4
1
2400
250
6,5
15
15
25
*
*
4
8
03 dias
07 dias
28 dias
90 dias
01 dia
Finura peneira 0,0075
Norma Brasileira
cm²/g
normalizada
argamassa
Propriedades
mínimas
(MPa)
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Classificação dos Agregados
Agregado miúdo: grãos que passam pela peneira #4,75mm e ficam retidos na
#150µm.
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Agregado graúdo: grãos que passam pela peneira #75mm e ficam retidos na
#4,75mm
Peneiras empilhadas
Produtos industrializados
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Ensaios de qualificação dos agregados
composição granulométrica;
massa unitária em estado solto;
massa específica;
absorção de água;
teor de argila em torrões e materiais friáveis;
teor de materiais pulverulentos;
impurezas orgânicas;
inchamento do agregado miúdo;
índice forma do agregado graúdo;
abrasão “Los Angeles” do agregado graúdo
Granulometria
Definições:
Nota:O diâmetro máximo não deverá ser maior que 1/3 da espessura das lajes e ¼
da largura das vigas.
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Densidade aparente
Massa específica
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Impurezas Orgânicas
Teor de umidade
Ensaios:
• Método do Speedy;
• Método da Estufa;
• Método do Fogareiro.
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Inchamento
Índice de Forma
Anotações do aluno
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PREPARO, TRANSPORTE, LANÇAMENTO, ADENSAMENTO E CURA
DO CONCRETO
Concreto é o material mais utilizado na construção civil, composto por uma mistura
de cimento, areia, pedra e água, além de outros materiais eventuais, os aditivos e as
adições.
Preparo do Concreto/Concretagem
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O concreto pode ser preparado pelo executante da obra ou por empresa de serviços
de concretagem.
PreparoManual
• Pequenas quantidades;
• Sobre superfície plana e impermeável;
• Misturar a seco os agregados e o cimento;
• Adicionar água aos poucos.
Mecânico
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Transporte do concreto
• Fixado de forma que o fim do adensamento não ocorra após o início de pega do
concreto lançado e das camadas ou partes contíguas a essa remessa (evitando-
se a formação de “junta-fria”);
• No máximo, 150 minutos, no caso do emprego de veículos dotado de
equipamentos de agitação;
• No máximo, 60 minutos, no caso de veículos não dotado de equipamento de
agitação.
• Carrinho de mão;
• Caixotes;
• Baldes;
• Gruas e Caçambas;
• Esteira;
• Guincho;
• Bombeamento;
Lançamento do Concreto
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• Acabamento;
• Desmoldantes;
• Dimensões;
• Armadura;
• Estanqueidade.
Adensamento do Concreto
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interior da massa, de tal forma que se obtenha um concreto denso e compacto.O
processo deve ser feito durante e imediatamente após o lançamento do concreto.
Tipos de adensamento:
• Manual
• Mecânico: Vibrador de imersão, vibrador de superfície, mesa vibratória.
Adensamento Manual
Esse tipo de processo pode ser feito com peças de madeira ou barras de aço que
atuam como soquete e empurram o concreto para baixo, expulsando o ar incorporado
e eliminando os vazios. A camada de concreto deve ser submetida a choques
repetidos, sendo mais importante o número de golpes do que a energia aplicada a
cada um deles.
Adensamento Mecânico
Formas de aplicação:
Por meio do uso de vibradores internos ou de imersão (agulha);
Por vibrador de superfície;
Por vibrador externo ou de forma (mesa vibratória);
Características de um vibrador
Frequência: é o número de impulsos ocorridos em um determinado período;
Amplitude: é o deslocamento máximo do elemento vibrador entre dois
impulsos;
Potência.
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O tempo de vibração depende de diversos fatores, como:frequência de vibração,
abatimento do concreto, forma dos agregados e densidade da armadura.
Cura do Concreto
Tipos de cura:
• Irrigação constante de água sobre a superfície;
• Recobrimento da superfície com mantas umedecidas, sacos, lonas, areia;
• Cura química: agentes de cura formadores de película impermeabilizante;
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Exsudação do concreto
Anotações do aluno
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PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO
Propriedades
Consistência;
Segregação (integridade da massa);
Exsudação (poder de retenção de água);
Trabalhabilidade;
Massa específica;
Textura.
Consistência
• O cone deve ser molhado internamente e colocado sobre uma chapa metálica,
também molhada;
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• Uma vez assentado firmemente sobre a chapa, enche-se o cone com concreto
em 03 camadas de igual altura;
• Cada uma dessas camadas é socada com 25 golpes, com uma barra de ferro de
5/8” (16mm);
• Terminada a operação retira-se o cone verticalmente. A operação de retirar o
molde deve ser realizada em 5 s a 10 s.
• Mede-se o abatimento da amostra.
Abatimento em cm
Tipo de Obra
Máximo Mínimo
Bloco sobre estava e sapata 8 2
Viga e parede armada 10 2
Pilar de edifício 10 2
Laje maciça e nervurada 8 2
Segregação
Separação dos componentes da mistura, seja dos agregados, seja da pasta; fazendo
com que ela deixe de ser uniforme. Ocorre principalmente pelo fato de os
constituintes da mistura apresentarem dimensões e massas específicas diferentes.
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Externa:quando as partículas maiores tendem a separar da mistura durante o
lançamento.
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Exsudação
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pela adição de grãos relativamente finos, que compensam as deficiências dos
agregados.
Trabalhabilidade
É a propriedade do concreto fresco que identifica sua maior ou menor aptidão para ser
empregado com determinada facilidade sem perda de sua homogeneidade. É
caracterizada pela medida da consistência do concreto.
Fatores internos:
• Consistência;
• Traço do concreto;
• Granulometria do concreto;
• Forma do grão do agregado;
• Aditivos;
Fatores externos:
• Mistura;
• Transporte;
• Lançamento;
• Adensamento;
• Características da peça.
Água de amassamento
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Parâmetros da água a serem empregados na produção de concreto
pH 5,5 - 9,0
Sólidos Totais ≤ 5000 mg/l
Sulfatos ≤ 2000 mg/l
Cloretos - concreto simples ≤ 2000 mg/l
Cloretos - concreto armado ≤ 700 mg/l
Cloretos - concreto protendido ≤ 500 mg/l
Açúcar ≤ 5 mg/l
Matéria Orgânica 3 mg/l
Anotações do aluno
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ADITIVOS PARA CONCRETO
Tipos de aditivos
• Tipo P – Plastificante
• Tipo R – Retardador
• Tipo A – Acelerador
• Tipo PR – Plastificante Retardador
• Tipo PA – Plastificante Acelerador
• Tipo IAR – Incorporador de Ar
• Tipo SP – Superplastificante
• Tipo SPR – Superplastificante Retardador
• Tipo SPA – Superplastificante Acelerador.
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Função dos aditivos
Podemos dizer que os objetivos fundamentais dos aditivos para concreto são:
Ampliar as qualidades de um concreto;
Minimizar seus pontos fracos;
Aumentar a plasticidade do concreto;
Reduzir o custo em termos de consumo de cimento;
Acelerar ou retardar o tempo de pega;
Reduzir a retração;
Aumentar a durabilidade.
As melhorias provocadas pelos aditivos variam de acordo com o tipo de aditivo
utilizado, e deve-se considerar com muita cautela onde o concreto será empregado.
Portanto, a escolha do aditivo depende fundamentalmente do tipo de emprego do
concreto e do desempenho necessário esperado em tal situação.
Nota:Os aditivos não são um remédio para corrigir erros provenientes da falta de
qualidade dos demais componentes, nem para o despreparo da mão-de-obra para
transporte, lançamento e adensamento do concreto.
Tipo P – Plastificante
Tipo R – Retardador
Benefícios da aplicação:
Permitem maior tempo de manuseio do concreto;
Evita o efeito acelerador das temperaturas elevadas;
Após a pega não interferem no processo de endurecimento do cimento;
Inibem o surgimento de juntas frias, quandoa concretagem é interrompida;
Permite a concretagem das peças de difícil acesso e vibração, ou nos casos de
grandes volumes de concreto, evitando o surgimento de trincas térmicas.
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Tipo A – Acelerador
Produto que reduz os tempos de início e fim de pega do concreto, bem como acelera o
desenvolvimento das suas resistências iniciais.
Benefícios da aplicação:
Benefícios da aplicação:
Promove ganho de resistência em baixas temperaturas;
Promove redução dos tempos de início e fim de pega;
Promove resistências iniciais do concreto mais elevadas;
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Promove redução do tempo de desforma de peças pré-fabricadas.
Benefícios da aplicação:
Melhoria da trabalhabilidade;
Redução da água de amassamento;
Redução da segregação;
Redução da exudação.
São também chamados de aditivos redutores de água de alta eficiência, pois a redução
de água varia de 20 a 30%. A utilização deste aditivo proporciona o aumento das
propriedades mecânicas, que é geralmente proporcional à redução do fator
água/cimento. Há uma maior velocidade na hidratação do cimento e os concretos
apresentam resistências de 1, 3 e 7 dias maiores do que nos concretos sem aditivos e
mesmo fator água/cimento.
Benefícios da aplicação:
Eficiente redutor da água de amassamento;
Aumento da trabalhabilidade sem segregação e sem exsudação;
Adequação da trabalhabilidade em climas quentes e úmidos.
Benefícios da aplicação:
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Aumenta a resistência à compressão, inicial e final, a resistência à flexão e o
módulo de elasticidade;
Reduz a quantidade de água de amassamento, exsudação, o tempo de pega e a
permeabilidade;
Melhora a coesão do concreto.
Aditivos especiais
Além dos aditivos citados ainda existem aditivos para outras finalidades, como por
exemplo:
Ação anti-bactericida;
Impermeabilizante.
Aditivos Impermeabilizantes
Aditivos Minerais
Microssílica
Bilionésimo
1
= 0,000000001 = 1 x 10−9
1 000 000 000 000
Anotações do aluno
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DOSAGEM DO CONCRETO
Materiais constituintes
• Trabalhabilidade
• Resistência físico-mecânica
• Permeabilidade/Porosidade
• Condição de exposição
• Custo
Resistência Especificada
Tração na flexão
Projetos Especiais
Módulo de deformação
Cimento
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Agregado miúdo
Agregado graúdo
Cimento
Características dos materiais
Agregados
Concreto
Fixar a relação a/c
Determinar o consumo
dos materiais
Apresentação do
traço
Cimento
Tipo;
Massa específica;
Resistência do cimento aos 28 dias.
Agregados
Concreto
Condição B– (Aplicável para as classes C10 até C20): o cimento é medido em massa, a
água de amassamento é medida em volume mediante dispositivo dosador e os
agregados em massa combinada com volume. (Sd = 5,5Mpa)
𝑛
𝑖=1(𝑋𝑖− 𝑥 )²
𝑠𝑑 =
𝑛−1
Concreto Portland, tipo II (Composto com Escória), com resistência de 32MPa, aos 28
dias.
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Utilização da Curva de Abrams
Anotações do aluno
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Determinação aproximada do Consumo de Água (CA)
O consumo de cimento por m³ de concreto (Cc) é dado pela equação abaixo. Observe
que o consumo de cimento depende diretamente do consumo de água(CA).
𝐶𝐴
𝐶𝑐 = ( 𝑒𝑚 𝑘𝑔)
(𝑎/𝑐)
Onde;
Vcb = Volume do agregado seco por m³ de concreto
ρcb = Massa unitária compactada do agregado graúdo
Britas Proporção
B0, B1 30% B0 e 70% B1
B1, B2 50% B1 e 50% B2
B2, B3 50% B2 e 50% B3
B3, B4 50% B3 e 50% B4
𝐶𝑐 𝐶𝑏 𝐶𝐴
𝑉𝑎 = 1 − ( + + )
Ɣ𝑐 Ɣ𝑏 Ɣ𝐴
𝐶𝑎 = Ɣ𝑎 𝑥 𝑉𝑎 (em kg)
Onde;
Va – volume de areia
Cc – consumo de cimento
CA – consumo de água
Ca – consumo de areia
Ɣ − 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑒𝑠𝑝𝑒𝑐í𝑓𝑖𝑐𝑎
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Cuidados e Correções
Solução:
Consumo de água:
- Abatimento = 90 mm
CA = 200 Kg
- Dmáx. = 25 mm
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Consumo de cimento:
200 Cc = 421 kg
= 421
0,475
Consumo de brita:
- MF = 2,60
Vcb = 0,715 m³
- Dmáx. = 25 mm
Consumo de areia:
𝑐𝑖𝑚 𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 á𝑔𝑢𝑎
𝑉𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 1 − + +
𝛾𝑐𝑖𝑚 𝛾𝑏𝑟𝑖𝑡𝑎 𝛾á𝑔𝑢𝑎
421 1072 200
𝑉𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 1 − + +
3100 2700 1000
𝑉𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 1 − 0,732
𝑉𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 0,268
𝐶𝑎 = 710 𝑘𝑔
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Dosagem em volume
A dosagem pode ser feita em volume,o cimento é medido em cacos inteiros e a água
em recipientes graduados. Desta forma obtemos boa precisão nas medidas desses
materiais.
Para medir os agregados após sua transformação em volumes correspondentes a um
saco de cimento, o usual é providenciar padiolas.
O volume da caixa deve corresponder ao volume do agregado
Considerando-se que as padiolas são transportadas por dois homens, não
convém que a massa total ultrapasse 60 kg.
Medidas usuais são largura = 35 cm e comprimento = 45 cm.
Unit. 01 saco
Materiais 1,0 m³ Volume (l) Areia (Um. 6% Padiolas (cm)
(kg) (kg)
Inc. 30%)
Cimento 421 01 50 50 kg 50 kg 01 saco
(E) (A)
Areia 710 1,686 84 57 74 02 x (45 x 35 x 24)
(B)
Brita 01 858 2,038 102 71 71 02 x (45 x 35 x 23)
Brita 02 214 0,58 25 18 (C) 18 01 x (45 x 35 x 11)
(D)
Água 200 0,475 24 24 19 19 l
Anotações do aluno
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PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO
O concreto endurecido é o material que se obtém pela mistura dos componentes, após
o fim da pega do aglomerante.
• Resistência
• Durabilidade
• Impermeabilidade
• Aparência
Resistência Mecânica
Cura do concreto
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Durabilidade e Impermeabilidade
A durabilidade tem capacidade que o concreto possui de resistir à ação do tempo, aos
ataques químicos, à abrasão ou a qualquer outra ação de deterioração. Dependendo
do tipo de ataque, físico ou químico, em que o concreto, depois de endurecido, será
submetido, é que deve ser feita a escolha dos materiais e da dosagem.
A impermeabilidade está relacionada com a durabilidade. Um concreto impermeável
impedeo acesso de agentes agressivos.
Porosidade da pasta
Agressão química
Retração Hidráulica
Água
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Retirada das formas e escoramento
Reação Álcali-Agregado
Fluência do concreto
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Fluência do concreto – Fator interveniente: Teor de agregado na mistura
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Fluência do Concreto – Fator interveniente: Dimensões da peça
Anotações do aluno
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CONTROLE TECNOLÓGICO
Corpo de prova
Exemplar
n número de exemplares
Números de andares = 1;
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Amostragem
empregado.
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Controle Estatístico por Amostragem Total
Onde;
fc,betonada é o valor da resistência à compressão do exemplar que representa o
concreto da betonada.
A 0,82 0,86 0,89 0,91 0,92 0,94 0,95 0,97 0,99 1 1,02
B ou C 0,75 0,8 0,84 0,87 0,89 0,91 0,93 0,96 0,98 1 1,02
Ou seja, o fck,est a ser considerado será o maior valor entre os dois das fórmulas (1)
e (2).
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Para n ≥ 20:
Desvio Padrão(Sd):
𝑛
𝑖=1(𝑋𝑖− 𝑥 )²
𝑠𝑑 =
𝑛−1
• Lotes de no máximo 10 m3
• n entre 02 e 05
• fck,est = Ψ6 * f1
Aceitação da Estrutura
Ações corretivas:
Revisão do projeto estrutural, verificando se pode ser aceita;
Esclerometria;
Caso negativo, extrair e ensaiar testemunhos;
Aceitação da estrutura quando as conclusões sobre as condições de
segurança da estrutura são satisfatórias.
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Exercício
Para os valores de resistência abaixo, faça as análises de controle estatístico por
amostragem parcial e total, sabendo que o concreto foi produzido na condição B para
fck = 30,0 MPa.
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CONTROLE TECNOLÓGICO
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Critérios de aceitação para recebimento de estruturas de concreto
A aceitação das estruturas de concreto é feita segundo a NBR 12655 e com base no
controle da resistência do concreto recebido ou produzido na obra.
Controle Tecnológico
Controle no Recebimento
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Anotações do aluno
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EXEMPLO PRÁTICO
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MAIOR VALOR
DO EXEMPLAR
33,4
30,8
29,9
30,6
35,2
40,2
28,0
32,6
31,2
29,7
30,6
28,4
f1 f 2 f 3 ....... f m1
fck ,est 2( )
m1
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Para lotes com mais de 20 exemplares
Solução:
Anotações do aluno
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BARRAS DE AÇO PARA CONCRETO ARMADO
Aço para concreto armado é a designação dada a todos os aços adequados para a
utilização como armadura nas estruturas de concreto armado. Os vergalhões para
concreto armado classificam-se como barras, quando obtidas exclusivamente por
laminação a quente, e como fios, quando obtidos por trefilação ou laminação a frio.
São utilizadas em concreto armado barras redondas lisas ou com saliências ou, em
alguns casos, malhas ou telas soldadas.
As barras lisas são fabricadas apenas para aços de baixa resistência, enquanto que as
barras de aço de alta resistência exigem saliências. As malhas soldadas podem ser
compostas por barras lisas (diâmetros menores) ou com saliências (diâmetros
maiores).
Os aços para concreto armado são ligas de ferro que contém, para melhorar as suas
propriedades, elementos como carbono, manganês, silício, cromo e também
impurezas não metálicas como combinações de fósforo e enxofre.Conforme sua
composição resultaem propriedades diferentes, sendo que o teor de carbono
desempenha papel principal.A resistência do aço aumenta com o teor de carbono na
sua composição ou mesmo a adição de outros elementos formando a ligas. O mesmo
efeito pode também ser obtido por meio de tratamento posterior, térmico ou
mecânico.Quanto ao processo de fabricação, os aços para concreto armado
classificam-se em aços de dureza natural e aços deformados a frio.
Laminação a quente
Também denominado de aço de dureza natural, esse tipo de aço é obtido por
laminação a quente. Apresentam geralmente um limite de escoamento bem definido e
suas propriedades dependem unicamente da sua composição química.
Características:
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Alta resistência mecânica;
Boa ductibilidade, apresentando grandes deformações sem ruptura (região
plástica acentuada);
Podem apresentar patamar de escoamento durante o ensaio de tração (curva
tensão x deformação).
Os aços deformados a frio são aqueles obtidos por deformação a frio após a
laminação. Através de um trabalho mecânico (estiramento, torção, relaminação,
trefilação) executado a frio em um aço de dureza natural, consegue-se aumentar a sua
resistência. Porém, quando aquecido a altas temperaturas, o aço deformado a frio
perde essa resistência e retorna à condição de aço de dureza natural.
Características:
Característica de aderência
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O que determina a classe de um vergalhão é sua característica mecânica, como
resistência à tração e ao escoamento. A barra deve suportar cargas e sobrecargas até
os limites determinados sem deformar-se permanentemente.
Olhando o corte transversal dessa mesma viga de concreto armado, a parte superior
está comprimida e a parte inferior, fissurada, está apenas segurando as barras de aço
na posição. As barras são bastante longas e, frequentemente, determinam quão larga
a viga deve ser.
O concreto na parte superior não fissurada da viga está comprimido, partindo de zero
onde a fissura se inicia até o seu valor máximo junto à face superior. O concreto na
parte inferior da viga está tracionado e toda essa tração é suportada pelos vergalhões.
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Seção transversal e diagrama de tensão de uma viga comum de concreto armado:
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Fabricação das cordoalhas não aderentes
A cordoalha nua é coberta com graxa inibidora de corrosão e então revestida com a
bainha plástica. O processo começa passando a cordoalha por um aplicador de graxa
que recobre a cordoalha uniformemente com a quantidade exata de graxa inibidora de
corrosão. A cordoalha coberta de graxa segue pela máquina extrusora, que aplica e
regula a espessura adequada de plástico derretido. Posteriormente, a cordoalha passa
por uma canaleta de água para que seja resfriada antes de ser novamente enrolada.
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Bobina com 11 t de cordoalha Bobina com 03 t de cordoalha
plastificada pronta para
despacho
Todo cuidado deve ser tomado para assegurar que as ancoragens passivas estejam
fixadas de acordo com as diretrizes da firma de protensão. Os cabos cortados e
enrolados são cintados juntos usando uma amarração de aço com um material de
proteção entre os cabos enrolados e a amarração, pois, assim, a bainha plástica não
será danificada.
Todos os cabos enrolados devem ser identificados com o nome da obra, número do
pavimento, concretagem, etc.
Anotações do aluno
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Gumieri, A.G. Notas de aula: Materiais de Construção I. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo
Horizonte.
Ribeiro, C. C.; Pinto, J. D. S.; Starling, T. Materiais de Construção Civil. 4. ed. rev. Belo Horizonte: Editora
UFMG, 2013. 112 p.
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Gumieri, A.G. Notas de aula: Materiais de Construção I. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo
Horizonte.
Silva, A. J. C.; Correia, J. Notas de aula: Materiais de Tecnologia Construtiva I.Universidade Católica de
Pernambuco.
Gumieri, A.G. Notas de aula: Materiais de Construção I. Universidade Federal de Minas Gerais. Belo
Horizonte.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 12655: Concreto de Cimento Portland – Preparo,
controle e recebimento – Procedimento. Rio de Janeiro, 2006.
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7480: Aço destinado a armaduras para estruturas de
concreto armado – Especificação. Rio de Janeiro, 2007.
Anjos, R.D. Ismael, M.R. Ramal, F.T. Pandolfelli, J.C. Adição de microssílica e a secagem de concretos
refratários. UFSCar. São Carlos, 2004.
Associação Brasileira de Cimento Portland. BT-106: Guia Básico de Utilização do Cimento Portland. São
Paulo, 2002.
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