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Fundações indiretas

Capacidade de carga axial

Dimensionamento e Reforço de
Fundações

Pedro Alves Costa


Fundações indiretas – capacidade de carga axial
A avaliação da capacidade de carga de uma estaca é um assunto complexo, para o qual
não existe ainda uma teoria totalmente estabilizada. Esse facto está bem patente no EC7:

Como se pode verificar, a necessidade de ensaios de carga ou de evidência


experimental que suportem o procedimento é essencial.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
A avaliação da capacidade de carga de uma estaca é um assunto complexo, para o qual
não existe ainda uma teoria totalmente estabilizada. Esse facto está bem patente no EC7:
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
A avaliação da capacidade de carga de uma estaca é um assunto complexo, para o qual
não existe ainda uma teoria totalmente estabilizada. Esse facto está bem patente no EC7:

Test beams

Steel plate
Hydraulic
jack
Load cell
Dial gages Test plate

Reference
beam

Test pile Anchor pile


Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Porém, independentemente do procedimento adotado na análise, é reconhecido que a
capacidade de carga, Rt, de uma estaca, resulta do contributo de duas parcelas:
i) A resistência última lateral, Rs
ii) A resistência última de ponta, Rb

Pt
Rt=Rs+Rb-W
W
W – peso da estaca

Resistência A expressão anterior pressupõe que as resistências de ponta e


lateral lateral não são interdependentes. Embora tal possa não ser
L=10 m

estritamente correto, para efeito de cálculo é considerada a


inexistência de interdependência.

O modo como são avaliadas as resistências mencionadas difere


muito consoante a formulação adotada.

Resistência de
ponta
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
A resistência lateral pode ser obtida através da integração da resistência ao corte
mobilizável em toda a superfície lateral, ou seja:
n

A q
L

Rs  Czqs zdz 
0
i1
si si

C – perímetro da estaca
qs – resistência ao corte mobilizável na
interface estaca-solo (resistência lateral
unitária);
Asi – área da superfície lateral da estaca
na camada i;
qsi – valor médio da resistência ao corte
mobilizável na interface estaca-solo ao
longo da camada i
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Relativamente à resistência de ponta, esta pode ser avaliada pela seguinte expressão:

Rb  Abase qb

Ab – área da base da ponta da estaca;


qb – resistência unitária de ponta.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
A formulação clássica ou convencional para a avaliação da capacidade de carga de uma
estaca consiste em metodologias racionais baseadas na teoria da plasticidade.

Estimativa da resistência unitária de ponta, qb

A formulação tem por base a capacidade de carga


de fundações superficiais, logo:
1
qb  cNc   vbNq  BN
2
Parcela desprezável
(B muito pequeno)

Porém, comparando as figuras de rotura, de imediato se compreende um conjunto


significativo de diferenças:
i) No caso das estacas, a superfície de rotura não atinge a superfície do terreno, tal como
admitido no mecanismo de rotura generalizada de fundações superficiais;
ii) A mobilização da capacidade de carga de ponta deve-se a mecanismos de rotura local
ou por punçoamento;
iii) O contributo da terceira parcela da expressão da capacidade de carga é desprezável
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência unitária de ponta, qb
No caso de solos granulares e admitindo c’=0 kPa, a resistência unitária de ponta será então
dada por:
qb  'vb Nq
 'vb - tensão efectiva vertical ao nível da ponta da estaca
O factor Nq depende do ângulo de atrito e encontra-se já corrigido para atender à
geometria da ponta da estaca (quadrada ou circular). Porém, este factor é muito
dependente da geometria da superfície de rotura adoptada.

Segundo Vésic, a proposta


de Berezantsev tem uma
correspondência aceitável
com os resultados
experimentais.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência unitária de ponta, qb
qb  'vb Nq
Como se pode verificar, existe uma grande
disparidade de valores do factor Nq consoante
a figura de rotura admitida e respectivos
pressupostos.

No caso de solicitações em condições não


drenadas, a resistência unitária de ponta é
dada por:
qb  9cu   vb
vb - tensão total vertical ao nível da ponta da estaca
cu - resistência não drenadado solo interessado pela
figura de rotura
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência unitária de ponta, qb
qb  'vb Nq
Como se pode verificar, existe uma grande
disparidade de valores do factor Nq consoante
a figura de rotura admitida e respectivos
pressupostos.
Vésic concluiu que o modo de rotura depende
não só da resistência, mas também da rigidez,
dado que este é caracterizado por um
mecanismo de punçoamento.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência unitária de ponta, qb
qb   'vb N q ´
Vésic concluiu que o modo de rotura depende
não só da resistência, mas também da rigidez,
dado que este é caracterizado por um
mecanismo de punçoamento.

𝐺 𝐸
𝐼𝑅 = =
𝑐′ + 𝜎𝑣′ tan 𝜙′ 2 1 + 𝜈 𝑐′ + 𝜎𝑣′ tan 𝜙′′
𝐼𝑅
𝐼𝑅𝑅 =
1 + 𝐼𝑅 𝜀𝑣
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Formulação clássica
Estimativa da resistência unitária de ponta, qb

qb   'vb N q ´
Kulhawy et al. (1983), baseado no mesmo
pressuposto melhorou a solução, tendo
proposto

𝑁𝑞′ = 𝑁𝑞 𝜉𝑞𝑟 𝑠𝑞 𝑑𝑞
Teoria da capacidade de carga de
fundações superficiais

𝜋 𝜙′ 𝐼𝑅𝑅 > 𝐼𝑅𝐶 Rotura generalizada xqr = 1


𝐼𝑅𝐶 = 0.5 exp 2.85 cotan −
4 2
𝐼𝑅𝑅 < 𝐼𝑅𝐶 Rotura por punçoamento

3.07 sin 𝜙′ log 2𝐼𝑅𝑅


𝜉𝑞𝑟 = exp −3.8 tan 𝜙′ +
1 + sin 𝜙′
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência unitária de ponta, qb

qb   'vb N q ´
Kulhawy et al. (1983), baseado no mesmo
pressuposto melhorou a solução, tendo
proposto

𝑁𝑞′ = 𝑁𝑞 𝜉𝑞𝑟 𝑠𝑞 𝑑𝑞
Teoria da capacidade de carga de
fundações superficiais

𝑠𝑞 = 1 + tan 𝜙′ Correção da geometria

2
𝐷𝑏
𝑑𝑞 = 1 + 2 tan 𝜙′ 1 − sin 𝜙′ tan−1 Correção devido ao efeito de
𝐵 embebimento
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência unitária de ponta, qb

D/B=5
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência unitária de ponta, qb
Proposta de Berezantsev
Segundo diversos autores, a resistência de
ponta deverá ser limitada aos seguintes
valores:
qb< 7,5 MPa – areias siliciosas;
qb< 5 Mpa – areias calcáreas

Além disso, a consideração de ângulos de


atrito muito elevados (>40º) deverá ser
efectuada com cautela, pois os ângulos de
resistência de pico diferem muito dos
ângulos a volume constante.

Influência do processo
de instalação
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência lateral, qs
A teoria subjacente à avaliação da resistência lateral é bastante mais consensual do que a
verificada para resistência de ponta.

Maciços arenosos
No caso de maciços arenosos a cedência da interface pode ser descrita pelo critério de
Mohr-Coloumb, logo:
qs z   ca   n ' z tg 
ca  adesão solo - estaca
 n ' - tensão normal efectiva na interface
  ângulo de atrito na interface solo - estaca
Admitindo adesão nula,

qs z    n ' z tg   K v ' z tg 


K coeficiente de impulso
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência lateral, qs – maciços arenosos

qs z   K v ' z tg  

i) Avaliação da distribuição de tensões efectivas verticais;


ii) Avaliação da distribuição de tensões efectivas horizontais, admitindo um coeficiente de
relação - K
iii) Avaliação da resistência lateral, considerando o atrito na interface solo-estaca.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência lateral, qs – maciços arenosos
Como se verifica, existem 2 parâmetros de complexa quantificação: K e 

Relativamente à quantificação do atrito estaca-solo, é razoável admitir a seguinte hipótese


conservativa:

2 '
  cv Estacas de betão pré-fabricado ou estacas com fuste em aço
3
  cv'
Estacas de betão moldadas no terreno em que o fuste é em betão

Note-se no entanto que o próprio processo de instalação da estaca altera a compacidade


do solo.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência lateral, qs – maciços arenosos
Como se verifica, existem 2 parâmetros de complexa quantificação: K e 
No que toca ao coeficiente K, a questão é mais complexa, dado que o processo de
instalação da estaca poderá ter um reflexo muito significativo neste parâmetro.
Como primeira aproximação poderão ser adoptados os seguintes valores:

Tipo de estaca K / K0

Estacas instaladas sem deslocamento do terreno 0.7 to 1.0

Estacas instaladas com deslocamento do terreno (pequena 0.8 to 1.3


perturbação)

Estacas instaladas com deslocamento do terreno (grande 1.0 to 2.0


perturbação)
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência lateral, qs – maciços arenosos
Dada a complexidade de quantificação dos
parâmetros K e , diversos autores
propõem, com base em resultados
experimentais, ábacos para a avaliação de
Ktg() em função de ’ e atendendo ao
processo construtivo.

Note-se que os resultados apresentados na


figura são, grosso modo, concordantes com
as considerações anteriormente
apresentadas.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Exercício de aplicação
Considere a estaca cravada representada na figura seguinte. Sabendo que a estaca tem
secção transversal quadrada, com 0,4 m de lado, estime a capacidade de carga axial da
fundação

W.L.

Loose sand
sat = 19 kN/m3 E = 15 MPa
15.0

 ' º 

Dense sand
sat = 21 kN/m3 E = 35 MPa
2.0

 ' º 


Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência lateral, qs – maciços argilosos – solicitação não drenada

No caso de maciços argilosos, solicitados em condição não drenada, a cedência da interface


pode ser descrita pelo critério de Tresca, logo:

qs z   ca z 

A adesão estaca-solo pode ser avaliada com base na resistência não drenada do solo:

ca z    cu z 

Em que  é um factor adimensional que depende das características do solo, do processo


de instalação e das características da estaca.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estimativa da resistência lateral, qs – maciços argilosos – solicitação não drenada

cu  25 kPa -   1

25  cu  75 kPa
 cu  25 
  1  0.5 
 50 
cu  75 kPa -   0.5

O valor de ca deverá ser limitado a


100 kPa.
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Formulação clássica
Estacas cravadas em solos argilosos moles – remoldagem do solo em torno da estaca

A remoldagem do solo argiloso altera a sua estrutura levando a uma redução da


resistência ao corte para valores residuais nas zonas mais próximas da estaca
Estudos experimentais mostram que a zona remoldada se prolonga para uma
distância de cerca de meio diâmetro da estaca face à sua interface. Por esse motivo
devem adoptar-se valores de resistência residual na avaliação da resistência lateral
unitária
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Formulação clássica
Estacas cravadas em solos argilosos moles – geração e dissipação de excesso de pressão
neutra
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
Justificação do método

O Método Clássico de previsão da capacidade de carga de


uma estaca tem um conjunto de implicações práticas que
dificultam em boa parte a sua aplicação:

i) Grande disparidade de valores Nq mediante as


premissas de desenvolvimento das soluções teóricas;

ii) Grande influência do método de instalação das estacas,


nem sempre facilmente quantificável;

iii) Dificuldade na estimativa dos valores de K e ;

iv) Dificuldade de tradução de um problema de interacção


complexo entre a estaca e o solo através de uma
metodologia passível de ser aplicada em situações
práticas.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
Justificação do método
Numa tentativa de fazer face às limitações anteriormente apresentadas,
vários métodos empíricos têm vindo a ser apresentados, entre eles o
método proposto por Bustamante & Gianeselli.

A popularidade desta metodologia resulta, em boa parte, do facto das


correlações propostas se suportarem em ensaios de carga num conjunto
avultado de estacas, instaladas utilizando diferentes técnicas, em maciços
com diferentes características geotécnicas. O carácter de continuidade
com que a base de dados que suporta a metodologia tem sido
complementada, permitiu, em 2012, propor uma versão alargada da
metodologia que contempla os tipos mais comuns de solos sedimentares,
bem como maciços constituídos por cré ou margas, e 20 tipologias
distintas de estacas, as quais se encontram agrupadas em 8 classes
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT

Segundo esta proposta, as resistências unitárias de ponta, qb, e lateral, qs, podem ser
correlacionadas com a resistência de ponta do ensaio CPT, qc, da seguinte forma:

qb  k c  qce
𝑞𝑠 𝑧 = 𝛼𝑝𝑖𝑙𝑒−𝑠𝑜𝑖𝑙 𝑓𝑠𝑜𝑖𝑙 𝑞𝑐 𝑧 ≤ 𝑞𝑠𝑚𝑎𝑥

em que: kc e solo-estaca são parâmetros empíricos dependentes do tipo de solo


e do tipo de estaca, fsolo é do tipo de solo e do valor de qc e qce é o valor
ponderado de qc em torno da ponta da estaca.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT

D 3a
1
qce   qcc  z  dz
b  3a D b

B 
a  max  , 0.5 m 
2 

b  min a, h

Sendo B, o diâmetro da estaca e h o


comprimento da estaca embebido na formação
portante.
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
Caso o encastramento relativo, Deff/B seja superior a 5, o valor de kc a adoptar para os
diferentes tipos de solo e de estaca.
D
1
Def 
qce 
D 10 B
qc ( z )dz

Nos casos em que o encastramento relativo é inferior a 5, é então proposta uma


correcção ao valor de kc, sendo as equações que permitem a sua avaliação:
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
No que concerne à resistência lateral, os valores do parâmetro solo-estaca são
apresentados seguinte, sendo no mesmo apresentados ainda os valores das
constantes a, b e c, necessárias à definição de fsolo:

𝑞𝑠 𝑧 = 𝛼𝑝𝑖𝑙𝑒−𝑠𝑜𝑖𝑙 𝑓𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑞𝑐 𝑧 ≤ 𝑞𝑠𝑚𝑎𝑥


f solo  qc    aqc  b  1  e  cqc 
Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT Argila Marga e Rocha
Solo
Solo (%CaCO3<30%), Areia Cré Calcário alterada ou
intermediário
Silte Margoso fragmentada

Curva Q1 Q2 Q3 Q2 Q2 Q2

a 0.0018 0.0015 0.0012 0.0015 0.0015 0.0015

b 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1

c 0.4 0.25 0.15 0.25 0.25 0.25

Tipo de estaca Grupo Classe αsolo-estaca

1 - Furação a seco ## G1 1 0.55 0.65 0.70 0.80 1.40 1.50

2 - Furação com lamas bentoníticas ## G1 1 0.65 0.80 1.00 0.80 1.40 1.50

3 - Furação entubada (tubo perdido) G1 1 0.35 0.40 0.4 0.25 0.85 -

4 - Furação entubada (tubo recuperado) G1 1 0.65 0.80 1.00 0.75 0.13 -


5 - Furação a seco ou com lamas, com
0.70 0.85 - - - -
ranhuragem, poços G1 1
6 - Trado contínuo simples ou c/ dupla
0.75 0.90 1.25 0.95 1.50 1.50
rotação G1 2
7 - Aparafusadas, betonadas no local G1 3 0.95 1.15 1.45 0.75 1.60 -

8 - Aparafusadas com tubo perdido G1 3 0.30 0.35 0.40 0.45 0.65 -


9 - Cravada, betão pré-fabricado ou pré-
0.55 0.65 1.00 0.45 0.85 -
esforçado G1 4
10 - Cravada revestida (betão, argamassa,
1.00 1.20 1.45 0.85 1.50 -
calda) G2 4
11 - Cravada c/ betão moldado (Franki) G1 4 0.60 0.70 1.00 0.95 0.95 -

12 - Cravada, metálica obturada G1 4 0.40 0.50 0.85 0.20 0.85 -

13 - Cravada, metálica não obturada G1 5 0.60 0.70 0.50 0.25 0.95 0.95

14 - Cravada, perfil H G1 6 0.55 0.65 0.70 0.20 0.95 0.85

15 - Cravada, perfil H, injectada IGU ou IRS G2 6 1.35 1.60 2.00 1.10 2.25 2.25

16 - Estacas prancha, cravadas G1 7 0.45 0.55 0.55 0.20 1.25 1.15

17 - Microestacas tipo I G2 1 - - - - - -

18 - Microestacas tipo II G2 1 - - - - - -

19 - Estacas ou Microestacas tipo III G2 8 1.35 1.6 2 1.1 2.25 2.25

20 - Estacas ou Microestacas tipo IV G2 8 1.7 2.05 2.65 1.4 2.9 2.9


Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
Argila Marga e Calcário Rocha alterada
Solo intermédio Areia, Cascalho Cré
(%CaCO3<30%), Silte Margoso ou fragmentada

Tipo de estaca qs,max (kPa)

1 - Furação a seco ## 90 90 90 200 170 200

2 - Furação com lamas bentoníticas ## 90 90 90 200 170 200

3 - Furação entubada (tubo perdido) 50 50 50 50 90 -

4 - Furação entubada (tubo recuperado) 90 90 90 170 170 -

5 - Furação a seco ou com lamas, com ranhuragem, 90 90 - - - -


poços

90 90 170 200 200 200


6 - Trado contínuo simples ou c/ dupla rotação

7 - Aparafusadas, betonadas no local 130 130 200 170 170 -

8 - Aparafusadas com tubo perdido 50 50 90 90 90 -

130 130 130 90 90 -


9 - Cravada, betão pré-fabricado ou pré-esforçado

170 170 260 200 200 -


10 - Cravada revestida (betão, argamassa, calda)

11 - Cravada c/ betão moldado (Franki) 90 90 130 260 200 -

12 - Cravada, metálica obturada 90 90 90 50 90 -

13 - Cravada, metálica não obturada 90 90 50 50 90 90

14 - Cravada, perfil H 90 90 130 50 90 90

200 200 380 320 320 320


15 - Cravada, perfil H, injectada IGU ou IRS

16 - Estacas prancha, cravadas 90 90 50 50 90 90

17 - Microestacas tipo I - - - - - -

18 - Microestacas tipo II - - - - - -

19 - Estacas ou Microestacas tipo III 200 200 380 320 320 320

20 - Estacas ou Microestacas tipo IV 200 200 440 440 440 500


Fundações indiretas – capacidade de carga axial
Método empírico baseado no CPT
Correlação proposta pelos autores SPT-CPT

Viana da Fonseca, 2011


Fundações indiretas em solos rijos/rochas brandas
Resistência de ponta
Nos casos em que ocorram formações rochosas ou situações de solos muito
rígidos/rochas brandas a profundidades moderadas, é comum que a ponta das
estacas penetre nessas formações
No caso de materiais com carácter coesivo, a proposta de dimensionamento tem
por base a resistência à compressão simples (qu) do material rochoso e o valor
do índice RQD.
• RQD é próximo de 100%

qb  2.5qu
• RQD entre 70% a 100% e qu>500 kPa

qb  4,83 qu0,51
• Restantes casos

 t   q
0.5
qb 0,5
 mt 0,5
t u
Viana da onseca, 2011
Fundações indiretas em solos rijos/rochas brandas
Resistência de ponta

Viana da onseca, 2011

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